A série em quatro capítulos na Globoplay fala da intolerância religiosa e do desrespeito à liberdade das pessoas. Gilda é uma mulher livre que tem como religião a umbanda e vive numa vila onde a igreja evangélica domina. Quando se nega a deixar que um cartaz a vereador de um rapaz evangélico, Ismael, seja colocado na sua porta, compra briga com a vizinhança principalmente com a mulher dele, Cacilda.

Os problemas começam para ela com o desaparecimento de Ismael pois a cruzada implacável de Cacilda se intensifica. Abrem seu galinheiro, envenenam seu porco e escrevem desaforo e calúnia na sua parede. Nesse ínterim, o terreiro que ela frequenta é destruído e a milícia toma conta da proteção da vila após a morte do soldado da PM que também é amante de Gilda.
Karine Telles mais uma vez se destaca como Gilda, a protagonista. E realmente sobra na turma. Numa série que retrata muito o que é o Brasil hoje: o do fundamentalismo religioso e da hipocrisia. Karine fez a patroa em Que Horas ela volta, Benzinho e Riscado.
A série destaca também o empoderamento feminino, a aceitação do corpo e a onda de conservadorismo. Para ver e rever.
Os Últimos Dias de Gilda” garantiu um feito inédito para o Brasil. A série original do Canal Brasil foi a primeira brasileira a ser selecionada para participar da Berlinale Series, mostra do Festival de Berlim.
A série de quatro episódios de 25 minutos estreou no Canal Brasil em novembro. Ela traz Karine Teles e Julia Stockler como protagonistas, e tem criação e direção de Gustavo Pizzi (Benzinho e “Riscado”).
4/5 poltronas