Poltrona Cabine: A Noite do Jogo/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: A Noite do Jogo/ Cesar Augusto Mota

O gênero comédia sempre divide opiniões, há os que curtem e os que rejeitam. No entanto, existem algumas formas de se apresentar histórias bem-humoradas, sejam elas politicamente incorretas, as que apelam para o humor negro e as tradicionais comédias-pastelões. E o que você acharia de um filme que trouxesse muita ação, uma premissa bizarra e um grande elenco? Pois se prepare, ‘A Noite do Jogo (Game Night), dirigido por John Francis Daley (Férias Frustradas) e Jonathan Goldstein (Quero Matar Meu Chefe) e distribuído por Warner Bros. e New Line traz uma história incrivelmente engraçada e que vai arrancar risadas do público com muita facilidade.

Somos apresentados a Max e Annie, vividos por Jason Bateman (A Última Ressaca do Ano) e Rachel McAdams (Spotlight: Segredos Revelados), um casal muito divertido e que adora fazer jogatinas em casa com os amigos, principalmente com jogos de tabuleiro e que envolvam adivinhações. Porém, o policial Gary, interpretado por Jesse Plemons (The Post: A Guerra Secreta) deixa o grupo após ter se separado da esposa e logo em seguida chega Brooks, o irmão de Max, representado por Kyle Chandler (Argo), que propõe um jogo bem inovador, que não envolve tabuleiros ou peças, mas a resolução de um enigma acerca de um membro do grupo que vai sumir repentinamente e que deverá ser encontrado em seguida. Mas o plano dá errado quando sequestradores verdadeiros invadem a casa de Brooks e o levam, sem ter tempo de avisar ao pessoal que aquela situação era real e não brincadeira. A partir daí, os seis personagens passam a se envolver em diversas situações bizarras e de risco e deve rão fazer tudo para a resolução do caso, o resgate de Brooks.

A premissa do filme é muito interessante e se torna ainda mais atrativa na medida em que a trama se desenrola e o espectador fica confuso com as situações que lhe são apresentadas, proporcionando dificuldade em adivinhar se cada evento é verdadeiro ou falso. E sem contar das bizarrices às quais os participantes do jogo se envolvem, desde a coleta de pistas até os obstáculos que encontram pelo caminho. O público fica de boca aberta com o que aprecia em cada cena, ao mesmo tempo que ri e não crê naquilo com o que está se deparando.

O anti-clímax apresentado consegue sustentar a história até o fim, além de podermos ver a construção e o desenvolvimento completo de todos os personagens. Temos também uma grande variedade de cenários que possibilitam que novas piadas sejam construídas e que estimulem os jogadores a saírem da zona de conforto e a encontrarem formas de salvar uns aos outros e a resgatar Brooks. Há momentos que sugerem que o perigo não mais existe, mas trata-se de um aquecimento para a sequência e para evitar que a história fique enfadonha e beire a mesmice. Logo, o espectador não se sente entediado e fica preso à tela até o momento derradeiro, do resgate (ou não) de Brooks.

E não poderia esquecer das atuações do casal protagonista, Jason Bateman e Rachel McAdams, ambos demonstraram ter uma química incrível, com muita versatilidade e um ótimo timing para as situações cômicas. E dentre os atores secundários, Jesse Plemons, apesar de pouco tempo em tela, consegue ter participação decisiva na história, além de conseguir arrancar mais risadas do público com seu personagem atrapalhado e de olhar sombrio.

‘A Noite do Jogo’ teve uma repercussão altamente positiva nos Estados Unidos e vem com uma ótima proposta, de uma trama com humor bizarro e num ritmo frenético, cheio de reviravoltas e com atuações acima da média do elenco. Um filme que começa despretensioso, mas que posteriormente ganha forma e faz o público abraçar sua ideia, de que é preciso coragem, ousadia e muita habilidade para sair vencedor, seja de um jogo de tabuleiro ou do jogo da vida. É diversão garantida para todos!

Cotação: 4/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Geek #10 – Questão de Tempo // About Time

Poltrona Geek #10 – Questão de Tempo // About Time

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Caros amigos e amigas Poltroneiros,

Venho hoje falar de um filme que desde Os Miseráveis de Tom Hooper, não fico mexido e amplamente saciado com um filme.

Sim! Este filme é uma bela surpresa.

Sinopse

Ao completar 21 anos, Tim (Domhnall Gleeson) é surpreendido com a notícia dada por seu pai (Bill Nighy) de que pertence a uma linhagem de viajantes no tempo. Ou seja, todos os homens da família conseguem viajar para o passado.

Análise

Lançado no dia 20 de dezembro de 2013, pelo diretor Richard Curtis (As Férias de Mr. Bean), traz para o nosso deleite um filme com uma temática que fala sobre viagem no tempo, sendo que seu foco será nos relacionamentos. E não meramente sobre o relacionamento de homem e mulher como as principais capas mostram, mas sim no global, como: pai e filho, irmão e irmã, amigos e etc.

Temos aqui uma salada de sensações, temos uma comédia romântica, um drama familiar e uma pitada de ficção. Dentro de um texto original e bem ordenado. Perceba o quanto é sutil a trilha dentro da história.

Palmas para Domhnall Gleeson, Bill Nighy e Rachel McAdams que atuaram  e tiveram uma química magistral!

Então? Tá esperado o que, chame seu par ou aquela pessoa que você quer dar um up no relacionamento.

Bom proveito!

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PodCast Rapadura

Spherageek

Nota Geral

Bonequinho nota 9

“O importante na vida é sabermos degustar cada momento que vivemos…”

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