Neste domingo (28), Casa das Flores, no Cosme Velho, recebe sessão gratuita de cinema com debate

Neste domingo (28), Casa das Flores, no Cosme Velho, recebe sessão gratuita de cinema com debate

Este tradicional bairro não tem sala de cinema, o projeto Cineclube Cine Velho vem ocupar os espaços públicos com exibições de cinema em telão de LED e gratuito


O Cineclube Cine Velho nasceu com o intuito de ocupar os espaços públicos com exibições de cinema em telão de LED, relata Felipe Flores (idealizador do Cineclube)

Neste domingo, 28 de Setembro, o Cosme Velho, bairro tradicional do Rio de Janeiro (que não possui nenhuma sala de cinema), a primeira edição do Cineclube CINE-VELHO, projeto que tem como missão aproximar a população do bairro com a experiência do cinema, valorizando sua relevância cultural na formação de plateia.

O Cineclube que rodou algumas comunidades e cidades em 2024, volta com toda força estreando 2025 na colonial “Casa das Flores”, dia 28 de Setembro no Cosme Velho. Depois ocupando a quadra da comunidade do Cerro Corá, também no Cosme Velho, em 11 de Outubro, 16 de Novembro e 07 de Dezembro. Realizando o trabalho permanente do “Ponto de Cultura Cinema Presente” com a comunidade.

Com uma curadoria que atravessa diferentes fases da sétima arte, o CINE-VELHO cria um espaço de encontro da comunidade, despertando o interesse tanto de amantes do cinema quanto de novos espectadores em formação de plateia. Totalmente gratuito, a ideia é levar pessoas de todas as gerações para assistir e debater o filme depois. A iniciativa busca proporcionar uma experiência cinematográfica de qualidade promovendo não apenas a exibição de filmes, mas também o resgate da memória cultural e a inclusão social por meio da sétima arte.
 

Mais do que uma exibição de filmes, o projeto propõe uma vivência coletiva: assistir, debater e refletir sobre a produção nacional em territórios que muitas vezes não têm acesso a esse tipo de experiência cultural. Ao fugir do padrão do mercado dominado por filmes internacionais de grandes distribuidoras, o CINE-VELHO reforça o protagonismo do cinema brasileiro e a importância de democratizar o acesso à arte.
 

“Levar o Cine Velho para o Cerro Corá é uma oportunidade única de conectar a população com um cinema que fala diretamente sobre suas vivências, histórias e desafios. No Rio de Janeiro, especialmente em comunidades, muitas vezes o acesso a atividades culturais é limitado, e o cinema pode ser uma poderosa ferramenta de inclusão social. Ao oferecer filmes pensados para a nossa sociedade, estamos não só proporcionando momentos de lazer e emoção, mas também afirmando a importância de se ver refletido na tela do cinema.”, explica Felipe Flores idealizador do Cineclube Cine Velho.


Imagem: Denner Messias

O projeto promete transformar a quadra do Cerro Corá em uma verdadeira sala de cinema ao ar livre, reafirmando o compromisso do projeto em levar cultura, lazer e reflexão às comunidades do Rio de Janeiro.
 

Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Paulo Gustavo apresentam o projeto “Cineclube CINE VELHO”, contemplado no Edital Formação e Difusão Audiovisual – Cat. A – Cineclubismo . A iniciativa é uma produção da FG3 Entretenimento com o Ponto de Cultura Cinema Presente.

O Cineclube CINE-VELHO é uma iniciativa que acredita na potência do audiovisual como ferramenta de memória, identidade e transformação social.


Imagem: Denner Messias

Serviço:

 Local: Casarão das Flores – Cosme Velho, Rio de Janeiro

 Datas: 28 de setembro

Sobre o Ponto de Cultura:

O Ponto de Cultura Cinema Presente, promove exibições itinerantes e gratuitas de filmes nacionais ao ar livre, em espaços públicos que carecem de acesso ao cinema. Até agora, já foi realizado mais de 60 sessões em mais de 20 cidades do estado do Rio de Janeiro.

Conheça os longas do Festival do Rio que disputam indicação ao Oscar de Filme Internacional

Conheça os longas do Festival do Rio que disputam indicação ao Oscar de Filme Internacional

Festival do Rio 2025: conheça os longas da programação que disputam uma indicação ao Oscar de filme internacional

Três favoritos para uma indicação ao prêmio serão exibidos na 27ª edição do festival: A Voz de Hind Rajab, Valor Sentimental e O Agente Secreto

O Festival do Rio chega à sua 27ª edição reafirmando duas marcas registradas: ser a casa do cinema mundial no Brasil, exibindo produções de dezenas de países há quase três décadas, e apresentar em primeira mão o que há de mais relevante no cinema contemporâneo. Muitas vezes, os títulos exibidos no festival já chegam laureados em grandes eventos internacionais e seguem repercutindo no circuito de prêmios. Um dos melhores termômetros dessa curadoria é o Oscar de Melhor Filme Internacional.

Em 2024, por exemplo, quatro dos cinco indicados passaram no Festival do Rio: Emilia Pérez (França), A Garota da Agulha (Reino Unido), A Semente do Fruto Sagrado (Áustria) e o nosso grande vencedor, Ainda Estou Aqui (Brasil). Nos últimos 15 anos, o festival exibiu 8 longas que ganharam o Oscar da categoria: Drive My Car (Japão, 2022), Druk – Mais Uma Rodada (Dinamarca, 2021), Ida (Polônia, 2015), A Grande Beleza (Itália, 2014), A Separação (Irã, 2012), Em um Mundo Melhor (Dinamarca, 2011) e O Segredo de Seus Olhos (Argentina, 2010). A lista fica ainda maior se considerarmos todos os indicados ao longo desse tempo.

Esse recorte endossa a aptidão dos curadores do Festival do Rio para captar as tendências, novidades e joias do cinema atual — e, ao que tudo indica, essa sensibilidade estará refletida novamente no Oscar 2026. Apontado pela crítica como um dos melhores do ano e favorito na categoria inaugural de melhor elenco no Academy Awards, Uma Batalha Após a Outra, de Paul Thomas Anderson, foi exibido pela primeira vez no Brasil, na última quinta-feira (18), em uma sessão especial do festival. E o filme de encerramento, Hamnet: A Vida Antes de Hamlet, também deverá ganhar muitas indicações importantes — por exemplo, para a atriz Jessie Buckley, para o ator coadjuvante Paul Mescal e de roteiro e direção para Chloé Zhao, dentre outras.

Dentre os longas pré-selecionados por seus países para representá-los no Oscar 2026Querido Trópico (2024), exibido na 26ª edição do Festival do Rio (e disponível no Prime Video), foi selecionado pelo Panamá para o Prêmio da Academia no ano que vem. E outros 14 longas-metragens você poderá conferir no Festival do Rio 2025, entre os dias 2 e 12 de outubro. Confira a lista completa:

  • O Agente Secreto, de Kléber Mendonça Filho
  • Aquilo Que Você Mata (The Things You Kill), de Alireza Khatami
  • Um Fantasma Útil (A Useful Ghost), de Ratchapoom Boonbunchachoke
  • Franz Antes de Kafka (Franz), de Agnieszka Holland
  • Kokuho – O Mestre Kabuki (Kokuho), de Sang-il Lee
  • Fernão de Magalhães (Magellan), de Lav Diaz
  • O Olhar Misterioso do Flamingo (La misteriosa mirada del flamenco), de Diego Céspedes
  • Órfão (Orphan), de László Nemes
  • Um Pai (Father), de Tereza Nvotová
  • O Pavão (Peacock), de Bernhard Wenger
  • Pequenos Pecados (Little Trouble Girls), de Urška Djukić
  • Reedland (Rietland), de Sven Bresser
  • Valor Sentimental (Sentimental Value), de Joachim Trier
  • A Voz de Hind Rajab (The Voice of Hind Rajab), de Kaouther Ben Hania

Dentre esses 15 títulos, a Variety destaca 3 filmes entre os favoritos a uma indicação ao Oscar em janeiro: o docudrama tunisiano A Voz de Ben Hania, que corre por fora na disputa neste momento; o thriller brasileiro O Agente Secreto, que é um forte concorrente e cujo protagonista Wagner Moura é apontado hoje como um futuro indicado na categoria de melhor ator; e o drama dinamarquês Valor Sentimental, que deverá render mais uma indicação ao prêmio de roteiro original para Joachim Trier e Eskil Vogt, vem forte com seu elenco — estrelado por Renate Reinsve, Elle Fanning e Stellan Skarsgård — e desponta como o grande favorito ao prêmio.

Esses filmes estão distribuídos entre diversas mostras do Festival do Rio 2025, como Première Brasil, Panorama Mundial e Expectativas. 

Poltrona Séries-Wandinha-2ª Temporada-Parte 2/Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries-Wandinha-2ª Temporada-Parte 2/Cesar Augusto Mota

Com uma primeira parte bem aceita pelo público, “Wandinha” chegou com seus episódios finais da segunda temporada após grandes acontecimentos ao fim da primeira parte. Novos vilões irão surgir em Nevermore e mais segredos da Família Addams serão revelados, sem esquecer das participações especiais nessa sequência. Vai a segunda temporada ter um grand finale ou será uma decepção?

O passado de Morticia e Gomez é explorado, com muitas revelações, além das nuances da personalidade macabra de Wandinha, com muito humor ácido. Há um misto de drama adolescente, investigação e arcos complexos bem conectados. Os novos personagens também se destacam, tendo um deles trocado de lugar com Wandinha, que acaba por se tornar uma grande surpresa da temporada.

Uma série que não fique centrada apenas na personagem principal, mas que saiba explorar o que está ao redor do universo de Wandinha, tudo é bem feito e acaba por agradar ao público, que não esperava uma obra que mostrasse formas ainda não ilustradas da protagonista e da família Addams. Tio Chico, um dos mais engraçados, poderia ter sido mais explorado na série, bem como a nova geração de alunos da escola de Nevermore.

Não se poderia esquecer de Tim Burton, com a presença de elementos característicos de seus icônicos trabalhos no cinema, com cenários dotados de elementos sombrios, personagens com personalidades excêntricas e o espaço para situações bizarras. Tudo isso se encaixou na série de Wandinha, que conta com uma atriz acostumada com enredos que exploram a tensão, o medo, o inusitado e o inesperado. Jenna Ortega já se envolveu com projetos que exploravam o humor e o horror, “Wandinha” aborda ambos os gêneros, aliados à identidade visual de Tim Burton.

Com altos e baixos, a segunda parte da temporada dois de “Wandinha” agrada com o drama adolescente da protagonista e surpreende com as revelações sobre os Addams, mas faltou profundidade aos personagens secundários e aos alunos de Nevermore. Uma produção com potencial para corrigir sua rota e garantir mais uma temporada.

Cotação: 3,5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

PREMIADO EM BRASÍLIA, ‘AQUI NÃO ENTRA LUZ’, SERÁ EXIBIDO NO CINEBH

PREMIADO EM BRASÍLIA, ‘AQUI NÃO ENTRA LUZ’, SERÁ EXIBIDO NO CINEBH

Belo Horizonte recebe o primeiro longa da cineasta Karol Maia, produzido pelo Apiário Estúdio Criativo, com coprodução da Surreal Hotel Arts. Longa busca honrar e reverenciar trabalhadoras domésticas
Premiado no 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro com os troféus de Melhor Direção e o Prêmio Zózimo Bulbul (concedido por júri indicado pelo Centro Afrocarioca de Cinema e a Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro – APAN), AQUI NÃO ENTRA LUZ chega esta semana a Belo Horizonte. Produzido pela produtora mineira Apiário Estúdio Criativo, com coprodução da Surreal Hotel Arts, o longa será exibido na 19a edição do CineBH, com sessão neste sábado, dia 27 de setembro, no Cine Humberto Mauro, às 16h30, e contará com a presença da diretora. Karol Maia celebra a premiação: “abrir a caminhada do filme no Festival de Brasília e voltar com dois prêmios é um início poderoso para essa trajetória”.
A diretora, que iniciou o projeto em 2017 pesquisando a arquitetura das senzalas e dos quartos de empregada nos estados que mais receberam mão de obra escravizada, contou que o filme foi se transformando junto com ela: “chegou um momento que foi inevitável não assumir que eu tinha alguma coisa a ver com essa história. Esse filme começou com um olhar mais prático e frio sobre o quarto de empregada e hoje eu entendo que é um filme sobre amor. É um filme que conta a história do Brasil e acredito que também é uma forma de honrar e reverenciar essas mulheres”, disse Maia.
Confira o teaser da obra:
A recepção calorosa do público ecoou na imprensa durante o Festival de Brasília. Para Eduardo Moura, da Folha de S.Paulo, “mesmo tratando de temas pesados, o filme conseguiu despertar gargalhadas na plateia em certos momentos, tamanho era o carisma das personagens”.

No Estadão, Luiz Zanin Oricchio destacou o caráter único de AQUI NÃO ENTRA LUZ em relação a outros filmes sobre o trabalho doméstico: “há um diferencial em relação a obras anteriores, muitas delas dirigidas por pessoas de classe média, pois aqui a narrativa é assumida por alguém diretamente atravessado por essa experiência”. Para o crítico, o envolvimento de Karol Maia é o que dá “toda uma tonalidade emocional ao filme”, transformando-o em algo visceral. 

A crítica especializada também ressaltou a delicadeza do gesto de escuta da diretora, ao buscar conhecer profundamente as personagens que compõem o documentário. Para Bruno Carmelo, do portal Meio Amargo, “‘Aqui Não Entra Luz’ se prova um documentário tão belo e humano quanto popular”, elogiando a forma como Karol cria um espaço seguro para que as personagens falem “sem lágrimas, nem furor”, resgatando memórias de dor, mas também de potência e alegria.

Distribuído pela Embaúba Filmes, AQUI NÃO ENTRA LUZ reforça o potencial do cinema documental para provocar reflexões e para reposicionar as trabalhadoras domésticas como protagonistas da história do Brasil e de suas próprias histórias de vida. Para além da luta por melhores condições de trabalho, o filme lança luz sobre a beleza e a alegria dessas mulheres, sobre os laços familiares que constroem e os sonhos que realizam todos os dias. 

“Não é nenhuma novidade, mas as mulheres negras trabalhadoras domésticas sustentam esse país há séculos”, conclui a diretora. A partir do seu olhar como cineasta, Karol Maia revela que sustentar o país também é criar espaços para a micropolítica da vida: o cuidado com os filhos, os desejos íntimos, as pequenas conquistas e as celebrações que tornam suas trajetórias únicas.
Sinopse
Entre memórias pessoais e pesquisas históricas, uma cineasta, filha de uma trabalhadora doméstica, percorre quatro estados brasileiros historicamente marcados pela escravidão. Ao investigar como a arquitetura foi projetada para segregar corpos e sustentar hierarquias, ela encontra mulheres que enfrentam esse legado e lutam para que suas filhas possam sonhar outros destinos.
FICHA TÉCNICA

Produção: Apiário Estúdio Criativo
Coprodução: Surreal Hotel Arts
Direção e Roteiro: Karol Maia
Produção Executiva: Paula Kimo
Direção de Fotografia: Camila Izidio, Carol Rocha
Direção de Fotografia Adicional: Wilssa Esser
Direção de Produção: Paula Kimo
Montagem: Cesar Gananian, Fer Krajuska
Som Direto: Thais Nália, Lyn Santos
Direção de Arte Adicional: Maíra Mesquita
Mixagem de Som: Henrique Staino
Finalização: Sem Rumo Projetos Audiovisuais
Pesquisa: Isabella Santos, Suzane Jardim
Distribuição no Brasil: Embaúba Filmes
Galeria

ROCINHA RECEBE CINEMA A CÉU ABERTO COM A EXIBIÇÃO DE “DAVID BLAINE: MAGIA INESPERADA”, PRODUÇÃO DO DISNEY+ E NAT GEO

O evento é gratuito e acontece em 27 de setembro na Via Ápia, celebrando o protagonismo cultural e acesso à cultura do audiovisual

A Rocinha será palco de uma noite histórica no dia 27 de setembro, próximo sábado, quando a Associação de Moradores promoverá a exibição gratuita e ao ar livre do documentário do Disney+ e da National Geographic, David Blaine: Magia Inesperada, em plena Via Ápia, coração da comunidade carioca.

Mais do que uma simples sessão de cinema, a iniciativa destaca o poder das favelas de expressar sua própria realidade. Gravado também na Rocinha, David Blaine: Magia Inesperada acompanha a passagem do maior mágico do mundo pelo Brasil, registrando sua trajetória de desafios extremos que testam fogo, gelo e os limites do corpo humano, e colocando o bairro como parte essencial de uma narrativa global. A produção mostra a força, a beleza e a energia única do povo local, enquanto a ação reforça a importância do cinema, da arte e da cultura em lugares que inspiram essas histórias.

O evento gratuito, que acontece com o apoio da Associação de Moradores da Rocinha, promete reunir famílias, jovens e crianças em uma experiência coletiva inédita, reforçando o acesso à cultura e à produção audiovisual no bairro.

Além da Rocinha, David Blaine: Magia Inesperada também percorre diferentes partes do mundo, com episódios gravados no Sudeste Asiático, Índia, Círculo Polar Ártico, África do Sul e Japão, mostrando a versatilidade do ilusionista em cenários diversos e sempre em diálogo com a cultura local. O documentário é dividido em seis partes e explora o mundo pela visão da mágica. Procurando pessoas incríveis que realizam feitos reais que parecem mágica, Blaine nos leva numa jornada de cair o queixo por algumas das culturas mais extraordinárias do mundo enquanto procura espíritos afins, busca inspiração e aprende habilidades excepcionais no processo.

A primeira temporada de David Blaine: Magia Inesperada já está disponível no Disney+.

Serviço

Data: 27 de setembro de 2025
Local: Via Ápia – Rocinha

Horário: 18:00 PM
Evento: Cinema ao ar livre – Exibição do documentário David Blaine: Magia Inesperada (Disney+ / National Geographic)
Entrada: Gratuita