Poltrona Cabine: A Lua/Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: A Lua/Cesar Augusto Mota

A chegada do homem à Lua foi um marco para a humanidade, na qual foram constatadas novas formas de vida e possibilidades de sobrevivência. Outros astronautas já pousaram no principal satélite da Terra, e neste filme de Kim Yong-hwa, intitulado ‘A Lua’ (The Moon), iremos ver os primeiros astronautas sul-coreanos em busca da glória que os americanos alcançaram há mais de cinquenta anos.

Próximo ao ano de 2030, a Coreia do Sul se vê em uma nova corrida espacial e irá tentar chegar à Lua após sete anos, quando a primeira missão tripulada terminou em tragédia, vitimando três jovens astronautas. Nessa segunda missão, Hwang Sun Woo está no comando de um veículo espacial lunar quando um forte vento provoca uma colisão com um perigo desconhecido. O centro espacial nacional resolve recorrer a seu ex-diretor administrativo, antes afastado por uma polêmica interna, que tentará com sua equipe resgatar Sun Woo antes que uma nova tragédia aconteça.

Em se tratando de ficção científica, espera-se uma narrativa que explore bem o fator psicológico dos personagens, apresente um ambiente que seja capaz de fisgar e inserir o espectador e sons estrondosos capazes de atingir quem está acompanhando o desenrolar da história. Tudo isso acontece nessa produção coreana, além de uma forte exploração dos limites das dores físicas e psicológicas. A questão política é brevemente abordada, e rapidamente superada pelo espírito altruístico de duas nações, Estados Unidos e Coreia do Sul, que se juntam para salvar a vida de um ser humano.

O ritmo da trama é um pouco prejudicado, se dá de forma lenta e nem todos os arcos dos personagens são desenvolvidos, tendo em vista o tempo longo de duração da obra, de mais de cento e vinte minutos. A atuação de D.O, que dá vida a Sun Woo, supre as lacunas da produção, com destaque para as cenas mais arriscadas, com a iminência de desintegração da nave espacial na qual está. As expressões de dor e desespero dão autenticidade e se tornam um grande chamativo para essa ficção científica.

‘A Lua’ surge como alternativa a quem curte filmes que explorem o drama, a ficção científica e com viés político. A Sato Company consegue ilustrar que as produções asiáticas, principalmente as japonesas e coreanas, são capazes de oferecer produtos de qualidade para os fãs de cinema, bebendo da fonte de produções ocidentais, mas sem perder suas essências.

Cotação: 4/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

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