Rose Byrne and Mark Wahlberg in Instant Family from Paramount Pictures.
Estrelado por Mark Wahlberg e Rose Byrne, longa estreia em 29 de novembro
DE REPENTE UMA FAMÍLIA (INSTANT FAMILY) acaba de ganhar cartaz oficial. Dirigido e roteirizado por Sean Anders, o filme apresenta Pete (Mark Wahlberg) e Ellie (Rose Byrne), um jovem casal que decide adotar uma criança. Durante o processo, eles acabam se apaixonando pela adolescente Lizzie (Isabela Moner), uma garota de temperamento forte e que se sente responsável pelos dois irmãos mais novos. Logo, Pete e Ellie se veem com três estranhos em casa, que mudam as suas vidas por inteiro.
Baseado na história real do diretor, o novo filme da Paramount Pictures estreia nos cinemas brasileiros dia 29 de novembro.
Sobre a Paramount Pictures Corporation
A Paramount Pictures Corporation (PPC), uma importante produtora e distribuidora global de entretenimento filmado, é uma unidade da Viacom (NASDAQ: VIAB, VIA), casa de marcas globais famosas que cria emocionantes programas de televisão, filmes de longa-metragem, conteúdo de curta-metragem, apps, jogos, produtos de consumo, experiências nas mídias sociais e outros conteúdos de entretenimento para audiências de mais de 180 países.
Mais uma vez é firmada uma parceria entre o diretor Peter Berg e o ator Mark Wahlberg. Antes os dois trabalharam juntos em ‘O Grande Herói’ (2013), ‘Horizonte Profundo – Desastre no Golfo’ (2016), ‘O Dia do Atentado’ (2016) e agora em 22 Milhas. Os dois filmes tiveram uma boa repercussão e resultados positivos, o penúltimo, nem tanto. Será que o novo longa, que também se baseia em uma história real, convence e vai atingir boa parte do público ou será mais uma decepção?
A narrativa apresenta um grupo paramilitar que precisa encontrar o paradeiro de uma carga de césio que pode ser utilizada por russos para produzir uma bomba atômica mais poderosa que as lançadas pelos EUA em Hiroshima e Nagasaki. Neste contexto surge o misterioso policial tailandês Li Noor, (Iko Uwais), que se entrega na embaixada americana e diz saber o segredo sobre o paradeiro do césio guardado em um HD encriptado. Caso consiga asilo nos Estados Unidos, Noor revela a senha do dispositivo. O grupo é liderado por James Silva (Wahlberg), que conta com o auxílio de Alice (Lauren Cohan), que vive um dilema, de continuar na equipe ou voltar para casa para cuidar da filha. Há no elenco também a presença de Ronda Rousey, grande estrela do MMA, que tem a oportunidade de mostrar suas habilidades mano a mano nos grandes combates.
Se a premissa é interessante, vemos também uma autêntica guerrilha, com grandes explosões e fortes rajadas de metralhadoras em avenidas movimentadas. Mas os movimentos não são devidamente mostrados, nem valorizados, a câmera está muito próxima dos atores e há uma quantidade enorme de cortes, formando uma colcha de retalhos, algo desinteressante para os olhos do público. A agilidade é um trunfo, mas a execução é falha. E o que era para ser um filme de ação se torna um grande melodrama, principalmente nas cenas de Alice, que protege crianças indefesas ou nas que ela parece estar sem saída e precisa da ajuda de seus companheiros homens para ser salva.
As atuações são díspares, boa parte das ações está concentrada no personagem de Wahlberg, que dá todas as cartas, coordenadas, dá bronca, esbraveja e com emoções pouco exploradas. Os demais personagens são pouco explorados e também não faze os espectadores se envolverem e se importarem com suas ações e consequências na trama. Um dos poucos que se sobressai é Iko Uwais, que movimenta a história e é um verdadeiro contraponto para o grupo liderado por James Silva, destaque para a cena de Li Noor algemado a uma cama na enfermagem da sede da CIA do fictício país asiático da narrativa.
Mesmo sendo um coprodução chinesa, ’22 Milhas’ deixa a desejar, com montagem imprecisa, personagens pouco desenvolvidos e cortes abruptos, prejudicando a ação e evolução da história. Um autêntico negócio da China.
Na maior parte das vezes em que um filme é baseado em histórias reais, o público se sente instigado e ainda mais motivado para acompanhar a obra, seja para se inteirar sobre o ocorrido ou então para constatar se houve congruência e fidelidade ao fato que inspirou a produção. O renomado diretor Ridley Scott (Prometheus) traz para o público um longa com essa premissa e dotado de drama, brutalidade e carregado de polêmicas.
Christopher Plummer (Toda Forma de Amor) é J.P. Getty, um magnata do petróleo e um dos homens mais ricos da década de 1970 que acaba por ter seu neto J.P. Getty III, interpretado por Charlie Plummer (O Jantar), sequestrado. Como valor de resgate, os sequestradores estipulam a quantia de US$ 17 milhões, mas o avô rejeita pagar, e isso gera gravíssimas consequências para a família e um drama que irá se prolongar por meses. E não para por aí, J.P Getty, em meio à sua avareza e desconexão com o mundo externo, fará de tudo para mostrar que é imbatível em todas as mesas de negociação e que sua vontade deve sempre prevalecer, mas para isso terá de enfrentar as fortes investidas da nora Gail e do negociador Fletcher Chase, vividos por Michelle Willians (Manchester à Beira-Mar) e Mark Wahlberg (O Dia do Atentado), dispostos a resgatar o jovem Paul a todo custo.
A narrativa é inicialmente construída com uma cena no tempo presente (1973), com a chegada de Gail em um aeroporto, que rapidamente nos conduz a uma viagem no tempo, primeiramente nove anos antes, em Roma, com a formação da família Getty e do império de John Paul. Em seguida, constatamos os entreveros vividos pelo chefe da família, John Paul Getty II, que se esbalda em drogas, sexo e todo tipo de luxúria e a situação difícil vivenciada por Gail, que tenta de todo o jeito tirar sua família desse ambiente conturbado e tocar a vida adiante, mas encontra dificuldades por conta da herança, que não é dela, e de ter que se submeter à tudo o que o sogro deseja, até voltarmos para a situação dramática vivida pela Família Getty, em meio à telefonemas, cartas de Paul e a cobertura incessante e sufocante da mídia em torno do caso. Tudo é articulado de forma cuidadosa e com coerência, além das cenas serem retratadas em ambientes impecáveis e em belíssimas locações na capital italiana, sem esquecer do figurino e da fotografia escura e azulada para os momentos mais dramáticos.
O espectador consegue ficar curioso e ao mesmo tempo aflito com o enredo, que guarda momentos tensos e brutais na medida em que se desenrola até seu desfecho. O roteiro possui méritos em conseguir transmitir uma história interessante e prender a atenção do público, seja por usar os recursos certos, por não se utilizar da previsibilidade e por contar com um elenco que passa confiança, sinceridade e a capacidade de delinear personagens fortes, com presenças importantes para a trama.
Em termos de atuação, Plummer entrega um personagem capaz de despertar amor e ódio nos espectadores, muito por sua personalidade controversa já explicada, como também pela reviravolta que possui durante a história, numa importante transformação. Wahlberg, mesmo com um agente que apresente falhas, ganha bastante profundidade na história e é um importante elo entre Gail e J.P Getty na resolução do conflito, recebendo posteriormente um desfecho digno, e Michelle Willians conquista o público não pelo estilo melodramático de sua personagem, mas pela força e personalidade forte que demonstra e pelos valores que acredita, que nem tudo pode ser comprado, mesmo que alguém possua todo o dinheiro do mundo. Por fim , Charlie Plummer se destaca mais pelas expressões faciais e corporais do que por suas falas e Andrew Buchan (Prisioneiro da Morte) tem uma participação apática na trama, poderia ter sido mais bem explorado, tendo em vista se tratar do chefe da família. Christopher Plummer refez todas as cenas do filme de Kevin Spacey, acusado de assédio sexual, e se saiu muitíssimo bem.
Apesar dos problemas, seja na produção ou pós-produção, “Todo o Dinheiro do Mundo’ traz ao público uma história interessante, com alta carga dramática e importante debate acerca do valor dado à vida e aos bens materiais. Até que ponto o dinheiro pode corromper o ser humano, e será que tudo se pode comprar e com todo o dinheiro do mundo? Um filme obrigatório e necessário para todo cinéfilo.