O filme foi feito para Renee Zelwegger brilhar e ela consegue. Um roteiro correto que fala da decadência da carreira de Judy Garland e de flashbacks de sua infância quando explodiu e quando sua dependência de anfetaminas começou. O roteiro é bem amarrado e Renee arrasa. Sua atuação ao explorar a dependência de drogas e álcool e sua briga pela guarda de seus filhos menores até o altos e baixo numa carreira descendente e um novo casamento com um rapaz oportunista. Tudo isso é bem explorado por ela na película. A anorexia e sua perda de peso, a caracterização que a faz ficar muito parecida com Judy, o tom de voz( inclusive ela canta as músicas). É tudo milimetricamente calculado e bem desenvolvido.
Sua performance é arrebatadora e difícil não cravar que será uma das barbadas da noite do Oscar. A sua atuação é visceral e emocionante mesmo que o filme seja feito para que ela se sobressaia. O filme realmente toca e instiga como uma menina de tanto talento e deixa explorar por aproveitadores e se entrega totalmente aos vícios por causa do business, do meio artístico, de como sobreviver.
Retrata também sua incipiente depressão, inclusive sendo diagnosticada por um médico que a examina e lhe passa vitaminas após um dos vexames que acaba protagonizando com seus contratantes.
O musical final é um deleite muito aguardado. Sem spoilers.
Depois de 15 anos fora dos holofotes hollywoodianos, e de um Ocar de Melhor Atriz Coadjuvante por Cold Mountain, Renee Zelweeger vem para ficar e arrebanhar mais uma estatueta dourada. Estávamos com saudades. Esperamos que ela não fique tanto tempo em nos presentear com um maravilhoso papel.
O filme vale por Judy e pela brilhante atuação de Renee Zelwegger.
3/5 poltronas
