Confira o Trailer e Pôster do filme ENCONTROS, de Hong Sang-soo

Confira o Trailer e Pôster do filme ENCONTROS, de Hong Sang-soo

Cineasta aborda o temas constantes de suas obras, como, as relações amorosas e os desencontros da vida

Premiado em Berlim, longa estreia nos cinemas brasileiros em 01 de setembro

Assista ao trailer: https://youtu.be/92bzeq5GtD8

Dirigido por Hong Sang-soo, ENCONTROS que chega aos cinemas brasileiros em 01 de setembro, acaba de divulgar trailer e poster oficial.

ENCONTROS
“como tantos outros filmes de Hong Sang-soo, ocupa um lugar delicado entre a magia e a poesia, entre a inconsequência e a epifania. Há uma linguagem cinematográfica inquestionável e madura aqui: a da simplicidade e do charme”, escreve o crítico inglês Peter Bradshaw, no jornal The Guardian, sobre o novo longa do cineasta sul-coreano, que, depois de ganhar o prêmio de Melhor Roteiro, no Festival de Berlim de 2021, estreia nos cinemas com distribuição da Pandora Filmes.

Hong, que é conhecido pelos seus filmes intimistas e de humor peculiar, aborda novamente, um tema que lhe é caro: os relacionamentos humanos, em especial, os amorosos, com uma narrativa dividida em partes. No primeiro, Young-ho (Shin Seok-ho), um jovem de 20 e poucos anos, pede à sua namorada, Ju-won (Park Mi-so), que o espere num café, enquanto ele faz uma rápida visita a seu pai, um médico (Kim Young-ho). Este, por sua vez, está ocupado, atendendo a ator famoso (Ki Joo-bong).

Na segunda parte, Ju-won está  morando em Berlim, onde estuda moda, e lá, conhece uma artista plástica (Kim Min-hee, musa e parceira de Hong), amiga da mãe da jovem que a hospedará enquanto ela procura um lugar para morar. A pintora, diz a mãe, não tem muitos amigos, será bom ela ter alguém para conversar. Tempos depois, a jovem é surpreendida por uma visita de seu namorado.

Na última parte, de volta à Coreia, Young-ho encontra sua mãe (Yun-hee Cho) almoçando com o ator do primeiro segmento. Entre uma dose e outra de soju, uma bebida tipicamente coreana e sempre presente nos filmes do diretor, a conversa toma caminhos estranhos abordando, entre outras coisas, a arte de atuar e as paixões humanas.

O premiado roteiro de ENCONTROS também é assinado por Hong, assim como a bela fotografia em preto-e-branco. Para o diretor, sua principal preocupação, no seu método de filmar, é que o elenco se mantenha fiel aos diálogos. Eles são livres para interpretar como quiserem. o mínimo necessário de instruções, deixando-os fazer o como quiserem.

David Ehrlich, em sua crítica do filme na IndieWire, aponta que Hong “é um diretor que encontra prazer no processo.” E o processo aqui resulta num longa que, ao mesmo tempo, é próximo a todos o diretor, mas também único em sua especificidade dos dramas de seus personagens. Jessica Kiang, na Variety, afirma que “por baixo da superfície agradável e plácida, há uma recompensa rica.”

“Em ENCONTROS, Hong eleva sua assinatura de minimalismo narrativo a um ponto de ruptura. Em cada novo filme, ele revela novos contornos emocionais, na medida em que o diretor afia sua estética – e esse filme não é exceção”, comenta Chuck Bowen, na revista Slant.

ENCONTROS será lançado no Brasil pela Pandora.

Sinopse

Três histórias interconectadas por apresentações e encontros. Young-ho vai visitar seu pai, um médico, mas este não o recebe, pois está atendendo a um ator famoso. A namorada dele, Ju-won, se muda para Berlim, onde se hospeda na casa de uma pintora. Por fim, o rapaz encontra sua mãe almoçando com o ator, paciente de seu pai.

Ficha Técnica

Direção: Hong Sang-soo

Roteiro: Hong Sang-soo

Produção:  Hong Sang-soo

Elenco: Shin Seok-ho, Park Mi-so, Kim Young-ho, Ki Joo-bong, Seo Young-hwa, Kim Min-hee, Cho Yun-hee, Ye Jiw-on, Ha Seong-guk

Direção de Fotografia: Hong Sang-soo

Trilha Sonora: Hong Sang-soo

Montagem: Hong Sang-soo

Gênero: drama

País: Coréia do Sul

Ano: 2021

Duração: 66 min.

SOBRE A PANDORA FILMES

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.

Premiado em Berlim, ENCONTROS, de Hong Sang-soo, chega aos cinemas em 01/09

Premiado em Berlim, ENCONTROS, de Hong Sang-soo, chega aos cinemas em 01/09

Cineasta aborda o temas constantes de suas obras, como, as relações amorosas e os desencontros da vida

ENCONTROS“como tantos outros filmes de Hong Sang-soo, ocupa um lugar delicado entre a magia e a poesia, entre a inconsequência e a epifania. Há uma linguagem cinematográfica inquestionável e madura aqui: a da simplicidade e do charme”, escreve o crítico inglês Peter Bradshaw, no jornal The Guardian, sobre o novo longa do cineasta sul-coreano, que, depois de ganhar o prêmio de Melhor Roteiro, no Festival de Berlim de 2021, e chega aos cinemas brasileiros em 01 de setembro, com distribuição da Pandora Filmes.

Hong, que é conhecido pelos seus filmes intimistas e de humor peculiar, aborda novamente, um tema que lhe é caro: os relacionamentos humanos, em especial, os amorosos, com uma narrativa dividida em partes. No primeiro, Young-ho (Shin Seok-ho), um jovem de 20 e poucos anos, pede à sua namorada, Ju-won (Park Mi-so), que o espere num café, enquanto ele faz uma rápida visita a seu pai, um médico (Kim Young-ho). Este, por sua vez, está ocupado, atendendo a ator famoso (Ki Joo-bong).

Na segunda parte, Ju-won está  morando em Berlim, onde estuda moda, e lá, conhece uma artista plástica (Kim Min-hee, musa e parceira de Hong), amiga da mãe da jovem que a hospedará enquanto ela procura um lugar para morar. A pintora, diz a mãe, não tem muitos amigos, será bom ela ter alguém para conversar. Tempos depois, a jovem é surpreendida por uma visita de seu namorado.

Na última parte, de volta à Coreia, Young-ho encontra sua mãe (Yun-hee Cho) almoçando com o ator do primeiro segmento. Entre uma dose e outra de soju, uma bebida tipicamente coreana e sempre presente nos filmes do diretor, a conversa toma caminhos estranhos abordando, entre outras coisas, a arte de atuar e as paixões humanas.

O premiado roteiro de ENCONTROS também é assinado por Hong, assim como a bela fotografia em preto-e-branco. Para o diretor, sua principal preocupação, no seu método de filmar, é que o elenco se mantenha fiel aos diálogos. Eles são livres para interpretar como quiserem. o mínimo necessário de instruções, deixando-os fazer o como quiserem.

David Ehrlich, em sua crítica do filme na IndieWire, aponta que Hong “é um diretor que encontra prazer no processo.” E o processo aqui resulta num longa que, ao mesmo tempo, é próximo a todos o diretor, mas também único em sua especificidade dos dramas de seus personagens. Jessica Kiang, na Variety, afirma que “por baixo da superfície agradável e plácida, há uma recompensa rica.”

“Em ENCONTROS, Hong eleva sua assinatura de minimalismo narrativo a um ponto de ruptura. Em cada novo filme, ele revela novos contornos emocionais, na medida em que o diretor afia sua estética – e esse filme não é exceção”, comenta Chuck Bowen, na revista Slant.

ENCONTROS será lançado no Brasil pela Pandora.

Sinopse

Três histórias interconectadas por apresentações e encontros. Young-ho vai visitar seu pai, um médico, mas este não o recebe, pois está atendendo a um ator famoso. A namorada dele, Ju-won, se muda para Berlim, onde se hospeda na casa de uma pintora. Por fim, o rapaz encontra sua mãe almoçando com o ator, paciente de seu pai.

Ficha Técnica

Direção: Hong Sang-soo

Roteiro: Hong Sang-soo

Produção:  Hong Sang-soo

Elenco: Shin Seok-ho, Park Mi-so, Kim Young-ho, Ki Joo-bong, Seo Young-hwa, Kim Min-hee, Cho Yun-hee, Ye Jiw-on, Ha Seong-guk

Direção de Fotografia: Hong Sang-soo

Trilha Sonora: Hong Sang-soo

Montagem: Hong Sang-soo

Gênero: drama

País: Coréia do Sul

Ano: 2021

Duração: 66 min.

SOBRE A PANDORA FILMES

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.

Poltrona Cabine: Encontros/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Encontros/ Cesar Augusto Mota

Em um mundo cada vez mais tecnológico, globalizado e dominado pelas redes sociais, não nos damos conta de que as interações pessoais estão mais escassas e isso, além de provocar um certo isolamento, pode acarretar distúrbios e algumas doenças, como a depressão e a crise de ansiedade. E um cenário como esse é retratado em ‘Encontros’ (Deux Moi), filme do cineasta francês Cédric Klapisch, um cenário bem comum na França, como no Brasil e em várias partes do mundo.

Mélanie (Ana Girardot) é uma jovem de 30 anos que trabalha em um laboratório de análises clínicas, mas vive sozinha, sofre de solidão e usa sites de relacionamento para tentar encontrar o par ideal. Já Rémi (François Civil), é um rapaz de mesma idade, mas avesso à aplicativos, mas de alguma forma tenta administrá-los e sofre de constantes insônias e de um sentimento de culpa que carrega desde a infância, por se sentir culpado por não ter conseguido ajudar a irmã mais nova que sofria de câncer. Os dois personagens centrais moram um do lado do outro, mas não se conhecem e nunca se esbarraram em qualquer esquina. Será que vai acontecer alguma coisa?

Quem lê a sinopse acha que o uso dos aplicativos e a internet serão os focos da história, mas na verdade os conflitos internos vividos pelos protagonistas ganham mais força, consultas com psicoterapeutas e trocas de confidências entre profissionais e pacientes sendo trocadas aparecem em boa parte da trama. E, de quebra, o cotidiano de Remí e Mélanie são intercalados, com algumas cenas de ambos muito próximos e nos mesmos ambientes, sejam nas varandas do alto do prédio onde moram ou no mercadinho onde costumam frequentar. Mas eles nunca se encontram, e graças à esse artifício o público não só fica ansioso como também mais interessado pelos desdobramentos e o desfecho da narrativa. Na medida em que a história se desenrola, a ansiedade vai tomando conta e a curiosidade só aumentando. Será que vai haver o esperado encontro entre Rémi e Mélanie?

Além da rotina dos protagonistas, as mensagens que são transmitidas durante as sessões dos dois são utilizadas como uma espécie de catarse para seus problemas e uma forma de motivação para ambos saírem de seus mundos e buscarem alternativas e formas saudáveis de convívio em sociedade. O pular “sair de sua bolha”, como enfatiza Rémi para seu psicoterapeuta. E, se em um primeiro momento eles sentem dificuldades em assimilar as dicas que lhe são apresentadas, descobrimos um pouco mais sobre eles e no meio do segundo ato ficamos sabendo o que trava cada um. Por que os relacionamentos de Mélanie não duram muito? E por qual razão Rémi acha que transmite azar para todos os que estão ao seu redor? Tudo isso é respondido de forma sutil, com uma precisa montagem, além de um interessante jogo de cenas, com o universo de cada um sendo explorado, suas virtudes, seus medos, para depois retornar para as sessões.

Quem acompanha, não só se diverte com a comédia romântica, mas se sente tocado pelos dois terapeutas, as percepções de mundo dos protagonistas e tudo o que foi assimilado por eles durante as consultas, como “não basta apenas compreender a existência de um problema” e “deve-se aceitar a realidade antes de se pensar sobre o futuro e viver no presente”. Um filme que entretém e ao mesmo tempo ensina.

Didático, sensível, divertido e vibrante. ‘Encontros’ é um filme atual e vem não só para nos proporcionar diversão, como também ligar o sinal de alerta em relação à nossos comportamentos. E muitos vão conforme nossas condutas e maneiras que enxergamos tudo a nossa volta. Vale a experiência.

Cotação: 4/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota