Tom Cruise recebe Palma de Ouro honorária no Festival de Cannes

Tom Cruise recebe Palma de Ouro honorária no Festival de Cannes

Tom Cruise recebeu a Palma de Ouro honorária e foi muito celebrado no 75º Festival de Cannes (Foto: Getty Images)
Tom Cruise recebeu a Palma de Ouro honorária e foi muito celebrado no 75º Festival de Cannes (Foto: Getty Images)

Tom Cruise foi o grande nome do segundo dia do 75º Festival de Cannes, na França, nesta noite de quarta-feira (18). O astro de 59 anos recebeu uma Palma de Ouro honorária e inesperada no tradicional evento, se emocionou e foi aplaudido de pé.

As informações foram publicadas pelo Deadline e Daily Mail. Tom Cruise recebeu a honraria justamente no dia em que seu novo filme, ‘Top Gun: Maverick’, foi exibido no festival.

Tom Cruise recebeu a Palma de Ouro honorária como forma de homenagem pela sua carreira. No palco do festival, ele agradeceu por tudo, desde as honrarias da noite até o carinho dos fãs.

“Uma noite incrível e um momento incrível”, disse Cruise para a multidão, que relembrou o atraso de dois anos no lançamento de ‘Top Gun: Maverick’ por causa da pandemia. “Vou absorver tudo isso e nunca vou esquecer esta noite. Obrigado por estarem aqui. Estamos aqui por vocês. Eu faço esses filmes para todos vocês. Eu sou vocês em todos os encontros, em todos os momentos”, se declarou o grande nome da noite, que foi muito assediado por fãs e jornalistas – e aplaudido de pé.

Ao final da exibição de ‘Top Gun: Maverick’ (continuação do clássico de 1986) no festival, o público ovacionou o filme com mais aplausos que duraram cerca de cinco minutos. O longa dirigido por Joseph Kosinski estreou em Cannes – fora da competição – como parte de uma turnê mundial programada para a produção, que estreia em 27 de maio nos cinemas.

O festival de Cannes começou no dia 17 e vai até o próximo dia 28, quando ocorre o anúncio do prêmio máximo, a Palma de Ouro, para um dos filmes concorrentes. Em 2020, o evento foi cancelado por causa da pandemia; no ano seguinte, aconteceu em julho sob rigorosos protocolos contra a Covid-19. 

Fonte: Revista Monet

‘Titane’, filme da cineasta francesa Julia Ducournau, leva a Palma de Ouro do Festival de Cannes

‘Titane’, filme da cineasta francesa Julia Ducournau, leva a Palma de Ouro do Festival de Cannes

Titane, filme da diretora francesa Julia Ducournau, foi o vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes em 2021. O resultado foi anunciado pela organização da competição de cinema neste sábado, 17. A revelação foi feita de forma acidental (assista ao vídeo abaixo) pelo presidente do júri, Spike Lee, pouco antes de anunciar o prêmio de melhor interpretação masculina, com bastante antecedência ao momento do anúncio final da cerimônia, em que a informação foi confirmada.

Ducournau tem 37 anos e dirigiu o filme considerado o mais transgressor e violento entre os 24 que competiram pela Palma de Ouro. Titane é protagonizado por Agathe Rousselle e conta a história de uma mulher que se transforma numa assassina compulsiva.

O Grand Prix foi dividido entre o finlandês Hytti Nº 6 e o iraniano Ghahreman. A melhor interpretação masculina foi dada a Caleb Landry Jones, de Nitram, e a feminina a Renate Reinsve, de Verdens Verste Menneske. Leos Carax recebeu o prêmio de melhor diretor por AnnetteMemoria, do tailandês Apichatpong Weerasethakul, e Ha’Berech, do israelense Nadav Lapid, receberam o Prêmio do Júri. O roteiro escolhido foi o de Drive My Car, feito pelos japoneses Hamaguchi Ryusuke e Takamasa Oe.

Onde assistir ao filme Titane no streaming?

Ainda não é possível assistir ao filme vencedor da Palma de Ouro de Cannes em 2021, em serviços de streaming no Brasil. Porém, o MUBI anunciou que Titane será exibido em breve na plataforma, assim como o chadiano Lingui: The Sacred Bonds e Memoria, que também concorreram no Festival. As datas de estreia ainda não foram divulgadas. O filme russo Razzhimaya Kulaki, premiado na mostra Un Certain Regard, também foi confirmado pelo streaming, assim como Lamb e Great Freedom.

Destaques brasileiros no Festival de Cannes em 2021

Em 2021, diversos filmes ganharam destaque mostrando a raiva feminina libertada em forma de grito, como o brasileiro Medusa, longa de Anita Rocha da Silveira exibido na Quinzena dos Realizadores, que abordou a pressão da beleza e do comportamento das mulheres.

O Brasil também foi representado pelo curta-metragem Céu de Agosto, de Jasmin Tenucci, que narra a história de uma enfermeira grávida que atravessa uma crise de ansiedade e se sente atraída pela comunidade da igreja pentecostal. A produção recebeu uma menção especial do júri.

Já com Cantareira, Rodrigo Ribeyro, da Academia Internacional de Cinema do Brasil, conquistou o terceiro prêmio da 24ª edição da Seleção Cinéfondation, que consiste em 17 filmes feitos por estudantes escolhidos entre 1.835 inscritos vindos de 490 escolas de cinema diferentes ao redor do planeta. O primeiro prêmio ficou com L’Enfant Salamandre, do belga Théo Degen.

Além disso, Kleber Mendonça Filho fez parte do júri junto a Melanie Laurent, Maggie Gyllenhaal, Mylene Farmer, Jessica Hausner, Tahar Rahim, South-Coreen Song Kang-ho e Mati Diop. Já o diretor Spike Lee foi escolhido para ser presidente do júri pela primeira vez. O norte-americano chegou a fazer críticas a Donald Trump, Vladimir Putin e ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro durante uma coletiva de imprensa.

Outros destaques do Festival de Cannes em 2021

O diretor de Memoria, o tailandês Apichatpong Weerasethakul, afirmou ao Estadão, a respeito da premiação em Cannes: “Estou mais curioso de ver como vamos criar empatia com as outras pessoas, poder viajar de novo, estar num cinema de novo, absorvendo histórias juntos. Acho mágico. Não penso na ideia de competição”. Sobre a escolha de seu nome para o longa, explicou: “Uma memória é uma memória, claro, mas para os colombianos também está ligado a uma memória política. Achei que cabia perfeitamente, porque não falava apenas de memória, mas de memória da violência, do trauma”.

Entre os documentários, JFK Revisited: Through the Looking Glass se aprofundou no assassinato do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy. O diretor Oliver Stone falou sobre o lançamento da nova obra e de seu antigo JFK: A Pergunta que Não Quer Calar, lançado há mais de três décadas: “Parecia que eu não era confiável. Em Hollywood, fui rotulado de ‘teórico da conspiração’ que, acredito, é um termo de um documento da CIA de 1952, uma tentativa de desacreditar as pessoas. Mas o público gostou do filme, que funcionou”.

O filme russo Razzhimaya Kulaki, de Kira Kovalenko, foi premiado na mostra Un Certain Regard, enquanto Dora, Rosie e Snowbear, os três cães da raça springer spaniel da atriz Tilda Swinton, ganharam o prêmio independente Palm Dog 2021, concedido à melhor atuação canina dos filmes exibidos em Cannes.

Veja a lista com os premiados nas principais categorias do Festival de Cannes em 2021:

Palma de Ouro

Titane – Julia Ducournau

Grande Prêmio

Hytti Nº 6 – Juho Kuosmanen

Ghahreman – Asghar Farhadi

Ator

Caleb Landry Jones – Nitram

Atriz

Renate Reinsve – Verdens Verste Menneske

Prêmio do Júri

Memoria – Apichatpong Weerasethakul (Tailândia)

Ha’Berech (Ahed’s Knee) – Nadav Lapid (Israel)

Diretor

Leos Carax – Annette

RoteiroPUBLICIDADE

Hamaguchi Ryusuke e Takamasa Oe – Drive My Car

Outros prêmios do Festival de Cannes em 2021

Camera d’Or

Murina – Antoneta Alamat Kusijanovic

Palma de Ouro de curta-metragens

Tian Xia Wu Ya (All The Crows In The World) – Tang Yi

Menção Especial entre curta-metragens

Céu de Agosto – Jasmin Tenucci

Palma de Ouro honorária

Marco Bellocchio

Quais filmes disputaram a Palma de Ouro de Cannes em 2021?

Annette – Leos Carax (França)

A Feleségem Története (The Story of My Wife) – Idikó Enyedi (Hungria)

Benedetta – Paul Verhoeven (Países Baixos)

Bergman Island – Mia Hasen LØve (França)

Drive My Car – Ryusuke Hamaguchi (Japão)

Flag Day – Sean Penn (Estados Unidos)

Ha’Berech (Ahed’s Knee) – Nadav Lapid (Israel)

Casablanca Beats – Nabil Ayouch (Marrocos)

Hytti NRO 6 (Compartment No. 6) – Juho Kuosmanen (Finlândia)

The Worst Person In The World – Joachim Trier (Noruega)

The Divide – Catherine Corsini (França)

The Restless – Joachim Lafosse (Bélgica)

Paris 13th District – Jacques Audiard (França)

Lingui, the Sacred Bonds – Mahamat-Saleh Haroun (Chade)

Memoria – Apichatpong Weerasethakul (Tailândia)

Nitram – Justin Kurzel (Austrália)

France – Bruno Dumont (França)

Petrov’s Flu – Kirill Serebrennikov (Rússia)

Red Rocket – Sean Baker (Estados Unidos)

The French Dispatch – Wes Anderson (Estados Unidos)

Titane – Julia Ducournau (França)

Tre Piani (Three Floors) – Nanni Moretti (Itália)

Tout S’est Bien Passé – François Ozon (França)

A Hero – Asghar Farhadi (Irã)

Fonte: Terra

Crédito da foto: CNN Brasil

Festival de Cannes 2019: Filme sul-coreano ‘Parasita’ leva Palma de Ouro; ‘Bacurau’ fatura Prêmio de Júri

Festival de Cannes 2019: Filme sul-coreano ‘Parasita’ leva Palma de Ouro; ‘Bacurau’ fatura Prêmio de Júri

Apontado como um dos favoritos , o longa sul-coreano “Parasite”, de Bong Joon-ho, levou a Palma de Ouro no Festival de Cannes 2019. A obra representa uma bela comédia dramática em tom sarcástico sobre uma família sul-coreana à beira da miséria que se infiltra em uma família milionária. Quando um dos membros do clã consegue trabalho como professor particular de uma menina rica, passa a indicar seus parentes para trabalhos em outras ocupações na mansão – nem que, para isso, precisem prejudicar outras seriamente outras pessoas.

O Grande Prêmio do Júri foi para “Atlantique”, da franco-senegalesa Mati Diop. O filme conta uma história sobre um casal de namorados do Senegal que se separa depois que o rapaz tenta a sorte em uma travessia a barco para a Europa. Sobrinha de um dos diretores mais importantes do continente africano, Djibril Diop Mambéty (de “A Viagem da Hiena”, de 1973), Diop é a primeira diretora negra a competir pela Palma de Ouro.

O brasileiro “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, levou o Prêmio do Júri, troféu dividido com “Les Misérables”, do francês Ladj Ly. “Bacurau” se passa em uma cidade fictícia de mesmo nome, em um futuro próximo, no interior de Pernambuco. Na trama, o vilarejo começa a ser sabotado por grupos interessados em exterminar o local – nos mapas oficiais, a cidade já não existe mais. Água, comida e sinal de celular também já foram cortados, e quando forasteiros aparecem na região, os habitantes se unem para resistir ao extermínio.

O outro vencedor do prêmio, “Les Misérables”, mostra um policial francês que se muda para uma nova cidade, na qual precisa se adaptar a uma nova rotina, marcada por problemas ligados a uma juventude entregue à criminalidade.

Os  irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne ganharam o prêmio de melhor direção por “Le Jeune Ahmed”, sobre um jovem muçulmano que começa a enveredar para o lado da radicalização islâmica. O longa teve pouca repercussão crítica, e o fato de os irmãos já terem ganhado duas Palmas de Ouro – por “Rosetta”, em 1999, e por “A Criança”, em 2005 – fez com que muitos achassem que, desta vez, deixariam o festival de mãos vazias.

O prêmio de melhor roteiro foi para “Portrait de la Jeune Fille en Feu”, da cineasta francesa Céline Sciamma. A  narrativa se passa nos século 18, quando uma aristocrata contrata uma pintora para fazer uma tela com a imagem de sua filha. A garota e a artista logo desenvolvem um forte laço de amizade que, com o tempo, se torna algo mais forte. O filme já havia sido premiado ontem com o prêmio Queer Palm, dedicado a longas com temática LGBT.

O espanhol Antonio Banderas conquistou o prêmio de melhor atuação masculina, por “Dor e Glória”, de Pedro Almodóvar. No longa, o diretor revisita trechos da própria vida, por meio de uma trama sobre um cineasta (vivido por Banderas) entristecido, que se vicia em entorpecentes. Ao mesmo tempo em que reencontra antigos amores, ele relembra trechos da infância e de sua forte relação com a própria mãe.

A inglesa Emily Beecham ganhou o prêmio de atuação feminina por “Little Joe”, da austríaca Jessica Hausner. No longa ela interpreta uma cientista que ajuda a desenvolver um tipo de flor capaz de trazer felicidade às pessoas – ao perceber que seu experimento pode ser perigoso, ela passa a questionar sua própria criação.

O palestino Elia Suleiman recebeu uma menção especial pelo longa “It Must Be Heaven”.

Fonte: UOL (com adaptações)

Crédito da foto: Getty Images

Festival de Cannes 2019: Alain Delon recebe Palma de Ouro Honorária em meio a protestos feministas

Festival de Cannes 2019: Alain Delon recebe Palma de Ouro Honorária em meio a protestos feministas

Com olhos marejados, o lendário ator francês Alain Delon, sete vezes em disputa em Cannes, mas sem ter levado o principal prêmio, recebeu neste domingo (19) uma Palma de Ouro Honorária em meio a protestos de associações feministas que o acusam de violência de gênero.

“Fazia tempo que não chorava tanto”, afirmou o ator, ovacionado, ao receber a estatueta pelo conjunto de sua carreira das mãos de sua filha Anouchka.

A sala estava lotada, com a presença do presidente do festival, Pierre Lescure, e de seu delegado-geral, Thierry Frémaux.

“Esta noite é um pouco uma homenagem póstuma, mas estando vivo. Vou embora, mas não irei sem dizer obrigado”.

“Se sou uma estrela – e é por isso que quero lhes agradecer -, devo isso ao público e a mais ninguém”, completou, acrescentando, porém, que pensava nas duas mulheres de sua vida – as atrizes Mireille Darc e Romy Schneider.

O prêmio provocou polêmica antes mesmo do início do festival. Um grupo de feministas acusou o ator de ser “racista, homofóbico e misógino”, de acordo com os termos da associação americana Women and Hollywood, baseando-se em declarações que ele fez no passado.

Uma petição com mais de 25.000 assinaturas pedia aos organizadores do concurso que “não prestassem uma homenagem”.

“Não deve haver homenagem aos agressores”, reagiu o coletivo francês Osez le Féminisme.

“#MeToo não nos ensinou nada? Exigimos que o Festival de Cinema de Cannes se recuse a homenagear um agressor misógino”, enfatizou.

“Ninguém é obrigado a concordar comigo, mas de uma coisa no mundo eu tenho certeza, da qual estou orgulho, realmente, uma só: minha carreira”, disse o ator na premiação. “Esta Palma de Ouro é pela minha carreira, e por mais nada”, insistiu.

No jornal francês JDD, o ator acusou seus detratores de “inventarem declarações”.

“Eu não sou contra o casamento gay, eu não me importo: as pessoas fazem o que querem. Mas eu sou contra a adoção por duas pessoas do mesmo sexo (…) Eu disse que tinha batido em uma mulher? Sim. E eu teria que acrescentar que recebi mais golpes do que dei. Nunca assediei uma mulher em minha vida”, afirmou.

“Querem me colocar o rótulo de extrema direita, porque eu expliquei que era amigo de (Jean-Marie) Le Pen desde o Exército. Não, eu sou de direita, ponto final”, continuou.

Denunciando uma “patrulha política”, o diretor-geral do festival, Thierry Frémaux, defendeu o ator.

“Alain Delon tem o direito de pensar o que pensa”, declarou, estimando que “é difícil julgar com a perspectiva de hoje coisas feitas, ou ditas” no passado. “Nós não estamos lhe dando o Prêmio Nobel da Paz”, completou.

Embora tenha aceitado receber esta Palma de Ouro Honorária, o ator, de 83 anos, manteve uma relação de altos e baixos com o Festival de Cannes.

– “Nunca mais” –

Ele esteve em La Croisette pela última vez em 2013, para a exibição de uma cópia restaurada de “O Sol por Testemunha” de René Clément, “seu mestre absoluto”, depois de ter apresentado em 2010 uma versão restaurada de “O Leopardo”.

Antes, porém, recusou-se por dez anos a colocar os pés no festival, indignado por não ter sido convidado, como Jean-Paul Belmondo, para as comemorações do 50º aniversário da mostra, em 1997.

Em 1961, pisou no tapete vermelho pela primeira vez com “Que alegria de viver!”, de René Clément, em competição, retornando em 1962 com “O Eclipse” de Michelangelo Antonioni, Prêmio do Júri. Em 1963, esteve de volta com “O Leopardo”, de Luchino Visconti, vencedor da Palma de Ouro.

Mas, em 1976, quando apresentou “Cidadão Klein” de Joseph Losey, o filme não foi bem recebido, o que irritou o ator.

Em 1990, esteve em competição com “Nouvelle vague”, de Jean-Luc Godard, quando se reconciliou com La Croisette.

Depois, seguiram-se anos de tensão, que até o levaram a dizer, em 2006, que “nunca mais” subiria a escadaria do Festival.

Um ano após esta declaração, voltou a Cannes, convidado para a 60ª edição do Festival. “Somente os imbecis não mudam de opinião!”, declarou na ocasião.

Fonte: AFP (com adaptações)

Crédito da Foto: Daily News

 

Festival de Cannes 2019: Favorito, espanhol Pedro Almodóvar tenta levar Palma de Ouro pela 1ª vez

Festival de Cannes 2019: Favorito, espanhol Pedro Almodóvar tenta levar Palma de Ouro pela 1ª vez

A relação é antiga e quase que indissociável. Quem fala do Festival de Cannes não se esquece de vinculá-lo ao premiado cineasta espanhol Pedro Almodóvar, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com Tudo sobre Minha Mãe (2000) e Fale com Ela (2002).

A primeira participação de Almodóvar em Cannes foi em 1983, quando produziu juntamente de Javier Garcillán o filme ‘Labirinto das paixões’, que não teve grande público. Mais tarde, em 2000, o cineasta faturou o Prêmio de Melhor Direto por ‘Tudo sobre Minha Mãe’. Em 2006, levou o troféu de Melhor Roteiro por ‘Volver’ e em 2011 foi agraciado com o Prêmio da Juventude pelo filme ‘A Pele que Habito’.

Almodóvar também já integrou o júri do Festival de Cannes, em 1992 e em 2017, ano em que foi presidente.Porém, falta um prêmio em sua vasta galeria, a Palma de Ouro, que já disputou por cinco vezes. Sua sexta tentativa será com o filme ‘Dor e Glória’, que traz Penélope Cruz e Antonio Banderas como protagonistas, exibido ontem (17) e bastante aplaudido pelo público no Palácio dos Festivais.

Em ‘Dor e Glória’, Banderas é um melancólico cineasta em declínio que se vê obrigado a pensar sobre as escolhas que fez na vida quando seu passado retorna. Entre lembranças e reencontros, ele reflete sobre sua infância na década de 1960, seu processo de imigração para a Espanha, seu primeiro amor maduro e sua relação com a escrita e com o cinema. Cruz interpreta a mãe do diretor.

Apesar da ovação do público e da afirmação de ter vivido “uma experiência excepcional” na noite de ontem, o espanhol é cauteloso. “Isso não significa que vou ganhar, conheço as regras do jogo muito bem”, afirmou.

O júri da 72ª edição do Festival de Cannes é presidido pelo cineasta mexicano Alejandro González Iñárritu, e o vencedor da Palma de Ouro será conhecido no dia 25 de maio.

Crédito da foto: RFI

Por: Cesar Augusto Mota