Poltrona Séries: Batalha Bilionária: O Caso Google Earth/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: Batalha Bilionária: O Caso Google Earth/ Cesar Augusto Mota

Séries com críticas sociais são um grande atrativo nos serviços de streaming, além de grandes viagens no tempo. A internet, ferramenta fundamental no dia a dia das pessoas, já provocou grandes alvoroços no mundo corporativo, e justamente esse ponto será abordado nessa produção alemã da Netflix. ‘Batalha Bilionária: O Caso Google Earth’ é uma autêntica luta de Davi contra Golias, retratada em quatro episódios, com cerca de uma hora cada.

Carsten e Juri, dois programadores alemães, se conhecem no início dos anos 90 na Alemanha recém-unificada, possuem grandes ideias sobre a tecnologia aproximar pessoas e conseguir conectá-las com um simples zoom do mouse. Os dois, com uma equipe grandiosa, fundam o Terra Vision, um portal revolucionário para a época, e essa invenção os faz serem convidados para conferências ao redor do mundo. Mas as vidas delas começam a mudar quando conhecem Brian Anderson, programador americano, no Vale do Silício. Juri chega a revelar tudo sobre o projeto dele com o sócio Carsten, o que gera uma grande discussão entre os dois companheiros.

Mais tarde, a Art + Com, empresa criada por Juri e Carsten, é surpreendida pela visita de Brian, que diz ter criado a Google Earth, um serviço que aos olhos dos dois protagonistas, funciona de forma idêntica ao Terra Vision. A partir daí, uma batalha jurídica é travada entre a Art+Com e o Google por suposta violação de patente, que gera grandes discussões ao longo dos quatro episódios.

A minissérie alemã mostra qualidade que outras produções estrangeiras já apresentaram, com uma perfeita ambientação de época, bons contrastes entre cores e ambientes, além de duas linhas do tempo alternadas, entre o passado e o presente. A alternância entre os anos 1990 e início dos anos 2000, quando Carsten e Juri se preparam para o julgamento nos Estados Unidos, imprime um ritmo frenético, deixando o espectador ansioso por um desfecho favorável. E os julgamentos aos quais estamos acostumados a ver, com as partes e os advogados se confrontando, ganham um novo contorno, como o trabalho nos bastidores com testemunhas e profissionais especializados, como peritos e programadores. O uso das palavras corretas e as expressões corporais ganham sua devida importância, pois um sinal falho ou uma frase colocada de forma errada pode por tudo a perder.

Os arcos dramáticos dos personagens são bem trabalhados, com atenção maior para Juri, com uma infância e início de vida adulta conturbados, e comportamento destoante no julgamento. Porém, é feito um excelente contraponto que conduz o público a um desfecho surpreendente. O segredo está no roteiro e no time dos personagens, que proporcionam emoções diversas e voltam a ficar sérios na hora certa.
Inspirada em uma história real, ‘Batalha Bilionária: O Caso Google Earth’ vem com uma boa proposta de discussão e reflexão sobre a forma como nos relacionamos com o mundo e o próximo, além de enxergarmos nossos próximos atos e suas consequências. Vale a pena maratonar.

Cotação: 4/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: Casa Gucci surpreende com figurinos ousados e um toque de humor

Poltrona Resenha: Casa Gucci surpreende com figurinos ousados e um toque de humor

A nova produção dirigida por Ridley Scott (O Último Duelo), “Casa Gucci”, já está disponível nos cinemas. O filme conta a história da família Gucci, baseado em fatos reais, com foco em Maurizio Gucci e sua ex-esposa, Patrizia Reggiani. A produção destaca o encontro do casal, o casamento, a gravidez de Patrizia, a volta de Maurizio para os trabalhos da família com os encontros e desencontros com os seus parentes, sua relação com seu pai Rodolfo Gucci, até o dia o dia do seu assassinato, em 27 de março de 1995, em Milão, na Itália.

Foto: Divulgação

Casa Gucci tem altos e baixos durante o desenrolar das suas histórias. A trama surpreende com figurinos ousados que se destacam em todas as cenas, principalmente utilizadas pela Patrizia Reggiani, personagem de Lady Gaga. Porém, peca em sua produção longa e pula partes da história – em algumas fases de relacionamento entre o casal Maurizio e Patrizia. O longa também se destaca com suas cenas de humor e seus personagens que arrancam risadas, sem nenhum controle. Como é o caso do personagem de Jared Leto, Paolo Gucci, que não tem a aprovação e o apoio de seu pai Aldo Gucci, além de sonhar em ser um estilista de sucesso, com ideias desafiadoras para a marca da família. Além do mais, o filme também foca no relacionamento entre Maurizio Gucci e seu pai, Rodolfo Gucci, que no começo, não aprovava o relacionamento entre Patrizia e Maurizio.

A produção pode ganhar um destaque no Oscar 2022, com grandes atuações, destaques nos figurinos e na maquiagem, a começar por Jared Leto, que está irreconhecível com o seu papel de Paolo. Mas, contudo, peca em cenas “cansativas”. Casa Gucci já está disponível nos cinemas, com classificação para 14 anos.

Notas: 3,5/5 poltronas.

Por: Bruna Zordan

Confira o trailer:

‘The Beatles: Get Back’ estreia hoje (25) no Disney+

‘The Beatles: Get Back’ estreia hoje (25) no Disney+

LINHA DO TEMPO: A HISTÓRIA DOS BEATLES ATÉ SUA ÚLTIMA APRESENTAÇÃO

O último show da banda de rock britânica aconteceu em 1969 e é retratado na nova produção exclusiva do Disney+, “The Beatles: Get Back no Disney+”. Confira abaixo uma linha do tempo com a história do grupo até o momento do documentário. 

Nos dias 25, 26 e 27 de novembro, o Disney+ exibe exclusivamente o documentário The Beatles: Get Back. Criada inteiramente a partir de filmagens restauradas nunca antes vistas, a produção proporciona um olhar íntimo do processo criativo e do relacionamento entre John, Paul, George e Ringo. 

Dirigido pelo cineasta Peter Jackson, The Beatles: Get Back leva o público de volta no tempo para as sessões da gravação da banda em janeiro de 1969, que se tornou um momento crucial na história da música.  A série documental mostra o processo criativo dos Beatles, enquanto eles tentam escrever 14 novas músicas em preparação para seu primeiro show ao vivo em mais de dois anos. Diante de um prazo quase impossível, os fortes laços de amizade compartilhados por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr são colocados à prova. 

Para entender exatamente em qual período se passa o documentário, confira abaixo uma linha do tempo com as principais informações da banda:

1956 – 1958 

Em 1956, John Lennon conhece Paul MacCartney e convida para se juntar a sua banda: The Quarrymen. Alguns anos depois, Paul apresenta George Harrison a John Lennon que também se une a banda. 

1961 – 1962 

Após uma série de nomes, Paul, George e John decidem que a banda chamará The Beatles e o produtor da época George Martin, junto com John e Paul, convidam o famoso baterista Ringo Star para se juntar à banda.

1963 

O disco de estreia, intitulado como Please Please Me, é lançado. No mesmo ano, a banda lançou também o disco With The Beatles

1964 – 1965 

Em 1964, os Beatles gravam seu primeiro filme A Hard Day’s Night e lançam o disco de mesmo nome. No final do ano, o disco Beatles For Sale é lançado. Um ano depois, em 1965, lançam o filme Help e também um álbum com o mesmo nome, além do álbum Rubber Soul

1966 – 1967 

Após o lançamento do álbum Revolver em 1966, a banda lança em 1967 o famoso álbum Sgt Peppers Lonely Hearts Club Band e o álbum Magical Mystery Tour, com o lançamento de um filme do mesmo nome.

1968 

Em 1968, The Beatles lança o disco White Album e o seu primeiro filme em desenho animado: Yellow Submarine.  

1969 (Momento de The Beatles: Get Back

Em 1969, a banda lançou o álbum Abbey Road, tendo a capa com uma das imagens mais históricas e conhecidas do mundo: a famosa foto dos Beatles atravessando a rua Abbey, em Londres.

Neste ano foi quando também aconteceram as gravações mostradas na série exclusiva Disney+ The Beatles: Get Back, que mostram o processo criativo do álbum Get Back e a última apresentação ao vivo da banda, que não foi agendada, muito menos promovida e aconteceu no alto do prédio da Apple Records, em Savile Row.

Além de The Beatles: Get Back apresentar o último show ao vivo sem interrupções pela primeira vez na história, a série documental é compilada a partir de quase 60 horas de filmagens nunca vistas gravadas ao longo de 21 dias, dirigidas por Michael Lindsay-Hogg em 1969, e de mais de 150 horas de áudio nunca ouvidos, a maioria do qual estava trancada em um cofre por mais de meio século. Jackson é a única pessoa em 50 anos a ter acesso a este abundante tesouro dos Beatles, que agora foi restaurado brilhantemente. O que surge é um retrato incrível dos Beatles, mostrando como, mesmo encurralados com um curto prazo, eles ainda podiam contar com a amizade, bom humor e criatividade. 

The Beatles: Get Back é dividida em três partes e estreia com exclusividade no Disney+ em 25, 26 e 27 de novembro de 2021.

Fonte: Beatles Home Page

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Sobre Disney + 

Disney + é o serviço de streaming por assinatura para filmes, séries e outros conteúdos da Disney, Pixar, Marvel, Star Wars e National Geographic. Como parte do segmento Disney Media and Entertainment Distribution (DMED), Disney + está disponível para dispositivos conectados à Internet e oferece a todos os públicos uma programação sem anúncios com uma variedade de filmes, documentários, séries animadas e live-action e curtas-metragens. Proporcionando acesso sem precedentes à incrível biblioteca de entretenimento de cinema e televisão da Disney, é também a plataforma de streaming para exibição exclusiva dos últimos lançamentos de filmes do The Walt Disney Studios. Visite DisneyPlus.com para obter mais informações sobre o serviço e sobre o Combo+, a oferta comercial permanente que disponibiliza a contratação do Disney+ e Star+, plataformas independentes entre si, a um preço único e atrativo que dá acesso à mais ampla oferta de streaming com entretenimento para todas as idades.

A MULHER QUE FUGIU, dirigido por Hong Sang-soo, estreia no Brasil dia 09/12

A MULHER QUE FUGIU, dirigido por Hong Sang-soo, estreia no Brasil dia 09/12

Dirigido pelo cultuado sul-coreano Hong Sang-soo, filme esteve na lista da revista Cahier du Cinema, como um dos dez melhores filmes do ano de 2020

Em A MULHER QUE FUGIU o diretor coreano Hong Sang-soo volta aos assuntos que lhe são caros: os relacionamentos humanos. O filme rendeu ao cineasta o Urso de Prata (prêmio de direção), no Festival de Berlim de 2020, e é protagonizado por sua musa Kim Min-hee (“O hotel às margens do rio”, “A câmera de Claire”). No filme, Gam-hee é uma florista que aproveita enquanto o marido está fora da cidade em uma viagem de negócios para se encontrar com amigas. O longa é dividido em três partes, cada uma acompanhando uma dessas reuniões.

Casada há cinco anos, Gam-hee nunca esteve um dia distante do seu marido, e a viagem dele proporciona a oportunidade de visitar as amigas, que não via há muito tempo. Estranhamente, não era possível antes fazer isso enquanto ele estava em casa, embora a jovem garanta a todos que seu casamento vai muito bem. “Temos bons momentos todos os dias”, diz ela. Os primeiros dois encontros são planejados, mas o terceiro, no café de um cinema, acontece por acaso. Em comum, todas as conversas entre as mulheres são interrompidas por homens.

Depois de três filmes em preto e branco, Hong volta a filmar em cores em A MULHER QUE FUGIU, com fotografia assinada por Kim Su-mim, que usa ângulos e zooms bastante típicos da obra do diretor. Hong, por sua vez, além da direção, assina o roteiro, a montagem e a trilha sonora. Sobre seu processo criativo, ele disse na coletiva do Festival de Berlim: “Quando começo a filmar, não tenho uma ideia completa em termos de estrutura ou narrativa. Parto de uma ideia com a qual quero começar e vejo o que acontece, como respondo a isso e o que vem dessa resposta”.

A vida, assim como a existência, sempre superam qualquer generalização. Portanto, quando estou fazendo um filme, tento afastar todos os tipos de generalizações, todo o tipo de técnica, todo o tipo de expectativa sobre alguns tipos de efeitos e apenas acreditar que o que vier será o melhor”, declarou.

Sobre o método de trabalho peculiar de Hong, a atriz Kim explicou, no Festival: “Temos um roteiro, os diálogos entre os atores e as reações que devemos extrair uns dos outros. Respondemos a elas com muita sensibilidade, então as emoções vêm à tona e as mudanças acontecem”. Esse é o seu sétimo filme com o cineasta.

Desde sua estreia em Berlim, A MULHER QUE FUGIU conquistou diversos prêmios, além do Urso de Prata, entre eles menção especial no Festival de San Sebastian e Melhor Filme do Ano (Fipresci), da Associação de Críticos de Cinema da Coréia. O longa também tem colhido críticas positivas em todos os lugares onde foi exibido. Peter Bradshaw, do jornal inglês The Guardian, escreveu que “assistir a esse filme é recalibrar suas expectativas para que você possa captar todas as sutilezas e absorver as implicações delicadas sobre relacionamentos e políticas sexuais”.

Jessica Kiang, da Variety, explica que “o filme está realmente interessado em personagens femininas […] como nunca antes na obra do diretor”. Beatrice Loayza, de The Playlist, aponta que “Hong examina as texturas da amizade feminina e o que a independência significa para mulheres entrando num estágio da vida novo e mais maduro”.

A MULHER QUE FUGIU será lançado no Brasil pela Pandora. 

Sinopse

Enquanto o marido de Gam-hee está fora da cidade numa viagem de negócios, ela aproveita para reencontrar antigas amigas. Ela visita as duas primeiras em suas casas e a terceira encontra, por acaso, num cinema. Enquanto conversam, diversas correntes cruzam o oceano de suas vidas. 

Ficha Técnica

Direção: Hong Sang-soo

Roteiro: Hong Sang-soo

Elenco: Kim Min-hee, Song Seon-mi, Eun-mi Lee, Hae-hyo Kwon, Young-hwa Seo,

Sae-Byuk Kim

Direção de Fotografia: Kim Sum-min

Trilha Sonora: Hong Sang-soo

Montagem: Hong Sang-soo

Gênero: drama, comédia

País: Coréia do Sul

Ano: 2020 

Duração: 77 min.

Sobre a Pandora Filmes

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho. 

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.

Novo trailer e pôster de O Beco do Pesadelo

Novo trailer e pôster de O Beco do Pesadelo

NOVO TRAILER E PÔSTER DE O BECO DO PESADELO, NOVO FILME DE GUILLERMO DEL TORO, JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS

Trailer: https://youtu.be/HXMyQSRwfOk

São Paulo, 22 de novembro de 2021 – Já estão disponíveis o novo trailer e pôster de O Beco do Pesadelo, da Searchlight Pictures, o novo filme do vencedor do Oscar® Guillermo del Toro, que estreará nos cinemas disponíveis do país em janeiro de 2022.

Em O Beco do Pesadelo, um ambicioso trabalhador de um parque de diversões itinerante (Bradley Cooper) com um talento para manipular as pessoas através das palavras, se une a uma psiquiatra (Cate Blanchett) que é ainda mais perigosa que ele.

Estrelado por Bradley Cooper, Cate Blanchett, Toni Collette, Willem Dafoe, Richard Jenkins, Rooney Mara, Ron Perlman, Mary Steenburgen e David Strathairn, o filme é dirigido pelo vencedor do Oscar® Guillermo del Toro, com roteiro de Guillermo del Toro e Kim Morgan e produzido por Guillermo del Toro e J. Miles Dale.

O Beco do Pesadelo estreia nas salas de cinema disponíveis do país em janeiro de 2022.

Sobre Searchlight Pictures

A Searchlight Pictures, fundada em 1994 como Fox Searchlight Pictures, é uma empresa especializada em financiar e adquirir filmes. Ela tem suas próprias operações de marketing e distribuição e faz parte da The Walt Disney Studios. Os títulos da Searchlight Pictures arrecadaram mais de US$ 5,3 bilhões em todo o mundo e acumularam 26 prêmios Globo de Ouro, 45 prêmios BAFTA e 39 prêmios da Academia, incluindo quatro vencedores de Melhor Filme desde 2009, com: “Quem Quer Ser Um Milionário”, “12 Anos de Escravidão”, “Birdman”, “A Forma da Água” e “Nomadland”. Os lançamentos futuros incluem “Espíritos Obscuros” de Scott Cooper, “A Crônica Francesa” de Wes Anderson, “Os Olhos de Tammy Faye” de Michael Showalter, “Next Goal Wins” de Taika Waititi, “A Casa Sombria” de David Bruckner e “O Beco do Pesadelo” de Guillermo Del Toro.