HBO lança a sua programação de dezembro

HBO lança a sua programação de dezembro

No mês de dezembro a HBO traz séries e documentários para o público relaxar nos dias de folga do final de ano. Para os fãs de documentário, dia 3 de dezembroestreia A VERDADE SOBRE ROBÔS ASSASSINOS. HBO GO apresenta novos episódios de CAMPING, SALLY4EVER, MY BRILLIANT FRIEND, VICE e os episódios finais de MAGNÍFICA 70.

 

HBO

ESTREIA DE FILMES

Todo sábado, às 22h, um filme de sucesso estreia na programação do canal HBO.

O travesso Peter Rabbit e sua família ocupam seus dias incomodando o velho Sr. McGregor em sua horta. Mas quando ele morre e sua terra é herdada por seu sobrinho, Thomas McGregor (Domhnall Gleeson), Peter enfrenta uma batalha com o recém chegado. Com estreia no dia 1º de dezembro, a animação Pedro Coelho abre a programação de novidades do mês.

Baseado na obra homônima de André Aciman, o longa vencedor do Oscar® de Melhor Roteiro AdaptadoMe Chame Pelo Seu Nome é a principal atração do dia 15. O jovem Elio Perlman (Timothée Chalamet) vive uma intensa paixão quando Oliver (Armie Hammer), um universitário Americano, se hospeda em sua casa para um estágio de verão com seu pai. Juntos, descobrem a beleza do desejo no verão da Lombardia.

Com Mariah Carey, Oprah Winfrey e Zachary Levi no elenco de dubladores, a animação A Estrela de Belém é o destaque do canal HBO no dia 22.  Na trama, Bo é um asno valente que encontra coragem para deixar para trás sua pacata rotina e se aventurar na vida com seus amigos.

Estrelado por David Oyelowo e Rosamund Pike, o drama Um Reino Unido estreia em 29 de dezembro no canal HBO. Na trama, o príncipe e herdeiro do trono de Bechuanalândia (atual Botswana), Seretse Khama (Oyelowo), viaja a estudos para Londres e conhece Ruth Williams (Pike), por quem acaba se apaixonando. Juntos, eles lutam contra o racismo e questões geopolíticas para ajudar Botswana conquistar a independência.

 

 ESTREIA DE DOCUMENTÁRIO

Em A Verdade Sobre Robôs Assassinoso cineasta Maxim Pozdorovkin explora as muitas maneiras pelas quais a inteligência artificial está tomando conta das vidas das pessoas e tornando-as cada vez mais obsoletas. O documentário original HBO estreia em 3 de dezembro, às 23h.

 

MAX

ESTREIA DE FILME

Na comédia Um Conto Indiano, as vidas de dois homens se cruzam no dia em que Ajith (Pitobash), um indiano, sem falar o idioma local, traz consigo um pedaço de papelão onde se lê um endereço localizado na outra ponta da cidade. Ele acaba encontrando Pierre (Benoît Poelvoorde), um francês solteiro e rabugento que decide ajudá-lo a chegar ao destino.  O longa entra na programação do canal no dia 9 de dezembro, às 21h.

Poltrona Cabine: Robin Hood-A Origem/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Robin Hood-A Origem/ Cesar Augusto Mota

Embarcar em uma aventura inspirada no mais famoso dos ladrões, o que roubava dos ricos para dar aos pobres, não é uma tarefa fácil, e o que dirá levar às telonas uma história de um personagem lendário e que já foi contada várias vezes? Tivemos algumas versões de Robin Hood, a mais recente é ‘Robin Hood’, de 2010, sob a direção de Ridley Scott (Alien: Covenant), com Russel Crowe na pele do mais famoso fora da lei. E eis que surge mais uma versão, ‘Robin Hood: A Origem’ (Robin Hood), de Otto Bathurst (da série ‘Peaky Blinders’), com Taron Egerton (“Kingsman: O Círculo Dourado” como personagem principal. Será que o projeto do cineasta acerta a mão e oferece um bom produto para os cinéfilos?

Com roteiro de Joby Harold (Awake – A Vida Por Um Fio) e produção de Leonardo DiCaprio (O Regresso), a história se inicia com Robin, o lorde de Hoxley, sendo convocado para servir às Cruzadas e representar a Inglaterra em uma guerra nas Arábias. Lá, ele se depara com um verdadeiro massacre, e inclusive testemunha a tortura e morte do filho de Little John (Jamie Foxx), um guerreiro que acaba perdendo tudo , inclusive suas terras. Com o retorno à Inglaterra, Robin encontra um novo cenário, de uma cidade de Nottingam mergulhada em corrupção e debaixo de enorme opressão, comandada pelo xerife de Nottingham (Mendel Ben Mendelsohn). Disposto a se vingar e sabotar o fundo de guerra, composto pelos impostos pagos pelo povo de Nottingham, Little John resolve treinar Robin para se tornar um arqueiro ainda mais ágil e poderoso, tendo em vista que ele não se vê capaz de fazer tudo sozinho. Já o lorde de Hoxley vê uma grande chance de reencontrar a amada, Marian (Eve Hewson), que prometera esperar seu retorno da guerra, mas que depois estava nos braços de Will Scarlet (Jamie Dornan), um homem de forte prestígio e figura bem próxima da igreja.

O início da trama é um tanto desajeitado, com um ritmo lento que rapidamente se acentua com os confrontos na Arábia, mas depois se estabiliza e mostra uma história que tem tudo para ser promissora. O personagem principal e seu motivador são imponentes, demonstram todas as suas capacidades, seus objetivos são claramente definidos e rapidamente cativam a plateia. Mas a narrativa, que poderia trazer uma história interessante, esbarra na falta de profundidade do roteiro, leve e despretensioso. Não há preocupação em trazer ao espectador a humanização de um personagem, com qualidades e defeitos e tampouco abordar o roubo dos ricos para os menos favorecidos, há claramente a abo rdagem da jornada do herói, que passa por diversas privações até chegar à redenção. Robin Hood é tratado como um super-herói e o negócio dele é se envolver em mais cenas de ação em detrimento da emoção e do sentimento nobre de ajudar as pessoas.

Os personagens são cheios de estereótipos e alguns são caricatos, como o próprio Robin, um homem que não se sabe qual sua verdadeira face e o seu disfarce, no caso lorde de Hoxley ou Robin Hood, representado por Taron Egerton. Além dele, o Frei Tuck, vivido por Tim Minchin (série “Californication”), não deixa claro de que lado está, se do povo ou do xerife de Nottingham e Will Scarlet, personagem de Jamie Dornam (Cinquenta Tons de Cinza), tenta transparecer força e imponência, mas não passa de um homem facilmente manipulado, um verdadeiro banana. Pelo menos Little John, de Jamie Foxx (Django Livre) e Marian, de Eve Hewson (Ponte dos Espiões), conseguem se destacar. O primeiro com um semblante perturbador e de personalidade forte, e a segunda, uma autêntica aliada e de muita coragem e ousadia, ela é mais que uma mulher inicialmente frágil. E menção honrosa para Bem Mendelsohn (Rogue One: Uma História Star Wars), um vilão capaz de causar desconforto no público e despertar repulsa, tamanho seu perfil malévolo e de desdém na pele do xerife de Nottingham, disposto a manter sua imagem de comandante da cidade e chefe da Igreja, onipotente e intocável.

Mas o filme não conta apenas com pontos negativos, o atrativo está no excelente plano estético, com belos cenários que representaram com perfeição a arquitetura medieval, além dos interessantes adereços, como as roupas dos membros do clero, as armaduras dos cavaleiros e, principalmente, as armas utilizadas, com arcos e flechas dos mais sofisticados e espadas parecidas com as do reino Excalibur. Os efeitos CGI compensaram as constantes lutas presentes no longa, que se arrastaram do meio para o fim da história, mas o espectador é brindado com um belo espetáculo visual.

Se faltou uma história mais direta e com propósito, o público pode ver uma produção de destaque na parte técnica e com um grande elenco. O diretor Otto Bathurst tenta entregar uma obra capaz de retratar as origens e tudo o que circunda a lenda de Robin Hood, mas tenta inovar e trazer algo animador com uma fórmula já desgastada. Valeu o esforço.

Cotação: 3/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

‘UTøYA – 22 de Julho’ estreia nesta quinta

‘UTøYA – 22 de Julho’ estreia nesta quinta

Baseado em fatos reais, o drama conta a história de duas irmãs que tentam salvar suas vidas em meio a um atentado terrorista

Longa estreia dia 29 de novembro nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília

Baseado na tragédia de 22 de julho de 2011, quando um terrorista invade e atira em centenas de jovens, deixando 77 mortos na ilha de Utoya, na Noruega. Distribuido pela California Filmes, “UTøYA – 22 DE JULHO”, do diretor norueguês Erik Poppe, estreia nesta quinta-feira, dia 29 de novembro, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.  

No longa acompanha a jovem Kaja (Andrea Berntzen) e sua irmã mais nova Emilie (Elli Rhiannon Müller Osbourne). A partir do primeiro tiro é possível entender os sonhos, o comprometimento e os desejos dos jovens que estavam naquela realidade. Correndo para salvar suas vidas, todos são tomados pelo pânico e o desconhecido faz com que se escondam em vários lugares ao redor da ilha. A tentativa de escapar e mudar de esconderijo para esconderijo mostra alguns dos amigos da garota e outras novas amizades. O denominador comum de quem está alí é a forma pela qual cada um está tentando lidar com a situação e encontrar uma solução para sobreviverem.

Enquanto o longa é a estreia da atriz Andrea Berntzen nas telonas, o cineasta Erik Poppe é conhecido pela direção do drama “Mil Vezes Boa Noite” (2014) e do suspense “Águas Turbulentas” (2008).

Sinopse

No pior dia da história norueguesa moderna, Kaja (Andrea Berntzen) se diverte com sua irmã mais nova Emilie (Elli Rhiannon Müller Osbourne), 12 minutos antes da primeira bomba chegar ao acampamento de verão na ilha Utøya. Foi o segundo ataque terrorista de Anders Behring Breivik, em menos de duas horas, e matou 69 pessoas. Kaja representa o pânico, medo e desespero dos 500 jovens enquanto busca sua irmã na floresta.

Trailer

Ficha Técnica

Direção: Erik Poppe
Elenco: Andrea Berntzen, Aleksander Holmen, Brede Fristad
Gênero: Drama, Suspense
País: Noruega
Ano: 2018
Duração: 90 min
Classificação Indicativa: 16 anos

Morre o cineasta italiano Bernardo Bertolucci

Morre o cineasta italiano Bernardo Bertolucci

O cineasta Bernardo Bertolucci, considerado um de mestres italianos da sétima arte, morreu nesta segunda-feira aos 77 anos, em Roma, informa o jornal local La Repubblica. É autor de filmes cruciais, como O Último Tango em ParisNovecentoO Último Imperador, pelo qual recebeu dois Oscar, de melhor direção e melhor roteiro, em 1988. O cineasta estava havia anos em uma cadeira de rodas, lutando contra uma doença.

Nascido na Parma, em 1941, era filho do poeta Attilio Bertolucci e da professora Ninetta Giovanardi. Foi amigo de Pier Paolo Pasolini e defensor contumaz do Partido Comunista. Em 2007, recebeu um Leão de Ouro honorário pelo conjunto da obra do Festival de Veneza, em 2011 a Palma de Ouro honorária do festival de Cannes. Em mais de meio século de carreira, dirigiu aproximadamente 20 filmes, entre produções colossais e minúsculas, obras experimentais e mais tradicionais, e deixou um inesquecível selo autoral no cinema italiano e mundial. Foi também roteirista, produtor e “polemista”, como recorda a imprensa italiana. Nas últimas duas décadas, depois da estreia de Assédio, em 1998, lançou apenas dois filmes: Sonhadores, em 2003, e o que fica como sua última obra, Eu e Você, de 2012, baseado num romance de Niccolò Ammaniti.

 

Por Anna Barros

 

Crédito da foto: Getty Images

Poltrona Cabine: De Repente Uma Família/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: De Repente Uma Família/ Cesar Augusto Mota

Se você pensa que o processo de adoção é complicado, cheio de embaraços e envolto de diversas burocracias, imagine para um casal que vai ter que passar por tudo isso e se sente preparado, mas, na realidade, não está apto para cuidar de uma criança, ou melhor dizendo, de três de uma só vez. Esse é o enredo de ‘De Repente uma Família’, baseada em uma história real vivenciada pelo diretor Sean Anders (Pai em Dose Dupla) e estrelado por Mark Wahlberg (Todo o Dinheiro do Mundo) e Rose Byrne (Vizinhos). Uma divertida comédia e com grandes momentos dramáticos que vão comover você.

O casal Ellie (Byrne) e Pete Wagner (Wahlberg) vive uma intensa e chata rotina de compra, venda e reforma de casas e nunca possui tempo para eles mesmos. Com dificuldades para terem filhos biológicos, eles resolvem ir a uma grande feira de adoção de crianças e adolescentes em um local que proporciona encontros entre adultos e jovens sem lar. Logo de cara se impressionam com Lizzie (Isabela Moner), uma adolescente de 15 anos com temperamento forte e que passou por muitas dificuldades na infância. Ellie e Pete resolvem adotá-la, mas terão que levar junto os irmãos menores de Lizzie, Lita (Julianna Gamiz) e Juan (Gustavo Quiroz). A residência dos Wagner, que antes era silenciosa e quieta, passa a ser barulhenta e recheada por crianças indisciplinadas e des controladas, mudando a vida de Ellie e Pete para sempre, pois mudam a forma como enxergavam o mundo e o verdadeiro significado de serem pais.

Quem acompanha a trama logo de início não deixa de ficar comovido, não só com a história do casal protagonista e da forma como se relacionam com os pais reunidos em um grupo de apoio e que buscam adoção de crianças, como também com os personagens secundários da narrativa. De início você se confunde com as reais intenções de Ellie e Pete, se eles querem adotar para darem condições melhores de vida para os meninos e se sentirem bem ou se o desejo de serem pai e mãe falava mais alto. Com o passar do tempo, isso fica mais claro, além das impressionantes transformações pelas quais os dois passam. As crianças, com seus mais diversificados comportamentos, ajudam no processo de amadurecimento do casal e mostram que construir uma família não é uma tarefa simples, requer paciência, amor e também criatividade para controlar e resolver algumas situações.

O mérito do roteiro está em saber mesclar os momentos cômicos com outros mais sérios. Situações engraçadas protagonizadas pelos filhos adotivos menores são hilárias, com a pequena Lita gritando, esperneando e se jogando no chão e o garoto Juan, sensível, sempre se envolvendo em situações de acidentes. Já Lizzie é mais séria, a adolescente rebelde e que desafia tudo e todos, mas que também se mostra frágil no que tange à lembrança de seu passado, com a mãe envolvida no mundo das drogas e presa até os dias atuais. A tentativa de conexão de Ellie e Pete com Lizzie é a que move boa parte da trama, afinal é como se existisse um grande muro entre eles e derrubá-lo exige não só um grande jogo de cintura, mas sutileza, inteligência e muita delicadeza no trato com a adolescente. O público ri nos momentos adequados, mas derrama lágrimas em outros que transparecem emoção e exigem uma grande reflexão. Uma obra que escapa de clichês das mais diversas comédias que já vimos.

O elenco demonstra uma forte conexão e atuações que transmitem emoção, veracidade e, sem dúvida, muita comicidade. Mark Wahlberg e Rose Byrne brindam o público com dois personagens que possuem arcos dramáticos bem desenvolvido, de inicialmente empolgados para depois um casal perturbado, frustrado e perdido até se redimirem na reta final. No núcleo secundário, Isabela Moner (Transformers: O Último Cavaleiro) é uma grata surpresa, em um papel difícil de ser interpretado, de adolescente traumatizada, ainda presa às suas lembranças e que busca se reencontrar. Moner a desenvolve com naturalidade e apoiada por um grande elenco, que lhe dá um grande suporte nas cenas mais fortes. E menção honrosa para Octavia Spencer (A Cabana), que faz aparições apenas pontuais, mas dá o ar de sua graça e oferece momentos muito bem-humorados.

Um filme divertido e ao mesmo tempo sério, para todos os públicos, de crianças até idosos. ‘De Repente uma Família’ é uma obra gostosa de se acompanhar e que traz esperanças a todos que clamam por amor e empatia, ambos em falta ultimamente.

Cotação: 4/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota