FILMICCA | DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA – 10 OBRAS

FILMICCA | DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA – 10 OBRAS

A plataforma selecionou uma lista de produções que apresentam histórias de luta, afeto, memória e futuro em diferentes partes do mundo
‘Sementes – Mulheres Pretas No Poder’ (2020), de Éthel Oliveira e Julia Mariano
Neste Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, data dedicada à reflexão sobre a luta histórica da população negra no Brasil e à memória de Zumbi dos Palmares, a FILMICCA celebra a força, a diversidade e a amplitude das narrativas negras ao redor do mundo com uma seleção especial de dez produções que atravessam diferentes territórios, estéticas e experiências.

Da mobilização política registrada em ‘Sementes – Mulheres Pretas no Poder (2018) à fantasia documental do premiado ‘Liyana (2017), esta curadoria destaca obras que ampliam a compreensão sobre identidades negras e suas múltiplas formas de existir, criar e resistir.

A seleção reúne desde obras censuradas, como o potente ‘Babylon (1980), até clássicos impactantes como ‘Born in Flames (1983), além de encontros profundamente emocionantes, como o drama-documental brasileiro ‘Kevin (2021), e poesias visuais marcantes, como o curta-metragem sul-africano ‘O Paraíso Desce à Terra’ (2020).
Confira a lista completa:
SEMENTES – MULHERES PRETAS NO PODER (2020)
Éthel Oliveira, Júlia MarianoBrasilDocumentário | 1h 40min
Com direção de Éthel Oliveira e Julia Mariano, ‘Sementes – Mulheres Pretas no Poder’ (2018) é um documentário contundente que registra o maior levante político protagonizado por mulheres negras no Brasil. Após o assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, o filme acompanha a mobilização que tomou todos os estados do país.

A obra segue de perto as campanhas e disputas eleitorais, no Rio de Janeiro, de Mônica Francisco, Rose CiprianoRenata SouzaJaqueline de JesusTainá de Paula e Talíria Petrone, todas candidatas aos cargos de deputada estadual ou federal, destacando seus percursos, desafios e a potência de suas vozes na renovação do cenário político brasileiro.

Revelando novas possibilidades de atuação política e demonstrando como o luto coletivo pode se transformar em força, ação e resistência, a trajetória dessas mulheres ganhou projeção internacional. O documentário circulou por importantes festivais ao redor do mundo, como o International Film Festival Turkey (Istambul), o NY African Film Festival (Nova York), o Festival Internacional de Cine Comunitario Afro (Medellín, Colômbia) e o Greater Cleveland Urban Film Festival (Ohio), entre muitos outros, até chegar ao catálogo da FILMICCA
BORN IN FLAMES (1983)
Lizzie BordenEstados UnidosDrama | 1h 21min
Protagonizado pelas atrizes Honey Adele Bertei e dirigido por Lizzie Borden, ‘Born in Flames’ (1983) é uma obra provocativa e profundamente relevante que marcou o cinema independente ao abordar, de forma ousada, temas como sexismo e racismo. Após seu lançamento, o filme causou forte impacto no circuito internacional, conquistando, em 1983, o prêmio do Júri dos Leitores no Festival Internacional de Cinema de Berlim e o Grande Prêmio no Festival Internacional de Filmes de Mulheres de Créteil.

Na obra, Honey, que interpreta uma personagem homônima, é a apresentadora da Phoenix Radio, enquanto Isabel (Adele Bertei) comanda a Rádio Ragazza; ambas utilizam rádios piratas para expressar suas preocupações ao público. Após a misteriosa morte de Adelaide Norris (Jean Satterfield), uma mulher negra radical e fundadora do Exército das Mulheres, surge uma coalizão diversa de mulheres de diferentes etnias, classes e orientações sexuais, unidas pelo objetivo de derrubar o Sistema.

Preservado pelo Anthology Film Archives com a restauração financiada pela Hollywood Foreign Press Association e The Film Foundation, ‘Born in Flames’ (1983) explora temas como racismo, classismo, sexismo e heterossexismo em uma versão alternativa dos Estados Unidos sob uma democracia socialista. O título vem da música “Born in Flames”, da banda Red Krayola, lançada em 1980 e inspirada em um filme soviético mudo de 1929 com o mesmo nome. A canção aparece no filme e foi escrita pelo vocalista Mayo Thompson em colaboração com o grupo de arte conceitual Art & Language.
LIYANA (2017)
Amanda Kopp, Aaron KoppEssuatíni, Estados UnidosAnimação, Documentário | 1h 16min
Considerado “uma obra lírica, tão brilhante e cativante quanto comovente” pelo The Hollywood Reporter ‘Liyana’ (2017) é um premiado documentário dirigido e produzido por Aaron Kopp Amanda Kopp, com produção executiva da vencedora do Emmy® Thandie Newton e produção do vencedor do Oscar® Daniel Junge.

Entre o documentário e a animação, ‘Liyana’ (2017) é uma história nascida da imaginação de cinco crianças órfãs no Reino de Essuatíni. O filme segue as crianças ZweliSibusisoPhumlaniMkhuleko Nomcebo, enquanto colaboram para contar a história original de Liyana, uma personagem fictícia cuja juventude guarda semelhanças notáveis com as deles.

Após sua estreia no LA Film Festival em 2017, ‘Liyana’ (2017) foi lançado nos Estados Unidos em 10 de outubro de 2018, recebendo ampla aclamação da crítica. Dentre os 35 prêmios internacionais conquistado, o filme foi agraciado com o prêmio de Melhor Documentário no LAFF, se consolidando como uma das obras mais celebradas do circuito independente naquele ano.
BABYLON (1980)
Franco RossoReino UnidoDrama | 1h 36min
Censurado por muitos anos até chegar ao catálogo da FILMICCA, ‘Babylon’(1980), dirigido por Franco Rosso, é um retrato intenso e urgente da juventude negra britânica dos anos 80. 

O filme acompanha Blue (Brinsley Forde, vocalista do grupo de reggae Aswad), um jovem operador de Sound System que sonha em vencer uma grande competição musical enquanto enfrenta a dura realidade de uma Grã-Bretanha marcada pelo racismo institucional, pela xenofobia cotidiana e pela violência da polícia e da Frente Nacional.

A obra foi banida nos Estados Unidos após sua estreia na Semaine de la Critique, em Cannes, no ano de 1980, por medo de que sua representação direta da tensão racial inflamasse debates internos,  permanecendo por anos quase inacessível. Hoje, ressurgido em uma restauração belíssima, o longa é reconhecido como um marco do cinema britânico e um documento fundamental da cultura do Sound System no sul de Londres. Sua fotografia, sua energia sonora e seu olhar sem concessões fazem dele uma obra incômoda e indispensável.

Por seu trabalho em ‘Babylon’ (1980), Franco Rosso recebeu o prêmio de Cineasta Mais Promissor no Evening Standard British Film Awards de 1981.
BRANCO SAI, PRETO FICA (2015)
Adirley QueirósBrasilFicção Científica, Drama, Documentário | 1h 36min
Dirigido por Adirley Queirós e protagonizado por Marquim do Tropa, ‘Branco Sai, Preto Fica’ (2015) é uma aclamada e hipnotizante obra afrofuturista brasileira que articula imaginação e crítica social contundente. 

Mesclando elementos de ficção e documentário, o filme revisita um episódio violento ocorrido em um baile de black music na periferia de Brasília, quando tiros disparados pela polícia deixaram dois homens marcados para sempre. A narrativa ganha novos contornos com a chegada de um terceiro personagem vindo do futuro, cuja missão é investigar o caso e revelar como a repressão estatal molda, e viola, corpos e vidas negras.

Branco Sai, Preto Fica’ (2015), que também conta em seu elenco com ShokitoDilmar DurãesDJ Jamaika e Gleide Firmino, foi aclamado pelo público e pela crítica, recebendo diversos prêmios, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator (Marquim da Tropa)  no Festival de Brasília, onde fez sua estreia.

Posteriormente, o filme de Adirley Queirós passou por outros festivais, como o Festival Internacional de Cinema de Vienna, na Áustria, o Festival Doclisboa, em Portugal, o Festival Internacional de Cinema de Mar Del Plata, na Argentina, e o Festival Internacional de Cinema de Cartagena, na Colômbia, onde o diretor venceu o prêmio Prêmio FIPRESCI (Federação Internacional de Críticos de Cinema) pela obra. 
SUPA MODO (2018)
Likarion WainainaQuêniaFantasia, Drama | 1h 15min
Dirigido pelo cineasta queniano Likarion Wainaina, “Supa Modo” (2018) é um drama tocante que combina fantasia, imaginação e emoção para retratar a força da comunidade diante da fragilidade da vida. Protagonizado pela talentosa jovem atriz Stycie Waweru, o filme conquistou público e crítica internacionalmente pela sensibilidade e humanidade com que aborda temas como infância, solidariedade e esperança.

Na obra, conhecemos Jo (Stycie Waweru), ela é uma menina espirituosa de 9 anos e com uma doença terminal. Ela volta para sua aldeia rural para viver o restante de sua curta vida. Seu único conforto durante esses tempos monótonos são seus sonhos de ser uma super-heroína, algo que sua rebelde irmã adolescente Mwix, a superprotetora mãe Kathryn e toda a vila de Maweni pensam que podem realizar para ela.

Desde sua primeira exibição, ‘Supa Modo’ (2018) venceu mais de 45 prêmios, entre eles prêmio Best Feature Film – Generation Kplus, no 67º Festival Internacional de Berlim, onde estreou e também foi agraciado com o Best Feature Film no Carrousel International du Film. Além dos prêmios Best Film – SCORE Bernhard Wicki Award e o AOK Film Award no Emden International Film Festival.
KEVIN (2021)
Joana OliveiraBrasil, UgandaDrama, Documentário | 1h 21min
Kevin’(2021), dirigido por Joana Oliveira, acompanha o reencontro entre duas amigas que, após vinte anos distantes, voltam a compartilhar tempo, espaço e palavra: a própria diretora e a ugandense Kevin Adweko. Juntas, as duas criam uma obra que subverte as representações comuns do feminino no cinema, apostando na amizade, ao invés da rivalidade, como força transformadora.

No filme documental, Joana viaja de Belo Horizonte até Uganda para visitar Kevin, com quem estudou na Alemanha durante a juventude. A partir dessa reunião íntima e afetiva, o filme constrói uma narrativa delicada sobre amizade, memória e amadurecimento, entrelaçando histórias do passado, expectativas de futuro e diferentes modos de enfrentar os percursos da vida.

O que começa como uma visita simples logo revela camadas profundas de existência. Ao revisitar lembranças e partilhar inquietações sobre maternidade, envelhecimento, autonomia, saúde e as pressões sociais sobre o que significa “ser mulher”, Joana e Kevin expõem contrastes que atravessam suas experiências adequar-se às normas culturais ou romper com elas, corresponder às idealizações 
A LENDA DA RAINHA SEM TERRA DE LAGOS (2024)
Bisola Akinmuyiwa, Temitope Ogungbamila, James Tayler, Mathew Cerf, Samuel Okechukwu, Elijah Atinkpo, Tina EdukpoNigéria, AlemanhaDrama | 1h 42min
Dirigido por um coletivo de cineastas formado por Bisola AkinmuyiwaTemitope OgungbamilaJames TaylerMathew CerfSamuel OkechukwuElijah Atinkpo e Tina Edukpo, a cooprodução entre Nigéria e Alemanha ‘A Lenda da Rainha Sem Terra de Lagos’ (2024) acompanha Jawu (Temi Ami-Williams), uma mulher marcada pela herança de um guerreiro rei, mas que vive de forma humilde na comunidade flutuante de Agbojedo, às margens da lagoa que dá nome a Lagos, na Nigéria.

Atingida pela sorte improvável, Jawu acredita ter encontrado uma possível saída para romper o ciclo de precariedade em que vive. No entanto, o destino reserva desafios muito maiores do que ela imagina. Enquanto tenta proteger sua família e sua comunidade, ela percebe que seu caminho está entrelaçado a uma batalha maior por justiça e sobrevivência. Quando rumores sobre novos empreendimentos governamentais começam a ameaçar as casas da comunidade, Jawu testemunha um político corrupto enterrando um pé-de-meia repleto de dinheiro, um encontro que muda o curso de sua vida.

Representando a força silenciosa das mulheres que resistem às injustiças,  ‘A Lenda da Rainha Sem Terra de Lagos’ (2024) combina drama social e elementos míticos para construir uma narrativa potente sobre poder e esperança em meio à desigualdade urbana da maior cidade da Nigéria.
LAAFI, TUDO ESTÁ BEM (1991)
S. Pierre YameogoBurkina Faso, SuíçaDrama | 1h 38min
Coprodução entre Burkina Faso e Suiça com direção do burquinense S. Pierre Yameogo, ‘Laafi, Tudo Está Bem ‘ (1991) acompanha a história de Joe, interpretado por Jacob Bamogo.

Na obra, Joe acabou de concluir o ensino médio e quer estudar medicina na França, mas para isso precisa se dirigir ao Ministério da Educação em Ouagadougou. Entretanto, segue-se uma série de processos administrativos, além do fato de que em Burkina Faso, como em qualquer outro lugar do mundo, são as conexões que colocam em movimento a máquina burocrática.

Exibido na Semana da Crítica no Festival de Cannes em 1991, o filme retrata tensões pós-coloniais ao comparar os espaços que ocupam um dos idiomas originários dos país e a língua europeia. Na vida cotidiana, o primeiro é hegemônico, enquanto em ambientes burocráticos o francês prevalece. Uma obra sobre amadurecimento que, embora realista em relação às dificuldades sociais do país, não perde seu bom humor e em muitos momentos privilegia mostrar o grupo de amigos se divertindo e imaginando suas expectativas de futuro.
O PARAÍSO DESCE À TERRA (2020)
Tebogo MalebogoÁfrica do SulDrama | 11min
Dirigido pelo cineasta sul-africano Tebogo Malebogo,“O Paraíso Desce à Terra”(2020) é um poderoso curta-metragem contado através de uma grande poesia visual e uma narrativa ímpar.

A obra acompanha dois jovens homens negros sul-africanos, Tau (Thapelo Maropefela) e Tumelo (Sizo Mahlangu), que partem juntos numa caminhada por uma paisagem montanhosa isolada. Depois que Tau chega a uma conclusão sobre sua sexualidade, isso coloca em movimento uma cascata de pensamentos e emoções em Tumelo. Nada mais será o mesmo entre eles.
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SOBRE A FILMICCA

Fundada por Gracielly Pinto, a FILMICCA é um streaming nacional e independente de cinema autoral e cult, do clássico ao contemporâneo, com lançamentos semanais, incluindo obras inéditas, exclusivas e de grandes festivais. Com uma curadoria que valoriza filmes realizados por mulheres, histórias LGBTQIAPN+, narrativas negras, obras de novos cineastas e de grandes diretores do cinema mundial, a FILMICCA possui um vasto acervo com cerca de 500 títulos disponíveis, incluindo obras de importantes realizadores como Chantal Akerman, Kiyoshi Kurosawa, André Novais Oliveira, David Cronenberg, Mia Hansen-Løve, Miloš Forman, Víctor Erice, Djibril Diop Mambéty, entre outros.
Homo Argentum | Filme argentino estreia nesta quinta-feira (20)

Homo Argentum | Filme argentino estreia nesta quinta-feira (20)

Dirigido pela renomada dupla Gastón Duprat e Mariano Cohn, o longa estrelado por Guillermo Francella se tornou a maior bilheteria pós-pandemia da Argentina

Link do trailer: https://youtu.be/80mrv4ZSMWw

O filme argentino Homo Argentum, sucesso absoluto de bilheteria em seu país de origem, estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 20 de novembro, com exibições em salas selecionadas. Produzido pela Pampa Films e distribuído pela The Walt Disney Company, o longa de 110 minutos dirigido por Gastón Duprat Mariano Cohn é composto por 16 pequenas histórias, cada uma com duração entre 1 e 12 minutos, todas estreladas por Guillermo Francella em papéis muito diferentes. Cada uma é independente, mas, juntas, formam uma reflexão cômica sobre o presente, com uma crítica social contundente.

Mariano Cohn e Gastón Duprat. Créditos: Divulgação

Muito conhecidos pelo público brasileiro, Duprat e Cohn já assinam diversas produções disponíveis no Disney+, como as séries “Meu Querido Zelador” (2022), “O Faz Nada” (2023) e “O Museu” (2024). A dupla é referência no cinema latino-americano, com títulos como “O Homem ao Lado” (2009), “O Cidadão Ilustre” (2016) e “Competição Oficial” (2022), todos marcados pelo humor inteligente e pela crítica social refinada.

Guillermo Francella, um dos atores mais queridos e versáteis da Argentina, também é bastante reconhecido no Brasil por sua trajetória no cinema e no streaming. Ele estrelou o vencedor do Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro, “O Segredo dos Seus Olhos” (2009), além de sucessos “O Clã” (2015), “Minha Obra-Prima” (2019) e “O Roubo do Século” (2020). No Disney+, protagonizou “Meu Querido Zelador”, reforçando sua parceria de longa data com Duprat e Cohn.

Essa combinação — diretores aclamados e um protagonista já familiar ao público brasileiro — tem contribuído para ampliar o alcance das produções do trio no país, que conquistam fãs pela mistura de humor ácido, observação social e personagens memoráveis.

Guillermo Francella em Homo Argentum. Créditos: Divulgação

Desde sua estreia em agosto de 2025 na Argentina, Homo Argentum” foi assistido por mais de 1,7 milhão de espectadores, tornando-se o filme de maior bilheteria pós-pandemia no país. A produção remete à era de ouro do cinema italiano e se destaca por retratar diversas facetas da identidade argentina com irreverência, graça e uma crítica social afiada.

Além de Francella, o elenco do filme ainda conta com nomes como Eva de Dominici, Millo J, Miguel Granados, Clara Kovacic, Vanessa González, Juan Luppi, Gastón Sofriti, Dalma Maradona e Guillermo Arengo. 

“Homo Argentum” estreia em 20 de novembro no Brasil.

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Samsung TV Plus promove curadoria dedicada ao 20 de novembro, que exalta a cultura e a resistência negra

Samsung TV Plus promove curadoria dedicada ao 20 de novembro, que exalta a cultura e a resistência negra

Canais disponibilizam programação para o Dia da Consciência Negra, valorizando a representatividade da cultura afro

Imagem meramente ilustrativa

SÃO PAULO, Brasil – 19 de novembro, 2025 – O Samsung TV Plus preparou uma programação especial para celebrar a força, a história, a cultura e o legado da Consciência Negra, destacando o debate sobre igualdade racial e representatividade, oferecendo ao público uma curadoria diversa e inspiradora, que convida à reflexão da importância da herança africana na formação da identidade brasileira. Serão 24 horas de conteúdo incluindo entrevistas, filmes, séries, curtas metragens e muito mais. Confira a programação especial dos canais:
 

Moviesphere by Lionsgate (2733)

Entre os destaques da curadoria, estão grandes produções do cinema internacional. O clássico O Grande Desafio, estrelado por Denzel Washington, revisita um episódio marcante da história norte-americana ao mostrar a jornada de um grupo de estudantes negros que desafiam as barreiras do racismo através da educação e oratória.
 

Já o impactante Ali, com Will Smith no papel do lendário boxeador Muhammad Ali, celebra não apenas o talento e a determinação de um ídolo do esporte, mas também sua coragem em enfrentar o preconceito e defender os direitos civis em um dos períodos mais turbulentos da história.
 

A sensibilidade de Oprah Winfrey brilha em Sete Mulheres, produção que traz à tona as dores e as esperanças das mulheres negras em busca da liberdade, do reconhecimento e da dignidade, ressaltando o poder da solidariedade feminina e da ancestralidade.
 

Comovente e inspirador, Prova de Fogo: Uma História de Vida que é interpretado por Laurence Fishburne, fecha a seleção com uma narrativa sobre perseverança, identidade e transformação pessoal.
 

Cultne.TV (2150)

O canal, 100% dedicado à cultura negra, fará a cobertura ao vivo da Segunda Marcha das Mulheres Negras que acontecerá em Brasília, no dia 25 de novembro, um dos atos políticos e culturais mais importantes do país. A marcha reúne milhares de mulheres de todo o território nacional em defesa da vida, da justiça racial, do respeito e da valorização das mulheres negras. A transmissão ao vivo permitirá ao público acompanhar discursos, apresentações e depoimentos que reafirmam o protagonismo feminino negro na luta por equidade e direitos humanos.
 

Complementando a programação do Cultne.TV, o documentário Gerson King Combo – O Filme chega ao público no dia 30 de novembro, trazendo um mergulho profundo na trajetória de um dos artistas mais marcantes da cultura negra nacional. Com imagens raras e registros históricos, a produção mostra como sua arte se tornou um grito de resistência e orgulho.
 

WhE Play (2083)

O canal exibirá uma programação especial durante todo o dia 20. Començando com podcast André Alves Com-Vida, que apresenta uma iniciativa que une curiosidade, educação e conhecimento. Conduzido por André Alves, professor, palestrante e músico negro que promove conversas inspiradoras com famosos e anônimos, abordando temas diversos e dando visibilidade a assuntos que muitas vezes permanecem à margem das discussões.
 

Já Theoterapia é um podcast conduzido por Theodoro Cochrane, onde celebridades compartilham experiências, desafios, conquistas e momentos de prazer ao longo da vida e da carreira. Para esta programação foram selecionados episódios com convidados negros, destacando suas histórias, perspectivas e trajetórias transformadoras.
 

Em Belas Raízes, Bela Gil percorre diferentes regiões do Brasil para conhecer representantes de comunidades tradicionais e suas lideranças femininas. Em cada encontro, Bela mergulha nos conhecimentos tradicionais, na medicina natural e nas práticas de alimentação saudável, revelando a força das mulheres que preservam e compartilham seus costumes e conhecimentos.
 

Bombou Entrevistas apresenta conversas conduzidas por Manoel Soares, jornalista e comunicador negro, que explora a trajetória pessoal e profissional de diversas figuras públicas. Para esta programação especial, foram selecionados episódios com convidados negros, que compartilham suas histórias, desafios e conquistas, ampliando o diálogo sobre representatividade e identidade.
 

EmDudu e o Lápis Colorido, um curta-metragem, narra a história de um menino negro, curioso, inteligente e cheio de imaginação, estudante de um colégio particular da classe média paulistana. Que durante uma aula de arte, sua professora pede que ele use o “lápis cor da pele” para colorir um desenho, uma frase simples que desperta em Dudu uma profunda crise de identidade. A partir daí, com a inocência e a sensibilidade típicas da infância, ele inicia uma pequena grande jornada, carregando o lápis consigo em busca de respostas sobre cor, pertencimento e representação.
 

Com acesso livre em qualquer SmartTV* Samsung, o Samsung TV Plus destaca uma programação especial para o Dia da Consciência Negra, repleta de produções que valorizam e honram as trajetórias, as narrativas e as vozes negras. O conteúdo pode ser assistido sem necessidade de login, diretamente no serviço da TV, totalmente grátis.

Samsung TV Plus. É streaming. É grátis. É seu.

Conheça mais sobre o Samsung TV Plus* e todos os produtos da marca acessando Samsung Newsroom Brasil.

* Disponível para Smart TVs Samsung a partir de 2017. Necessária conexão à internet. O conteúdo disponibilizado pode ser alterado e/ou descontinuado a qualquer tempo, sem aviso prévio.

Poltrona Cabine: Apolo/Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Apolo/Cesar Augusto Mota

O cinema brasileiro tem se mostrado cada vez mais dinâmico, abordando pautas sociais diversas e importantes, principalmente no tocante à família e políticas públicas. O que pode parecer comum para uns é tido como tabu por outros, como o relacionamento e a gestação de um casal trans. Estreante como cineasta, a atriz Tainá Muller, juntamente de Ísis Broken, procuram abordar de uma forma simples e natural as situações mencionadas em “Apolo”, distribuído pela Biônica Filmes.

O documentário começa a ilustrar a jornada transformadora e desafiadora do casal trans Ísis e Lourenzo, desde a gestação até o parto de Apolo, filho dos dois, concebido por Lourenço. O desafio não está só na aceitação por parte da sociedade, mas também em ter atendimento eficiente e digno no sistema público de saúde. A revolta fez Ísis fazer um desabafo forte nas redes sociais, proporcionando a partir daí debates importantes sobre o quão sofre a pessoa trans no Brasil, país no qual mais se mata transgêneros no mundo.

Temas como direitos reprodutivos e dignidade no acesso à saúde também são abordados e se fazem importantes nessa obra, pois são direitos de todos. Além do sinal de alerta sobre o preconceito e negligência com as pessoas transgênero, o documentário também significa protesto e apelo por uma sociedade mais justa. Temos emoção e informação nessa trajetória do casal Ísis e Lourenzo, que representa a realidade de outros casais trans.

O nome Apolo é simbólico, não só representa luz na vida do casal, como também a esperança de uma vida com mais tolerância e respeito. O documentário é um perfeito retrato de família, mostrando a intimidade de Ísis e Lourenzo, um casal feliz que mostra que muitas pessoas ainda não aprenderam a lidar com o conceito de amor.

Uma obra que fará o público se identificar, com o significado mais simples de amor, um sentimento verdadeiro e presente em todas as famílias, sem distinção.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Festival de Cinema Francês do Brasil traz seis produções do Festival de Cannes deste ano

Festival de Cinema Francês do Brasil traz seis produções do Festival de Cannes deste ano

Inspirado em uma história real, o drama ‘13 Dias, 13 Noites’ é um dos destaques da programação do 16º Festival de Cinema Francês do Brasil – foto: divulgação

Com seis longas exibidos em Cannes, edição do Festival de Cinema Francês do Brasil traz obras que poderão ser vistas pela primeira vez no país

“JOVENS MÃES”, VENCEDOR DO PRÊMIO DE MELHOR ROTEIRO, E “O SEGREDO DA CHEF”, FILME DE ABERTURA, ESTÃO ENTRE OS DESTAQUES DA EDIÇÃO

Da Riviera Francesa para as salas de cinemas de todo o Brasil: a 16ª edição do Festival de Cinema Francês do Brasil (antigo Varilux), que ocorre de 27 de novembro a 10 de dezembro em cinemas de todo o país, apresenta seis longas-metragens exibidos no Festival de Cannes em maio último, sendo cinco deles inéditos em solo brasileiro. Entre os destaques estão O Segredo da Chef (Partir un jour), de Amélie Bonnin, longa que abriu o evento, e Jovens Mães (Jeunes Mères), de Jean-Pierre e Luc Dardenne, que conquistou o prêmio de Melhor Roteiro.

Distribuído pela Synapse Distribution, o inédito O Segredo da Chef (Partir un jour)acompanha a história de Cécile, uma chef em ascensão que está prestes a abrir seu restaurante em Paris, mas precisa retornar à vila onde nasceu por conta de uma emergência familiar. Escrito por Dimitri Lucas e Amélie Bonnin, que também assina a direção, o filme é estrelado por Juliette Armanet, François Rollin e por Bastien Bouillon, ator vencedor do César de Melhor Revelação em 2023 e que integra a delegação artística do festival este ano.

Novo filme dos irmãos Dardenne – conhecidos por suas produções realistas e socialmente engajadas – Jovens Mães (Jeunes Mères), da Vitrine Filmes, aborda o desafiador cotidiano de cinco adolescentes e seus filhos pequenos em um abrigo. Estrelada por Babette Verbeek, Elsa Houben e Janaïna Halloy Fokan, a produção acompanha a luta das jovens em busca de uma vida melhor para si mesmas e seus filhos, enquanto lidam com questões como conflitos financeiros e familiares. O roteiro do longa, premiado em Cannes, é também assinado pelos irmãos belgas.

Apresentado fora de competição, o drama inédito 13 Dias, 13 Noites (13 jours, 13 nuits), da California Filmes, é ambientado em Cabul, no Afeganistão, em agosto de 2021, e inspirado em uma história real. Enquanto as tropas americanas se retiram, os Talibãs tomam a capital e milhares de afegãos buscam refúgio na Embaixada da França, protegida pelo comandante Mohamed Bida e seus homens. Cercado, ele negocia com os Talibãs para organizar, com a ajuda de Eva, uma humanitária franco-afegã, um último comboio em direção ao aeroporto. Dirigido por Martin Bourboulon, a produção é estrelada por Roschdy Zem, Lyna Khoudri e Sidse Babett Knudsen.
 

Exibido também fora de competição,A Mulher Mais Rica do Mundo (La Femme la plus Riche du Monde), de Thierry Kliffa, tem como protagonista a premiada atriz francesa Isabelle Huppertque estará no Brasil para divulgação do filme durante o festival. Inédita no Brasil, com distribuição da Synapse Distribution, a produção é inspirada na história real da herdeira de uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, em uma trama sobre ambição, doações astronômicas e segredos familiares. Laurent Lafitte, Marina Foïs e Raphaël Personnaz – que integrou a delegação do festival em 2024 – completam o elenco.

Homenageado do 16º Festival de Cinema Francês do Brasil, o ícone da comédia francesa Pierre Richard dirige e estrela o também inédito Sonho, Logo Existo (L’homme qui a Vu L’ours qui a Vu L’homme), seu retorno à direção após quase 30 anos. Exibida em sessão especial no Festival de Cannes deste ano, onde o artista também foi celebrado, a produção, distribuída pela Bonfilm, acompanha a história de dois homens de diferentes gerações que criam um vínculo improvável enquanto protegem um urso de circo fugitivo no interior da França. Aos 91 anos e com mais de 100 filmes no currículo, Pierre também estará por aqui para divulgar seu longa. Ele desembarca em São Paulo no dia 30 de novembro ao lado da mulher, a modelo brasileira Ceyla Lacerda, com quem é casado há quase três décadas, e também visita o Rio. Uma mostra com cinco longas fará uma retrospectiva de sua carreira.

A programação conta ainda com Eu, Que Te Amei (Moi qui t’aimais), parte da seleção Cannes Classics. Distribuído pela Autoral, a produção inédita no Brasil, dirigida por Diane Kurys, acompanha a atribulada história do icônico casal do cinema francês Yves Montand (Roschdy Zem) e Simone Signoret (Marina Foïs). Assombrada pelo caso de seu marido com a atriz Marilyn Monroe e ferida por todos os que vieram depois, Signoret sempre recusou o papel de vítima: o que eles sabiam é que nunca se separariam.

Em 2025, o Festival de Cinema Francês do Brasil segue com o apoio de Varilux – marca do grupo Essilor Luxottica – como “Patrocinador Master”. Conta também com os patrocínios do banco BNP PARIBAS, que entra pela primeira vez em 2025, do grupo PERNOD RICARD, da EDENRED, da VOLTALIA, do FAIRMONT e da AIR FRANCE, além do Ministério da Cultura – por meio da Lei Rouanet, e da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura.

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SOBRE A BONFILM

Além de distribuidora de filmes, a Bonfilm é realizadora do Festival de Cinema Francês do Brasil (antigo Festival Varilux de Cinema Francês) que, nos últimos 15 anos, promoveu mais de 35 mil sessões nos cinemas em todo o Brasil e somou um público de mais de um 2 milhões de espectadores. Desde 2015, a Bonfilm organiza também o festival Ópera na Tela, evento que exibe filmes de récitas líricas em uma tenda montada ao ar livre no Rio de Janeiro, e contou com uma edição recente em São Paulo em 2024. A produtora Bonfilm também é idealizadora, em São Paulo, do Espaço Cultural CNP de Realidade Virtual, integralmente dedicado a exposições culturais em realidade virtual, como ‘Uma Noite com os Impressionistas’ e ‘Mundos Desaparecidos’.