Bong Joon-Ho destaca a série Parasita e o Novo Cinema Sul-Coreano no Festival de Cannes

Bong Joon-Ho destaca a série Parasita e o Novo Cinema Sul-Coreano no Festival de Cannes

A 74ª edição do Festival de Cannes realizou no seu primeiro dia de atividades duas masterclasses especiais. A primeira, na manhã do dia 7, com o último ganhador da Palma de Ouro, o diretor sul-coreano Bong Joon-Ho; e a segunda com a ganhadora da Palme d’Honneur, Jodie Foster. 

Os dias seguintes foram marcados por encontros com Matt Damon (Stillwater) e Isabelle Huppert (Elle). O programa fecha com o diretor italiano Marco Bellocchio (Vincere), no dia 15, e Steve McQueen (12 Anos de Escravidão), em 16 de julho. 

No primeiro “rendez-vous avec” (encontro com)Joon-Ho admitiu que ainda se surpreende com o sucesso de Parasita (2019). Ele comentou também sua empolgação com a preparação da série Parasita, para a HBO, na qual ele é um dos produtores e assina o roteiro ao lado de Adam McKay – diretor e roteirista de A Grande Aposta (2015) e Vice (2018). 

O cineasta informou que o conceito é idêntico ao filme, mesmo que a história se passe no contexto dos Estados Unidos. Para quem viu o filme Expresso do Amanhã (2013) e o seriado Snowpiercer (2020-), da Netflix, já pode ter uma ideia do que vem por aí. 

Influenciado por grandes diretores, como Henri-George Clouzot (O Salário do Medo, 1953) e Claude Chandon (Mulheres Diabólicas, 1995), Bong Joon-Ho confessa que foi Alfred Hitchcock que o marcou para vida aos nove anos, quando assistiu Psicose (1960). 

Minhas histórias partem sempre de uma obsessão, de uma vontade de seduzir o espectador. O primeiro espectador que eu desejo seduzir sou eu mesmo. Isso porque, sou cinéfilo e faço os filmes os quais desejo assistir.”, constatou o diretor sul-coreano.

Além de produzir a série Parasita, o cineasta vai fazer uma animação baseada no livro científico francês Abysses – Une histoire des Grands Fonds (Abismo – Uma história de Grandes Profundidades), de Christophe Migeon. Ele também convidou a plateia a conhecer novos nomes do cinema coreano, como Yoon Da-bi, diretora do premiado Moving On (2020). 

Fonte: CinePop (com adaptações)

Crédito da Foto: G1

Maratona Oscar: Parasita/César Augusto Mota

Maratona Oscar: Parasita/César Augusto Mota

 

Quer um filme com boa dose sarcástica e que faça críticas sociais e mostre que o meio é capaz de influenciar no comportamento humano? Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, ‘Parasita’ (Parasite), filme sul-coreano de Bong Joo Ho (O Hospedeiro) vem para impactar e fazer o espectador refletir sobre o capitalismo e a constante luta de classes e suas diferenças.

A história apresenta dois núcleos familiares que vivem realidades diferentes. A família Kim, composta por Ki-taek (Song Kang-ho), o pai; Choong-sook (Jang Hye-jin), a mãe e os filhos Ki-woo (Choi Woo-shik) e Ki-jung (Park So-dam) vivem na escala da pobreza e sobrevivem dobrando caixas de pizza. Do outro lado, os Park, uma família rica e que vive na ostentação, com o pai, o senhor Park (Lee Sun-kyun); a mãe, Yeon-kyo (Cho Yeo-jeong) e os filhos Da-hye (Jung Li-so) e Da song (Jung Hyun-joon). Tudo começa a mudar quando Ki-woo, da família Kim, recebe proposta para trabalhar como professor de inglês na mansão dos Park, e o primeiro núcleo começa a elaborar sucessivos planos para cada membro se inserir dentro da casa dos Park e alcançar uma rápida ascensão econômica. Todos os truques feitos de maneira meticulosa e em dados momentos com requintes de crueldade, tudo para os Kim conseguirem se dar bem, não importa o que fizessem.

O roteiro apresenta de início uma narrativa de ritmo lento, em seguida, após as artimanhas dos Kim, vemos não só diferenças de classes, mas também de personalidades, estes são mais secos e fechados, os Park são mais ingênuos e carismáticos. Do segundo para o terceiro ato, o choque no público, que mostra que os atos definem o destino das pessoas e que a vida cobra de cada um, a depender do que cada um faça e a maneira como leva a vida. O contraste é importante para mostrar o quão é absurda e também a enorme lacuna existente na Coréia do Sul. É  feita uma crítica leve, principalmente na apresentação das casas e dos becos nas periferias de Seul. Os Kim usam de piadas para lidar com os problemas do dia a dia e são mostrados como pessoas ambiciosas e sedentas por melhores condições de vida, mesmo que se utilizem da prática de crimes para alcançar seus objetivos.

Outro ponto importante no longa está no olhar para o futuro e a preocupação de cada um dos Kim ao vislumbrar a possibilidade de mudança de classe. Ki-woo chega a cogitar comprar a casa dos Park e a construir família, ele é o mais lúcido de todos, o ponto fora da curva. Do lado dos Park, impressiona a inocência de Yeon-kyo e a relação amistosa com seus empregados, os antigos e também com os Kim, sem suspeitar do que eles tramavam contra sua família. O espectador sente empatia pelos Park e por alguns membros dos Kim, méritos do diretor que conseguiu construir um perfeito contraste entre a classe burguesa e a pobre e ilustrou com precisão o quão dura a realidade pode ser, principalmente no momento em que um forte temporal tomou conta do país.

Com bom equilíbrio entre humor e drama, ‘Parasita’ oferece uma trama envolvente, impactante e que fará o público fazer importantes comparações e interpretações acerca de panoramas sociais tão distópicos, tanto na sociedade oriental como ocidental. Um estudo social importante e necessário nos dias de hoje.

Cotação: 5/5 poltronas.

Nota do Editor: Parasita concorre a seis estatuetas inclusive Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro. Além de Melhor Diretor, Melhor Montagem, Melhor Roteiro Original. A meu ver, ganha cinco incluindo Melhor Filme e Dor e Glória ganha Melhor Filme Estrangeiro. Excelente filme, impactante. Talvez perca em Diretor para Sam Mendes, de 1917 mas Boon Jo tem muitas chances. Seu filme é bárbaro.

Número de salas que exibe Parasita aumenta em 50%

Número de salas que exibe Parasita aumenta em 50%

Depois das seis indicações que recebeu ao Oscar® 2020 (Melhor Filme, Direção, Roteiro Original, Filme Internacional, Montagem e Desenho de Produção), o público pediu e o circuito exibidor de PARASITA foi ampliado de 42 para 76 salas. Distribuído no Brasil pela Pandora Filmes e pela Alpha Filmes, o longa já foi conferido por mais de 200 mil pessoas nos cinemas.

O filme dirigido por Bong Joon Ho estará em cartaz, nas cidades: Aracaju, Belo Horizonte, Belém, Brasília, Caraguatatuba (SP), Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Granja Viana (SP), Itajubá (MG), João Pessoa, Londrina (PR), Maceió, Maringá (PR), Niterói, Pelotas (RS), Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto(SP), Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo, Teresina e Vitória.

Na trama, todos os membros de uma família estão desempregados e vivendo na miséria, até que o filho mais velho arruma emprego como professor de uma garota rica e o contato dessas pessoas com a vida de luxo e glamour as leva a fazer o necessário para ascenderem socialmente.

Assim como nos longas anteriores do diretor, a crítica social está presente em PARASITA, desta vez ainda mais forte ao questionar o estado da sociedade atual e a impossibilidade de pessoas de diferentes classes viverem juntas em um relacionamento simbiótico. E é a partir dessa premissa que Joon Ho definiu o título do filme: “há pessoas que esperam viver com outras de uma forma coexistente, mas isso não funciona, então elas são empurradas para uma relação parasitária. É um título irônico”, diz.

As duas famílias nesta história têm algumas coisas em comum, sendo ambas compostas por quatro membros com um filho e uma filha. Mas, em suas vidas cotidianas, ocupam dois extremos completamente diferentes. Joon Ho define esses dois núcleos: “os Kim são uma família de classe baixa que vive num apartamento no subsolo, com apenas a esperança de uma vida comum. O pai falhou nos negócios, a mãe sonhava ser atleta e nunca conseguiu e o filho e a filha tentaram entrar para a universidade diversas vezes sem sucesso. Em contraste, a família do Sr. Park, que trabalha como CEO de uma empresa de TI e é workaholic. Ele tem uma bela e jovem esposa, uma linda filha no Ensino Médio e o filho pequeno. Eles podem ser vistos como uma família ideal de quatro membros entre a elite urbana moderna”.

Com PARASITA, o diretor quis “retratar a contínua polarização e desigualdade de nossa sociedade. Estamos vivendo uma época em que o capitalismo é a ordem reinante e não temos alternativa. Isso no mundo inteiro. Na sociedade capitalista de hoje, existem castas que são invisíveis aos olhos. Nós tratamos as hierarquias de classe como uma relíquia do passado, mas a realidade é que ainda existem e não podem ser ultrapassadas”, explica.

O filme é em partes engraçado, assustador e triste e mostra as inevitáveis rachaduras que aparecem quando duas classes se enfrentam na sociedade cada vez mais polarizada de hoje. PARASITA leva o público a pensar. Um dos longas mais aclamados do ano, exibido em dezenas de Festivais, e uma aposta certa na temporada de premiações em 2020.

SINOPSE 

Todos os quatro membros da família Kim estão desempregados, porém uma obra do acaso faz com que o filho adolescente comece a dar aulas privadas de inglês à rica família Park. Fascinados com o estilo de vida luxuoso, os quatro bolam um plano para se infiltrar nos afazeres da casa burguesa. É o início de uma série de acontecimentos incontroláveis dos quais ninguém sairá ileso.

FICHA TÉCNICA 

Direção: Bong Joon Ho
Roteiro: Bong Joon Ho, Han Jin Won
Elenco: Song Kang Ho, Lee Sun Kyun, Cho Yeo Jeong, Choi Woo Shik, Park So Dam, Lee Jung Eun, Chang Hyae Jin
Produzido por: CJ Entertainment
Produção: Barunson E&A
País: Coreia do Sul
Ano: 2019
Duração: 131 min.

SOBRE O DIRETOR 
Nascido em Daegu, Coreia, em 14 de setembro de 1969

Parasita é o sétimo longa do aclamado diretor Bong Joon Ho, depois de “Cão que Ladra não Morde” (2000), “Memórias de um Assassino” (2003), “O Hospedeiro” (2006), “Mother – A Busca pela Verdade” (2009), “Expresso do Amanhã” (2013) e “Okja” (2017).

O clássico moderno “Memórias de um Assassino” mergulha na investigação por trás de um conhecido caso de assassinato em série que nunca foi resolvido, representando o autoritarismo da época com sátira e perspicácia. “O Hospedeiro” tem como base o sequestro de uma jovem por uma estranha criatura que se arrasta para fora do rio Han, reinventando o gênero de filme de monstros e fazendo comentários sociais. “Mother”, a história de uma mulher tentando proteger seu filho de uma acusação de assassinato, é um retrato sombrio do amor maternal levando ao extremo, enquanto a ficção científica “Expresso do Amanhã” retrata os últimos remanescentes da humanidade num futuro congelado, devido ao excesso de esforço humano para deter o aquecimento global. E, finalmente, Okja é sobre a aventura de uma garota para resgatar um “super porco” geneticamente modificado, que foi criado por uma corporação visando aos fins lucrativos.

Conhecido por seu humor cortante, socialmente incisivo e distorção das convenções de gênero, Bong Joon Ho levanta questões sobre as instituições sociais e as desigualdades da sociedade com uma mistura única de humor, emoção e suspense. Nesse sentido, Parasita é um filme muito característico dentro do trabalho de Bong JoonHo, ao mesmo tempo que leva o diretor a evoluir para um novo nível.

SOBRE A PANDORA FILMES 
A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, e “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Gustavo Steinberg, Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Roberto Moreira, Beto Brant, Fernando Meirelles, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa e Gabriela Amaral Almeida. Entre os próximos lançamentos, destacam-se “Greta”, de Armando Praça; “O Traidor”, de Marco Bellocchio, coprodução nacional, que concorreu à Palma de Ouro em Cannes; e “O Caso Morel” de Suzana Amaral.

Em 2019, a distribuidora criou o projeto Caixa de Pandora que visa programar filmes premiados, escolhidos através de uma cuidadosa curadoria para serem exibidos em salas comerciais da rede Cinépolis, em 20 cidades do Brasil.

 

Maratona Oscar/Poltrona Resenha: Parasita/ Cesar Augusto Mota

Maratona Oscar/Poltrona Resenha: Parasita/ Cesar Augusto Mota

Quer um filme com boa dose sarcástica e que faça críticas sociais e mostre que o meio é capaz de influenciar no comportamento humano? Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, ‘Parasita’ (Parasite), filme sul-coreano de Bong Joo Ho (O Hospedeiro) vem para impactar e fazer o espectador refletir sobre o capitalismo e a constante luta de classes e suas diferenças.

A história apresenta dois núcleos familiares que vivem realidades diferentes. A família Kim, composta por Ki-taek (Song Kang-ho), o pai; Choong-sook (Jang Hye-jin), a mãe e os filhos Ki-woo (Choi Woo-shik) e Ki-jung (Park So-dam) vivem na escala da pobreza e sobrevivem dobrando caixas de pizza. Do outro lado, os Park, uma família rica e que vive na ostentação, com o pai, o senhor Park (Lee Sun-kyun); a mãe, Yeon-kyo (Cho Yeo-jeong) e os filhos Da-hye (Jung Li-so) e Da song (Jung Hyun-joon). Tudo começa a mudar quando Ki-woo, da família Kim, recebe proposta para trabalhar como professor de inglês na mansão dos Park, e o primeiro núcleo começa a elaborar sucessivos planos para cada membro se inserir dentro da casa dos Park e alcançar uma rápida ascensão econômica. Todos os truques feitos de maneira meticulosa e em dados momentos com requintes de crueldade, tudo para os Kim conseguirem se dar bem, não importa o que fizessem.

O roteiro apresenta de início uma narrativa de ritmo lento, em seguida, após as artimanhas dos Kim, vemos não só diferenças de classes, mas também de personalidades, estes são mais secos e fechados, os Park são mais ingênuos e carismáticos. Do segundo para o terceiro ato, o choque no público, que mostra que os atos definem o destino das pessoas e que a vida cobra de cada um, a depender do que cada um faça e a maneira como leva a vida. O contraste é importante para mostrar o quão é absurda e também a enorme lacuna existente na Coréia do Sul. É  feita uma crítica leve, principalmente na apresentação das casas e dos becos nas periferias de Seul. Os Kim usam de piadas para lidar com os problemas do dia a dia e são mostrados como pessoas ambiciosas e sedentas por melhores condições de vida, mesmo que se utilizem da prática de crimes para alcançar seus objetivos.

Outro ponto importante no longa está no olhar para o futuro e a preocupação de cada um dos Kim ao vislumbrar a possibilidade de mudança de classe. Ki-woo chega a cogitar comprar a casa dos Park e a construir família, ele é o mais lúcido de todos, o ponto fora da curva. Do lado dos Park, impressiona a inocência de Yeon-kyo e a relação amistosa com seus empregados, os antigos e também com os Kim, sem suspeitar do que eles tramavam contra sua família. O espectador sente empatia pelos Park e por alguns membros dos Kim, méritos do diretor que conseguiu construir um perfeito contraste entre a classe burguesa e a pobre e ilustrou com precisão o quão dura a realidade pode ser, principalmente no momento em que um forte temporal tomou conta do país.

Com bom equilíbrio entre humor e drama, ‘Parasita’ oferece uma trama envolvente, impactante e que fará o público fazer importantes comparações e interpretações acerca de panoramas sociais tão distópicos, tanto na sociedade oriental como ocidental. Um estudo social importante e necessário nos dias de hoje.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Pandora Filmes distribuirá três longas pré-indicados ao Oscar

Pandora Filmes distribuirá três longas pré-indicados ao Oscar

Os filmes ARANHA, PAPICHA e PARASITA foram selecionados para representar seus países na busca pela indicação de Melhor Filme Estrangeiro 

A Pandora Filmes traz aos cinemas brasileiros três filmes selecionados por seus países para concorrer a uma indicação na categoria Melhor Filme Estrangeiro no Oscar® 2020. Um dos destaques da mostra Um Certain Regard na última edição do Festival de Cannes, o argeliano PAPICHA, primeiro longa de Mounia Meddour, estreia no Brasil em 31 de outubro pelo projeto Caixa de Pandora. Uma estudante de 18 anos, apaixonada por design de moda, se recusa a deixar que os trágicos acontecimentos da Guerra Civil da Argélia a impeçam de experimentar uma vida normal. À medida que o clima social se torna mais conservador, ela rejeita as novas proibições impostas pelos radicais e decide lutar por sua liberdade e independência.

Do sul-coreano Bong Joon-ho (“Okja”, “O Hospedeiro”), PARASITA, que foi vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2019, estreia nos cinemas brasileiros em 6 de novembro. Na trama, todos os membros de uma família estão desempregados e vivendo na miséria. Ao primeiro contato com a vida de luxo e glamour, decidem fazer o necessário para ascenderem socialmente, até se envolverem num acidente inesperado.

Já a coprodução Chile-Argentina-Brasil indicada para representar o Chile, ARANHA, do premiado diretor Andrés Wood (“Machuca”, “Violeta foi para o Céu”), apresenta duas linhas narrativas simultâneas, uma situada no Chile de 1973, durante o golpe de estado, e outra nos dias atuais. Por meio da interseção de passado e presente, é contada a história de três amigos que pertenceram ao grupo oposicionista e juntos cometeram um crime político que mudou a história do país para sempre.

SOBRE A PANDORA FILMES 

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, e “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Gustavo Steinberg, Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Roberto Moreira, Beto Brant, Fernando Meirelles, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa e Gabriela Amaral Almeida. Entre os próximos lançamentos, destacam-se “Greta”, de Armando Praça; “O Traidor”, de Marco Bellocchio, coprodução nacional, que concorreu à Palma de Ouro em Cannes; e “O Caso Morel” de Suzana Amaral.

Em 2019, a distribuidora criou o projeto Caixa de Pandora que visa programar filmes premiados, escolhidos através de uma cuidadosa curadoria para serem exibidos em salas comerciais da rede Cinépolis, em 20 cidades do Brasil.