Poltrona Séries: The Crown-6ª Temporada-Parte 2/Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: The Crown-6ª Temporada-Parte 2/Cesar Augusto Mota

Fim de festa. Esse é o sentimento de quem acompanhou desde o início e terá agora que se despedir de uma das produções de grande audiência, uma das maiores dos serviços de streaming dos últimos anos. Iniciada com foco no ano de 1947, pouco antes da coroação, Elizabeth II teve sua vida pessoal e trajetória como chefe de Estado retratada ao longo de seis temporadas, que encontrará agora um desfecho. Temos agora os seis últimos episódios de ‘The Crown’, sob ângulos bem diferentes do habitual.

Na primeira parte, abordada anteriormente, a série se concentrou na vida da princesa Diana, o término dela com o príncipe Charles e seus últimos dias de vida até o acidente que tirou sua vida e de seu namorado, Dodi Al-Fayed. Na segunda parte, iremos inicialmente ter foco na rainha Elizabeth (Imelda Staunton), com o jubileu de ouro que celebrou 50 anos de seu reinado e as perdas da irmã, a princesa Margaret e a rainha-mãe, Elizabeth I. É possível sentirmos o luto e todo o infortúnio da monarca, além de conflitos com o Primeiro-Ministro Tony Blair (Bertie Carvel), que questiona declarações e decisões acerca de seu reinado e de sua vida pessoal.

A concentração na rainha Elizabeth dura pouco, temos novamente abordagens sobre pessoas ao redor dela, e com acontecimentos que vão impactar as futuras gerações da Família Real. Primeiro, o casamento do príncipe Charles com Camila Parker Bowles, e depois o namoro do príncipe William com Kate Middleton. O matrimônio de Charles é visto com reprovação pela opinião pública, já William vive de uma forma diferente de qualquer outro membro de sua família, mais reservada e longe dos holofotes.

Se estávamos acostumados a ver a rainha Elizabeth com imponência à frente da Coroa Britânica e em apuros diante de conflitos e possíveis guerras e entreveros no seio familiar, ela ficou um pouco de lado nesta última temporada e outras figuras passaram a ganhar protagonismo, dentre elas Diana, Charles e Camila. Sem dúvida, os três também são figuras importantes, pois os três nos fizeram mudar a forma como enxergávamos a Coroa Britânica, a importância dela, como funciona e o legado que vai deixar para as futuras gerações. O século XXI exige modernização da Família Real e da Coroa e muito mais desafios pela frente, um deles da manutenção do império e a possibilidade de ainda ser influente na vida do povo britânico.

Se uma palavra pudesse definir a primeira parte dessa última temporada, com quatro episódios, seria saudade, pois Lady Di segue viva na memória das pessoas e tudo o que ela fez e deixou para a humanidade. Já para a segunda parte, com seis episódios, seria legado, conforme dito anteriormente, do que a Monarquia Britânia deixou e como ela seguirá de agora em diante. Este segundo seguimento teve um fecho positivo se comparado ao primeiro, ‘The Crown’ deixará saudades para os apreciadores da cultura inglesa e da Família Real. Peter Morgan, criador da série, fecha seu trabalho com chave de ouro, mas com gosto de quero mais.

Cotação: 4/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: The Crown-6ª Temporada-Parte 1/Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: The Crown-6ª Temporada-Parte 1/Cesar Augusto Mota

Está chegando ao fim uma das séries que mais mobilizou o público e conquistou altos índices de audiência ao longo de seis temporadas e com variações na interpretação da personagem-central, a rainha Elizabeth II. “The Crown’ chega à sexta sequência, dividida em duas partes, mas o foco não será na chefe de Estado britânico, mas em alguém que conseguiu ofuscá-la e conseguiu as atenções para si, não só por sua beleza, mas por sua personalidade forte e atitudes que clamavam por independência e liberdade: Lady Di.

A sexta temporada ilustra o período compreendido entre 1997 e 2005, e logo de cara iremos nos deparar com o grave acidente que tirou a vida da Princesa Diana e Dodi Al-Fayed, seu namorado da época, antes de termos um flashback que nos levará para os acontecimentos de oito semanas antes. O namoro entre Diana e Al-Fayed não só causou mudanças significativas na vida da princesa, pois teve que lidar com uma cobertura incessante e agressiva dos paparazzis, mas também com o distanciamento da Família Real e idas mais frequentes para o Reino Unido ver os filhos, William e Harry.

Vemos novamente Imelda Staunton na pele da rainha e a segunda vez de Jonathan Price como o príncipe Philip. Este também ganha espaço na nova temporada, com seu sofrimento e infortúnios causados após a morte de Diana acontecerem repentinamente. Mesmo vitimada por um trágico acidente automobilístico, Diana continuará a ser personificada por Elisabeth Debicki, e causará grandes surpresas na interação com os outros personagens da trama em sequências além-túmulo. E outra participação importante da história é de Bertie Carvel, que dará vida ao Primeiro Ministro Tonny Blair, que será como um braço-direito da rainha Elizabeth, assim como foi Winston Churchill nos anos 50.

Como dito anteriormente, quem rouba a cena nesta primeira parte, que contará com quatro episódios, é a Princesa Diana, recém-divorciada do Príncipe Charles e em nova fase de sua vida até o fatídico acidente. Elizabeth Debicki, que já havia se destacado na temporada anterior, carrega uma responsabilidade ainda maior nessa nova sequência, pois se trata de uma temporada ainda mais sensível após os graves acontecimentos que tiraram a vida de uma das figuras mais influentes da atualidade, os efeitos causados não só na Família Real Britânica, mas de toda a sociedade em geral e o legado deixado por Lady Di. Debicki procurou entregar uma atuação mais natural, com os trejeitos e forma de falar da princesa, além de criar um senso de intimidade para com o público. Ela se comporta de uma forma autêntica e honesta, o que faz o público se identificar ainda mais com Lady Di e matar as saudades.

A sequência bem fluida, num ritmo cadenciado e acontecimentos coesos das temporadas anteriores de ‘The Crown’ foram mantidos nessa sequência final e já nos prepara para a segunda parte, que terá foco no namoro e noivado do Príncipe William com Kate Middleton e o casamento do Príncipe Charles com Camila Parker Bowles. Dois momentos importantes para a Família Real e que vai mexer com as emoções dos espectadores. Vale a espera.

Cotação: 4/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: The Crown-5ª Temporada/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: The Crown-5ª Temporada/ Cesar Augusto Mota

"O começo do fim": trailer de "The Crown" antecipa funeral de Lady Di

Uma grande produção da Netflix desde 2017 e que deixou boas impressões, a série ‘The Crown’ vem para sua quinta temporada em 2022 com promessa de grande audiência e abordagem de novas polêmicas em torno da Família Real britânica. E os ânimos estarão ainda mais exaltados após a morte da rainha Elizabeth II no último dia 08 de setembro, mas será que essa nova sequência de 10 episódios vai agradar ao público?

O foco está na década de 1990, especialmente em acontecimentos como a separação da princesa Diana do príncipe Charles e as dificuldades da rainha Elizabeth, agora vivida por Imelda Staunton, em blindar a monarquia das críticas públicas de Diana e fortalecer a imagem da família, prestes a ruir com a separação do filho mais velho da monarca. Reforçar a importância da família real para o Reino Unido, além de transmitir a imagem de modelo ideal a ser seguido são os maiores desafios, sem dúvida, mas a abordagem política também se faz presente, principalmente no que tange a relação da família de Elizabeth II com os Romanov.

Um antigo recurso e de bastante eficácia se fez presente também nesta temporada, como o paralelo entre os dramas familiares e os compromissos da monarquia, realizados com perfeita sintonia. A relação entre Elizabeth e o príncipe Phillip se dá de maneira bem fluida, o que não vemos entre Charles e Diana. Mas a atuação de Elisabeth Debicki como Lady Di traz uma ilustração perfeita não só no aspecto físico, mas nos trejeitos e na personalidade de Diana, que não fazia questão de esconder nada e sempre mostrar quem era. Destaque para a entrevista polêmica que ela concede à BBC, em 1995.

Em termos gerais, a fotografia é muito bem retratada, como as roupas e adereços da época, mas as interações entre os personagens são mais contidas. Até a 4ª temporada, víamos personagens com mais energia e desdobramentos bombásticos. Apesar dos entreveros e da separação entre Charles e Diana, não houve o impacto que era esperado na série como se deu na vida real. Foi uma temporada com sabor de quero mais.

Apesar dos altos e baixos, ‘The Crown’ deixa importantes ganchos com possibilidades para o desfecho da última temporada, vale a maratona.

Cotação: 3,5/5 estrelas.

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: The Crown-4ª Temporada/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: The Crown-4ª Temporada/ Cesar Augusto Mota

O fascínio que a Família Real britânica provoca nas pessoas é inegável, mexendo com o imaginário e provocando diversas reações. Após três temporadas, ‘The Crown’ chega a sua quarta, com mais surpresas e novas polêmicas. Olivia Colman (A Favorita) volta a viver a rainha Elizabeth II, com novos desafios de conduzir a coroa e de lidar com crises no seio familiar.

Em nova sequência, com dez episódios, ‘The Crown’ foca no fim da década de 70 até o ano de 1990, período em que Margaret Thatcher (Gillian Anderson), conhecida como a Dama de Ferro, ocupou o cargo de Primeira-Ministra do Reino Unido e iniciou um processo que mexeu com as estruturas da Grã-Bretanha, a implantação do neoliberalismo. Outra pessoa que chama a atenção e também ganha espaço é Diana Spencer (Emma Corrin), que viria a se casar com o príncipe Charles, filho mais velho de Elizabeth II, e se tornaria a princesa de Gales. Mas, o casamento não foi um mar de rosas, colecionou diversas intrigas e certamente abalou a realeza britânica.

Olivia Colman novamente se sai bem como a rainha Elizabeth, mas desta vez com a missão de fazer os outros personagens se destacarem, ela é um suporte na atual temporada do que protagonista. O roteiro se preocupa em ser fiel aos fatos e já dá grandes saltos na década de 80, com muitos acontecimentos conhecidos do público e os conflitos dos personagens em episódios separados. Na reta final podemos ver embates de Thatcher e Diana em um mesmo episódio, preparando o espectador para os anos 90, que devem se iniciam na próxima temporada.

Não só a caracterização impressiona, mas a interpretação de Gillian Anderson, a eterna agente Scully, de Arquivo X. Como Margaret Thatcher, Anderson mostra uma Primeira-Ministra de pulso firme, avessa a críticas e pronta para atacar quando é atingida.  Destaque para os embates acerca da Guerra das Malvinas, cuja atuação de Thatcher rendeu a vitória aos ingleses, bem como as reuniões com a rainha Elizabeth, sempre tensas e calorosas. A forma como atuava Thatcher, a agente de governo, não só refletia no Reino Unido como na coroa britânica, pois mostrava se a rainha Elizabeth tinha força de estar à frente da coroa.

Outra grata surpresa é Emma Corrin, na pele da princesa Diana. Apaixonada no início por Charles, a personagem se esforça e faz de tudo para corresponder às expectativas depositadas nela. Diana passa por altos e baixos ao longo dos episódios, e quando pensamos que irá jogar tudo para o alto, ela tira de letra e se mostra ainda mais forte e radiante, cercada pela boa recepção dos súditos e retribuindo com sua atenção e olhar terno. Há cenas fortes que envolvem Diana, principalmente no que tange a distúrbios alimentares, que vão atingir o púbico de maneira intensa. E não só de momentos difíceis Diana vive, como também momentos alegres em grandes eventos, com vestidos deslumbrantes, olhos brilhantes e um sorriso contagiante mostrado para quem está em volta. Diana exerce forte influência na Família Real, mexendo na estrutura familiar e na forma de enxergar o mundo e a importância da família.

Com uma temporada intensa e cheia de emoções, ‘The Crown’ tem tudo para continuar a encantar grandes públicos e mostrar histórias instigantes da Família Real, sempre em evidência e cada vez mais influente no cotidiano das pessoas. Vale a pena acompanhar.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Príncipe William critica a quarta temporada de The Crown

Príncipe William critica a quarta temporada de The Crown

Príncipe William criticou a quarta temporada da série da Netflix, The Crown, pois um dos temas em foco é o relacionamento do príncipe Charles e da princesa Diana. Disse que a streaming relata a vida de sua família por dinheiro. Na série explora-se o lado humano de Diana que sofria com bulimia e a insensibilidade de Charles em alguns momentos do casamento, não tornando-o vilão mas com nuances complicadas. Em tempo: o príncipe Harry e Megan Markle assinaram um acordo milionário com a Netflix para realizarem documentários e já ganharam um adiantamento, o que fez com que se mantivessem sem a ajuda do príncipe Charles e quitassem uma dívida em obras de Frogmore Cottage, a antiga residência dos duques de Sussex, na Inglaterra.

A quarta temporada estreou no último 15 e novembro, domingo, e focaliza a Rainha Elizabeth II, a primeira-ministra Margareth Thatcher e a princesa Diana. Olivia Colman, Gillian Anderson e Emma Corrin brilham na série. Gillian incorpora a Dama de Ferro com sua voz, gestual e trajes. Performances irrepreensíveis. Emma Corrin tem semelhanças impressionantes com a falecida e amada Princesa do Povo.

O episódio de maior destaque da temporada é Conto de Fadas, o 4.

Há pouca participação ddo príncipe Philipp e da princesa Margareth vividos por Tobias Menzies e Helena Boham Carter.

A quarta temporada é a melhor de todas e haverá uma resenha aqui por Cesar Augusto Mota no próximo sábado, dia 21 de novembro. Imperdível!