Poltrona Séries: Mandou Bem-Natal e Ano Novo-2ª Temporada/Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: Mandou Bem-Natal e Ano Novo-2ª Temporada/Cesar Augusto Mota

A Internet como forte concorrente da televisão já é uma realidade, tendo em vista as várias opções de entretenimento a seus usuários, com serviços de streaming recheados de filmes e séries. E a onda dos reality shows ainda segue a todo vapor, principalmente na TV aberta, que conta com uma boa audiência, mas com números menores que os alcançados no início do século XXI. Apostando nos realities, a Netflix traz uma série com a essência do Masterchef, da Band, e exibe ao público seis novos episódios de uma produção que já havia feito sucesso e proporcionado muita diversão, trata-se de ‘Mandou Bem-Natal e Ano Novo’ (Nailed It!), em sua segunda temporada.

Com seis episódios de trinta minutos, somos apresentados a três confeiteiros amadores que tentam reproduzir pratos deliciosos com temáticas especiais de Natal e Ano Novo, com um prêmio de dez mil dólares para o ganhador. O júri é composto pela comediante Nicole Byer, o chef francês Jacques Torres e um convidado especial a cada episódio.  São duas rodadas, na primeira o vencedor ganha um prêmio e o gorro de confeiteiro dourado, na segunda e derradeira, o grande prêmio. O desafio está não em fazer o melhor prato, mas em cada um superar seus limites e mostrar a si mesmo que pode fazer coisas deliosas.

A primeira grande graça da produçãoestá na série de brincadeiras que os jurados fazem para deixar os convidados bem à vontade e quebrar o clima tenso de competição. Tiradas de sarro como “espero que você não nos mate com seu prato’ e ‘se esse fosse meu último dia de vida e fosse minha última refeição, eu creio que provaria’ são alguns chamarizes, sem contar as provas pelas quais os confeiteiros passam e o que eles fazem para ganhar pontos com o júri. Nicole Byer não deixa a peteca cair e consegue ao longo dos episódios manter o espírito alegre e contagiante do programa, que busca mostrar não o melhor, mas o confeiteiro menos pior.

Os participantes são das mais variadas profissões, raças e etnias. Os judeus, que não celebram o Natal, mas possuem o Hanukkah, celebração também conhecida como Festa das Luzes’, também ganham espaço e três participantes da religião participam de um episódio e precisam fazer pratos com a temática judaica. Do lado do cristianismo, os pratos vão de estrelas, enfeites e a famosa figura do Papai Noel precisam ser confeccionadas e estarem em um bolo, ou algo parecido, tendo em vista que os confeiteiros não mostram grandes habilidades. A explicação do chef Jaques Torres de como os pratos devem ser feitos parece que tornam as coisas bem fáceis, mas é apenas impressão. Vemos confeiteiros atrapalhados, alguns nervosos, outros bem-humorados, e essa diversidade torna a série bem divertida e agradável de se acompanhar.

A escolha dos ingredientes, a preparação do creme de manteiga até a decoração do bolo nós acompanhamos em um ritmo bem suave, mas com o relógio na tela em alguns momentos. Procedimentos que são chave para uma receita sair bem-feita são seguidas por alguns praticantes, outros não, seja por descuido ou nervosismo, e acabam optando pela improvisação. E quem está em apuros pode se dar bem, o programa dá a opção para que ele aperte um botão pedindo tempo, e os outros dois adversários pagam prendas ou realizam provas engraçadas, como abrir caixas e usar objetos com alusão ao Natal ou Ano Novo, como cornetas ou línguas de sogra. Sem falar na guerra de bolas de neve no estúdio, que dão um ar cômico e especial, no clima das festas de fim de ano.

Quem acompanha ‘Mandou Bem’ se diverte, dá boas risadas e fica na torcida por um participante a cada episódio, cada um com seu objetivo traçado e um sonho a ser alcançado. Criativo e sem apelação, a série é uma boa opção de diversão para quem participou intensamente das festas de fim de ano e espera um ano cheio de luz, desejos e felicidade. Uma experiência válida e que vale a pena.

Cotação: 4/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

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