O Artista (The Artist)
Sinopse
O filme se passa na Hollywood de 1927 e conta a história do astro de cinema George Valentin, que, enquanto se preocupa com o futuro de sua carreira com a chegada do cinema falado, se apaixona por Peppy Miller, uma jovem dançarina que busca o sucesso.
Resenha
Não, eu não sou crítica de cinema e, fora algumas eletivas durante a graduação em Jornalismo, não tenho nenhuma formação acadêmica no assunto. A verdade é que sou apaixonada por cinema, curiosa e crítica de uma forma geral. Mas nada além disso. Então, peço que não esperem ler uma análise rebuscada como as de um crítico da sétima arte que, sem dúvidas, essa obra merece ter. Esperem comentários pacionais regados com um pouquinho de conhecimento técnico, pois é isso que vou lhes oferecer.
Poderia passar horas discorrendo sobre o filme ou me ater à diversos aspectos da obra de Michel Hazanavicus (Roteiro e Direção) para embasar o argumento de que O Artista é, simplesmente, um dos filmes mais incríveis que assisti.
Muito bem cotado para o Oscar – são dez indicações, incluindo Melhor Filme -, e outras premiações importantes, o filme me fez lembrar discussões acaloradas que tive durante as aulas de Estética na faculdade. E fez com que reafirmasse mentalmente e com orgulho: “Eu discordo de Schopenhauer”.
Numa de suas teorias, Arthur Schopenhauer afirma que na arte o Homem se refugia da Vontade (o desejo que move as coisas). E lembro-me claramente que debati com veemência. Na arte o desejo é ainda mais presente. Você se ausenta da sua realidade e deseja como nunca a realidade apresentada na obra. Deseja fazer parte daquele enredo, deseja ser algum daqueles personagens, deseja o amor do mocinho pela mocinha. O desejo está sempre ali, em algum ponto, latente.
E foi essa vontade que me tomou ao assistir O Artista. Fui despida de preconceitos e pré-concepções sobre o filme. Sabia apenas que era um dos indicados ao Oscar. E isso foi fundamental para que eu me entregasse a vontade de viver aquelas cenas todas. Certamente, se eu soubesse que se tratava de um filme mudo, minha falta de hábito tivesse me levado para bem longe daquela sala escura e climatizada. Quebrei mais um tabu. Além de Chaplin, o cinema mudo pode ser uma experiência bem interessante.
O filme flui numa metalinguagem frenética, onde o cinema conta a história de si próprio através dos conflitos de seu protagonista.
Cheio de mensagem subliminares e sutilezas, O Artista cativa a cada frame numa estética impecável desde o tratamento das cores até a trilha sonora de calar a alma.
Drama, romance e cinema batidos numa mesma fórmula que rendeu um belíssimo filme.
Se ainda não foi ao cinema, dispa-se de qualquer preconceito e delicie-se com um roteiro incrível, com cenas e sons fortes e um BANG! emocionante.
Eu to amando muito esse filme, sim ou óbvio?!
Obrigada, por receber a resenha aqui no Poltrona, Anninha!
Vou subir ela às 21h lá no Microcâmera.
Bjs
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Eu adorei a sua resenha, querida. Muito obrigada! Beijo grande, Anninha
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