Poltrona Resenha: As Aventuras de Paddington 2/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Resenha: As Aventuras de Paddington 2/ Cesar Augusto Mota

Sabe quando vamos ver um filme e não damos nada por ele? E também quando consideramos que ele foi feito só para crianças, mas é direcionado para toda a família? Justamente por meio dessas premissas que podemos definir ‘As Aventuras de Paddington 2’, continuação do primeiro longa de sucesso dirigido por Paul King e que é tão bom, ou senão, melhor que o antecessor.

Paddington, um ursinho carismático, oriundo das florestas do Peru e erradicado em Londres, no Windsor Gardens, quer presentear sua tia Lucy, prestes a completar 100 anos. Para celebrar a data e agradecer por todo o carinho e assistência que recebeu dela durante toda a vida, Paddington resolve presenteá-la com um livro com todos os pontos turísticos de Londres, mas ele não contava com a falta de escrúpulos e as artimanhas de Phoenix Buchanan (Hugh Grant), um ator em decadência e mestre dos disfarces, que incrimina o protagonista e o faz ir para a prisão injustamente, por acusação de roubo do livro. Enquanto está encarcerado, Paddington aos poucos vai ganhando a confiança e cativando seus colegas de cela, com a preparação de doc es e pratos deliciosos, sem contar na elaboração de um plano de fuga que eles traçam. Do lado de fora, sua família corre contra o tempo para provar sua inocência e agarrar o verdadeiro culpado, que, obviamente, todos já desconfiam de quem se trata.

O roteiro pode ser simples e de fácil compreensão do público, mas traz uma história envolvente, com humor típico de Londres e ótimos valores transmitidos, como a educação, a civilidade e a disciplina, além do espectador ser brindado com belos cenários, como as paisagens da capital inglesa, que tornam a ventura mais incrível de se acompanhar e um verdadeiro deleite ao olhar. Sem contar nos ótimos efeitos especiais e os recursos em CGI utilizados para inserir Paddington em cena e interagir com os humanos, de qualidade excepcional.

O elenco é composto por grandes nomes, como Sally Hawkins (A Forma da Água), Hugh Bonneville (Um Lugar chamado Notting Hill) e Julie Walters (Brooklyn), todos eles ganham espaço na história e são capazes de protagonizar situações inusitadas e impensáveis, tudo para resgatar Paddington e prender o verdadeiro ladrão do livro da Tia Lucy. Os destaques maiores vão para Hugh Bonneville e Sally Hawkins, que quebram o protocolo e brindam o público com boas risadas. E Grant soube convencer com seu personagem, um autêntico canastrão e disposto a tudo para passar a perna em todos, um vilão que passa veracidade em suas interações e que desperta sensações variadas nos espectadores, seja de irritaç&atil de;o pelos atos praticados, como de diversão após a representação de diversos tipos com seus disfarces. Há um belo equilíbrio, que contribui para a história e o entretenimento de quem acompanha.

Um filme bonito, cativante e com bons valores, assim defino ‘As Aventuras de Paddington 2’, recomendado para toda a família. Uma live-action de diversão garantida e capaz de mostrar que a prática da bondade nos leva a outros patamares e nos torna seres humanos ainda melhores. Vale o ingresso!

Avaliação: 5/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Com estreia para 1 de fevereiro no Brasil, Paddington 2 é sucesso de crítica

Com estreia para 1 de fevereiro no Brasil, Paddington 2 é sucesso de crítica

O urso Paddington é um grande sucesso na Inglaterra, criado há mais de 60 anos o ursinho é o protagonista de quem de 150 livros. Nos cinemas o primeiro longa, “As Aventuras de Paddington”, foi um sucesso de bilheteria, arrecadando US$ 76 milhões nos Estados Unidos e um total de US$ 268 milhões no mundo.

PADDINGTON 2” segue os passos do primeiro filme, o filme estrelado por Hugh Grant é o filme com a melhor nota de 2018 até o momento no site Metacritic, além de ter 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Veja:

http://www.metacritic.com/movie/paddington-2

https://www.rottentomatoes.com/m/paddington_2#contentReviews

No Brasil PADDINGTON 2 recebe as vozes de Bruno Gagliasso (Paddington), Márcio Garcia (Felix) e Henrique Fogaça (Rick), e chega aos cinemas no dia 1 de fevereiro e, junto com a família Brown, ele vai ter a missão de resgatar um precioso livro, roubado pelo ladrão Félix Buchana.

Sinopse

Após ser adotado pela família Brown, Paddington se tornou muito popular em Windsor Gardens. É aniversario de 100 anos da tia Lucy e ele precisará da ajuda de todos na procura do presente perfeito. Ele encontra um livro único na loja de antiguidades, mas o livro é roubado. Paddington e sua família farão de tudo para descobrir o ladrão e recuperar o livro que guarda um grande segredo.

Elenco

Ben Whishaw
Hugh Grant
Hugh Bonneville
Sally Hawkins

Equipe Técnica

Diretor: Paul King
Escritores: Michael Bond, Jon Croker, Simon Farnaby, Paul King Produtor: David Heyman
Música Original: Dario Marianelli
Edição: Jonathan Amos, Mark Everson

 

As Aventuras de Paddington 2 ganha novo trailer. Confira!

As Aventuras de Paddington 2 ganha novo trailer. Confira!

O urso mais popular de Windsor Gardens está de volta. Em ‘As Aventuras de Paddington 2’, o protagonista sai em busca do presente ideal para o aniversário de 100 anos da tia Lucy. Confira novo trailer abaixo.

Apesar de ter encontrado um livro único e que guarda um grande segredo, o objeto é roubado e Paddington terá que descobrir a todo custo a identidade do ladrão e tentar recuperar o presente. A animação contará com as vozes de Hugh Bonneville, Sally Hawkins, Hugh Grant, Brendan Gleeson, Julie Walters, Peter Capaldi, Jim Broadbent e Samuel Joslin.

‘As Aventuras de Paddington 2’ terá a direção de Paul King e chega ao circuito nacional em 1 de fevereiro de 2018.

Por: Cesar Augusto Mota

Cineasta Guilhermo del Toro encanta público com fábula durante Festival de Veneza

Cineasta Guilhermo del Toro encanta público com fábula durante Festival de Veneza

O diretor de cinema mexicano Guillermo del Toro conquistou, nesta quinta-feira (31), público e crítica do Festival de Veneza com uma fábula magistral e delicada sobre o amor entre uma princesa muda e uma estranha criatura anfíbia.

“O conto de fadas é o antídoto perfeito para o cinismo, porque toca as emoções”, declarou o cineasta depois de apresentar seu último filme, “The Shape of Water”, em competição pelo Leão de Ouro junto com outros 20 filmes no Festival Internacional de Cinema de Veneza.

Nesta obra, o diretor mexicano alimenta sua paixão por criaturas fantásticas, colocando-as em um universo visual extravagante, arrancando aplausos e críticas entusiasmadas de especialistas e público.

Ambientado em 1962, durante a Guerra Fria, o filme conta a história de uma jovem, Elisa (Sally Hawkins), que vive uma existência solitária, mas serena, em um cinema de bairro sem clientes.

Durante o dia, ela visita seu vizinho, Giles (Richard Jenkins), um artista gay que ganha a vida com comerciais e adora comédias musicais transmitidas pela televisão.

À noite, ela trabalha com sua amiga negra Zelda (Octavia Spencer) em um laboratório científico secreto do governo dos Estados Unidos.

Trata-se de um trio de pessoas desajustadas que rejeitam o sistema, procuram amor e acabam unindo forças.

A vida de Elisa muda com a chegada ao laboratório de uma estranha criatura marinha extraída das águas do rio Amazonas, onde era venerada como uma divindade.

A criatura também consegue respirar fora d’água, uma qualidade que interessa a russos e americanos, em plena corrida para chegar ao espaço.

O ser (Doug Jones) é percebido como uma ameaça para a humanidade por um militar aterrorizante, cheio de preconceitos e ódio (Michael Shannon).

O encontro entre a princesa muda, que se comunica por sinais, e o monstro perseguido é uma ode ao amor puro.

“Quando ele me olha, não sabe que sou incompleta. Ele me vê como eu sou”, diz, no filme, a jovem, que descobre que o amor não precisa de palavras.

O filme já é apontado como um dos melhores de del Toro depois de “O Labirinto do Fauno”, que levou três prêmios Oscar.

“O primeiro ato político ao nosso alcance é eleger o amor ao invés do medo. Vivemos em um tempo em que o medo e o cinismo são usados de uma maneira muito persuasiva”, declarou à imprensa o cineasta mexicano.

Guilhermo del Toro revisita a fábula da Bela e a Fera, inserindo em um sombrio contexto histórico de sexismo, racismo, injustiça social e ódio internacional.

“Há duas versões de ‘A Bela e a Fera’, uma puritana – os dois se amam de maneira platônica, mas não fazem amor –, e uma outra um pouco perversa e preocupante. Não me interessei por nenhuma das duas versões”, indicou o diretor. No filme, os dois finalmente têm relações íntimas pudicamente sugeridas atrás de uma cortina de banheiro.

O segundo dia do Festival também foi marcado por outro filme ovacionado, “First reformed”, do diretor americano Paul Schrader, que mescla morte e terrorismo.

O longa tem no elenco Ethan Hawke, elogiado por sua magistral interpretação de Ernst Toller, um pai deprimido pela morte do filho na guerra no Iraque.

Schrader optou por um cinema dramático, intenso, muito espiritual, distante dos thrillers do passado.

O prolífico cineasta, famoso por ser o roteirista de “Taxi Driver”, “Touro Indomável” e “Gigolô Americano”, confessou que há cinquenta anos sonhava em contar sem piedade a história de um homem que perde tudo.

da Agência France Press