Poltrona Cabine: Rampage-Destruição Total/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Rampage-Destruição Total/ Cesar Augusto Mota

Há menos de um mês, a Warner Bros. nos brindou com um filme baseado em um game, ‘Tomb Raider: A Origem’, produção não muito bem recebida pelo público. Agora, estamos prestes a ver mais um longa que segue esse caminho, desta vez adaptado de um jogo clássico de arcade, Rampage (1986), lançado para o arcade. ‘Rampage: Destruição Total’, com direção de Brad Peyton (‘Terremoto: A Falha de San Andreas’) traz Dwayne Johnson (Jumanji) como protagonista e vem com o intuito o de manter congruência com os elementos visuais e com a premissa do jogo original, mas será que o filme conseguiu?

A história traz o primatologista Davis Okoye (Johnson), um homem solitário e avesso às pessoas que compartilha de um vínculo inabalável com George, um gorila albino extremamente inteligente e que está sob seus cuidados desde o nascimento. Porém, um experimento genético desonesto e mal feito transforma este macaco gentil em um monstro de tamanho desproporcional e com uma força descomunal. Para piorar, descobre-se que existem outros predadores alfa similarmente alterados, como um lobo e um crocodilo.  Enquanto estes monstros destroem a América do Norte, destruindo tudo em seu caminho, Okoye se junta a Kate Caldwell (Naomie Harris), uma geneticista desacreditada, para conseguir um antídoto, lutando em um campo de batalha em constantes mudanças para poder salvar o mundo e também recuperar George, que já foi seu amigo.

O roteiro, de Carlton Cuse, Ryan J. Condal e Adam Sztyzel, apresenta o básico do jogo, com monstros gigantes e imponentes, além de enormes prédios destruídos, mas as semelhanças param por aí. Enquanto no game as criaturas tiveram inicialmente formas humanas, no filme elas já eram animais e acabam por sofrer mutações após o mal-sucedido experimento por uma organização em busca de formações genéticas raras para serem comercializadas. Repetir a premissa do jogo na tela grande não faria sentido, sem falar que prejudicaria na sequência de ações do filme e a história não ficaria próxima do verossímil.

Apesar desse detalhe, o longa nos oferece boas subtramas, como os planos dos irmãos Claire (Malin Âkerman) e Brett Wyden (Jake Lacy), os dois líderes do poderoso laboratório que fez o experimento e que farão de tudo para saírem por cima e sem levar suspeitas. Além dessa, não podemos esquecer da relação entre Davis e Nelson (P.J Byrne), seu companheiro e amigo, além da amizade do protagonista e George, reforçada por sequências de boas risadas enquanto se comunicam por sinais, bem como da participação decisiva do agente Russel (Jeffrey Dean Morgan) para chegar no encalço e desmascarar os dois vilões. Todas essas sequências não se perdem ao longo da trama e que ficam bem amarradas com a principal, proporcionando dinamismo ao filme e um grande envolvimento da plateia com o que está acontecendo.

Se temos uma boa história reforçada por atuações convincentes, em especial de Dwayne Johnson e Naomie Harris, temos também monstros construídos com CGI de altíssima qualidade, proporcionando uma grande e inesquecível experiência para os espectadores, além de várias cenas regadas por muitas explosões, sangue e fuga. Não que o filme seja violento, Brad Peyton teve o intuito de proporcionar uma grandiosa aventura regada com alguns momentos tensos e também hilários, numa atmosfera frenética e perseguições no estilo Indiana Jones.

Um filme com uma narrativa simples, mas alimentada por um elenco qualificado, belos efeitos especiais e momentos épicos e eletrizantes para o espectador. Vá ao cinema sem medo, você vivenciará diversas situações, de medo, de tensão e também se divertirá muito com ‘Rampage: Destruição Total’. Um bom divertimento!

Avaliação: 4/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota