Poltrona Cabine: Corpo Presente/Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Corpo Presente/Cesar Augusto Mota

A música e o cinema são elementos perfeitos para ilustrar nossos valores, costumes e tudo o que compõe nossa cultura. Além delas, a dança também é sinônimo de expressão, e carrega outras conotações. E justamente para mostrar esses novos significados que acompanhamos o documentário “Corpo Presente”, de Leonardo Barcelos, com o intuito de deleite e, principalmente, reflexão.

Simbolista seria um sinônimo  para essa obra, que apresenta diversos artistas e pensadores com contribuições importantes no campo filosófico, político e social. Performances dotadas de coreografias sincronizadas, o tema “corpo” como pano de fundo, assim como depoimentos sobre o tema propõem um importante debate sobre as várias conotações de corpo, muito além de uma matéria ocupando um determinado espaço.

Temas como luta de classes, identidade e gênero foram não só debatidas como apresentadas por meio da dança, com os corpos sinalizando novas ideologias e signos, e transformações constantes para sinalizar que existem novas formas de ser e de estar no mundo. Novos universos são traçados no imaginário das pessoas, bem como os sentidos que podem desempenhar, com várias sensações e reflexões.

Uma espécie de diário em formato visual se apresenta diante dos espectadores, que não só contemplam, como também se imaginam no ambiente e no contexto dos movimentos articulados, numa sensação de verdadeira imersão. Além de ser didático, o documentário proporciona profundas emoções, além de relações bem conexas, entre imagem, som e movimentos, que juntos, formam uma linguagem múltipla.

Uma obra diferente das apresentadas à exaustão, “Corpo Presente” pensa fora da caixa e convida o espectador a fazer o mesmo. Vale a experiência.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

KASA BRANCA, DE LUCIANO VIDIGAL, TERÁ ESTREIA INTERNACIONAL EM TORINO

KASA BRANCA, DE LUCIANO VIDIGAL, TERÁ ESTREIA INTERNACIONAL EM TORINO

Premiado nos principais festivais do Brasil, longa chega aos cinemas em 2025
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=KbJZzLFIXUw
Na semana do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, KASA BRANCA, de Luciano Vidigal, terá sua estreia internacional no Festival de Torino, na Itália. Sucesso de crítica, o filme será exibido na cidade de Turim no dia 28 de novembro, com a presença do ator Ramon Francisco, do produtor Roberto Berliner, e do diretor Luciano Vidigal, primeiro diretor negro premiado na competição de longa de ficção do Festival do Rio.

Além de melhor direção, KASA BRANCA também recebeu no Festival do Rio os prêmios de Melhor ator Coadjuvante para Diego Francisco, Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora, foi exibido na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, esteve no 17° Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul e no Festival Janela do Recife, onde levou o “Prêmio João Carlos Sampaio para Filmes Finissímos que Celebram a Vida”. Nos próximos meses, o longa marcará presença no Festival de Torino, onde fará sua estreia internacional, além do Fest Ruanda, já nos nacionais, na Mostra de Cinema de Gostoso, Festival de Brasília e na Mostra de Petrópolis.

Uma distribuição da Vitrine Filmes e produção da Sobretudo Produção, TvZero, Tacacá Filmes, Cavideo e Dualto, em coprodução com Riofilme, Canal Brasil, Telecine e Globo Filmes, o longa tem previsão de estreia comercial para 2025.

Inspirado em histórias reais, KASA BRANCA acompanha Dé (Big Jaum), morador da periferia de Chatuba, que passa a viver com sua avó Dona Almerinda (Teca Pereira), diagnosticada com Alzheimer e com pouco tempo de vida. Dé, ao lado de seus dois amigos inseparáveis Adrianim (Diego Francisco) e Martins (Ramon Francisco), tenta aproveitar a convivência com a avó da melhor forma.

Com roteiro e direção de Luciano Vidigal, o filme é protagonizado por Big Jaum, Teca Pereira, Diego Francisco e Ramon Francisco. Premiado ator de filmes como “Tropa de Elite 2”, “Cidade dos Homens” e “Três Verões”, Luciano Vidigal já coleciona créditos como diretor de longas como “5x Favela: Agora por Nós Mesmos” e o documentário “Cidade de Deus: 10 Anos Depois”, todos em parceria com outros cineastas. Mas agora, com o drama KASA BRANCA, ele estreia na direção solo.

Vidigal, que também assina o roteiro, explica que este filme é a realização de um sonho, porque sempre quis contar essa história tão comovente. Mas, além disso, o cineasta sublinha a importância de KASA BRANCA ser um filme sobre e feito por pessoas negras da periferia.

É um filme que tem um protagonismo negro no lugar do objeto, que são os atores, no lugar do sujeito, eu como diretor. Então, você tem a figura preta ali como protagonista no elenco e também na criação. E a gente que faz cinema independente, cinema preto, busca essa relação horizontal com o audiovisual brasileiro. E sempre no objetivo de somar, de trazer essa diversidade potente e cultural que tem o nosso país”, explica.

O elenco ainda inclui o rapper L7nnon, DJ Zullu e Gi Fernandes (no ar com a novela “Mania de Você” e da série “Os Outros”), que estreiam nas telonas, além de Babu Santana, Roberta Rodrigues, Otavio Muller e Guti Fraga.

O lado mais humano de KASA BRANCA, com seu drama e seus elementos cômicos, é o que traz força ao filme e, portanto, o que criará laços com seu público. “É um filme feito do povo e para o povo. Afinal, é o filho da empregada doméstica que tá fazendo cinema.” afirma Luciano.
Sinopse:
Dé é um adolescente negro da periferia da Chatuba, Rio de Janeiro, que recebe a notícia de que sua avó, Almerinda, está na fase terminal da doença de Alzheimer. Ele tem a ajuda de seus dois melhores amigos, Adrianim e Martins, para enfrentar o mundo e aproveitar os últimos dias de vida com ela.
Ficha Técnica
Direção e Roteiro:
 Luciano Vidigal
Elenco: Big Jaum, Teca Pereira, Diego Francisco, Ramon Francisco, Gi Fernandes, Babu Santana, Roberta Rodrigues, Otavio Muller, Guti Fraga, Dj Zullu e L7nnon
Produção: Bárbara Defanti, Gisela Camara, Roberto Berliner, Sabrina Garcia, Leo Ribeiro, Cavi Borges
Produtor Associado: Carlos Diegues
Direção de fotografia: Arthur Sherman
Montagem: André Sampaio
Direção de arte: Alexandre Magalhães, Rafael Cabeça
Som: Vampiro, Fernando Aranha
Trilha sonora: Fernando Aranha, Guga Bruno
Produtora: Sobretudo Produção, TvZero, Tacacá Filmes, Cavideo e Dualto
Coprodutoras: Riofilme, Canal Brasil, Telecine e Globo Filmes
Distribuidora Internacional: The Open Reel 
Distribuidora: Vitrine Filmes
País: Brasil
Duração: 95 min.
Ano: 2024
Sankofa Petropolitana para refletir sobre a Memória Negra no mês de novembro

Sankofa Petropolitana para refletir sobre a Memória Negra no mês de novembro

Sankofa Petropolitana: Ressignificando o Presente e Construindo o Futuro – Uma reflexão sobre a Memória Negra no mês de novembro 

No próximo dia 28 de novembro, às 14h30, o Museu Imperial receberá Raquel Neves, para mais uma edição do “Fale-me de Petrópolis”. O evento, que acontecerá na Biblioteca do Museu Imperial, trará como tema “Sankofa petropolitana: ressignificando o presente e construindo o futuro”, explorando a contribuição negra para a formação e o desenvolvimento de Petrópolis em diversos setores da sociedade.  

Raquel destacará o impacto da escravidão no Brasil, que recebeu 47% do fluxo mundial de escravizados entre 1501 e 1866, e a relevância do Rio de Janeiro, que acolheu pelo Cais do Valongo cerca de 4 milhões de pessoas negras escravizadas. Com o trabalho dessas populações, foram construídos caminhos essenciais, como o Caminho do Ouro e o Caminho Novo, que possibilitaram o acesso ao território que, posteriormente, abrigaria a cidade de Petrópolis.  

Durante o processo de formação territorial da cidade, os quilombos foram invisibilizados, mas resistências, como o Quilombo da Tapera, permanecem vivas. Atualmente, o Circuito da Memória Negra de Petrópolis visa resgatar essa história, oferecendo uma caminhada educativa e antirracista pelo Centro Histórico. O circuito revela ao público a rica contribuição do povo negro, frequentemente omitida, e percorre marcos como a Igreja Nossa Senhora do Rosário, o Palácio Amarelo (antiga residência do Barão de Guaraciaba), a Casa da Princesa Isabel, a Praça da Liberdade e o Palácio de Cristal. A edição do projeto permite revisitar a história petropolitana sob novas perspectivas, apresentando as contribuições e a resiliência do povo negro na cidade.   

Robson Nunes completa o elenco de Assalto à Brasileira

Robson Nunes completa o elenco de Assalto à Brasileira

ROBSON NUNES COMPLETA O ELENCO PRINCIPAL DE ASSALTO À BRASILEIRA

Com direção de José Eduardo Belmonte, o ator interpretará Barba, um assaltante de um dos roubos mais conhecidos da história do Brasil

São Paulo, 18 de novembro de 2024 – A +Galeria e a Santa Rita Filmes acabam de revelar o último nome que completa o elenco principal de ASSALTO À BRASILEIRA:, o filme que retrata o roubo ao prédio do Banestado, a maior agência bancária de Londrina. O ator Robson Nunes se junta a Christian Malheiros e Murilo Benício na produção e interpretará o assaltante Barba. O longa conta com direção de José Eduardo Belmonte (“Uma Família Feliz”) e tem roteiro assinado por L.G. Bayão (“Aumenta que é Rock and Roll”).

Robson Nunes como Barba. (Divulgação)

ASSALTO À BRASILEIRA é inspirado na história real e surpreendente de um dos roubos mais conhecidos da história do país, narrado no livro homônimo do jornalista Domingos Pellegrini. No dia 10 de dezembro de 1987, a cidade de Londrina parou para acompanhar um roubo que vive no imaginário popular da cidade paranaense: sete homens invadiram o prédio do Banestado, a maior agência bancária da cidade e, inesperadamente, por mais que fizessem mais de uma centena de reféns, diante da severa crise econômica que o país passava na época, os moradores logo se viram torcendo pelo êxito dos ladrões.

Robson completa o elenco que já conta com Murilo Benício, que interpreta Paulo, um jornalista que está no banco durante o roubo, e Christian Malheiros, que dá vida a Moreno, um dos parceiros de Barba no famoso assalto. ASSALTO À BRASILEIRA é uma coprodução entre a +Galeria, a Santa Rita Filmes e o Grupo Telefilms.

Dicas de séries/Anna Barros

Dicas de séries/Anna Barros

1- Um Cavalheiro em Moscou 

Um Cavaleiro em Moscou acompanha a história do Conde Rosto que, durante a Revolução Russa, descobre que seu passado com a origem de sua família e riqueza o coloca do lado errado da atual.historis. Ele escapa da pena de morte mas é isolado por tempo indeterminado no luxuoso Hotel Metropol. 

Em oito episódios. Com Ewan McGregor.

Na Prime Vídeo. 

2- As Leis de Lidia Poet

As Leis de Lidia Poet é uma série inspirada na história real da primeira advogada italiana, Lidia Poet. Na Itália do século 19, a jovem Lidia sonha sem se tornar a primeira advogada do País. Porém, com os padrões de gênero da época, a pressão para que Lidia abandone seu objetivo é grande, vindo tanto de colegas e da própria família, quanto do Tribunal, que a proíbe de exercer a advocacia. 

Série italiana em seus episodios. 

Na Netflix. 

3-  Como Água para Chocolate

A série é uma adaptação da obra literária de mesmo nome da autora Laura Esquivel. Acompanhamos a vida de Tita, uma jovem que vive no México marcado pela revolução do início do século XX. São narrados momentos marcantes de sua vida, desde seu nascimento até o seu primeiro amor proibido, Pedro. Tita como é mais nova, vê Pedro se casar com sua irmã mais velha, enquanto fica responsável por cuidar de sua mãe. 

Liberados dois episódios: Tortas de Natal e Bolo Chabela. 

Na Max. 

4- Ed Sherran, a soma de tudo

Série Documental em quatro episódios onde expõe sua vida com absoluta sinceridade. 

Na Disney Plus.