Cena inédita de ‘Diamantino’ compara futebol com arte

Cena inédita de ‘Diamantino’ compara futebol com arte

“DIAMANTINO”, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, está em cartaz nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Brasília, Maceió, Natal e Fortaleza. A trama traz o jogador de futebol Diamantino (Carloto Cotta) no centro da história. Depois de ser responsabilizado por um dos maiores fracassos da história recente do futebol português, o jogador resolve deixar os campos. Em crise, ele resolve fazer uma série de coisas em busca de um novo propósito na vida, entre elas, a adoção de um refugiado. Enquanto embarca nessa odisseia, as irmãs gêmeas do jogador tramam para continuarem lucrando às custas do seu talento nas quatro linhas.

Em cena inédita, Diamantino narra que seu pai o considera o novo Michelangelo, já que, para ele, o futebol é a arte mais bonita de todas, e o estádio é a catedral. Rodado em Portugal, o filme trata de maneira bem-humorada assuntos da atualidade, como o culto à celebridade, o crescimento da extrema direita e a crise dos refugiados.

O filme é uma coprodução entre a portuguesa Maria & Mayer, a francesa Les Films du Belier e a brasileira Syndrome Films, de Daniel van Hoogstraten, que produziu o premiado filme “Fala Comigo”. A distribuição no Brasil é da Vitrine Filmes.  O longa conquistou o Grande Prêmio da Semana da Crítica de Cannes e passou pelo Festival de Toronto, Mostra de Cinema de São Paulo e Festival do Rio.

Sinopse:
Diamantino, o maior jogador de futebol do mundo, perde seu talento e encerra sua carreira em desgraça. Em busca de um novo propósito na vida, o ícone internacional embarca numa odisseia delirante, onde ele enfrenta o neofascismo, a crise dos refugiados, mutações genéticas, e a busca pela origem de seu gênio.

Ficha Técnica:
direção: Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt
produzido por: Daniel van Hoogstraten, Justin Taurand e Maria João Mayer
produtora: Maria & Mayer (Portugal) / Les Films du Belier (França)
coprodução: Syndrome Films (Brasil)
roteiro: Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt
elenco: Carloto Cotta, Cleo Tavares, Anabela Moreira, Margarida Moreira, Joana Barrios, Maria Leite
direção de fotografia: Charles Ackley Anderson
direção de arte: Bruno Duarte e Cypress Cook
montagem: Raphaëlle Martin-Holger
edição de som: Daniel Turini e Fernando Henna
mixagem: Benjamin Viau
música original: Ulysse Klotz & Adriana Holtz

Trailer

SOBRE A SYNDROME FILMS

A Syndrome Films é uma produtora de conteúdo audiovisual, baseada no Rio de Janeiro, que desenvolve e produz projetos de alta qualidade artística, levando também em conta seu potencial comercial. Além de Diamantino, outras obras produzidas pela Syndrome e seus sócios estão o curta Tá, de Felipe Sholl (2007), ganhador do Teddy Award no Festival Internacional de Cinema de Berlim 2008, o documentário longa-metragem Rainhas, de Fernanda Tornaghi e Ricardo Bruno (2009), vencedor do grande prêmio do Festival Brasileiro de Nova Iorque 2010, o curta Gisela, de Felipe Sholl (2011), o longa-metragem Fala Comigo, de Felipe Sholl (2016), que estreou no Festival do Rio 2016, recebendo os prêmios de melhor atriz e melhor filme, e coproduziu os longas-metragens Pendular (2017), de Julia Murat, coprodução Argentino-Franco-Brasileira, que recebeu o prêmio FIPRECI na sua estreia no Festival Internacional de Cinema de Berlim 2017.

SOBRE A VITRINE FILMES

Em oito anos, a Vitrine Filmes distribuiu mais de 120 filmes. Entre seus maiores sucessos estão “Aquarius” e “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro e o americano “Frances Ha”, dirigido por Noah Baumbach, indicado ao Globo de Ouro em 2014.
Em 2017, a Vitrine lançou “O Filme da Minha Vida”, terceiro longa como diretor de Selton Mello, e “Divinas Divas”, dirigido por Leandra Leal, o documentário mais visto no ano.
Alguns dos mais importantes lançamentos deste ano da Vitrine foram “Paraíso Perdido”, de Monique Gardenberg, “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, que está entre os 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional e “Benzinho”, dirigido por Gustavo Pizzi e protagonizado por Karine Teles, exibido no Festival de Sundance.

Poltrona Cabine: Diamantino/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Diamantino/ Cesar Augusto Mota

Em muitas ocasiões, o esporte, principalmente o futebol, foi tratado como um alívio, uma válvula de escape para povos mergulhados em diversos dilemas sociais e problemas econômicos. A prática esportiva é encarada como um momento de descontração e de felicidade, ainda mais quando o país representado é bem-sucedido em competição internacional. Em ‘Diamantino’, produção portuguesa dirigida por Gabriel Arantes e Daniel Schmidt, o protagonista vai na contramão do comportamento de um autêntico ídolo, cultuado pelo que faz e ovacionado pelo que representa a uma nação. Uma das frases dessa trama que define be m o dito anteriormente é ‘o futebol é o ópio do povo’.

Na narrativa, Diamantino (Carloto Cotta) é o mais popular e melhor jogador de futebol da atualidade. Ele estava em ascensão em sua carreira, mas tudo vira de pernas para o ar quando ele desperdiça um pênalti na decisão da Copa do Mundo contra a Suécia e provoca a derrota de Portugal, decepcionando milhões de torcedores. Além disso, ele passa por uma experiência desagradável e traumática com um grupo de refugiados, e isso faz ele decretar o fim de sua carreira nos campos. Fora das quatro linhas, resolve adotar uma criança africana exilada e utilizar sua fortuna para causas sociais. Mas ele será assessorado por suas duas irmãs más, que fazem lavagem de dinheiro em off-shores. Suspeito em envolvimento com transações ilícitas, uma equipe de espionagem a serviço do governo português entra em ação, que aproveita para utilizar a imagem de Diamantino em prol dos interesses do próprio país.

O roteiro não se limita apenas a tratar da carreira e da imagem do jogador de futebol Diamantino, mas também dos desdobramentos da situação econômica e política de Portugal, que vivia uma crise quase tão caótica como a ocorrida de forma global em 2008, com o governo do país disposto a aproveitar a popularidade do atleta para usar sua imagem em campanhas publicitárias num plebiscito para incentivar o eleitor a votar pela saída de Portugal da União Europeia. De quebra, o espectador é brindado com o mundo paralelo em que o protagonista vive, alheio à realidade e inserido num mundo de fantasia, representado por enormes nuvens brancas e cachorrinhos peludos e gigantes. Uma representação visual espetacular e convidativa para um jeito bem diferente de fazer cinema.

A narrativa investe na mescla de vários gêneros, apostando na comédia e na espionagem, que se acentua na reta final da trama. O protagonista, que também se envolve em uma constante perseguição e num plano diabólico de ter seu DNA transferido para 11 corpos para a construção de um time de futebol imbatível, mostra ao público o mundo sob sua ótica, além de apresentar grandes peripécias e ilustrar muito bem seu lado humano, uma pessoa como as outras, que não está imune às frustrações e as maldades que nos rodeiam. A mescla de realidade e ficção é o chamariz da trama, que motiva o espectador a acompanhar a odisseia de Diamantino e todo o seu desenrolar, se ele vai escapar ileso ou se será completamente dominado por uma poderosa corporação, que promete não deixar barato para extrair tudo o que pode de um ícone de Portugal.

‘Diamantino’ ilustra uma autêntica jornada do herói, numa interpretação honesta e épica de Carloto Cotta, com um visual semelhante ao craque português Cristiano Ronaldo, vaidoso e também de bom coração. A capacidade de reinvenção do personagem central é impressionante, que preferiu não mergulhar na solidão e amargura e optou por um novo rumo, com o intuito de ajudar ao próximo e aproveitar os prazeres que a vida pode lhe oferecer. O filme oferece um grande leque de opções ao espectador e muitas lições sobre poder, fama, cobiça e, principalmente, importantes apontamentos sobre a xenofobia e a discriminação, preconceitos ainda recorrentes nos dias de hoje. Quem acompanha sai da sala de exibição satisfeito, vale a pena.

Cotação: 4/5 poltronas.

Em teaser inédito, Diamantino mostra momento crucial da Copa de 2018

Em teaser inédito, Diamantino mostra momento crucial da Copa de 2018

DIAMANTINO”, coprodução brasileira, francesa e portuguesa, que está competindo no Festival de Toronto,  dirigida por Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, acaba de ter teaser inédito divulgado. Distribuído pela Vitrine Filmes, o longa trata de maneira bem-humorada assuntos da atualidade, como o culto à celebridade, o crescimento da extrema direita e a crise dos refugiados.

A trama traz o jogador de futebol Diamantino (Carloto Cotta) no centro da história. Depois de ser responsabilizado por um dos maiores fracassos da história recente do futebol português, o jogador decide deixar os campos. Em crise, ele resolve fazer uma série de coisas em busca de um novo propósito na vida, entre elas, a adoção de um refugiado. Enquanto embarca nessa odisseia, as irmãs gêmeas do jogador tramam para continuarem lucrando às custas do seu talento nas quatro linhas. O novo vídeo  mostra o momento crucial da Copa do Mundo de 2018, que deu a Diamantino o título de “vilão” da seleção.

Vencedor do Grande Prêmio da Semana da Crítica de Cannes 2018, o longa vai ser exibido nos próximos dias 15 e 16 no Festival Internacional de Cinema de Toronto. Rodado inteiramente em Portugal, o filme é uma coprodução entre a portuguesa Maria & Mayer, a francesa Les Films du Belier e a brasileira Syndrome Films, de Daniel van Hoogstraten, que produziu o premiado filme “Fala Comigo”. A distribuição no Brasil é da Vitrine Filmes.

Sinopse: 

Diamantino, o maior jogador de futebol do mundo, perde seu talento e encerra sua carreira em desgraça. Em busca de um novo propósito na vida, o ícone internacional embarca numa odisseia delirante, onde ele enfrenta o neofascismo, a crise dos refugiados, mutações genéticas, e a busca pela origem de seu gênio.

Ficha Técnica:

direção: Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt
produzido por: Daniel van Hoogstraten, Justin Taurand e Maria João Mayer
produtora: Maria & Mayer (Portugal) / Les Films du Belier (França)
coprodução: Syndrome Films (Brasil)
roteiro: Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt
elenco: Carloto Cotta, Cleo Tavares, Anabela Moreira, Margarida Moreira, Joana Barrios, Maria Leite
direção de fotografia: Charles Ackley Anderson
direção de arte: Bruno Duarte e Cypress Cook
montagem: Raphaëlle Martin-Holger
edição de som: Daniel Turini e Fernando Henna
mixagem: Benjamin Viau
música original: Ulysse Klotz & Adriana Holtz

 

Por Anna Barros

 

https://youtu.be/TXPpyi-b-3g