Festival de Cannes 2018: Climax, novo filme de Gaspar Noé, fatura prêmio principal da Quinzena dos Realizadores

Festival de Cannes 2018: Climax, novo filme de Gaspar Noé, fatura prêmio principal da Quinzena dos Realizadores

Certo de que sairia de Cannes ainda mais odiado por conta de seu cinema chocante, o cineasta Gaspar Noé não só conquistou as plateias do sul da França como os jurados da Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2018, levando o prêmio máximo da mostra com ‘Clímax’, seu mais novo filme.

Na trama, um grupo de bailarinos ensaia uma coreografia complexa até que começam a ingerir doses cavalares de LSD. A viagem de ácido sai do controle e o suspense, protagonizado por Sofia Boutella (A Múmia), finalmente se insere na  filmografia de Noé, com intensa loucura visual. Após competir pela Palma de Ouro com Irreversível e Viagem Alucinante, leva para casa seu primeiro grande caneco de Cannes.

‘Clímax’ ainda não tem previsão de lançamento no Brasil. O Festival de Cannes, por sua vez, vai até o próximo sábado (19), quando saberemos quem foi o vencedor da Palma de Ouro da 71ª edição do evento. Fique ligado!

Por: Cesar Augusto Mota

A Múmia: Filme da Dark Universe pode ter prejuízo de US$ 95 milhões

A Múmia: Filme da Dark Universe pode ter prejuízo de US$ 95 milhões

Primeiro filme criado do universo de monstros da Dark Universe, “A Múmia” estava cercado por grandes expectativas, mas vem nesta terça-feira (20) com uma má notícia. De acordo com o site Deadline, o longa dirigido por Alex Kurtzman pode ter um prejuízo de US$ 95 milhões.

O filme arrecadou até agora US$ 300 milhões, mas foram gastos por volta de US$ 345 milhões entre produção e distribuição. A estimativa era de que “A Múmia” faturasse na estreia em torno de US$ 375 milhões.

O elenco de “A Múmia” conta com Tom Cruise, Sofia Boutella, Annabelle Wallis (do filme Annabelle), Jake Johnson (New Girl, Jurassic World), Courtney B. Vance (American Crime Story) e Russell Crowe. Trata-se de um reboot do filme de 199, com protagonismo de Brendan Frasier.

Confira nossa crítica sobre o filme aqui.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: A Múmia/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: A Múmia/ Cesar Augusto Mota

Quem sonhava em ver um filme parecido com a primeira versão de “A Múmia”, de 1999 e protagonizado por Brendan Fraser, perceberá que não passa nem perto. A Universal Studios vem com uma proposta de renovar a franquia e resolveu apostar no astro Tom Cruise numa eletrizante e divertida aventura. Mas o remake é bom?

A nova história de “A Múmia” acompanha Nick Morton (Cruise), um soldado do exército norte-americano que está em uma expedição escavando tumbas com o intuito de encontrar artefatos raros. Mas ele encontra o sarcófago da princesa Ahmanet (Sofia Boutella) e ao tentar transportar a urna para Londres, um terrível acidente acontece e uma maldição é espalhada, aterrorizando todos.

A primeira parte da narrativa, que ilustra a vida da princesa Ahmanet nos mostra belas cenas do antigo Egito, bem como grandes artefatos, a escrita em hieróglifos além da injustiça sofrida por Ahmanet, que perde o trono e promete vingança. Mas não fica claro o porquê da princesa ter que apelar parauma divindade demoníaca com o intuito de se tornar uma rainha. Tom Cruise se mostra ambíguo na trama, não sabemos se ele é o mocinho ou um vilão, se é mais uma ameaça ou uma solução no combate ao espírito da múmia de Ahmanet, libertada por Nick.

A segunda parte, com várias cenas de perseguição e o surgimento de zumbis graças aos poderes de Ahmanet, trazem um clima mais tenso e frenético, lembrando a série ‘The Walking Dead’. O espectador torce muito para que a arqueóloga Jennifer Halsey (Annabelle Wallis), que ajuda Nick em boa parte da história a enfrentar a princesa mumificada, consiga sair ilesa e bem sucedida em sua missão, de revelar segredos e tesouros da antiga civilização egípcia. Henry Jekyll, personagem de Russel Crowe, também se destaca, e entre uma crise demoníaca e outra consegue trazer uma ar maior de dramaticidade e instigar os protagonistas para que encontrem uma forma de cessar todo o mal espalhado após a profanação do sarcófago da princesa Ahmanet. E falando nela, Sophia Boutella cumpre bem seu papel, primeiro de princesa egípcia injustiçada e com sede de vingança e depois uma criatura poderosa e quase invencível.

Os dois últimos atos apresentam muitos efeitos especiais, como uma forte tempestade de areia, e ações mais ágeis, dando a impressão de que tudo vai terminar, mas são apenas ganchos para a sequência do filme e ainda mais suspense. A impressão que se tem é que se está acompanhando o filme ‘Guerra dos Mundos’, uma produção mal sucedida de 2005 e que não deixou saudades.

Se “A Múmia” não traz um roteiro tão empolgante, há cenas emocionantes e excelentes efeitos especiais, o diretor Alex Kurtzman faz um trabalho que fica na média, nada de extraordinário. E resta esperar por possíveis continuações e novos filmes da Dark Universe, que promete engajar os fãs do universo dos monstros, num mercado cada vez mais em ebulição com os personagens da Marvel e da DC, é mais uma opção que ganhamos.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota