Maratona Oscar: Nasce uma Estrela/Anna Barros

Maratona Oscar: Nasce uma Estrela/Anna Barros

É meu filme preferido do Oscar. Por quem irei torcer apesar de  saber que o filme perdeu gás desde que estreou até agora. Green Book e Bohemian Rapsody ganharam corpo nessa reta final. Mas Nasce uma Estrela tem tudo de um filme épico: drama, romance, reflexão, a busca pela fama, a derrocada dela, envolvimento com drogas e álcool permeados por uma linda história de amor.

Achei injustiça Bradley Cooper não concorrer a Melhor Diretor porque o filme é muito bem dirigido, todo em plano-sequência e com a impressão de que você está no palco ou na plateia com Jack e Ally. Lady Gaga está estupenda como atriz, totalmente desconstruída de pop star que merecidamente é e numa performance sensível e tocante. Você enxerga Ally totalmente na sua aspiração por ser uma artista de sucesso e no amor profundo e bonito que sente por Jack. Só perde para Glenn Close, se perder. Bradley está maravilhoso como o artista decadente que num gesto de generosidade alça ao estrelato uma cantora desconhecida e acaba se apaixonando por ela. Uma entrega sem igual, firme e dócil de um pop star que vê sua carreira escorrendo pelas mãos por causa das drogas e do álcool. Eu adoro Bradley Cooper e essa é uma das suas melhores interpretações. E olha que gostei do Pat de O Lado Bom da Vida. Além de bonito e de ter sex-appeal, Bradley Cooper canta e muito bem. Seu dueto com Lady Gaga em Shallow é simplesmente divino.

A outra interpretação interessante é de Sam Elliott como o irmão de Jack.  Ele é contido, determinado, e extremamente invejoso quanto ao talento do irmão, que o venera, A  performance é tocante e quando saí do cinema, já sabia que concorria. Ele tem 74 anos e é a sua primeira indicação ao prêmio. Tem como forte concorrente, Maherhsala Ali por Green Book: O Guia. Maherhsala ganhou por Midnight essa categoria em 2017.

E tanta interpretação forte e comovente só poderia ter uma trilha sonora maravilhosa com Shallow, que a meu ver, é a grande barbada da noite do Oscar. Lady Gaga compôs todas as músicas da trilha e deve levar com essa canção que nos remete ao filme.

O filme também concorre a Melhor Roteiro Adaptado num roteiro bem amarrado, insinuante e cujo desfecho é impactante e profundo, por vezes cruel. A impressão que tive foi que foi escrito para que Lady Gaga brilhasse tamanha a generosidade contida nele e ela simplesmente não  decepcionou.

Nasce uma Estrela é um filme de impacto, que fica na sua retina e na sua memória por várias semanas e no faz crer que o amor requer sacrifícios e renúncias e que temas tão atuais como fama, exposição, sucesso e fracasso são atemporais. A história é um remake e não deve nada às anteriores.

Na Noite do dia 24 de fevereiro, minha torcida toda irá para Bradley Cooper, Ladu Gaga e Nasce Uma Estrela, um dos filmes mais lindos que vi em 2018 e talvez nos últimos cinco anos. Para ver, rever, refletir e se emocionar. Chorei litros.

Nasce uma Estrela concorre a 8 categorias.

São elas:

Melhor Roteiro Adaptado

Melhor Ator

Melhor Atriz

Melhor Ator Coadjuvante

Melhor Música Original

Melhor Fotografia

Melhor Mixagem de Som

Melhor Filme

 

Maratona do Oscar(republicado): Nasce uma Estrela/Cesar Augusto Mota

Maratona do Oscar(republicado): Nasce uma Estrela/Cesar Augusto Mota

Todo artista em início de carreira precisa provar para si mesmo que possui talento, acreditar nele e ir à luta. E talento não está só na habilidade, mas também se tem algo diferente a dizer. Com essas palavras, ditas pelo personagem Jackson Maine, é iniciado o longa dirigido por Bradley Cooper, ‘Nasce Uma Estrela’ (A Star is Born), que conta com sua própria atuação, além da estrela musical Lady Gaga.

Gaga interpreta Ally, uma jovem que trabalha em um restaurante para pagar suas contas e sonha em ser uma cantora de sucesso. À noite, canta em um clube noturno e em uma de suas apresentações, ela conhece Jackson Maine (Cooper), um grande astro da música de carreira consolidada. Ao perceber na moça grande talento e aptidão para a carreira musical, Maine resolve ajudar Ally, chamando-a ao palco em um de seus shows, realizando um fascinante dueto e arrancando aplausos da plateia. E isso foi só a largada para que Ally começasse a alçar voos mais altos até chamar a atenção do empresário Rez (Rafi Gavron). Na medida em que a carreira de Ally vai crescendo, Jack vai entrando em declínio, perdendo a batalha contra o alcoolismo e o vício em drogas. Apaixonados, os dois tentam se apoiar, mas tudo acaba se complicando ainda mais que o previsto.

Temos uma belíssima história, de altos e baixos, com  Cooper focando nas relações íntimas dos intérpretes, e não propriamente na carreira musical. As palavras de Ally e Jackson são envolventes, emocionantes e movimentam a trama. Os momentos opostos vividos pelos protagonistas mobilizam a plateia, com Jack sofrendo para vencer seus vícios e Ally na expectativa de se consagrar de vez como estrela pop, mas antes tentando superar ao lado de Jack o drama vivido por ele.

Não só a narrativa impressiona, mas o talento de Cooper como cantor e compositor demonstrado durante a projeção, os timbres de voz alcançados por Lady Gaga e o desenvolvimento complexo dos personagens. Nos momentos dramáticos, Cooper escorrega um pouco, mas não compromete o andamento e a essência da história. Já Lady Gaga mostra que sua performance como Ally foi a melhor de sua carreira, e não seria exagero dizer que ela tem chance de conseguir uma indicação ao Oscar, tamanho foi o bom retorno que sua participação no longa teve entre imprensa e espectadores.

O plano fechado usado para destacar as emoções dos personagens, bem como o aberto para detalhar os artistas e o público dão uma perfeita profundidade das cenas,  realçadas com cores vermelhas para ilustrar a intensidade e o frenesi das apresentações. A direção de fotografia, de Matthew Libatique, acerta a mão e entrega ao espectador um resultado espetacular, aliado às competentes atuações dos protagonistas e do elenco secundário.

Como estreante na direção, Bradley Cooper não faz feio e traz ao público um filme sensível,  de grandes números musicais e lindas mensagens transmitidas nas letras das canções. “Nasce Uma Estrela” tem muito a nos dizer,  é muito mais que um remake.

Cotação: 5/5 poltronas.

 

Poltrona Cabine: Nasce Uma Estrela/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Nasce Uma Estrela/ Cesar Augusto Mota

Todo artista em início de carreira precisa provar para si mesmo que possui talento, acreditar nele e ir à luta. E talento não está só na habilidade, mas também se tem algo diferente a dizer. Com essas palavras, ditas pelo personagem Jackson Maine, é iniciado o longa dirigido por Bradley Cooper, ‘Nasce Uma Estrela’ (A Star is Born), que conta com sua própria atuação, além da estrela musical Lady Gaga.

Gaga interpreta Ally, uma jovem que trabalha em um restaurante para pagar suas contas e sonha em ser uma cantora de sucesso. À noite, canta em um clube noturno e em uma de suas apresentações, ela conhece Jackson Maine (Cooper), um grande astro da música de carreira consolidada. Ao perceber na moça grande talento e aptidão para a carreira musical, Maine resolve ajudar Ally, chamando-a ao palco em um de seus shows, realizando um fascinante dueto e arrancando aplausos da plateia. E isso foi só a largada para que Ally começasse a alçar voos mais altos até chamar a atenção do empresário Rez (Rafi Gavron). Na medida em que a carreira de Ally vai crescendo, Jack vai entrando em declínio, perdendo a batalha contra o alcoolismo e o vício em drogas. Apaixonados, os dois tentam se apoiar, mas tudo acaba se complicando ainda mais que o previsto.

Temos uma belíssima história, de altos e baixos, com  Cooper focando nas relações íntimas dos intérpretes, e não propriamente na carreira musical. As palavras de Ally e Jackson são envolventes, emocionantes e movimentam a trama. Os momentos opostos vividos pelos protagonistas mobilizam a plateia, com Jack sofrendo para vencer seus vícios e Ally na expectativa de se consagrar de vez como estrela pop, mas antes tentando superar ao lado de Jack o drama vivido por ele.

Não só a narrativa impressiona, mas o talento de Cooper como cantor e compositor demonstrado durante a projeção, os timbres de voz alcançados por Lady Gaga e o desenvolvimento complexo dos personagens. Nos momentos dramáticos, Cooper escorrega um pouco, mas não compromete o andamento e a essência da história. Já Lady Gaga mostra que sua performance como Ally foi a melhor de sua carreira, e não seria exagero dizer que ela tem chance de conseguir uma indicação ao Oscar, tamanho foi o bom retorno que sua participação no longa teve entre imprensa e espectadores.

O plano fechado usado para destacar as emoções dos personagens, bem como o aberto para detalhar os artistas e o público dão uma perfeita profundidade das cenas,  realçadas com cores vermelhas para ilustrar a intensidade e o frenesi das apresentações. A direção de fotografia, de Matthew Libatique, acerta a mão e entrega ao espectador um resultado espetacular, aliado às competentes atuações dos protagonistas e do elenco secundário.

Como estreante na direção, Bradley Cooper não faz feio e traz ao público um filme sensível,  de grandes números musicais e lindas mensagens transmitidas nas letras das canções. “Nasce Uma Estrela” tem muito a nos dizer,  é muito mais que um remake.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

‘Nasce uma Estrela’, musical estrelado por Lady Gaga e Bradley Cooper, tem estreia adiantada

‘Nasce uma Estrela’, musical estrelado por Lady Gaga e Bradley Cooper, tem estreia adiantada

‘Nasce uma Estrela’, nova versão do tradicional musical, teve lançamento adiantado pela Warner em quatro meses. Estrelado por Bradley Cooper e Lady Gaga, com estreia antes prevista para 28 de setembro de 2018, agora chegará aos cinemas em 18 de maio de 2018.

Cooper interpreta no longa um astro de música country chamado Jackson Maine. Com trajetória já consolidada, ele resolve investir em uma cantora promissora, Ally, vivida por Gaga. Os dois passam a se envolver e aos poucos a carreira de Ally vai tomando proporções maiores, superando a de Maine, gerando uma crise no artista e no relacionamento dos dois.

A mesma história já teve três versões diferentes, lançadas no cinema e 1937, 1954 e 1976. Nesta última, a versão mais famosa de ‘A Star is Born’, Barbra Streisand e Kris Kristofferson foram os protagonistas.
Cooper, além de comandar a nova versão, vai revisar o roteiro de Will Fetters e será produtor ao lado de Jon Peters, Billy Gerber e Basil Iwanyk.

O filme marca a estreia de Bradley Cooper como diretor.

Por: Cesar Augusto Mota