Divulgada cena exclusiva de Simonal com Isis Valverde e Fabricio Boliveira

Divulgada cena exclusiva de Simonal com Isis Valverde e Fabricio Boliveira

“Ninguém sabe o duro que dei, pra ter ‘fon fon’, trabalhei, trabalhei”, canta Simonal em filme homônimo, que foi selecionado para o Festival de Cinema de Gramado, a ser realizado entre os dias 17 a 25 de agosto. Quem interpreta o cantor é Fabrício Boliveira, que mostra toda a extravagância do seu personagem ao dirigir uma Mercedes ao lado de Isis Valverde, que vive a famosa Tereza, esposa do rei da pilantragem, em cena exclusiva. Dono de um surpreendente carisma, o carioca ganha os palcos rapidamente e em meio ao seu sucesso meteórico, consegue levantar multidões em seus shows. Ao som de “Meu Carango”, ele passeia com o carro no Rio junto com sua esposa e a leva, pela primeira vez, na casa em que eles iriam morar. Enorme, a mansão tem o toque exuberante do cantor, que faz questão de pendurar uma imensa foto sua na sala de estar.

O longa-metragem será exibido na Mostra Competitiva, no Palácio dos Festivais, no dia 20 de agosto, com presença dos protagonistas, do diretor Leonardo Domingues e parte do elenco. O filme é ambientado num rico momento da música brasileira e personagens da época circulam pelas cenas, como Erasmo Carlos, Ronaldo Bôscoli, Luis Carlos Miele e Elis Regina. Leandro Hassum interpreta Carlos Imperial, o primeiro a perceber o talento de Simonal. O elenco conta ainda com Mariana Lima, Silvio Guindane, Caco Ciocler, Bruce Gomlevsky, Fabricio Santiago, Letícia Isnard, João Velho e Dani Ornelas. Com previsão de estreia para 2019, o drama foi produzido pela Pontos de Fuga e será distribuído pela Downtown/Paris Filmes.

Antes de virar cinebiografia, a vida de Simonal foi tema do documentário “Ninguém sabe o duro que dei”, de 2009, dirigido por Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal. “Simonal”, inclusive, traz referências do filme, além das biografias “Nem vem que não tem – A vida e o veneno de Wilson Simonal”, de Ricardo Alexandre, e “Simonal: Quem não tem swing morre com a boca cheia de formiga”, de Gustavo Alonso. O diretor Leonardo Domingues também participou do processo de pós-produção do documentário.

 

Sinopse

O filme conta a história de Wilson Simonal, o cantor que saiu da pobreza e comandou as maiores plateias do Brasil. Dotado de um recurso vocal assombroso e domínio de palco excepcional, Simonal consegue transformar suas inseguranças da infância em grandes conquistas na idade adulta. Uma vez no topo, passa a se sentir invencível: exibe a sua riqueza e gosto por carrões e mulheres; faz propaganda de multinacionais; e se recusa a defender um discurso engajado contra a ditadura. Até que resolve ameaçar seu contador quando se vê com problemas financeiros, graças a seus gastos descontrolados, e acaba vendo seu nome envolvido com o Dops. Começa então a derrocada de uma das maiores vozes que o Brasil já ouviu.

 

Elenco

Fabrício Boliveira – Simonal

Isis Valverde – Tereza

Leandro Hassum – Carlos Imperial

Mariana Lima – Laura Figueiredo

Silvio Guindane – Marcos Moran

Caco Ciocler – Santana

Bruce Gomlevsky – Taviani

Fabricio Santiago – Marcelão

Letícia Isnard – Mulher de Taviani

João Velho – Miele

Dani Ornelas – Maria

 

Ficha técnica

Direção: Leonardo Domingues

Produção:  Pontos de Fuga

Coprodução: Tvzero, Forte Filmes e Globo Filmes

Distribuição: Downtown e Paris Filmes

Roteiro: Victor Atherino e Leonardo Domingues

Fotografia: Pablo Baião

Direção de Arte: Yurica Yamasaki

Figurino: Kika Lopes

Maquiagem: Rose Versosa

Montagem: Vicente Kubrusly e Pedro Bronz

Trilha Sonora: Max de Castro e Wilson Simoninha

Produção de Elenco: Marcela Altberg

Produção Executiva: Adriana Konig

Som Direto: Marcel Costa

Produção: Nathalie Felippe

Direção de Produção: Paulão Costa

 

Sobre o diretor

Enquanto ainda cursava Cinema na Universidade Federal Fluminense, Leonardo Domingues começou a trabalhar como editor de cinema e TV. Ele editou documentários como “Língua – Vidas em Português”, de 2002; “Amyr Klink – Mar Sem Fim”, de 2001; e “Onde a Coruja Dorme”, 2012; além de programas de TV, como por exemplo, “Muvuca”, apresentado por Regina Casé. Durante mais de 10 anos, foi coordenador artístico da produtora TvZero, supervisionando, desde o desenvolvimento até a pós-produção, todos os projetos de cinema da produtora, como os filmes “Pindorama – A Verdadeira História dos Sete Anões”, de 2008; “Herbert de Perto”, de 2009; “Bruna Surfistinha”, de 2010; “João Saldanha”, de 2010; “Serra Pelada”, de 2013, e “Nise – O Coração da Loucura”, de 2015. Além de vasta experiência em direção de comerciais e vídeo clipes, codirigiu com Roberto Berliner o premiado documentário “A Pessoa é para o que Nasce”, em 2004. Em 2016, dirigiu seu primeiro longa-metragem de ficção: “Simonal”, que estreia nos cinemas em 2019.

 

Por Anna Barros

 

Poltrona Resenha: Malasartes e o Duelo com a Morte

Poltrona Resenha: Malasartes e o Duelo com a Morte

A morte vai enganar o homem mais esperto ou o homem esperto vai ter que usar todas as artimanhas para enganar a morte? Essas perguntas curiosas se farão presentes durante ‘Malasartes e o duelo com a Morte’, nova produção da O2 Filmes, que traz de volta um personagem da nossa literatura para encantar as futuras gerações.

Pedro Malasartes (Jesuíta Barbosa) é um malandro que sobrevive praticando um golpe aqui e outro ali e que vive se engraçando com muitas mulheres lindas. O coração do protagonista bate muito forte por Áurea (Ísis Valverde), que possui um irmão ciumento, Próspero (Milhem Cortaz), que não quer vê-lo passar nem na porta de casa. E no encalço de Malasartes está também a Morte (Júlio Andrade), cansada de tirar vidas por toda a eternidade e disposta a encontrar um substituto para então poder se aposentar.

Já deu para imaginar o clima de guerra e sombrio que Malasartes vai enfrentar, tanto para driblar Próspero e ficar com sua amada Áurea, como também para tentar fugir da Morte, que promete não perdê-lo de vista.

O uso da computação gráfica para a divisão da trama em realidade e fantasia proporciona um belíssimo espetáculo visual, com efeitos precisos e muita diversão e o envolvimentos dos personagens entre eles e com o público. O roteiro, porém, é um pouco prejudicado pelo uso excessivo dos efeitos especiais, a história em dados momentos é um pouco esquecida, mas o espectador se encanta e se convence daqueles dois mundos ali representados na tela, até risadas da Morte acontecem em dados momentos.

E o elenco? As atuações, juntamente dos efeitos visuais, são o ponto alto do filme, e notamos interpretações convincentes, além do carisma dos protagonistas, vividos por Ísis e Jesuíta, além de um vilão no estilo caricato e com interações sólidas. Acostumado com produções mais dramáticas, Júlio Andrade surpreende e consegue transmitir uma veia cômica a um personagem que normalmente inspiraria medo, Jesuíta e Ísis conseguem mostrar um casal com brilho e sem pieguismo, além de uma forte ligação com o público. Os personagens secundários, como Candinho (Augusto Madeira), amigo de Malasartes, bem como Leandro Hassum, como Esculápio, e Vera Holtz, como Cortadeira, enriquecem o enredo.

O trabalho do diretor Paulo Morelli em resgatar um personagem do folclore brasileiro e português e eternizado no cinema por Mazaroppi não só valorizam nossa cultura como também fortalecem o cinema nacional, há sim boas produções e engana-se quem diz que não somos dignos de filmes com qualidade.

Precisamos também dar valor ao que é nosso, e ‘Malasartes e o Duelo com a Morte’ é mais uma produção de destaque que merece o incentivo e nossa audiência. Vale muito a pena.

Avaliação: 4/5 Poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota