Poltrona Resenha: Morte no Nilo/Anna Barros

Poltrona Resenha: Morte no Nilo/Anna Barros

Morte no Nilo é um filme baseado no livro de Agatha Christie. Um remake com Gal Gadot e Kenneth Branagh.

O filme começa lento e arrastado e depois se desenrola com paisagens lindas das Pirâmides do Egito e de Luxor. Num clima de total mistério e indagação. Todos têm motivos para matar Linnet Doyle.

Acontece um assassinato de uma ricaça fútil que roubou o noivo da amiga e Hercule poirot é designado para descobrir. Ela tinha muitos desafetos.

Sinopse:

As férias do detetive belga Hercule Poirot à bordo de um glamouroso cruzeiro no Egito se transforma em uma caçada a um assassino quando a lua de mel de um famoso casal é interrompida.

pode ser visto no Starplus.

3/5 poltronas

Maratona Oscar: Ataque dos Cães/Anna Barros

Maratona Oscar: Ataque dos Cães/Anna Barros

É um filme de faroeste que se é necessário para refletir, principalmente no tocante à masculinidade tóxica, preconceitos, bullying e alcoolismo. O filme vencedor do Globo de Ouro 2022 como Melhor Filme de Drama tem todos esses ingredientes e atuações ótimas de Benedict Cumberbatch, Kirsten Durst e do novato Kodd Smit McPhee.

Ataque dos Cães conta a história de Phil (Benedict Cumberbatch) e George (Jesse Plemons), dois irmãos ricos e proprietários da maior fazenda de Montana. Enquanto o primeiro é brilhante, mas cruel, o segundo é a gentileza em pessoa. A relação dos dois vai do céu ao inferno quando George se casa secretamente com a viúva local Rose (Kirsten Dunst). O invejoso Phil fará de tudo para atrapalhá-los.

George é muito ligado ao irmão macho alfa aparentemente, Phil, até que conhece a dona do restaurante, Rose e por ela se apaixonada. Casa em segredo e a leva ao rancho da família. Lá ela se depara com a agressividade de Phil com ela e seu filho, Peter,que é motivo de chacota por gostar de fazer flores de papel e sua sensibilidade. Peter vai estudar Medicina e quando volta para as férias em família observa a angústia e tristeza de sua mãe, Rose, que acaba se entregando ao álcool por não suportar a agressividade e humilhações. de Phil. Peter decide se aproximar dele e o cativa pois Phil decide ensiná-lo a montar e a fazer uma corda para ele caprichar na montaria. Nasce uma amizade improvável entre o opressor e o oprimido o que surpreende até a própria Rose que acaba se afundando mais na bebida.

O filme se encaminha para uma reviravolta no fim onde percebemos que Peter está atento que Phil provoca a infelicidade da mãe e decide acabar com isso por conta própria numa trama de sutilezas e reflexões. Phil esconde um grande segredo em seu passado, difícil de admitir para si mesmo e para a sociedade preconceituosa que o envolve nos campos de Montana. O final é surpreendente e nos faz analisar que Ataque dos Cães, da diretora Jane Campion, é pule de dez para as indicações ao maior prêmio do cinema, o Oscar.

O filme é imperdível. Disponível na Netflix.

5/5 poltronas

Poltrona Resenha: Cinderela/Bruna Zordan

Poltrona Resenha: Cinderela/Bruna Zordan

O novo filme Cinderela, estrelado pela cantora Camila Cabello, Nicholas Galitzine e Billy Porter, entrega atualidade, mas com um roteiro cansativo e monótono. Apesar de ser um musical, a produção lota as cenas com muitas músicas e piadas sem graça. Porém, o único diferencial nas canções, a maior quantidade delas, são conhecidas pelo público.

Com um elenco renomado, a obra, mesmo com a pauta da atualidade como foco, acaba não sendo relevante. Conhecemos a história de Cinderela, e mesmo assim, o filme não se destacou – já que tinha chances de acontecer. Porém, as diferenças são gritantes. Como por exemplo – uma mudança que me agradou bastante – foi a substituição da fada madrinha, pelo Fado Madrinho, interpretado por Billy Porter, e da princesa ter sonhos que fogem do clichê que conhecemos nos filmes das princesas. Com muito glamour e brilho, o personagem rouba a cena com muita, muita diversão e falas com humor. Mesmo com músicas animadas e cenas de dança, o longa é uma verdadeira montanha-russa.

Cinderela já está disponível na Amazon Prime Vídeo e é dirigido pela Kay Cannon. 

2,5/5 poltronas.

Sinopse:

Na nova e ousada abordagem musical da história tradicional que o público conhece, Cinderela (Camila Cabello) é uma jovem ambiciosa cujos sonhos são maiores do que o seu mundo permite. Entretanto, com a ajuda de seu Fado Madrinho (Billy Porter) ela é capaz de perseverar e realizar seus sonhos.

Trailer:

Por Bruna Zordan.

Poltrona Resenha: Pieces of a Woman/Anna Barros

Poltrona Resenha: Pieces of a Woman/Anna Barros

O filme fala de parto domiciliar e depressão pós-parto e um excelente desempenho de Vanessa Kirby e Shia Labeouf.

Um filme denso, com um plano-sequência impactante de um parto em casa e com a perda do bebê uma série de eventos que destroem um casamento e separam uma família.

No filme, Martha e Sean lidam com a dor de formas muito diferentes. Ele está aberto ao processo do luto, quer falar sobre o assunto, sofrer e passar pelas etapas. Martha se fecha completamente e não conssegue digerir todo o processo e nem aceita terapia.

Ellen Bursten que faz a mãe de Martha, a protagonista, vivida por Vanessa Kirby, também rouba a cena como a mãe autoritária e controladora que quer justiça contra a parteira a qualquer custo sem compreender o sofrimento que sua filha passa. Em sua cabeça é uma espécie de fraqueza a depressão.

Elizabeth é uma sobrevivente. Sua mãe, judia, sofreu durante o nazismo e precisou esconder sua bebê para que ela sobrevivesse. Chegou a ouvir do médico que deveria jogá-la fora. Ela odeia Sean, o marido, vivido por hia Labeouf, e até oferece dinheiro para que ele deixe Martha.

Em sua estreia, no Festival de Veneza de 2020, já conquistou troféus e consagrou Vanessa. O filme tem grandes chances de indicações ao Oscar, incluindo prêmios pela atuação de Vanessa e de Ellen, direção e roteiro. É produzido por Martin Scorsese.

Eu sou contra parto domiciliar e quem é a favor deveria ver esse filme com atenção. O filme mexe com a emoções e é bastante reflexivo tocando em pontos cruciais de um problema tão recorrente que é a depressão pós-parto.

Gostei muito desse drama que fala todas as camadas do luto de uma mulher que perde sua filha recém-nascida. Disponível na Netflix.

4/5 poltronas

Poltrona Resenha: Fome de Poder/Pedro Ribeiro

Poltrona Resenha: Fome de Poder/Pedro Ribeiro

                             Reprodução da internet

Visionário ou traidor? Esse é um dos questionamentos que o filme “Fome de Poder” traz ao seu espectador sobre o protagonista, o empresário Ray Kroc, vivido pelo ator Michael Keaton (Batman, Beetlejuice – Os Fantasmas Se Divertem). O filme, dirigido por John Lee Hancock, conta a história de como Kroc evoluiu de um vendedor ambulante de liquidificadores à um empresário bem sucedido e em paralelo, todo o processo necessário para transformar o Mc Donalds de uma simples loja drive-in em São Bernardino, na Califórnia, até uma marca de domínio mundial.

O filme inicia com as tentativas mal sucedidas de Kroc em vender seus produtos em variados restaurantes pelo país onde ele observava os erros e acertos no atendimento ao público. De forma resiliente, Ray não desiste e, ao receber um grande pedido de entrega, parte em direção à uma loja em São Bernardino que vinha se destacando por um inovador sistema de trabalho, desenvolvido por Richard e Maurice McDonald que logo conhecem um Ray Kroc encantado por aquele método e o mesmo propõe aos irmãos um sistema de franquias. No primeiro momento, os irmãos hesitam, mas depois de um tempo aceitam com a cláusula de que eles aprovassem toda e qualquer mudança.

O roteiro trabalha de forma coerente o arco do seu protagonista, evidenciando a sua crescente ambição à medida que o Mc Donalds se expande e ele se torna cada vez mais poderoso, tomando conta de todo o processo e excluindo aos poucos os irmãos Mc Donald dos negócios. O diretor Hancock opta por cenas objetivas, que dão dinamismo à ação, apresentando um filme relativamente rápido, com 16 anos de história sendo tratados em apenas 90 minutos. Michael Keaton interpreta a jornada desse anti-herói de forma convincente fazendo com que, ao mesmo tempo, consigamos sentir amor e ódio por Kroc refletindo a respeito de suas reais intenções. Nick Offerman e John Carroll Lynch, que interpretam os irmãos Mc Donald servem como contraponto ideal à agitação de Ray. Offerman, como Rick Mc Donald é a voz que se mantém ativa contra a sede de poder do empresário, e por meio de suas expressões e gestos, vemos com a clareza a simbologia de um criador que não quer deixar a sua criatura partir, resistindo até o último momento. Já Lynch, que dá vida a Maurice Mc Donald, é colocado em cena como a voz conciliadora, dando abertura para a execução das mudanças, mas que depois se vê apunhalado por aquele em quem confiou a sua criação. Ambos acrescentam em muito para o bom resultado do longa.

Reprodução da internet

Enquanto ilustra o nascimento de uma marca tão conhecida do público, “Fome de Poder” faz com que o espectador reflita sobre ambição, lealdade e nos leva a refletir se realmente vale tudo pelo sucesso. Em Ray Kroc, vemos um homem de sucesso, que não deixou com que ninguém atravessasse seu caminho, desde os criadores da marca que ele tomou para si, até a mulher que ele julgou não caber no seu projeto de poder. Dessa forma, regado a hambúrguer e batatas, o filme nos mostra lições relevantes para a todas as idades.

Cotação: 4/5 poltronas

Por: Pedro Ribeiro