Dona de uma carreira de sucesso, sendo vencedora do prêmio de melhor atriz no Festival de Veneza de 1990 e agraciada com o Oscar de atriz coadjuvante de 2008, por Michael Clayton, a atriz britânica Tilda Swinton foi homenageada na noite de quarta-feira (02) no 77º Festival de Veneza e recebeu um Leão de Ouro por sua trajetória no cinema. Ela celebrou a decisão do Festival de Berlim de não mais separar as categorias de premiação por gênero.
“”É um desperdício de vida. E você sabe, a vida é muito curta para isso. E estou muito feliz em ouvir isso sobre Berlim e acho que é praticamente inevitável que todos sigam. É óbvio para mim. Os humanos estão tão interessados em divisão, em categorizar todos nós. Estamos só começando a entender que este não é o caminho certo — não é bom dividir as pessoas e prescrever um caminho de vida para elas por causa dessa divisão, seja ela baseada em gênero, raça ou classe. […] Eu me sinto triste dizendo que sou definitivamente heterossexual, ou definitivamente homossexual, definitivamente mulher, ou definitivamente homem. Isso me dá sono”, destacou a atriz.
De quebra, Tilda Swinton fez um balanço de sua carreira, e fez questão de evitar a pronúncia da palavra.
“Eu não reconheço este conceito de ‘carreira’. Eu tenho uma vida. Nunca tive a intenção de começar com filmes experimentais e um dia passar disso para o mainstream. Os papéis em filmes de orçamento maior vieram até mim, eu nunca os busquei. A montanha veio a Maomé”, ponderou.
Na noite desta quinta(03), Swinton voltou a ser destaque no evento ao promover o filme “The Human Voice”, ao lado do diretor espanhol Pedro Almodóvar.
Fontes: G1/UOL
Crédito da foto: Medium.com
Por: Cesar Augusto Mota


