Maratona Oscar: Jojo Rabbit/Flávia Barbieri

Maratona Oscar: Jojo Rabbit/Flávia Barbieri

 

Esse ano, os candidatos ao Oscar são de categorias bem diferenciadas. Seja na abordagem do tema, na apresentação da narrativa, nas surpresas ao longo da história, os filmes têm cativado a audiência com abundante inovação. Jojo Rabbit não é diferente.

Jojo Rabbit é surpreendentemente corajoso ao criar um cenário cômico dentro do ambiente lúgubre da Segunda Guerra Mundial; e ainda trabalha com o riso – ainda que de forma sinuosa – com uma das figuras mais monstruosas da história.

O protagonista é um menino de dez anos, Jojo Rabbit (Roman Griffin Davis), hesitante em busca de uma figura paterna, que ele encontra em seu amigo imaginário, o Führer. Tal personagem passeia ora entre os sentimentos infantis de Jojo, ora em forma de guia repleto de inspiração. Waititi, com sua performance encantadora, consegue traduzir a necessidade auto-projetada de uma criança perdida em meio à guerra e a um mundo que ele ainda não conhece verdadeiramente.

O lado sombrio do personagem vai se mostrando à medida que a percepção de Jojo pelos acontecimentos e pela imagem de seu “herói” começa a mudar.  Ele, então, se transforma num personagem desagradável, com nuances muito bem elaboradas.

O Führer se torna uma metáfora quase palpável de que as referências e o discernimento mudam no momento em que amadurecemos dentro de nós, as nossas percepções sobre o mundo.

As cenas em que Jojo descobre o grande segredo da mãe, que guarda uma garota judia nas paredes da casa são a combinação perfeita entre angústia e terror, numa sequência inteligente e bem estruturada.

A interpretação da menina Elsa (Thomasin McKenzie) é de uma força avassaladora. Elsa é a figura questionadora que desdenha dos preconceitos assumidos por Jojo. McKenzie interpreta a personagem com uma incrível integridade, trazendo para o filme a profundidade inteligente que constitui toda a narrativa. Os diálogos fumegam inquietude e raiva.

No entanto, ainda que o filme faça jus à sua indicação, em alguns momentos podemos constatar um desequilíbrio desconfortável entre a grandiosa interpretação de Waikiki e os nazistas rebeldes Rebel Wilson e Sam Rockwell, que não se enquadram nesse acervo cômico.

O centro da história se compõe pela vulnerabilidade do protagonista Jojo.  Roman Griffin Davis realmente convence como criança assustada, amadurecendo sua percepção da vida, crescendo em um mundo caótico. Existe uma polifania entre a criança ingênua e aquela que começa a descobrir as verdades da vida, o que torna o filme suave e denso ao mesmo tempo.

Com tantos concorrentes vigorosos, Jojo Rabbit não está entre as predileções para a categoria de melhor filme. Mas fica o lembrete de que uma história bem construída e criativa pode chegar muito longe.

 

O filme foi indicado as categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante para Scarlet Johansson, Melhor Roteiro Adaptado para Taika Waikiki, Melhor Figurinho para Mayes C. Rubeo, Melhor Direção de Arte para Ra Vicent e Melhor Montagem para Tom Eagles.

Sinopse: Johannes ‘Jojo’ Betzler (Roman Griffin Davis) é um garoto alemão de dez anos que cresceu na Alemanha nazista idolatrando Adolf Hitler e tem um amigo imaginário em forma de Führer (Taika Waititi).

No entanto, quando ele descobre que sua mãe (Scarlett Johansson) está abrigando uma garota judia chamada Elsa (Thomasin McKenzie) em sua casa, sua percepção sobre Hitler e sobre a guerra começa a mudar.

 

 

Poltrona Geek #14 – Lucy

Poltrona Geek #14 – Lucy

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Poltroneiros de Plantão,

Adentramos juntamente com Lucy esse mundo ainda não desvendável, ou não, de uso de nossas sinapses neurais!

E vamos para o que interessa.

Sinopse

Lucy (Scarlett Johansson), uma jovem normal, devido a um problema é recrutada forçadamente para transportar drogas na cavidade abdominal por mafiosos orientais.

Análise

No dia 28 de agosto de 2014 estreou Lucy, dirigido por Luc Besson (O Quinto Elemento), com duas figuras chamativas no elenco. São eles: Scarlett Johansson (Os Vingadores) e Morgan Freeman (Invictus).

Foi lançado numa data importante, fechando o verão americano de 2014. Aqui, no Brasil, ele ficou em 1º lugar e tomou a posição de Os Mercenários 3. Contudo nos Estados Unidos Guardiões da Galáxia continua em primeirão, e de longe se torna o filme mais assistido neste “Summer Movies”.

Com um roteiro de fácil compreensão e uma linguagem simples, temos uma história de progressão rápida e compreensível.

A trama principal vem te enlaçar em curiosidades que a humanidade sempre buscou explicações, mas que até agora não foram resolvidas. Do inicio da formação do universo até o uso 100% do cérebro, o que podemos esperar?

Ainda contamos com uma trama secundária clichê/boba, que vem dar o “start” para a situação gerada.

As cenas de ação não são empolgantes e devido ao tipo de corte e feedback temos algumas reclamações.

A forma com que a Ciência foi tratada é importante prestarmos atenção. Pois a todo momento ele trabalha com o que ela já comprovou na Teoria e o restante da trama com hipóteses.

Só para constar não tem 3D. (Amém!)

Parceria

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Nota

Bonequinho nota 7

“Aprenda Tailandês em uma hora…”