Poltrona Cabine: Liga da Justiça/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Liga da Justiça/ Cesar Augusto Mota

Os fãs de quadrinhos e apreciadores dos filmes da DC estão prestes a matar a ansiedade para ver uma das produções mais aguardadas do ano: ‘Liga da Justiça’, em live action, sob a direção de Zack Snyder e com um timaço de super-heróis que se reúne para combater uma nova ameaça. Promessa de uma história eletrizante, com muitas cenas de ação empolgantes e possantes efeitos especiais.

A narrativa nos traz Bruce Wayne (Ben Affleck), que reavalia seus métodos e espírito altruísta após a morte de Clark Kent (Henry Cavill) e se mostra disposto a formar uma equipe de combatentes do crime para defender a Terra de novos perigos. Ao lado de Diana Prince (Gal Gadot), Batman e Mulher-Maravilha encontram Victor Stone (Ray Fisher), o Ciborgue; o guerreiro de Atlantis Arthur Curry (Jason Momoa), o Aquaman; além do velocista Barry Allen (Ezra Miller), o The Flash. Juntos, eles precisam deter o terrível Lobo da Estepe (Ciaran Hinds), comandante de um exército de insetos humanóides, os parademônios, e disposto a recuperar as 3 caixas maternas, espécies de computadores vivos e dotado s de consciência própria que vivem em função de seus donos. As caixas concedem poderes como manipulação de energia e teletransporte, mas se autodestroem com a morte de seu possuidor.

Diferente de Esquadrão Suicida, a apresentação de todos os personagens se dá de maneira direta, sem rodeios e dispensando caracteres como animações e letreiros. A maneira como as histórias se entrelaçam e o encontro entre os heróis ocorrem de maneira impactante e com momentos hilários, principalmente de The Flash, o alívio cômico do grupo, com piadas infames e de duplo sentido, além dos diálogos engraçados entre Batman e Aquaman e o jeito destoante do Ciborgue, sempre sério, mas bastante solícito. A Mulher Maravilha não fica atrás e com seu jeito elétrico, carismático e de personalidade, vai conseguir motivar toda a equipe, além de se mostrar uma forte líder.

Foi possível perceber durante os 120 minutos de projeção que ‘Liga da Justiça’ deixou um pouco de lado o tom sombrio e sério presente em Batman vs Superman e incorporou uma veia mais cômica, presente nas produções da Marvel. Mas as doses de humor são aplicadas na medida certa, sem comprometer a essência do filme, e o recurso faz o espectador se importar ainda mais com cada um dos heróis. Reunidos, todos conseguem formar uma equipe coesa, empática e capaz de prender a atenção do início ao fim, além de entregarem cenas com muito dinamismo e emoção. A história foca mais na aventura e não há muita preocupação com as consequências das interações do enredo, um foco mais descompromissado e focado nas lutas.

Assim como acontecem em boas produções, também existem falhas em ‘Liga da Justiça’. Um dos pontos fracos está no vilão, o Lobo da Estepe, não por ter sido feito com efeitos CGI, mas pela pouca expressão e o pouco impacto transmitidos, o espectador não se convence e tampouco é atingido pelo grande vilão do Universo estendido da DC, tamanha era a expectativa. Além dele, o Ciborgue se mostra um tanto destoante dos demais heróis e o que menos se destaca, ao contrário de Mulher Maravilha, The Flash e o Aquaman, os três muito bem em cena e protagonistas das melhores sequências. Batman não compromete, mas não há grandes novidades do Homem-Morcego na tela, e o Superman é uma grata surpresa.

Além dos efeitos especiais e das empolgantes cenas de ação, o roteiro oferece uma grande reviravolta e surpreende o espectador no segundo terço do filme, grandes surpresas surgem e a narrativa ganha ainda mais emoção. As imperfeições demonstradas pelos heróis fazem que uns complementem os outros e juntos se tornem mais fortes contra o Lobo da Estepe, vilão tido como praticamente imbatível, mas no momento certo vamos descobrir seus pontos fracos. O desfecho é um pouco decepcionante, mas as ações e as piadas conseguem encobrir as imperfeições e empolgar o espectador, além de importantes mensagens sobre luz e esperança simbolizadas pelo grande time de heróis de ‘Liga da Justiça’.

O resultado de ‘Liga da Justiça’, roteirizado por Joss Whedon e dirigido por Zack Snyder, é muito positivo, você terá dificuldade em escolher seu super-herói favorito e vai torcer por todos eles na história, além de testemunhar uma aventura pulsante e cheia de surpresas. E fique até o fim, hein!? Há duas cenas pós-créditos, você vai se divertir muito!

Avaliação: 4/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Liga da Justiça: Joss Whedon não será creditado como diretor do filme, diz Warner

Liga da Justiça: Joss Whedon não será creditado como diretor do filme, diz Warner

Após ‘Liga da Justiça’ ter recebido classificação indicativa para maiores de 13 anos, outra notícia causou susto nos fãs. Zack Snyder constará nos créditos como o único diretor do filme.

A Warner Bros., distribuidora do filme, considerou o projeto de autoria única de Snyder, apesar de não subestimar Joss Whedon, que o substituiu recentemente após a trágica notícia do suicídio da filha Autumn, em março.

Dentro do elenco, há uma contradição em relação aos créditos de quem seja o diretor. Para Gal Gadot, a Mulher Maravilha, “Whedon só fez alguns reshoots”, já Bem Affleck, o Batman, diz que Liga da Justiça se trata de “um grande trabalho de dois diretores”.

Enquanto a polêmica não é desfeita, vamos aguardar a estreia de ‘Liga da Justiça’, que chega ao circuito nacional em 16 de novembro de 2017.

Por: Cesar Augusto Mota

‘Mulher-Maravilha’ arrecada US$ 38 milhões em estreia e pode alcançar recorde

‘Mulher-Maravilha’ arrecada US$ 38 milhões em estreia e pode alcançar recorde

Grande estreia e maior destaque da semana, ‘Mulher-Maravilha’, superprodução da Warner Bros. e DC Comics, pode alcançar um importante feito. O blockbuster dirigido por Patty Jenkins pode atingir a marca de US$ 100 milhões de dólares no primeiro fim de semana e encostar em produções como ‘Os Guardiões da Galáxia 2’ e ‘A Bela e a Fera’.

De acordo com o site UOL Cinema, o filme alcançou US$ 11 milhões durante a pré-estreia nos Estados Unidos e já arrecadou US$ 38 milhões em sua estreia em solo norte-americano. Fora da terra do Tio Sam, ‘Mulher Maravilha’ já angariou pouco mais de US$ 47 milhões, e no Brasil registrou a arrecadação de US$ 1 milhão (R$ 3,4 milhões).

Segundo a ComScore, empresa de pesquisas, a aprovação do filme está em 87%, com 54% de audiência do público feminino e 22% dos espectadores afirmando que pagariam para assistir novamente ao filme.

‘Mulher-Maravilha’ está em cartaz nos cinemas brasileiros, com Gal Gadot e Chris Pine no elenco. A super-heroína, após resgatar o espião Steve Trevor, descobre que uma guerra sem precedentes está se espalhando pelo mundo e resolve partir para o confronto, convencida de que pode a salvar a humanidade.

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Mulher-Maravilha/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Mulher-Maravilha/ Cesar Augusto Mota

Após as decepções com ‘Batman vs Superman: A Origem da Justiça’ e ‘Esquadrão Suicida’, a DC Comics aposta na história de um dos mais importantes ícones dos quadrinhos para voltar a ter terreno num mercado conquistado pela rival Marvel. Após 76 anos de espera, ‘Mulher-Maravilha’ chega aos cinemas com grande potencial para ser um dos melhores filmes do ano e com sucesso de público.

A história se passa na ilha paradisíaca de Themyscira, local cuidado pelas Amazonas, cujo grupo tem a missão de transmitir amor, paz e de confrontar Ares, o Deus da Guerra. Somos brindados com uma belíssima fotografia, composta por cores fortes e vibrantes, como amarelo e laranja, em contraste com a coloração sombria escura de Londres, outro local onde se desenvolve a trama.

Antes de falar de Gal Gadot, a protagonista, vale fazer menção honrosa para Robin Wright no papel de Antíope, tia de Diana Price e general das Amazonas. A atriz apresenta uma personagem forte, consistente e de personalidade, características essências para a encarregada por treinar Diana Prince e colocá-la como líder do grupo. Destaque também para Connie Nielsen como Hipólita, mãe de Diana, que assume inicialmente um papel de mãe protetora e resistente à ideia de ver a filha ser treinada pelas Amazonas e se envolver com conflitos e um possível duelo com Ares, mas convencida de que não poderá proteger a herdeira por muito tempo e sequer impedi-la de defender seu povo.

A partir do momento da queda do avião do espião Steve Trevor (Chris Pine), Diana Prince passa a se inserir em um cenário de grandes aventuras, com toques bem humorados em vários momentos, e com incrível demonstração de coragem, força e personalidade da protagonista, mostrando que não necessita de qualquer apoio para o que quer que seja. O roteiro ilustra uma história com tom bastante impactante e empolga o público, e o trabalho com as cenas de ação em câmera lenta em alguns confrontos e os efeitos com computação gráfica trouxeram mais realismo à produção.

Chris Pine, conhecido pelo tom caricato que costuma dar a seus personagens, principalmente, em Star Trek, apresenta uma ótima química com Gal Gadot, e consegue fazer um bom contraponto com uma protagonista ingênua em relação à vida, mas de alma pura e disposta a fzer o bem ao próximo. O espião Steve Trevor é voluntarioso, mas realista e bastante cético em relação ao futuro da humanidade em meio a uma sangrenta guerra. Gal Gadot imprime uma personagem de extrema beleza, muito carismática, valente e focada em sua missão. Em dados momentos há escorregões em cenas mais tristes, mas nada que comprometa sua brilhante atuação.

E o que falar do trabalho da diretora Patty Jenkins? Extraordinário, consegue ilustrar uma visão feminina sem pieguismo, com importantes mensagens contra o machismo e racismo, e a protagonista é retratada como uma agente poderosa e protetora, e não um objeto de deleite por conta da beleza da atriz que dá vida à heroína. Uma direção precisa, cuidadosa e que valoriza o empoderamento feminino e o sentimento do amor, capaz de derrubar a indiferença, a maldade e a incompreensão humanas. Nota 10 para a cineasta.

A produção geral de ‘Mulher-Maravilha’ é excelente, poderiam os vilões da trama terem sido mais bem aprofundados, além de uma trilha sonora de peso, e um filme DC também pede músicas de qualidade, não é mesmo? Quem for ver o filme vai perceber que a produção foi fiel ao HQ e que é possível agradar a todos os gostos. Não perca, ‘Mulher-Maravilha’ chega aos cinemas brasileiros em 1 de junho, corra e garanta seu ingresso!

 

 

Por: Cesar Augusto Mota