Em um mundo cada vez mais exigente e competitivo, no qual há padrões de aparência e comportamento pré-definidos, a autoaceitação e busca por um lugar no mundo se fazem cada vez mais constantes. E não poderia ser diferente no mundo do entretenimento, com histórias que exploram todo esse universo e presentes no audiovisual, seja em filmes ou séries. Com bastante apelo popular, “Geek Girl”, da Netflix, com dez episódios curtos de trinta minutos, vem com uma proposta não só de entreter, mas de cativar o público com sua história e protagonista. Será que o resultado foi satisfatório?
Inspirado no best-seller homônimo de Holly Smale, acompanhamos Harriet Manners (Emily Carey), uma adolescente de quinze anos desajeitada e alvo de bullying na escola, vê sua vida mudar de forma drástica quando é descoberta por um agente de modelos durante uma excursão escolar e é lançada no glamouroso e desafiador mundo da moda. Harriet passa por uma dura transição e descobre que nem tudo são flores, tendo que enfrentar os percalços da adolescência, bem como as exigências de um mercado desafiador e implacável.
A narrativa possui um ritmo fluido e apresenta uma protagonista cheia de energia e muito otimista, apesar dos olhares desconfiados de seus colegas de escola, que a enxergam como uma garota esquisita. A importância da construção de amizades, a luta por espaço no mercado de trabalho, formas de se vencer as dificuldades da vida e o amor próprio são bem explorados ao longo dos episódios, e é possível evidenciar que a personagem-central é cativante e com senso de humor, apesar de sua dificuldade em interagir com as pessoas. O elenco de apoio complementa a protagonista, e vemos belas lições de companheirismo, respeito e tolerância.
A neurodivergência de Harriet é abordada de forma leve e cuidadosa, sem a pretensão de rotulá-la como uma pessoa autista. O foco da série é destacar as lutas e triunfos da protagonista, com sua individualidade e resistência devidamente evidenciadas. Além de uma boa história, com pitadas de comédia e drama, houve a preocupação em mostrar que somos únicos e com compreensão e tolerância é possível viver em harmonia. Harriet encanta a todos, nos brinda com suas habilidades na escola e nas passarelas, além de nos surpreender com suas reações quando aprende coisas novas sobre trabalho, amizade e armadilhas que a vida nos prepara.
“Geek Girl” chega para conquistar o público com um enredo divertido, personagens vibrantes e uma protagonista carismática, com uma abordagem direta, simples e importantes lições: não é necessário ser igual aos outros para se encaixar em um círculo social, e sim agir com naturalidade e simplicidade. E não é necessário fazer nada para agradar aos outros, basta ser você mesmo.
As adaptações têm sido cada vez mais frequentes na sétima arte, principalmente no tocante a séries baseadas em filmes. Guy Ritchie, famoso por produções como “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes’ e Snatch-Porcos e Diamantes’, agora tem essa missão e nos traz ‘Magnatas do Crime’, adaptação do filme homônimo de 2019, dirigido por ele mesmo, em uma série com oito episódios na Netflix. Deu bom ou ruim?
Nesse spin off, Theo James (White Lotus) vive Eddie Horniman, um soldado do exército britânico que assume as ruínas de uma grande propriedade rural da família, mas sem saber que esse império engloba uma grande plantação de maconha. Se não bastasse, mafiosos britânicos passam a querer um pedaço dessa operação e o que era para ser apenas uma missão de proteção da família de criminosos vira um fascínio pelo ambiente do crime.
Em um mix entre drama e comédia, a obra apresenta um enredo criminal com uma narrativa vibrante, personagens complexos, um clima de alta tensão, além de grandes ironias e sátiras nos diálogos. Os personagens femininos não ficam atrás e também ganham destaque, mas o excesso de machismo é um dos pontos negativos, o que acaba por prejudicar um pouco o enredo. E as redes de intrigas, lutas por poder e território ditam o ritmo até o fim.
O filme se caracteriza por uma narrativa não-linear e o emprego excessivo de violência, o que nos faz lembrar um pouco as obras de Quentin Tarantino. De quebra, somos brindados com humor ácido e múltiplas perspectivas dos personagens, tendo em vista as facetas e as complexidades de suas personalidades. Apesar de estar mergulhado no mundo do crime, o protagonista desperta empatia no espectador, que passa a se importar por ele e torcer por seu triunfo ante outros mafiosos, além de desejar que a família saia ilesa.
‘Magnatas do Crime’ proporciona uma experiência emocionante e repleta de surpresas, com frenéticas cenas de ação, muitos mistérios a serem resolvidos e algumas pontas soltas, que podem resultar em uma segunda temporada. Vale assistir.
Adaptar um best-seller é sempre um desafio para os produtores de conteúdo, principalmente os voltados para o audiovisual. O romance ‘Um Dia’ (One Day), de David Nicholls, contou com um longa metragem lançado em 2011, protagonizado por Anne Hathaway e Jim Sturgess, mas não foi tão bem recebido pelos críticos e pelo público. Em 2024, temos uma série homônima em formato de minissérie com Ambika Mod e Leo Woodall na pele dos protagonistas. Será que desta vez deu certo?
Durante os 14 episódios, acompanhamos a jornada de Emma Morley (Mod) e Dexter Mayhew (Woodall), que se conheceram na noite da formatura da faculdade, em 15 de julho de 1988. Ao longo dos episódios, ambos estão um ano mais velhos e retratados sempre na mesma data, vivenciando várias alegrias e decepções, tudo retratado em um período de vinte anos. Apesar dos caminhos separados, cada reencontro significa uma nova descoberta e aprendizado para ambos.
Na medida em que os episódios passam, é possível sentir as complexidades de relacionamentos e os altos e baixos da vida, e o recurso utilizado pelos produtores da série em revisitar os protagonistas no mesmo dia a cada ano possibilita isso, bem como a compreensão sobre a autodescoberta e todo o processo de amadurecimento pelos quais todos enfrentam na vida. A minissérie é recheada de emoções, reviravoltas e desafios pelos quais os personagens-centrais se deparam para vencer e serem bem-sucedidos, gerando bastante engajamento entre os espectadores, que torcem pela felicidade dos dois.
As atuações de Mod e Mayhew são convincentes e excepcionais, adicionando realismo e profundidade aos protagonistas. Há uma abordagem sensível no tocante à amizade, amor, amadurecimento e autodescoberta. Quem acompanha a história pela primeira vez e não conheceu a obra literária de Nicholls irá se emocionar e apaixonar pela narrativa, bem como terá uma experiência memorável.
‘Um Dia’ traz uma narrativa bem estruturada, personagens cativantes e importantes lições sobre amadurecimento e os desafios que a vida adulta proporciona. Vale conferir.
Assistir aos filmes de natal daNetflix já é um clássico do final de ano. Essas produções costumam apresentar histórias leves e cativantes para celebrar o momento festivo do ano. Não à toa, a plataforma de streaming tem um vasto catálogo voltado para essas produções, que sempre se destacam entre os assinantes.
Alguns dos títulos em destaque da plataforma são Klaus, O Diário de Noel e Um Menino Chamado Natal. Pensando nisso, o TechTudo fez essa lista com esses e outros filmes natalinos para assistir no streaming vermelho. A seguir, você confere enredo, elenco e as repercussões nos sites agregadores, como IMDb e Rotten Tomatoes.
1. Klaus
Lançado em 2019, o filme Klaus é uma animação dirigida por Sergio Pablos. No enredo, Jesper é um carteiro em formação e precisa bater sua meta de cartas enviadas para tentar sair de Smeerensburg, uma cidade localizada no polar ártico e palco de um conflito entre famílias que habitam na região. Para atingir seu plano, ele contará com a ajuda do carpinteiro Klaus e da professora Alva, que irão ajudar nessa aventura.
O filme fez um grande sucesso, trazendo uma narrativa inusitada sobre a origem das lendas e mitos relacionados ao natal, como o próprio Papai Noel. O desempenho do longa é bem positivo, tendo uma aprovação de 95% dos especialistas no Rotten Tomatoes e notas 8,2 no IMDb. A dublagem original de Klaus conta com Jason Schwartzman (O Fantástico Sr. Raposo), J.K Simmons (La La Land) e Rashida Jones (O Silo).
Klaus: a produção dirigida pelo cineasta espanhol Sergio Pablos foi a primeira animação original desenvolvida pela Netflix — Foto: Divulgação/Netflix
Trocados é um filme que chegou recentemente na plataforma e conta a história da família Walker. Com os filhos crescendo e criando independência, Jess e Bill tentam lutar para manter os familiares unidos. No entanto, um raro evento cósmico acontece perto da época do natal e faz com que pais e filhos troquem de corpos uns com os outros. Com isso, os Walker terão que se unir de vez para contornar essa situação inusitada.
Com direção de Joseph McGinty Nichol, o elenco de Trocados conta com Jennifer Garner (De Repente 30), Ed Helms (The Office), Emma Myers (Wandinha) e Brady Noon (Bons Meninos). Nos sites especializados de críticas, o filme conta com avaliações medianas: uma pontuação de 5,7 no IMDb e uma aprovação de 48% da imprensa especializada no Rotten Tomatoes.
Trocados: o filme é uma adaptação da obra infantil Bedtime for Mommy, da autora estadunidense Amy Krouse Rosenthal — Foto: Divulgação/Netflix
No enredo de O Melhor. Natal. De Todos!, Charlotte é uma mulher frustrada com sua carreira e se questiona sobre a “vida perfeita” da sua amiga de faculdade, Jackie. Após uma ironia do destino, Charlotte vai passar o Natal na casa de Jackie e tenta provar para ela que a vida não pode ser tão perfeita. No entanto, alguns imprevistos acontecem durante o feriado, e somente o espírito natalino poderá unir novamente uma grande amizade.
Dirigido por Mary Lambert, o filme possui uma avaliação de 4,3 no IMDb, além de uma classificação de 42% da imprensa especializada no Rotten Tomatoes. No elenco do filme, Heather Graham (Se Beber, Não Case!) e Brandy Norwood (Sempre no Coração) protagonizam a trama, que também conta com os atores Jason Biggs (franquia American Pie) e Matt Cedeño (O Treinador Mortal).
O Melhor. Natal. De Todos!: na comédia romântica, Brandy Norwood e Heather Graham interpretam respectivamente Jackie e Charlotte — Foto: Divulgação/Netflix
4. Uma Invenção de Natal (2020)
Com direção de David E. Talbert, Uma Invenção de Natal segue os passos do fabricante de brinquedos Jeronicus Jangle, responsável por criar invenções excêntricas de Natal. Após ser roubado por um funcionário, ele passa a sentir amargura em relação ao feriado. No entanto, a chegada da sua neta Journey pode mudar tudo e trazer uma esperança natalina para o fabricante.
Forest Whitaker (Godfather of Harlem) e Madalen Mills (O Despertar do Tigre) estrelam o filme, que também conta com Keegan-Michael Key (Super Mario Bros – O Filme), Anika Noni Rose (Maid) e Hugh Bonneville (Downton Abbey). Uma Invenção de Natal tem uma excelente avaliação no Rotten Tomatoes, contando com uma aprovação de 90% dos críticos. Enquanto isso, no IMDb, o longa exibe uma pontuação de 6,5.
Uma Invenção de Natal: o musical é estrelado por Forest Whitaker, que interpreta o personagem Jeronicus Jangle — Foto: Divulgação/Netflix
O Diário de Noel acompanha o escritor Jake Turner que, após o falecimento da sua mãe, volta para sua antiga residência na época do Natal e avista um diário de uma pessoa chamada Noel. No item enigmático, Jake encontra segredos do seu passado e de uma jovem desconhecida chamada Rachel. Junto dessa jovem, o escritor parte em uma jornada para localizar o misterioso dono do diário. O longa é dirigido por Charles Shyer.
No elenco, Justin Hartley (This Is Us) e Barrett Doss (Punho de Ferro) interpretam Jake e Rachel, e outros atores do filme são James Remar (Sex and The City), Bonnie Bedelia (Duro de Matar) e Essence Atkins (Inatividade Paranormal). Com performances ligeiramente positivas nos sites agregadores, O Diário de Noel tem nota 6,1 e uma classificação de 69% no Rotten Tomatoes pelos críticos.
O Diário de Noel: o longa tem como base o best-seller de mesmo nome, lançado em 2017, do autor Richard Paul Evans — Foto: Divulgação/Netflix
Dirigido pela cineasta Janeen Damian, o filme gira em torno de Sierra Belmont, uma herdeira mimada que tem um relação distante com o pai, após a morte da sua mãe. Após escalar uma montanha com seu namorado, ela sofre um acidente e perde sua memória, assumindo o nome de Sarah. Ela acaba sendo resgatada por Jake Russell, dono de uma pousada que está com dificuldades financeiras. Assim, a protagonista passa o Natal com Jake e sua filha, Avy.
Uma Quedinha de Natal é estrelado por Lindsay Lohan (Meninas Malvadas) e o elenco ainda tem Chord Overstreet (Glee), George Young (Maligno), Olivia Perez (Vila Sésamo) e William Bus Riley (Hereditário). No Rotten Tomatoes, a aprovação do filme entre os críticos é de 62%. Já no IMDb, sua pontuação é de 5,2.
Uma Quedinha de Natal: o filme é protagonizado por Lindsay Lohan e Chord Overstreet, que dão vida respectivamente para Sierra e Jake — Foto: Divulgação/Netflix
7. Quem Matou o Papai Noel? (2023)
Murderville: Quem Matou o Papai Noel? é um filme dirigido por Laura Murphy. Na trama, o detetive Terry Seattle está diante de um grande caso, e para desvendar esse mistério ele terá de realizar seus improvisos e contará com o auxílio de algumas celebridades. O caso envolve descobrir quem assassinou o Papai Noel, apesar de o detetive odiar o Natal.
Terry é interpretado por Will Arnett (Twisted Metal) e entre os artistas convidados estão Jason Bateman (Air: A História por Trás do Logo) e Maya Rudolph (Big Mouth). Quem Matou o Papai Noel? foi elogiado pelos críticos do Rotten Tomatoes, tendo uma aprovação de 91% no agregador. Já no IMDb, sua performance é ligeiramente positiva, recebendo nota 6,5.
Quem Matou o Papai Noel?: a história faz parte de uma série de tramas Murderville, desenvolvidas com elementos de improvisação — Foto: Divulgação/Netflix
8. Alguém Avisa? (2020)
Na trama de Alguém Avisa?, Abby Holland vai passar o Natal na casa da família da sua namorada, Harper Caldwell, e planeja pedir a garota em casamento no feriado. No entanto, ela descobre que Harper escondeu o relacionamento dos seus familiares, por eles serem conservadores. Depois disso, Abby fica em dúvidas quanto à sua amada, questionando a relação construída entre as duas.
Kristen Stewart (Crepúsculo) e Mackenzie Davis (O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio) formam o casal principal do filme. Completam o elenco Alison Brie (Bela Vingança), Aubrey Plaza (The White Lotus) e Dan Levy (Sex Education). O filme dirigido por Clea DuVall tem um desempenho positivo no sites agregadores, exibindo uma nota de 6,6 no IMDb e uma classificação de 82% entre os especialistas no Rotten Tomatoes.
Alguém Avisa?: Kristen Stewart e Mackenzie Davis atuam respectivamente como Abby Holland e Harper Caldwell — Foto: Reprodução/Hulu
9. Um Menino Chamado Natal (2021)
Um Menino Chamado Natal é um conto sobre a história de Nikolas. Após seu pai ser convocado para uma terra mágica habitada por duendes, o garoto parte junto de seu camundongo falante em busca do local. Em meio à jornada, ele enfrenta desafios e obstáculos, mas a aventura reserva um destino encantador, onde o menino sentirá a magia e o espírito natalino.
Gil Kenan é responsável pela direção do filme, que é protagonizado por Henry Lawfull (Os Miseráveis) e conta também com os atores Stephen Merchant (Jojo Rabbit), Michiel Huisman (Game of Thrones) e Maggie Smith (saga Harry Potter). Com boas performances nos sites especializados, Um Menino Chamado Natal apresenta uma aprovação de 84% dos críticos no Rotten Tomatoes e uma pontuação de 6,7 no IMDb.
Um Menino Chamado Natal: o filme é baseado no livro homônimo lançado em 2020 e escrito pelo autor Matt Haig — Foto: Divulgação/Netflix
10. Deixe a Neve Cair (2019)
Em Deixe a Neve Cair, uma intensa nevasca atinge a cidade de Gracetown e interdita o local durante as véspera de natal. Por outro lado, a ocasião se transforma em uma chance para um grupo de jovens se conhecer melhor, já que eles estão presos na cidade. Assim, as histórias de amor se conectam e surgem durante o ocorrido. A direção é de Luke Snellin.
Alguns dos nomes do elenco de Deixe a Neve Cair são Isabela Merced (Dora e a Cidade Perdida), Shameik Moore (Homem-Aranha: Através do Aranhaverso), Jacob Batalon (franquia Homem-Aranha do MCU) e Kiernan Shipka (Dezesseis Facadas). A produção divide opiniões nos sites agregadores, tendo uma aprovação de 81% entre os críticos no Rotten Tomatoes e 5,8 de pontuação no IMDb.
Deixe a Neve Cair: o primeiro longa do diretor Luke Snellin é adaptado do romance homônimo de John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle, lançado em 2013 — Foto: Divulgação/Netflix
11. Natal Com Você (2022)
Com direção da cineasta argentina Gabriela Tagliavini, o longa segue a história da cantora latina Angelina, que está se sentindo ultrapassada na era da internet e deseja emplacar uma música de sucesso. Ao se deparar com o cover de uma fã, a cantora resolve fazer uma surpresa para ela no natal e acaba conhecendo o pai da garota, o professor de música Michael. Ao se conhecerem melhor, a dupla começa a produzir uma nova canção e acabam se apaixonando.
Natal Com Você conta com as interpretações de Aimee Garcia (Lúcifer), Freddie Prinze Jr. (Scooby-Doo) e Deja Monique Cruz (Manifest Evil). O filme possui uma avaliação de 5,6 no IMDb, enquanto no Rotten Tomatoes, sua classificação é de 65% pela imprensa especializada.
Natal Com Você: a produção estrelada por Aimee Garcia e Freddie Prinze Jr. reúne os gêneros do romance, comédia e musical — Foto: Divulgação/Netflix
12. Bônus: Os Caras Malvados – Um Natal do Mal (2023)
Os Caras Malvados: Um Natal do Mal é um curta animado natalino dirigido por Bret Haaland. No enredo, a trupe liderada pelo Sr. Lobo executa alguns roubos na cidade em plena manhã de Natal. Contudo, após o feriado ser cancelado, o grupo abandona seus planos e busca recuperar o espírito natalino na vida dos habitantes do local, antes que seja tarde demais.
A animação conta com a dublagem original de Michael Godere (Se Cuida), Ezekiel Ajeigbe (The House Invictus), Mallory Low (Ad Astra – Rumo às Estrelas), Chris Diamantopoulos (Os Três Patetas) e Raul Ceballos (O Chefinho: De Volta ao Berço). Os Caras Malvados – Um Natal do Mal tem uma nota de 5,2 no IMDb e uma aprovação de 33% da audiência no Rotten Tomatoes.
Os Caras Malvados – Um Natal do Mal: o curta animado é uma prequel da história original, que é baseada na série infantil de Aaron Blabey — Foto: Divulgação/Netflix
Fim de festa. Esse é o sentimento de quem acompanhou desde o início e terá agora que se despedir de uma das produções de grande audiência, uma das maiores dos serviços de streaming dos últimos anos. Iniciada com foco no ano de 1947, pouco antes da coroação, Elizabeth II teve sua vida pessoal e trajetória como chefe de Estado retratada ao longo de seis temporadas, que encontrará agora um desfecho. Temos agora os seis últimos episódios de ‘The Crown’, sob ângulos bem diferentes do habitual.
Na primeira parte, abordada anteriormente, a série se concentrou na vida da princesa Diana, o término dela com o príncipe Charles e seus últimos dias de vida até o acidente que tirou sua vida e de seu namorado, Dodi Al-Fayed. Na segunda parte, iremos inicialmente ter foco na rainha Elizabeth (Imelda Staunton), com o jubileu de ouro que celebrou 50 anos de seu reinado e as perdas da irmã, a princesa Margaret e a rainha-mãe, Elizabeth I. É possível sentirmos o luto e todo o infortúnio da monarca, além de conflitos com o Primeiro-Ministro Tony Blair (Bertie Carvel), que questiona declarações e decisões acerca de seu reinado e de sua vida pessoal.
A concentração na rainha Elizabeth dura pouco, temos novamente abordagens sobre pessoas ao redor dela, e com acontecimentos que vão impactar as futuras gerações da Família Real. Primeiro, o casamento do príncipe Charles com Camila Parker Bowles, e depois o namoro do príncipe William com Kate Middleton. O matrimônio de Charles é visto com reprovação pela opinião pública, já William vive de uma forma diferente de qualquer outro membro de sua família, mais reservada e longe dos holofotes.
Se estávamos acostumados a ver a rainha Elizabeth com imponência à frente da Coroa Britânica e em apuros diante de conflitos e possíveis guerras e entreveros no seio familiar, ela ficou um pouco de lado nesta última temporada e outras figuras passaram a ganhar protagonismo, dentre elas Diana, Charles e Camila. Sem dúvida, os três também são figuras importantes, pois os três nos fizeram mudar a forma como enxergávamos a Coroa Britânica, a importância dela, como funciona e o legado que vai deixar para as futuras gerações. O século XXI exige modernização da Família Real e da Coroa e muito mais desafios pela frente, um deles da manutenção do império e a possibilidade de ainda ser influente na vida do povo britânico.
Se uma palavra pudesse definir a primeira parte dessa última temporada, com quatro episódios, seria saudade, pois Lady Di segue viva na memória das pessoas e tudo o que ela fez e deixou para a humanidade. Já para a segunda parte, com seis episódios, seria legado, conforme dito anteriormente, do que a Monarquia Britânia deixou e como ela seguirá de agora em diante. Este segundo seguimento teve um fecho positivo se comparado ao primeiro, ‘The Crown’ deixará saudades para os apreciadores da cultura inglesa e da Família Real. Peter Morgan, criador da série, fecha seu trabalho com chave de ouro, mas com gosto de quero mais.