Distribuído pela Diamond Films, suspense erótico da A24 subverte papéis e apresenta um olhar original para o gênero
A Diamond Films lança nesta quinta-feira (9) BABYGIRL, aguardado suspense erótico da A24, nos cinemas de todo o Brasil. Estrelado por Nicole Kidman e Harris Dickinson, o novo longa da diretora Halina Reijn (“Morte, Morte, Morte”) coloca o desejo feminino no centro da sua trama e envolve o espectador com um romance eletrizante e, claro, muito sensual.
Longa que rendeu a Kidman o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Veneza e a indicação ao Globo de Ouro 2025, BABYGIRL ainda é estrelado por Antonio Banderas, Sophie Wilde, Izabel Mar, Esther Rose McGregor e Vaughan Reilly.
Com distribuição da Diamond Films, a maior distribuidora independente da América Latina, o filme estreia nacionalmente em 9 de janeiro.
BABYGIRL
Na trama, Kidman interpreta Romy, uma renomada empresária que começa a viver um caso extraconjugal com o novo estagiário da sua empresa, Samuel (Dickinson). Se por um lado o romance representa para ela um processo de descoberta e aceitação dos seus desejos mais sombrios, também coloca em risco tudo o que ela demorou uma vida para construir. Assim, BABYGIRL subverte a dinâmica de poder convencional dos filmes do gênero e coloca seus dois protagonistas em um jogo de gato e rato irresistível.
Baseado no musical da Broadway, o filme “The Prom” chega à Netflix no dia 11 de dezembro. O longa, produzido e dirigido por Ryan Murphy, tem no elenco estrelas como Meryl Streep, James Corden, Andrew Rannells, Nicole Kidman e Kerry Washington. Ele conta a história de Emma, uma menina que é proibida de levar a garota que gosta ao baile de formatura e acaba ganhando a peculiar ajuda de quatro atores da Broadway que veem nela a causa ideal para impulsionar suas carreiras.
O espetáculo, que foi indicado a sete prêmios Tony, foi baseado no caso real de Constance McMillen que foi impedida, pela direção de sua escola, de levar sua namorada à festa de formatura. O caso ganhou as redes sociais e chamou a atenção de Matthew Sklar, Chad Beguelin e Bob Martin que, a partir dali, escreveram o musical que estreou na Broadway no ano de 2019, tendo cumprindo temporada- teste em Atlanta. A crítica o elegeu um dos melhores espetáculos de 2019, o que comprovou ainda mais a atualidade do texto.
Agora, essa história ganha as telas sob os cuidados de Ryan Murphy, produtor de sucessos como Glee, American Horror Story e Pose, que manteve a história inalterada, fazendo com que, assim, mais pessoas possam se divertir com essa história de amor e compreensão.
Nicole Kidman, Reese Witherspoon e elenco da série ‘The Little Big Lies’ no Emmy Awards 2017Sem dúvida as mulheres foram as grandes vencedoras na noite do último domingo (17) na entrega de prêmios da 69º Emmy Awards, evento que premia os melhores da televisão. As séries ‘The Handmaid’s Tale’ e ‘The Big Little Lies’, com personagens femininas centrais das tramas, foram os maiores destaques.
Protagonizada por Elisabeth Moss, ‘The Handmaid’s Tale’ levou a estatueta de melhor série, melhor atriz coadjuvante (Ann Dowd), melhor direção e melhor roteiro. O Hulu entra para a história como o primeiro serviço de streaming a levar um Emmy por melhor série.
Entre as séries limitadas, o elenco de ‘The Big Little Lies’ brilhou intensamente. Além de faturar o prêmio máximo do gênero, a série foi agraciada com os prêmios de melhor atriz (Nicole Kidman), melhor atriz coadjuvante (Laura Dern), melhor ator coadjuvante (Alexander Skarsgard) e melhor direção.
Outros destaques foram o humorístico Saturday Night Live, com quatro prêmios, e a ‘Veep’, melhor série de comédia e Julia Louis-Dreyfus como melhor atriz, e pela sexta vez consecutiva.
Confira a seguir a lista completa com os vencedores.
Melhor Série de Drama
The Handmaid’s Tale
Melhor Série de Comédia
Veep
Melhor Telefilme
Black Mirror – San Junipero
Melhor Minissérie ou Série Limitada
Big Little Lies
Melhor Ator em Série de Drama
Sterling K. Brown (This Is Us)
Melhor Atriz em Série de Drama
Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale)
Melhor Ator Coadjuvante em Série de Drama
John Lithgow (The Crown)
Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama
Ann Dowd (The Handmaid’s Tale)
Melhor Ator Convidado em Série de Drama
Gerald McRaney (This Is Us)
Melhor Atriz Convidada em Série de Drama
Alexis Bledel (The Handmaid’s Tale)
Melhor Ator em Série de Comédia
Donald Glover (Atlanta)
Melhor Atriz em Série de Comédia
Julia Louis-Dreyfus (Veep)
Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia
Alec Baldwin (Saturday Night Live)
Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia
Kate McKinnon (Saturday Night Live)
Melhor Ator Convidado em Série de Comédia
Dave Chapelle (Saturday Night Live)
Melhor Atriz Convidada em Série de Comédia
Melissa McCarthy (Saturday Night Live)
Melhor Ator em Série Limitada ou Telefilme
Riz Ahmed (The Night Of)
Melhor Atriz em Série Limitada ou Telefilme
Nicole Kidman (Big Little Lies)
Melhor Ator Coadjuvante em Série Limitada ou Telefilme
Alexander Skarsgard (Big Little Lies)
Melhor Atriz Coadjuvante em Série Limitada ou Telefilme
Laura Dern (Big Little Lies)
Melhor Direção em Série de Drama
The Handmaid’s Tale, Reed Morano
Melhor Direção em Série de Comédia
Atlanta, Donald Glover
Melhor Direção em Série Limitada ou Telefilme
Big Little Lies, Jean Marc-Vallée
Melhor Roteiro em Série de Drama
The Handmaid’s Tale, Bruce Miller
Melhor Roteiro em Série de Comédia
Master of None, Lena Waithe e Aziz Ansari
Melhor Roteiro em Série de Limitada ou Telefilme
San Junipero (Black Mirror), Charlie Brooker
Melhor Programa de Esquetes
Saturday Night Live
Melhor Programa de Variedade
Last Week Tonight with John Oliver
As opiniões dos cinéfilos sempre ficam divididas quando é lançado um remake de um grande sucesso. Alguns aprovam, outros questionam a qualidade do novo título, e o que veremos em breve certamente fará as rodas de debates bombarem. A premiada cineasta Sofia Coppola, de filmes consagrados como ‘Maria Antonieta’, ‘As Virgens Suicidas’ e ‘Encontros e Desencontros’, dirige a nova versão de ‘O Estranho que Nós Amamos’, protagonizado por Clint Eastwood e dirigido por Don Siegel na versão de 1971. Sofia promete dar um novo foco e sob o olhar feminino. Será que ela conseguirá ter êxito em sua abordagem?
A história se passa durante a Guerra Civil americana, no século XIX, entre os anos de 1861 e 1865. John McBurney (Colin Farrel), soldado da União, está gravemente ferido e encontra refúgio em uma escola para moças no sul Confederado, dirigida por Miss Martha (Nicole Kidman). O internato conta com as aulas da professora Edwina (Kirsten Dunst) e possui apenas cinco jovens que restaram por conta da devastação da guerra, e um dos destaques é Alicia (Elle Fanning). A presença do soldado em um local rodeado por mulheres nos faz lembrar de ‘As Virgens Suicidas’, filme no qual várias pessoas presas em um mesmo teto passam a se relacionar e ter um envolvimento emocional com alguém de fora.
Com o passar dos dias, nota-se uma maior aproximação e uma relação ainda mais próxima entre o homem e mulheres das mais diferentes idades e personalidades, e cada uma se sentindo atraída por ele, das mais diversas formas. As paisagens do Sul dos Estados Unidos retratadas no começo da trama passam a dar lugar a um ambiente de delírio, muitas intrigas, desespero e claustrofobia, que farão o espectador ficar impactado e se sentir mais envolvido com a história. Questões como o espírito cristão, a moral e os sentimentos reprimidos são bem trabalhados, e cada uma se acentua em momentos chaves da história.
A fotografia é impressionante, principalmente a retratada no ambiente interno, da escola para moças. No início do filme percebemos tons pasteurizados e suaves, enquanto na casa sentimos um ar mais intimista, com iluminação por velas e um ambiente mais sombrio e pesado. O som e a trilha sonora também se destacam, e contribuem para as mudanças bruscas que ocorrem na narrativa.
O roteiro aborda temas que se fazem ainda mais presentes no cotidiano, como o machismo, o empoderamento feminino e paixões proibidas, mas tudo acontece de maneira muito rápida, não dá tempo de o espectador respirar, pois uma ação já desencadeia outra, além de não trazer muitas surpresas e apresentar um desfecho bem previsível. A duração curta do filme, de pouco mais de uma hora e meia, contribui para tudo isso.
Não poderia esquecer das atuações, todas competentes, mas dou destaque maior para Colin Farrel, que foi a força-motriz da trama, Nicole Kidman, que apresentou uma personagem forte e com o forte desafio de lidar com a perda de um grande amor, miss Marta consegue segurar as pontas e vai ser a chave para os conflitos e a conclusão da história, além de Kirsten Dust, uma moça delicada, mas que foi capaz de amadurecer, porém com a missão de evitar que as jovens internas caiam nas armadilhas feitas pela vida.
Sofia Coppola fez um trabalho elogiável, inclusive o roteiro leva seu nome, ela é capaz de passar importantes mensagens, de que se pode dar importância aos outros, mas antes é necessário se importar consigo mesmo e que existe confiança, mas não de forma plena. O filme ilustrou um grupo forte de mulheres, com suas próprias crenças e regras, além de umas protegendo as outras, mas a questão do empoderamento feminino, como Sofia fez questão de explorar, poderia ter sido de uma forma mais acentuada, uma guerra de sexos, digamos assim, mas a produção é de alto nível e merece ser apreciada. Uma produção eficiente, mas que poderia oferecer e entregar muito mais ao espectador.