Poltrona Cabine: Anna-O Perigo tem Nome/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Anna-O Perigo tem Nome/ Cesar Augusto Mota

Notabilizado por realizar produções suntuosas, com figuras femininas fortes e cenas recheadas de muita ação, adrenalina e pancadaria, o cineasta francês Luc Besson (Lucy) já mostrou que vai muito além de mostrar a mulher como femme fatale em suas obras. Foi assim com Anne Parillaud emNikita: Criada para Matar’, Milla Jovovich em ‘O Quinto Elemento’ e mais recentemente com Scarlett Johansson em ‘Lucy’ e Cara Delevingne em Valerian e a Cidade dos Mil Planetas’. Agora, o diretor segue pelo mesmo rumo e aposta em Sasha Luss como protagonista em ‘Anna – O Perigo Tem Nome’ (Anna) com a missão de entregar ao público um bom filme de espionagem.

Anna Poliatova (Luss) é uma modelo famosa e requisitada pelas mais importantes marcas de luxo. Com um histórico de chamar a atenção, com passagem pela Marinha onde ficou até os dezessete anos e alguns trabalhos como espiã, ela é recrutada pela KGB com a missão de eliminar dezenas de alvos e se desvencilhar da CIA, a Agência de Inteligência dos Estados Unidos. Após se destacar por seu charme, ousadia e alto grau de periculosidade, ela passa a chamar a atenção dos norte-americanos e fica ainda mais nos holofotes ao começar um forte embate entre Estados Unidos e Rússia, com sequências de tira o fôlego, muitos tiros e diversas idas e vindas.

O roteiro, também de responsabilidade de Besson, traz logo de início um interessante recurso, a apresentação dos personagens e das sequências que constroem a história em uma linha de tempo de cinco anos com um posterior retorno às mesmas cenas acrescidas de novas informações e sob diferentes ângulos. Tudo isso acontece para estimular a atenção do espectador e dar uma continuidade mais dinâmica à trama, quem não havia se atentado para algum detalhe passa a ter uma nova oportunidade e passa a enxergar tudo sob um novo prisma. A personagem central é bem delineada, com características fortes, de agilidade, frieza e personalidade calculista, além de seu objetivo claramente definido, o alcance de sua liberdade. A precisa montagem que é feita ao longo dos 120 minutos de projeção contribui para essa percepção acerca da protagonista e também dos personagens secundários, numa história que não para um só minuto e sequer dá tempo para respirar ou ter uma mínima distração.

Além da montagem, a produção chama a atenção pelo ritmo nas cenas de ação, lembrando John Wick e Operação Red Sparrow. As sequências que envolvem tiros e luta são críveis, o espectador é convencido da capacidade, destreza e rapidez da poderosa espiã, mesmo que precise enfrentar mais de trinta soldados para sair viva do quartel general ou simplesmente escapar pelos corredores de grandes hotéis nos quais se apresenta como modelo em desfiles. Besson capricha na história e no plano visual, com inserções de slow motion em cenas de maior profundidade, além de oferecer viradas espetaculares na história e inesperadas traições.

O elenco dá consistência à história e apresenta personagens sólidos. Quem mais se destaca é Helen Mirren (A Maldição da Casa Winchester), que está na pele de Olga, a líder da KGB, sempre imponente e dando as cartas o tempo todo. Os planos mais insanos e diabólicos com os quais nos deparamos partem de suas mãos, e por meio deles que constatamos as melhores interações da protagonista. Sasha Luss, dentro do esperado, entrega uma personagem que sabe envolver a plateia, conduzir a história e se destacar mais pelas cenas de ação e perseguição, sem apelo sexual.

Apesar de ficar no lugar comum e não oferecer muitas novidades, Luc Besson brinda o espectador com uma história dinâmica, imprevisível e que mexe com a mente do espectador, que nunca sabe quando vai surgir uma reviravolta e de que modo a trama vai ser resolvida. Uma obra a ser acompanhada e admirada, com certeza.

Cotação: 3,5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Poltrona Cabine: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Quem é fá de ficção científica certamente gosta de aventuras excitantes, com cenários futurísticos, grandes explosões, viagens por mundos imaginários e confrontos épicos com seres alienígenas e temíveis monstros, não é mesmo? Está prestes a ser lançado no Brasil um filme baseado em uma série de quadrinhos, ‘Valérian et Laureline’, de 1967, criado por Pierre Christin e Jean-Claude Mézières . O cineasta francês Luc Besson, de sucessos como ‘O Quinto Elemento’, ‘O Profissional’ e ‘Lucy,’ é o responsável por dar vida à ‘Valerian e a Cidade dos Mil Planetas’, com orçamento mais caro da história do cinema da França, de US$ 200 milhões. Mas será que se trata realmente de uma superprodução e vai render bons resultados?

A história acompanha os agentes espaciais Valerian (Dane Dehaan) e Laureline (Cara Delevingne), enviados pelo Governo dos Territórios Humanos a uma missão secreta na estação espacial Alpha, local que abriga milhões de pessoas de todos os cantos do universo e pouco mais de 8 mil espécies capazes de trocar informações, experiências e tecnologias. O que parecia tranquilo começa a se complicar após uma falha na operação, o que não apenas coloca o Major Valerian e a Sargento Laureline em perigo, como também toda uma raça, e uma séria decisão terá que ser tomada por Valerian, se segue o seu coração ou se cumpre ordens superiores e aniquila de vez toda uma espécie.

Logo de cara já somos agraciados com imagens paradisíacas de um planeta habitado por humanóides que lembram as criaturas de ‘Avatar’. Eles vivem tranquilos, sem apego a bens materiais e com espírito de compaixão e amor ao próximo. Depois vemos terríveis confrontos nesse planeta e gravíssimas consequências, inclusive para seus habitantes, antes de chegarmos à missão na qual foram recrutados Valerian e Laureline.

A montagem é bem articulada, o espectador passa por incríveis experiências imersivas em ambientes virtuais e cenários compostos das mais variadas espécies de criaturas e com grandes efeitos especiais, além da qualidade da maquiagem, que trouxe mais realismo às criaturas. O figurino também é exemplar, com um visual dos protagonistas bem despojado no início, mas depois em possantes uniformes, além da estética dos habitantes do planeta Mül, devastado no início da história. O aspecto estético é de impressionar.

Se a estética do filme é bastante acentuada, não se pode dizer o mesmo do roteiro e da atuação dos atores. Antes de nos inserirmos na trama, há dois prólogos, que demoram a se desenvolver, o ritmo é lento. A história principal também se arrasta, é cansativa, os personagens se mostram bastante engessados e pouco inspirados. Valerian, interpretado por Dane Dehaan, se mostra bastante durão, arrogante, inseguro e abusa nas cenas em que assedia Laureline, você não se empolga, fica entediado. E Laureline não é uma personagem simpática e que faça você se identificar e ficar ao lado dela, Cara Delevingne teve sérios problemas para interpretá-la, falta aperfeiçoamento na expressão facial, não passou sinceridade. A química entre os dois atores é desastrosa, as atuações individuais ainda rendem alguma coisa, mas quando estão juntos em cena, não vingam. Ainda há a participação especial da cantora Rihanna na história, um papel pequeno, mas que ficou de bom tamanho, um maior aprofundamento poderia prejudicá-la, pois não é a área dela.

Um projeto ousado e que demandou um orçamento alto para ser implementado, com algumas semelhanças com outras produções, como ‘Star Wars’ e ‘Avatar’, mas que careceu de novidades. Não é um filme para se desprezar, mas que poderia ter entregue mais ao espectador, houve bastante preocupação com a forma do que com o conteúdo, o que compromete a essência de ‘Valerian e a Cidade dos Mil Planetas’. Um filme médio, bem abaixo do que as produções de Luc Besson podem oferecer, é possível muito mais.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Geek #14 – Lucy

Poltrona Geek #14 – Lucy

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Poltroneiros de Plantão,

Adentramos juntamente com Lucy esse mundo ainda não desvendável, ou não, de uso de nossas sinapses neurais!

E vamos para o que interessa.

Sinopse

Lucy (Scarlett Johansson), uma jovem normal, devido a um problema é recrutada forçadamente para transportar drogas na cavidade abdominal por mafiosos orientais.

Análise

No dia 28 de agosto de 2014 estreou Lucy, dirigido por Luc Besson (O Quinto Elemento), com duas figuras chamativas no elenco. São eles: Scarlett Johansson (Os Vingadores) e Morgan Freeman (Invictus).

Foi lançado numa data importante, fechando o verão americano de 2014. Aqui, no Brasil, ele ficou em 1º lugar e tomou a posição de Os Mercenários 3. Contudo nos Estados Unidos Guardiões da Galáxia continua em primeirão, e de longe se torna o filme mais assistido neste “Summer Movies”.

Com um roteiro de fácil compreensão e uma linguagem simples, temos uma história de progressão rápida e compreensível.

A trama principal vem te enlaçar em curiosidades que a humanidade sempre buscou explicações, mas que até agora não foram resolvidas. Do inicio da formação do universo até o uso 100% do cérebro, o que podemos esperar?

Ainda contamos com uma trama secundária clichê/boba, que vem dar o “start” para a situação gerada.

As cenas de ação não são empolgantes e devido ao tipo de corte e feedback temos algumas reclamações.

A forma com que a Ciência foi tratada é importante prestarmos atenção. Pois a todo momento ele trabalha com o que ela já comprovou na Teoria e o restante da trama com hipóteses.

Só para constar não tem 3D. (Amém!)

Parceria

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Site SpheraGeek

Nota

Bonequinho nota 7

“Aprenda Tailandês em uma hora…”