Poltrona Séries: Bom Dia, Verônica-1ª Temporada/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: Bom Dia, Verônica-1ª Temporada/ Cesar Augusto Mota

Histórias que envolvem serial killers certamente atraem muito a atenção, ainda mais quando o espectador não só vê o semblante, mas analisa o perfil do criminoso. E justamente isso ocorre em ‘Bom Dia, Verônica’, nova série da Netflix, uma produção brasileira. Com oito episódios em sua primeira temporada, a série é fácil de ser maratonada e vai levar o espectador a um universo tenso e perturbador.

Inspirada em livro homônimo escrito por Ilana Casoy, a produção retrata incialmente casos de mulheres que buscavam o par ideal em sites de relacionamento e acabavam por levar golpes, perdendo seus pertences e com a boca machucada. As vítimas entravam em contato com a delegacia onde a escrivã Verônica Torres (Tainá Muller) trabalha, mas após uma conversa com o delegado Carvana, uma delas se mostra decepcionada e sente que seu caso não vai ser solucionado e se mata ali mesmo, com um tiro na cabeça. Verônica dá entrevista na televisão e se coloca à disposição para atender e proteger futuras vítimas, e ela se sente no dever de combater a violência contra a mulher, um mal que infelizmente tem feito parte do nosso cotidiano.

A história é bem segmentada e vai se abrindo para outros temas pertinentes, como violência doméstica e corrupção e vemos isso claramente na medida em que outros personagens vão entrando na narrativa, como Janete (Camila Morgado), que vê o relato de Verônica Torres na televisão e entra em contato para relatar ser vítima de violência do marido, o tenente-coronel da Polícia Militar de São Paulo, Brandão (Eduardo Moscovis). Cada vez que Verônica vasculha por informações, mais atrocidades ela descobre, como uma série de assassinatos em série, além de casos de corrupção em sua corporação, envolvendo também o próprio pai, que foi afastado das investigações e posto em um asilo.

A junção de Verônica com Janete funciona na história, com uma em busca de capturar o agressor e outra de se livrar do fardo que carrega nas costas. Brandão reúne bem as características de um serial killer, com métodos cruéis, tortura e guardando vestígios dos corpos. De quebra, fazia a esposa se envolver nos crimes, mas como uma caixa presa na cabeça e ela sem entender o que está acontecendo. O elenco se entrega a uma produção que se preocupa em mostrar crimes de ódio e de violência não só de uma, mas contra a mulher, e não é só agressão física que poderia simbolizar o ódio contra as mulheres nessa produção.

A fotografia, que usa cores quentes na produção, principalmente o vermelho, reforça a intensidade e o perigo que as personagens vivenciaram. Não é apenas uma ficção, a narrativa mostra fatos que podem se tornar reais, um grito de alerta para a sociedade de que a mulher ainda é muito hostilizada, agredida, humilhada, e não se pode fechar os olhos para isso. Existem abusos e violência doméstica, mas há mulheres com sentido de impotência, com medo de denunciar. Uma série com cenas fortes e agoniantes, não muito comuns nas produções brasileiras.

Uma produção com temas pertinentes e que proporcionam muita emoção ao espectador e o faz ter empatia pelas personagens e ódio pelo agressor, ‘Bom Dia, Verônica’ mostra que o Brasil aos poucos sai do lugar comum e mostra ser capaz de trazer obras que podem ir muito além do entretenimento.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Dicas de filmes de Terror da Netflix

Dicas de filmes de Terror da Netflix

It: A Coisa – Em uma cidade onde as crianças desaparecem, um grupo de jovens precisa encarar seus maiores medos e enfrentar um palhaço assassino assustador e aparentemente invencível.

A Maldição do Chucky: Um debochado boneco possuído por um homicida psicopata aterroriza uma jovem cadeirante e sua família problemática.

Cemitério Maldito: A família do Dr. Louis Creed se muda para a casa de campo de seus sonhos e descobre um cemitério de animais amaldiçoado na parte de trás de sua propriedade.

Por: Vitor Arouca

Dicas de filmes da Netflix

Dicas de filmes da Netflix

1-Bastardos Inglórios

Em Bastardos Inglórios, na Segunda Guerra Mundial, a França está ocupada pelos nazistas. O tenente Aldo Raine (Brad Pitt) é o encarregado de reunir um pelotão de soldados de origem judaica, com o objetivo de realizar uma missão suicida contra os alemães. O objetivo é matar o maior número possível de nazistas, da forma mais cruel possível. Paralelamente Shosanna Dreyfuss (Mélanie Laurent) assiste a execução de sua família pelas mãos do coronel Hans Landa (Christoph Waltz), o que faz com que fuja para Paris. Lá ela se disfarça como operadora e dona de um cinema local, enquanto planeja um meio de se vingar.

2-Rocky, um Lutador

Rocky Balboa (Sylvester Stallone), um lutador de boxe medíocre que trabalha como “cobrador” de um agiota, tem a chance de enfrentar Apollo Creed (Carl Weathers), o campeão mundial dos pesos-pesados, que teve a idéia de dar oportunidade a um desconhecido como um golpe publicitário. Mas Rocky decide treinar de modo intensivo, sonhando apenas em terminar a luta sem ter sido nocauteado pelo campeão.

3-Lego Ninjago: O Filme

O Filme é uma sequência das série LEGO. Lloyd, Nya, Cole, Jay, Zane e Kai são jovens adolescentes que dividem as tarefas escolares com o alter-ego como super-heróis ninja, sempre prontos a proteger a cidade de Ninjago dos ataques feitos pelo megavilão Garmadon. Só que Lloyd é também filho de Garmadon e, em meio às constantes batalhas com o pai, demonstra uma profunda mágoa por ter sido abandonado ainda bebê.

4-Amor com Data Marcada

Sloane (Emma Roberts) e Jackson (Luke Bracey) odeiam datas comemorativas. Solteiros, acabam sempre sentados na mesa das crianças ou levando a companhia errada para o evento da família. Após se conhecerem em uma festa de Natal, eles fazem um pacto: por um ano, serão o acompanhante um do outro em ocasiões especiais. Com o mesmo desdém por comemorações e sem interesse em se apaixonar, eles se tornam o par perfeito e embarcam juntos em divertidas situações. E quando o ano termina, Sloane e Jackson descobrem que compartilhar aquilo que odeiam acabou se tornando uma das coisas que mais amam na vida.

Por: Cesar Augusto Mota

Movimento #JuntosPeloCinema lança campanha com estreias nacionais

Movimento #JuntosPeloCinema lança campanha com estreias nacionais

O cinema nacional está pronto para assumir seu espaço nas telonas de todo o Brasil. São histórias que fazem rir, chorar, sonhar. Histórias que dão susto, animam as crianças, acalentam propósitos. Os filmes brasileiros que estão para estrear nos próximos meses é a inspiração para uma nova campanha do movimento #JuntosPeloCinema, que reúne mais de 280 profissionais do audiovisual. O filme está sendo exibido em diversos canais parceiros de mídia, entre eles o Cineclick e a TV Globo, num esforço coletivo de refazer a ponte entre os espectadores e os cinemas que ficaram fechados por mais de sete meses, e agora reabrem com rígidos protocolos de segurança e bem-estar.

O Movimento #JuntosPeloCinema tem como objetivo fortalecer o setor, cobrar apoio dos governos e estabelecer protocolos de segurança para a volta dos cinemas, o que começou a ocorrer no início de setembro. Com a reabertura das duas principais praças do País (São Paulo, e Rio de Janeiro), as distribuidoras começam a planejar também as estreias e anunciam, em conjunto, quais os títulos nacionais chegam às telas nos próximos meses.

A agenda de estreias divulgada pelo grupo alterna gêneros e públicos, fortalecendo toda a cadeia e contribuindo de forma direta com a retomada dos cinemas após meses delicados para o segmento.

“Durante toda a pandemia, vimos as fronteiras entre concorrentes sendo derrubadas e nos integramos em torno de um único objetivo: manter o cinema vivo. Por isso, para essa retomada criamos uma agenda de estreias que beneficiasse a todos, de maneira estratégica, para atrair ainda mais o nosso público e manter as salas sempre movimentadas”, explica Jorge Assumpção, Diretor de programação e marketing da Paris Filmes e que comandou o Time de Conteúdos Nacionais do movimento #JuntosPeloCinema.

Ele completa: “a equipe, formada por profissionais de 14 empresas diferentes, trabalhou todos esses meses conectando os produtores e os criativos do cinema nacional com a reabertura das salas. Eles foram fundamentais para essa campanha que valoriza os nossos filmes brasileiros”.

São Paulo, Rio, Salvador, Belo Horizonte e outras capitais já estão com suas salas abertas. Todas seguem os rigorosos protocolos de segurança e bem-estar estabelecidos por autoridades municipais e estaduais após a autorização para a reabertura. Segundo a Feneec (Federação das Empresas Exibidoras de Cinema), os protocolos de segurança e bem-estar incluem: oferta de álcool gel em diversos pontos ao longo do percurso do cliente, sinalização de assentos bloqueados e que não serão vendidos para atender tanto o limite de ocupação quanto distanciamento social, intervalos entre as sessões ampliados para a higienização segura das salas, uso obrigatório de máscara tanto para clientes quanto funcionários, utilização de EPI (Equipamentos de Segurança Individual) para os funcionários, saída controlada das salas, entre outras medidas aprovadas pelas autoridades governamentais.

É importante reforçar que as salas de cinema possuem ar-condicionado que faz a troca de ar constante, com aparelhos higienizados que mitigam ainda mais os riscos de contaminação. A manutenção do ar-condicionado tem uma legislação própria de âmbito nacional que detalha todos os procedimentos para garantir a qualidade do sistema. É o PMOC – Plano de Manutenção, Operação e Controle na Lei 13.589/18. Portanto, todas as salas de cinema possuem um sistema de ar-condicionado que garante a renovação contínua e integral do ar a cada sessão, são dutos independentes e por um duto entra o ar limpo e por outro sai o ar antigo. Esse sistema é bastante parecido com o utilizado em hospitais e aviões.

Ficha técnica filme “Vem Aí Cinema Nacional”:

Montagem e produção – Marina Kosa (Tanto Produções)

Finalização – Eduardo Pires (Tanto Produções)

Todos os profissionais envolvidos com o movimento #JuntosPeloCinema trabalham pro-bono.

Confira abaixo a lista completa dos filmes citados:

10 Horas Para o Natal

A Febre

A Menina Que Matou os Pais

A Sogra Perfeita

Acqua Movie

Alemão 2

Anna

Auto da Boa Mentira

Babenco – Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou

Cabras da Peste

Correndo Por Um Sonho

D.P.A. 3 – Uma Aventura no Fim do Mundo

Dente Por Dente

Depois a Louca Sou Eu

Dois Mais Dois

Intervenção

Juntos e Enrolados

Marighella

Nas Ondas Da Fé

O Clube dos Anjos

O Menino Que Matou Meus Pais

Pacarrete

Predestinado

Todos os Mortos

Veneza

Mosquito está na 44ª Mostra Internacional de Cinema

Mosquito está na 44ª Mostra Internacional de Cinema

MOSQUITOdirigido por João Nuno Pinto, é um dos destaques da 44a Mostra Internacional de São Paulo, que esse ano acontece em formato online, e no Belas Artes Drive in, onde será exibido na próxima terça-feira, dia 27 de outubro, às 18h40. O filme teve sua estreia mundial na abertura do Festival International de Cinema de Rotterdam, em janeiro de 2020, e já esteve em mais de uma dezena de Festivais em todo o mundo, com destaque para Lucca Film Festival (Italia), Mostra de Valencia (Espanha), Moscow International FF (Russia), entre outros. Além disso, o filme de João Nuno Pinto está indicado como Melhor Filme Ibero Americano do Goya 2021.

Baseado em fatos reais, MOSQUITO acompanha Zacarias, um jovem português sedento por viver grandes aventuras heroicas durante a Primeira Guerra Mundial. Enviado para Moçambique, onde o conflito se desenrola longe dos olhares do mundo, o jovem soldado é deixado para trás pelo seu pelotão, partindo numa longa caminhada selva adentro, em busca dos seus camaradas, da guerra e dos seus sonhos de glória.

Durante a sua odisseia, acossado por febres de malária e ameaças constantes, Zacarias é confrontado com situações que o colocam frente-a-frente com os limites do seu corpo, a loucura dos homens e os ideais que persegue. Baseado numa história verídica, MOSQUITO navega num limbo entre o espaço e o tempo, cruza constantemente a linha que divide a realidade e a ficção, num confronto com o horror da guerra e a subjugação dos povos.

“Em 1917, com apenas 17 anos, o meu avô paterno desembarcou em Moçambique junto com a 4ª Companhia Expedicionária Portuguesa, para defender a ex-colónia portuguesa da ameaça alemã. Como tantos outros soldados europeus na África durante a Primeira Grande Guerra, teve de fazer centenas de quilómetros a pé, em marchas diárias, enfrentando as mais duras privações, doenças, fome e sede. A diferença é que ele fez isso tudo sozinho, à procura da guerra e dos seus sonhos de glória. MOSQUITO é inspirado na história da chegada do meu avô a África. No entanto, o que se passou durante a sua longa e solitária caminhada pouco se sabe. É aqui que entra a ficção, a fabulação e o sentido que pretendo dar à narrativa.”, explica o diretor João Nuno Pinto.

Para o diretor a maneira como os europeus e não só, ainda hoje lidam com as questões africanas é reflexo do passado colonialista e dos longos anos de doutrinação de uma certa ideia paternalista sobre África. MOSQUITO vai buscar uma história do passado para confrontar com as escolhas do presente. Através da história do jovem soldado Zacarias, confronta-se com o horror da guerra e a subjugação dos povos africanos pelos europeus através do domínio colonial. O filme permite conhecer um pouco melhor um pedaço esquecido da história, a Primeira Grande Guerra na África, obrigando o espectador a refletir sobre um período muito maior que foi o direito em subjugar e “civilizar” outros povos que, convenientemente, eram considerados inferiores.

MOSQUITO é uma produção daLeopardo Filmes em co-produção da Alfama Films Production, APM Produções, da brasileira Delicatessen Filmes e da Mapiko Filmes, e tem distribuição nacional da Pagu Filmes. No elenco estão João Nunes Monteiro, João Lagarto, Filipe Duarte, Josefina Massango, Aquirasse Nipita, Sebastian Jehkul, Miguel Moreira, Alfredo Brito, Miguel Borges, João Vicente, Messias João, Hermelinda Simela, Gigliola Zacara, Gezebel Mocovela e com participação especial de Ana Magaio e Camané. A fotografia de MOSQUITO é do brasileiro Adolpho Veloso, e o roteiro é da também brasileira Fernanda Polacow em parceria com Gonçalo Waddington.

Sinopse

Zacarias é um jovem português sedento por viver grandes aventuras heroicas durante a Primeira Guerra Mundial. Enviado para Moçambique, onde o conflito se desenrola longe dos olhares do mundo, o soldado vê-se deixado para trás pelo seu pelotão e parte numa longa odisseia mato adentro, à procura da guerra e dos seus sonhos de glória.

Ficha Técnica

Direção: João Nuno Pinto

Roteiro: Fernanda Polacow e Gonçalo Waddington

Fotografia: Adolpho Veloso

Produção Paulo Branco

Produção Executiva: Ana Moura Pinhão, Mário Peixoto and Enrico Saraiva

Música original: Justin Melland

Edição: Gustavo Giani

Direção de Arte: Nuno G Melo

Figurino: Lucha D’Orey

Por Anna Barros