#LINK:RIO abre inscrições para laboratório audiovisual para filmes documentais

#LINK:RIO abre inscrições para laboratório audiovisual para filmes documentais

Estão abertas as inscrições para a primeira edição do #LINK:RIO, oficina de cinema voltada para o desenvolvimento de projetos documentais com foco em cineastas cariocas. O evento acontecerá no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF) e no ESPAÇO #LINK:RIO, no Centro da cidade, de 13 a 16 de maio. #LINK:RIO tem direção de Walter Tiepelmann, produção de Leonardo Pinheiro e coordenação de Celina Torrealba.

Desdobramento carioca do tradicional #LINK – Encuento Iberoamericano de Cine Documental da Argentina, o #LINK:RIO vai selecionar oito projetos de cineastas emergentes do estado do Rio de Janeiro que tenham forte apelo autoral e uma proposta narrativa ousada e criativa. Totalmente gratuito, o laboratório conta com mentorias de experientes nomes da área, como diretores, roteiristas, produtores e demais profissionais, que compartilharão suas trajetórias, processos e desafios com os participantes. Entre os tutores estão Walter Tiepelmann (coordenador Málaga WIP e diretor #LINK Buenos Aires), Mario Durrieu (diretor do FIDBA – Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires), María Campaña Ramia (programadora do   IDFA – Festival Internacional de Documentários de Amsterdam), Allan Ribeiro (diretor) e Renato Vallone (diretor e editor). Já o Comitê de Seleção dos projetos é formado por Rafael Saar (diretor e produtor), Lara dos Guaranys (produtora) e Jana Wolff (EFM – European Film Market e Berlinale), além do próprio Walter Tiepelmann.

O objetivo do #LINK:RIO é transformar ideias em projetos consistentes, buscando contribuir com o desenvolvimento de futuros filmes e também na busca por fundos, encontros de coprodução e estratégias de distribuição e exibição. O foco está em produções de não-ficção em fase inicial, que desejam fortalecer a semente criativa e consolidar uma visão autoral. Um espaço de reflexão e desenvolvimento do documentário contemporâneo. Cineastas e produtores poderão inscrever seus projetos até o dia 1 de maio pelo site link-rio.com.

Além de receberem tutorias e assessoria, um dos oito projetos será selecionado para participar da 14ª edição do #LINK – Encuentro Iberoamericano de Cine Documental, que será realizada entre 6 a 11 de outubro deste ano na cidade de Buenos Aires, Argentina.

“O LINK:RIO busca se tornar um ponto de apoio para cineastas que buscam expandir os limites da percepção e da linguagem documental, apostando em filmes que, ao propor outras formas, desafiem tanto os conceitos da linguagem do documentário assim como o próprio fazer cinematográfico”, explica Walter Tiepelmann, diretor de indústria do evento.

MOSTRA DE CINEMA

Em paralelo ao #LINK:RIO, nasce o FID:RIO – Festival Internacional de Cinema de Não Ficção do Rio de Janeiro, um panorama do cinema contemporâneo de não ficção autoral limítrofe em termos de narrativa e estética. A primeira edição, com curadoria de Mario Durrieu, será realizada em formato híbrido, com uma programação online acessível a todo o Brasil e sessões presenciais no CCJF, nos mesmos dias dos laboratórios. O FID:RIO é uma coprodução como o tradicional FIDBA e, com a #LINK, sua área de atuação, a única na América Latina dedicada a todas as etapas do cinema de não ficção, de Buenos Aires. Toda programação é gratuita e será divulgada em breve.

O FID:RIO e o #LINK:RIO têm como propósito fortalecer o Rio de Janeiro como um polo de excelência no cinema documental.

Poltrona Cabine: Sobreviventes/Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Sobreviventes/Cesar Augusto Mota

Fazer um recorte da realidade é sempre um desafio para o realizador, pois necessita equilibrar o que é real e fictício. E como seria se a narrativa fosse praticamente em apenas um ambiente e com personagens tão diferentes? “Sobreviventes”, de José Barahona, traz um filme de época e com bastante imersão, com muitas discussões filosóficas sobre a existência humana e as regras que regem o convívio social. Foi bom o resultado?

Um grupo de náufragos, tanto brancos como negros, ficam isolados em uma ilha no século XIX. Sem estrutura ou leis pré-determinadas, eles se veem em meio a alguns dilemas: reproduzir as hierarquias do passado ou estabelecer uma nova forma de conviver? É possível estabelecer uma sociedade democrática após um regime de escravidão e o uso intenso de violência?

Debates sobre feminismo, costumes e como o ser humano pode ser incoerente ditam o tom da obra, e tudo isso é possível perceber pelos personagens, como um escravo, um aristocrata que deseja amar e duas mulheres, mãe e filha, que exercem importante papel a partir do momento em que desenvolvidas na trama. Julgamentos são feitos pelas ações dos protagonistas e também pelos silêncios deles em momentos mais críticos.

Há um perfeito enquadramento, com uso de cores frias, e todo o cenário faz o espectador acreditar que tudo ali é real. Os comportamentos ali retratados ilustram como o ser humano pode ser cruel e como o caráter pode mudar conforme a conveniência e oportunidade, sobre ser esperto, racional ou justo. Surgem relações improváveis e até mesmo laços de amizade são estabelecidos em um cenário bastante intimidador.

O elenco é coeso, as atuações são fortes e há uma sensação de realismo em tudo o que foi mostrado nos cenários e nas atitudes dos personagens. E retratar a escravidão foi extremamente importante, tendo em vista um período tão obscuro, que deixou sequelas e como as graves consequências a sociedade sente até hoje. Um período que muitos tentaram esconder e que precisava ser relembrado, tendo em vista os preconceitos e as injustiças que ainda persistem no nosso cotidiano.

“Sobreviventes” é envolvente, impactante e filosófico. Um contexto que mexe com as emoções, uma obra necessária.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: 12.12-O Dia/Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: 12.12-O Dia/Cesar Augusto Mota

Além do entretenimento, o cinema pode exercer importantes papéis no cotidiano, não só reacender uma memória de um período histórico, como também uma reflexão acerca da importância e influência deste na época até os dias atuais. Um importante acontecimento coreano é retratado em “12.12: O Dia”, com direção de Kim Sung-soo, que relembra tudo o que aconteceu no fim da década de 70, aliado às suas memórias. Uma experiência aterrorizante, para o realizador e todos os norte-coreanos.

Em 1979, a Coreia do Sul vivia sob o regime autoritário de Park Chung-hee, que fez o país avançar economicamente, mas com ferrenhas restrições políticas e sociais. Na noite de 12 de dezembro daquele ano, o presidente foi assassinado pelo próprio chefe de inteligência, proporcionando um mergulho em uma grave crise política. Com a lei marcial em curso, fica uma enorme lacuna no poder que abre espaço para um golpe de Estado que acaba por moldar o futuro do país.

A mistura de ficção com uma história inspirada em fatos reais traz uma aura assustadora e inquietante do que ocorreu na época, além de liberdade narrativa. O filme acaba por se tornar acessível a públicos diversos, com sua alta complexidade e a exposição de ambições, disputas de poder e os dilemas morais que marcaram o país asiático naquele período e similar ao vivido recentemente, com a dissolução do parlamento pelo ex-presidente Yoon Suk-yeol, restrição de liberdade de imprensa e seu processo de impeachment, ocorrido em seguida.

Saber um pouco da história da Coreia da Sul e compreender o que ocorreu por lá são dois pontos importantes para se enxergar o atual momento do país, que sofre até hoje com práticas antidemocráticas e com todo tipo de opressão à liberdade de expressão, de imprensa e de ir e vir. A combinação de registros de com fotos, arquivos históricos e consultas a militares ajudaram a contribuir com a autenticidade da obra, que trouxe um eficiente e qualificado resultado, uma aula sobre história e democracia.

E por falar em democracia, ela nunca pode ser negligenciada, pois todos os dias ela passa por grandes desafios e precisa ser garantida e defendida constantemente, contra todo tipo de abuso e opressão. Um filme que serve como sinal de alerta, não só para a Coreia do Sul, como para o Brasil, que viveu recentemente um verdadeiro atentado, mas que sobreviveu com bastante luta e resistência, em todas as suas esferas.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Disney+ | Maria e o Cangaço – Lista de produções biográficas

Disney+ | Maria e o Cangaço – Lista de produções biográficas

Além do recente lançamento que mostra o cangaço pela perspectiva de Maria Bonita, o catálogo do streaming da Disney conta com biografias envolventes, filmes emocionantes e séries viciantes para maratonar

Os seis episódios de Maria e o Cangaço já estão disponíveis exclusivamente no Disney+! A série nacional retrata a história de Maria Bonita (Isis Valverde), companheira de Lampião (Júlio Andrade) e a primeira mulher cangaceira. Entre fugas e batalhas, ela se vê diante da mais dura lei do cangaço: ao engravidar, precisa entregar sua filha para ser criada por outra pessoa. Dividida entre o amor materno e a vida no bando, Maria enfrenta um dilema impossível.

Além desta produção que acabou de lançar, o Disney+ oferece para o público outras produções nacionais inspiradas em histórias reais. Confira abaixo: 

O Rei da TV (2021-2022)

Série | 2 temporadas disponíveis exclusivamente no Disney+

Rei da TV, que conta com duas temporadas de oito episódios cada, retrata a trajetória de Silvio Santos desde seus primeiros passos como camelô até se tornar um dos maiores comunicadores do país e dono do SBT. A produção mergulha nos desafios que ele enfrentou ao longo da carreira, incluindo problemas financeiros, disputas políticas e mudanças na televisão brasileira, além de mostrar sua relação com a família e sua incansável busca pelo sucesso. Com uma abordagem dinâmica e nostálgica, a série revela os bastidores da vida do apresentador e os momentos decisivos que moldaram sua jornada.

No elenco, José Rubens Chachá interpreta Silvio Santos na fase adulta, enquanto Mariano Mattos Martins dá vida ao apresentador na juventude. Leona Cavalli assume o papel de Íris Abravanel, esposa de Silvio, e Paulo Nigro aparece como Gugu Liberato, um dos nomes mais importantes de sua emissora. 

Volta Priscila (2024)

Docussérie | Disponível exclusivamente no Disney+

Em 2004, o Brasil parou para acompanhar o drama da família do famoso lutador Vitor Belfort que, acostumada com as glórias no octógono, foi abalada pelo desaparecimento da alegre Priscila Belfort, irmã de Vitor. Entre teorias e pistas falsas, as buscas por ela são intermináveis, cheias de caminhos tortuosos, personagens sombrios e mais dúvidas que respostas, numa trama envolvendo polícia, tráfico e a grande mídia. Porém, 20 anos depois, a real personalidade de Priscila pode ser a chave que colocará um ponto final nessa misteriosa história.

Meu Sangue Ferve por Você (2024)

Série | Disponível exclusivamente no Disney+

Meu Sangue Ferve por Você mistura ficção e realidade ao narrar a história de como Sidney Magal e sua esposa, Magali, se conheceram e enfrentaram todos os desafios para ficarem juntos. No auge de sua fama, Magal conhece Magali em Salvador, e a paixão à primeira vista logo se transforma em uma história cheia de reviravoltas, desconfianças e grandes gestos de amor. Ao longo da série, o verdadeiro Sidney Magal e Magali comentam os momentos mais marcantes, refletindo sobre como o destino os uniu e como suas vidas se entrelaçaram de maneira quase inacreditável. Essa mistura entre passado e presente dá ao espectador uma visão única de um amor que transcende o tempo.

O Sequestro do Voo 375 (2023)

Filme | Disponível exclusivamente no Disney+

Nonato (Jorge Paz) é um trabalhador que, em 1988, se rebela contra o presidente e as dificuldades de um país em crise e orquestra o sequestro de um voo comercial para um atentado ao Palácio do Planalto. Murilo (Danilo Grangheia), o piloto desse avião, se vê responsável pela vida de mais de cem pessoas a bordo e mesmo com toda a tensão criada pelo sequestrador dentro da aeronave, executa a manobra mais impressionante da sua carreira e muda a história da aviação.

Disponível no Disney+, o longa-metragem que venceu a categoria de Melhor Roteiro do Los Angeles Brazilian Filme Festival (LABRFF) é dirigido por Marcus Baldini, com produção de Joana Henning pelo Estúdio Escarlate. Além dos protagonistas citados, o elenco ainda conta com Roberta GualdaGabriel GodoyCésar MelloJuliana AlvesWagner SantistebanArianne BotelhoDiego MontezClaudio JaborandyJohnnas Oliva e Adriano Garib.

Guga por Kuerten (2024)

Docussérie | Disponível exclusivamente no Disney+

Guga por Kuerten acompanha a jornada do tenista brasileiro, desde o início até se tornar uma lenda do esporte. A partir da morte prematura de seu pai, conta sua ascensão meteórica para vencer Roland Garros em 1997, sob a tutela de Larri Passos, e sua ascensão ao topo do tênis mundial, destacando suas vitórias icônicas e seu espírito competitivo indomável. No entanto, também são explorados seus momentos difíceis, como as lesões que ameaçaram sua carreira e sua aposentadoria emocionante em Roland Garros em 2008. Por meio de imagens de arquivo, entrevistas e momentos íntimos, a série documental oferece uma visão abrangente do homem por trás do mito, revelando a humanidade e a grandeza de um dos ídolos do tênis brasileiro.

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Galeria

Filme nacional “Jorge da Capadócia” retrata a história do Santo Guerreiro

O filme brasileiro “Jorge da Capadócia”, disponível para aluguel ou compra na Amazon Prime Video e Apple TV, narra a trajetória do guerreiro São Jorge, um dos santos mais venerados do cristianismo e símbolo de diversas culturas ao redor do mundo.

Ambientado em 303 D.C., a trama se desenrola após São Jorge ser condecorado como capitão do exército, logo após uma grande vitória em batalha. No entanto, sua lealdade é testada quando o Imperador Diocleciano inicia uma feroz perseguição aos cristãos no Império Romano. Confrontado com ordens cruéis e a pressão para renunciar à sua fé em favor dos deuses do Império, Jorge enfrenta seu maior desafio: manter-se fiel às suas convicções ou ceder às imposições do imperador.

Dirigido por Alexandre Machafer e com roteiro de Matheus Souza, o filme conta com um elenco talentoso, incluindo Cyria Coentro, Roberto Bomtempo, Ricardo Soares, Miriam Freeland, Augusto Garcia, Antônio Gonzalez, Roney Villela, Adriano Garib, Charles Paraventi, Milton Lacerda, Silvio Matos, Robson Maia, Miguel Mareli Lesqueves e Louise Clós.