Responsável por levar cerca de 5,2 milhões de pessoas aos cinemas, a comédia “Minha Vida Em Marte”, estrelada por Mônica Martelli e Paulo Gustavo, terá sua primeira exibição na TV aberta. O longa de sucesso da distribuidora Downtown Filmes será exibido na programação da TV Globo, nesta quarta, dia 18 de março, no Cinema Especial, às 22h35, logo após o BBB 20.
Um dos filmes mais assistidos pelo público brasileiro desde a Retomada, “Minha Vida Em Marte” tem direção de Susana Garcia. Na comédia, Fernanda (Mônica Martelli) está casada com Tom (Marcos Palmeira) e tem com ele uma filha de 5 anos, Joana. O casal está em crise e vive os desgastes e as intolerâncias da rotina do casamento, mas ela tem o apoio incondicional de Aníbal (Paulo Gustavo), seu sócio e companheiro inseparável que está ao seu lado durante toda a jornada para resgatar seu casamento, ou acabar de vez com ele. Aníbal é o ombro amigo para desabafos e um parceiro para todas as horas.
Com distribuição da Downtown Filmes e Paris Filmes, produção de A Fábrica e Capri Produções, coprodução da Globo Filmes e apoio do Telecine e GNT, o filme tem roteiro final de Mônica Martelli, Paulo Gustavo e Susana Garcia. A produção é de Luiz Noronha e a produção executiva é de Cecília Grosso e Samanta Moraes.
Já “Os Farofeiros”, dirigido por Roberto Santucci e com roteiro de Paulo Cursino, é outro destaque do catálogo da Downtown Filmes que foi exibido na TV Globo. No último domingo, o filme fez parte da programação da Temperatura Máxima. A comédia é estrelada por Maurício Manfrini e Cacau Protásio, dupla que repete a parceria de sucesso em “No Gogó do Paulinho”, longa com estreia prevista para 2020.
Sobre a Downtown Filmes
Fundada em 2006, a Downtown Filmes é a única distribuidora dedicada exclusivamente ao cinema brasileiro. Desde 2011, ocupa a posição da distribuidora número 1 no ranking de filmes nacionais. De 2006 até hoje, vendeu mais de 50% de todos os ingressos de filmes brasileiros lançados. Até janeiro de 2020, a Downtown Filmes lançou 147 longas nacionais, que acumularam mais de 157 milhões de ingressos vendidos e contando…
Entre os maiores sucessos da distribuidora estão “Minha Mãe É Uma Peça 1, 2 e 3”,este último ainda em cartaz, estrelados por Paulo Gustavo; “De Pernas Pro Ar1 e 2”, e “Loucas Pra Casar”, com Ingrid Guimarães; “Chico Xavier”, “Elis”, “Fala Sério, Mãe!” com Ingrid Guimarães e Larissa Manoela, “Os Farofeiros” com Mauricio Manfrini e Cacau Protásio, “Minha Vida em Marte” com Paulo Gustavo e Monica Martelli, “Cine Holliúdy 1 e 2” e“Simonal”.
Neste primeiro semestre será lançado o “No Gogó do Paulinho”, repetindo a dupla de sucesso Mauricio Manfrini e Cacau Protásio, e “Eduardo e Monica” com Gabriel Leone e Alice Braga.
FOTOGRAFAÇÃO, novo trabalho de Lauro Escorel, exibido no 24º Festival Internacional de Documentários – É Tudo Verdade 2019, estreia em circuito comercial nesta quinta-feira, dia 05 de março, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
O documentário propõe um olhar sobre a fotografia brasileira, desde seu surgimento aos dias atuais, passando pelos principais nomes dessa arte, até o impacto das novas tecnologias e da fotografia digital na sociedade contemporânea.
Escorel, que atuou como diretor de fotografia em filmes de Leon Hirszman, Cacá Diegues e Hector Babenco, entre muitos outros, teve a ideia do documentário em 2014. “Foi do desejo de mostrar a um público mais amplo as belas imagens guardadas nos principais acervos do país que nasceu a ideia de fazer um documentário sobre a história da nossa fotografia. Vi ali a possibilidade de narrar como se deu a apresentação do Brasil aos brasileiros (e ao mundo) por meio da fotografia“, explica.
Durante o processo de pesquisa que durou mais de três anos, concebeu, além do longa FOTOGRAFAÇÃO, a série para TV “Itinerários do Olhar”. Anteriormente, dirigiu “Sonho Sem Fim” e diversos documentários, com destaque para o premiado “Libertários”. Mais recentemente codirigiu com Paulo Beti e Eliane Jardinni “A Fera na Selva”.
“Busquei valorizar o trabalho daqueles fotógrafos que nos ajudaram a construir a imagem do país que trazemos conosco, valorizando seu olhar humanista”, comenta Escorel, que buscou os elos de ligação entre os fotógrafos e suas imagens, para construir sua narrativa e selecionar os que seriam abordados no filme.
Unindo sua experiência profissional e pessoal, o diretor apresenta os primeiros fotógrafos a atuarem no Brasil, ainda no século XIX, como Marc Ferrez e Augusto Malta, passa pelos registros fotográficos do modernista Mário de Andrade e detém-se nos principais praticantes da fotografia moderna: Hildegard Rosenthal, José Medeiros, Marcel Gautherot e Pierre Verger.
O documentário também se vale de algumas imagens de filmes brasileiros, em que Escorel participou como diretor de fotografia, para apresentar a conexão entre a fotografia e o cinema brasileiros, para então chegar aos dias de hoje, no qual observa os resultados da atual proliferação da imagem digital. “Fotografar agora parece estar ligado a se mostrar, postar na rede e talvez lembrar. Não é mais sobre a imagem, sobre a ideia de captar um momento único, um quadro, uma composição”.
Diante deste quadro o cineasta se pergunta: “Como seremos lembrados por meio destas fotografias no futuro?”.
“FOTOGRAFAÇÃO” é uma produção de Zita Carvalhosa, da Cinematográfica Superfilmes, uma coprodução da Spcine e contou com o apoio dos acervos fotográficos do Instituto Moreira Salles, da Fundação Pierre Verger e do Instituto de Estudos Brasileiros da USP. A distribuição no Brasil é da Pandora Filmes.
SINOPSE “FOTOGRAFAÇÃO” é um documentário sobre momentos marcantes da História da Fotografia Brasileira, construído através do olhar de Lauro Escorel, atuante diretor de fotografia do cinema brasileiro. O filme focaliza a representação do País no trabalho de diversos fotógrafos e reflete sobre o impacto da fotografia digital na sociedade contemporânea.
FICHA TÉCNICA Direção: Lauro Escorel Roteiro: Evaldo Mocarzel e Lauro Escorel Pesquisa: Antonio Venancio Direção de Fotografia: Carlos Ebert, Guy Gonçalves, Jacques Cheuiche e Lúcio Kodato Montagem: Idê Lacreta Desenho de Som: Ricardo Reis Edição de Som: Miriam Biderman Música Original: Zé Nogueira Produção Executiva: Zita Carvalhosa Produtor: Cinematográfica Superfilmes Coprodução: Spcine Produtora Associada: Cinefilmes Idioma: Português Gênero: Documentário Ano: 2019 Duração: 76 min País: Brasil Classificação: livre
FILMOGRAFIA DO DIRETOR Primeiro de Maio, 1972 Teatro de la calle, 1974 Libertários, 1976 Arraes de Volta, 1979 Sonho sem Fim, 1986 Improvável Encontro, 2016
SOBRE A PANDORA FILMES A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho, obra que também ganhou quatro estatuetas no Oscar 2020 (incluindo Melhor Filme, Melhor Roteiro Original, Melhor Direção e Melhor Filme Internacional).
Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.
Estrelado por Marcélia Cartaxo e filmado na cidade de Russas (CE), PACARRETE, de Allan Deberton, estreia em circuito nacional no dia 30 de abril. O filme, inspirado numa história real, teve sua estreia no Festival de Cinema de Gramado, onde saiu premiado com Melhor Filme, Melhor Filme Júri Popular, Melhor Direção, Melhor Atriz, Melhor Roteiro, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Desenho Sonoro e desde então já coleciona vinte e seis prêmios em festivais. No Brasil será distribuído pela Vitrine Filmes.
Estreia de Deberton na direção, o longa aborda questões como a loucura, a permanência do sonho e o drama da velhice de uma bailarina clássica, que gosta de ser chamada de Pacarrete – “margarida” em francês. O filme é inspirado na conterrânea do diretor e demorou 10 anos para ser realizado. Foi filmado em sua cidade-natal, Russas – CE, tentando colocar na tela todas as lembranças da época, do lugar, “de quando ouvi falar dela pela primeira vez”, lembra o diretor. Tornou-se um filme “movido por uma locomotiva de sensações”, ele explica. “Quando eu soube que na verdade Pacarrete era bailarina, e que faleceu, com mais de 90 anos, querendo fazer arte no interior, em Russas, isso me tocou bastante”, completa o diretor.
Nascida e criada em Russas, Pacarrete alimentou desde criança o sonho de ser artista e viver a vida na ponta da sapatilha, mesmo sendo de uma cidade conservadora, onde mulher nasceu para casar e ter filhos. Mas é em Fortaleza que ela conseguiu estar nos centros dos palcos como bailarina clássica e se tornar professora de ballet. Com a aposentadoria, ela retorna para sua cidade natal onde pretende continuar seu trabalho artístico, mas só encontra desrespeito à sua arte: em vez de plateias de admiradores e aplausos, ela se defronta com o despeito daqueles que cruzam seu caminho – e a bailarina e professora de outrora se transforma na “louca da cidade”.
Para viver essa mulher que fez da aspiração de ser uma bailarina clássica o objetivo de sua vida, Deberton convidou a premiada atriz paraibana Marcélia Cartaxo (Vencedora do Urso de Prata do Festival de Berlim em 1985, por A Hora da Estrela), sua amiga e colaboradora – ela atuou e fez preparação de elenco do primeiro curta-metragem de Allan Deberton, Doce de Coco. “O Allan teve muita segurança de me convidar”, diz a atriz, “até mesmo porque eu não sou bailarina e nem tenho esse ouvido da personagem para música. A Pacarrete é muito culta: toca piano, fala francês e tem um corpo que fala todo o tempo. Foi um grande desafio de resistência e enfrentamento e fiquei muito feliz porque isso me mostrou que, se eu me esforçar bastante, consigo chegar bem longe”. Para viver a personagem, Marcélia teve aulas de voz e canto, aprendeu francês e fez aulas de ballet, com a supervisão do coreógrafo Fauller e da bailarina cearense Wilemara Barros.
O elenco principal ainda conta com as atrizes paraibanas Zezita Matos (das novelas Velho Chico e Amor de Mãe) e Soia Lira (Central do Brasil, Abril Despedaçado), o ator baiano João Miguel (O Céu de Suely, Estômago), os cearenses Débora Ingrid (A História da Eternidade), Samya de Lavor (Inferninho), Edneia Tutti (Os Olhos de Arthur) e Rodger Rogério (Bacurau), além da participação de atores e atrizes da própria cidade. A preparação do elenco é de Christian Duurvoort.
“Pacarrete é um filme que tem conquistado público e crítica nos festivais por onde passou e fico muito emocionado com isso, pois tudo que essa bailaria queria, em vida, era ser reconhecida. É sempre muito emocionante ver as pessoas se conectando com a história, pois é um filme que fala sobre nós todos, de várias formas. Estamos falando sobre ir atrás dos desejos, persistir, encarar o mundo de peito aberto, enfrentá-lo. É um filme sobre amor à arte e amor ao próximo. Sobre aprender e ensinar, prestar atenção no outro. As pessoas, quando saírem do cinema, vão se lembrar de alguém da família, algum amigo(a) ou vizinho. Assistam. Deve ser visto na tela grande, em companhia de outras pessoas, como num teatro”, finaliza o diretor.
SINOPSE Pacarrete é uma bailarina incomum que vive em Russas, no interior do Ceará. Na véspera da festa de 200 anos da cidade, ela decide fazer uma apresentação de dança, como presente “para o povo”. Mas parece que ninguém se importa…
ELENCO Marcélia Cartaxo – Pacarrete Zezita Matos – Chiquinha Soia Lira – Maria João Miguel – Miguel Samya de Lavor – Michele Débora Ingrid – Diana – htt Edneia Tutti Quinto – Tetê Rodger Rogério – Zacarias
FICHA TÉCNICA Direção: Allan Deberton Roteiro: Allan Deberton, André Araújo, Samuel Brasileiro e Natália Maia Produção Executiva: Allan Deberton e Ariadne Mazzetti Produção: César Teixeira e Clara Bastos Fotografia: Beto Martins Som Direto: Márcio Câmara Direção de Arte: Rodrigo Frota Figurino: Chris Garrido Maquiagem: Tayce Vale Preparação de elenco: Christian Duurvoort Coreografia: Fauller e Wilemara Barros Edição de Imagem: Joana Collier Trilha Sonora: Fred Silveira Edição de Som: Cauê Custódio e Rodrigo Ferrante Mixagem: Rodrigo Ferrante Parceria: Telecine, Canal Brasil, Mistika, Mix Estúdios e Governo do Estado do Ceará Distribuição: Vitrine Filmes
PACARRETE EM FESTIVAIS E PRÊMIOS 22th Shanghai International Film Festival (Xangai, China, 2019) 47º Festival de Cinema de Gramado (Gramado, Brasil, 2019) Ganhador de 8 Kikitos: Melhor Filme, Melhor Filme Jury Popular, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Atriz (Marcelia Cartaxo), Melhor Atriz Coadjuvante (Soia Lira), Melhor Ator Coadjuvante (João Miguel) e Melhor Desenho Sonoro 29º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema (Fortaleza, Brasil, 2019) 26º Festival de Cinema de Vitória (Vitória, Brasil, 2019) Ganhador de: Melhor Atriz (Marcelia Cartaxo) 22º FAM – Florianópolis Audiovisual Mercosul (Florianópolis, Brasil, 2019) Ganhador de: Melhor Filme e Melhor Filme Juri Popular 13th Buffalo International Film Festival (Buffalo, EUA, 2019) 12th LABRIFF – Los Angeles Brazilian Film Festival (Los Angeles, EUA, 2019) Ganhador de: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro, Melhor Atriz, Melhor Montagem 36º Festival Internacional de Cinema de Bogotá (Bogotá, Columbia, 2019) Ganhador de: Melhor Filme Bronze – Círculo Precolombiano 43º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (São Paulo, Brasil, 2019) XV Panorama Internacional Coisa de Cinema (Salvador, Brasil, 2019) 19th Scottsdale International Film Festival (Scottsdale, EUA, 2019) 6ª Mostra de Cinema de Gostoso (São Miguel do Gostoso, Brasil, 2019) Ganhador de: Melhor Filme e Prêmio da Crítica 34th Trieste Latin American Film Festival (Trieste, Italia, 2019) 14º Encontro Nacional de Cinema e Vídeo dos Sertões (Floriano, Brasil, 2019) Ganhador de: Melhor Filme, Melhor Caracterização, Melhor Trilha Sonora, Melhor Atriz e Melhor Montagem 13th Annual Lone Star Film Festival (Fort Worth, EUA, 2019) 12º Festival do Cinema Brasileiro de Penedo (Sergipe, Brasil, 2019) III Festival do Cinema Brasileiro na China (Pequim, Macau, Shenzhen, Cantão, Chongqing e Xangai, China, 2019) 21º Festival do Rio (Rio de Janeiro, Brasil, 2019) 12º Maranhão na Tela (Maranhão, Brasil, 2019) 21° Festival Kinoarte de Cinema em Londrina (Londrina, Brasil, 2019) 18º Primeiro Plano 2019 – Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades (Juiz de Fora, Brasil, 2019) 24th IFFK International Film Festival of Kerala (Kazhakoottam, India, 2019) Ganhador de: Melhor Diretor – Silver Crow Pheasant Award 2ª Mostra de Cinema Walfredo Rodriguez (João Pessoa, Brasil, 2019) 3º CineFestival – Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe (Russas, Brasil, 2019) Mostra Retrospectiva/ Expectativa Cinema do Dragão 2020 (Fortaleza, Brasil, 2020) 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes (Tiradentes, Brasil, 2020) 2nd Women’s International Film Festival (Calicut, Kerala, India, 2020) Spring 2020 New Jersey Film Festival (New Jersey, EUA, 2020) Ganhador de: Melhor Filme – Mensão Honrosa 4th Aswan International Woman Film Festival (Aswan, Egito, 2020) Glasgow International Film Festival 2020 (Glasgow, Reino Unido, 2020) 22nd SF INDIEFEST – San Francisco Independent Film Festival (São Francisco, EUA, 2020) 11ºFESTIN – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (Lisboa, Portugal, 2020) 22º Festival de Cinema Brasileiro de Paris (Paris, França, 2020) 27th Annual San Diego Latino Film Festival (San Diego, EUA, 2020) 22nd Sarasota Film Festival (Sarasota, EUA, 2020)
Nesta quinta-feira, 21 de junho, o filme Tungstênio chega a 60 salas de cinema espalhadas pelo país, sob a direção de Heitor Dhalia. O longa é baseado no quadrinho homônimo de Marcello Quintanilha, em que a narrativa, ambientada em Salvador, traz quatro personagens centrais. Adaptada para o cinema, a trama “trata de questões atuais, de temas explosivos, mas faz isso de maneira dinâmica e com uma estrutura de linguagem bem inovadora”, explica Dhalia.
Tungstênio aborda um universo suburbano, periférico e violento. É um forte retrato da exclusão e das tensões sociais que vive o Brasil atual. “A violência urbana é um subproduto dessa desigualdade”, diz o diretor.
Preocupado em traduzir a essência do material de Quintanilha nessa adaptação, Tungstênio teve desafios extras: “Existem muitas cenas de ação, briga, cenas no mar, que é dificílimo. Um ponto de atenção era traduzir aquela prosódia do personagem para a boca dos atores. Tungstênio foi uma adaptação bem complexa de ser realizada”, conta Heitor Dhalia.
O longa, protagonizado por Fabrício Boliveira, Zé Dumont, Samira Carvalho e Wesley Guimarães, passou por um processo de escolha de elenco mágico, segundo o cineasta. Foram realizadas diversas oficinas com atores de Salvador, até serem encontradas as personalidades certas para dar corpo e voz para cada um dos personagens. “O longa tem muitos personagens negros, o que tornou a procura por atores nos grupos de teatros locais maravilhosa. Foi um processo muito rico de troca e aprendizados”, completa. Além disso, uma grande característica dos filmes de Heitor Dhalia é a revelação de novos talentos. Samira Carvalho e Wesley Guimarães fazem a vez em Tungstênio: “Adoro encontrar atores novos. Acho importante trazer caras novas para o cinema e, mais que isso, achar o ator certo para cada personagem”, justifica o cineasta.
Mergulhar no universo de Quintanilha, que ganha cores agora nas mãos de Dhalia, é dar de cara com uma narrativa que trata de relações humanas esgarçadas pelo entorno. A pobreza, a corrupção e a violência social pressionam os personagens em todos os momentos. Um Brasil cheio de ódio, de relações esgarçadas e conflituosas. Tungstênio traz à tona o tempo do abuso de gênero, do racismo estrutural e vários outros temas importantes a serem debatidos. “Acho que o filme provoca um olhar crítico para o país de hoje”, diz Dhalia. O cineasta ainda conta que o filme capturou o ponto de tensão máxima que o Brasil chegou. “Estamos à beira de uma explosão de caos. Um momento em que o fascismo nos rondeia, em que as redes sociais criam bolhas de ódio que se chocam. Tungstênio mostra isso na vida real, na rua, no cotidiano e revela como a aparente tranquilidade pode ser rompida a qualquer momento. De uma maneira involuntária produzimos um retrato duro do país. Um Brasil onde a ideia romântica que tínhamos de nós mesmo foi deixada de lado”, finaliza.
Confira a entrevista na íntegra com Heitor Dhalia:
Como surgiu a ideia de filmar Tungstênio? O quadrinho foi me apresentado por um produtor e amigo que tinha interesse em adaptar a grafic novel de Marcello Quintanilha. Ele acabou desistindo e segui com o projeto. Entrei em contato com o Marcello e fizemos o primeiro tratamento. Por coincidência o Marçal Aquino, amigo e parceiro de longa data – fizemos o Nina e O Cheiro do Ralo juntos -, também estava interessado em adaptar a obra. Retomamos nossa parceria e levamos a ideia até Guel Arraes, que deu sinal verde para tocarmos o projeto.
O que te chamou mais atenção nos quadrinhos que despertou a vontade de adaptar a obra para o cinema? Tungstênio é um quadrinho que aborda um universo suburbano, periférico e violento. É um forte retrato da exclusão e das tensões sociais que vivemos no Brasil. A violência urbana é um subproduto dessa desigualdade e isso me interessou no quadrinho. Tungstênio trata de questões atuais, de temas explosivos, mas faz isso de maneira dinâmica e com uma estrutura de linguagem bem inovadora. Isso tudo combinado, me fez querer levar essa história para as telas.
Quais foram as maiores preocupações e desafios dessa adaptação? Minhas preocupações foram tentar traduzir a essência do material adaptado para a tela do cinema e como traduzir a narrativa de uma linguagem para outra. Tungstênio tem desafios extras, existem muitas cenas de ação, briga, cenas no mar que é dificílimo. Um ponto de atenção era traduzir aquela prosódia do personagem para a boca dos atores. Tungstêniofoi uma adaptação bem complexa de ser realizada.
Como foi o processo de escolha do elenco? O processo de escolha do elenco é sempre mágico. Fizemos muitas oficinas com atores de Salvador até encontrarmos as pessoas certas para dar corpo e voz para aqueles personagens. O longa tem muitos personagens negros, o que tornou a procura por atores nos grupos de teatros locais maravilhosa. Foi um processo muito rico de troca e aprendizados. Tive a sorte de trabalhar com o Fabrício Boliveira e com Zé Dumont, e de achar a Samira Carvalho e o Wesley Guimarães.
Ainda sobre o elenco, especificamente sobreSamira Carvalhoe Wesley Guimarães, não é a primeira vez que atores estreantes se destacam com importantes papeis em seus filmes. Você procura dar oportunidade para esses profissionais em todos os seus projetos? Especificamente em Tungstênio, como foi o processo para encontrá-los? Adoro encontrar atores novos, e trabalho com dois produtores de elenco geniais, Chico Aciolly e Ana Luiza. Os dois têm muito bom gosto para atores e adoram fazer escolhas ousadas. Eu também gosto. Acho importante trazer caras novas para o cinema e mais que isso, achar o ator certo para cada personagem.
Como se deu a preparação do elenco e qual foi seu método de trabalho com os atores no set? Você trabalhou com cada ator individualmente? Temos um método de preparação em grupo e individual. Por meio de várias técnicas, vamos achando o tom e aproximando os atores dos personagens, mas o mais importante nesse processo é estabelecer uma ponte de confiança entre ator e diretor. Um canal de comunicação permanente para os riscos e desafios do processo de produção de um filme, onde entra o restante da equipe. O processo de entendimento da dramaturgia e de como cada ator funciona é muito importante.
Do elenco à equipe de produção, você formou um time majoritariamente baiano. Foi proposital? Como se de essa escolha? Foi uma escolha natural, pois a Bahia tem equipes e atores maravilhosos. Tivemos a sorte de encontrar pessoas para defender este filme.
O longa levanta discussões muito presentes em nossa sociedade, como: as relações de poder, relacionamentos tóxicos, saudosismo militar, marginalização e até mesmo crime ambiental, entre outros. Juntos, esses temas provocam uma explosão e tensão social. Esse é o tema central da obra? Tungstênio é um filme que trata de relações humanas esgarçadas pelo entorno. A pobreza, a corrupção e a violência social pressionam os personagens em todos os momentos. O filme se passa numa região violenta e periférica. Um dos protagonistas é policial, o outro um pequeno traficante e por fim, temos um ex-militar saudosista da ditatura. Esses personagens são tragados para uma situação de conflito, a partir de um evento aleatório, um crime ambiental. De alguma maneira, Tungstênio captura muitos temas do Brasil atual. O Seu Ney, por exemplo, é um ex-militar, uma sátira, um retrato do Brasil atual. Nunca imaginei que teríamos uma possibilidade real de uma volta de um regime militar que pode se dar inclusive pelo voto. Tungstênio mostra um Brasil cheio de ódio, de relações esgarçadas e conflituosas. Traz o tempo do abuso de gênero, do racismo estrutural e vários outros temas importantes de serem debatidos. Acho um filme que provoca um olhar crítico para o País de hoje.
Os personagens são intensos e compartilham a violência (seja física ou verbal) como reação às suas fraquezas, gerando uma explosão de caos e sentimentos. Visivelmente, são personagens contemporâneos. Como você enxerga a relação Tungstênio x sociedade atual?Acho que Tungstênio capturou o ponto de tensão máxima que o Brasil chegou. Estamos a beira de um explosão de caos. Um momento em que o fascismo nos rondeia, em que as redes sociais criam bolhas de ódio que se chocam. Tungstênio mostra isso na vida real, na rua, no cotidiano e revela como a aparente tranquilidade pode ser rompida a qualquer momento. De uma maneira involuntário produzimos um retrato duro do País. Um Brasil onde a ideia romântica que tínhamos de nós mesmo foi deixada de lado.
Tungstênio aposta na força de um retrato social da Bahia que se reflete por todo o País. Cada história contada tem como personagem uma figura que vive às margens da sociedade e é tratada com descaso na vida real. Pensando no cenário atual do Brasil, como você acha que as pessoas reagirão ao assistir ao longa? Qual sua expectativa? Tungstênio é um retrato do Brasil real, do Brasil dos excluídos e pressionados por tensões sociais agudas, com a violência, o tráfico de drogas, as relações desiguais de gênero e o racismo estrutural e escravocrata que marginaliza uma parte importante da nossa população. O filme mostra isso de uma maneira forte e contundente e, ao mesmo tempo, é uma história dinâmica e efervescente que traz a linguagem dos quadrinhos para a discussão social. O filme vai ser visto com muito prazer em todas as regiões, e por todos os públicos. É um filme com linguagem sofisticada que traz um tema e uma narrativa forte, com personagens simples e populares. São bons os elementos no caldeirão e o caldeirão vai explodir. Tudo isso vai chamar a atenção e conquistar os corações do público que assistir. Não faltam razões para a identificação do público com o filme e com o País que ele retrata.
O SEGREDO DE DAVI”, de Diego Freitas, acaba de ter primeiro trailer divulgado. Em sua estreia nos cinemas, Nicolas Prattes dá vida a esse anti-herói cheio de mistérios, numa trama focada em um jovem universitário que se transforma em um famoso serial killer. Com lançamento previsto para novembro de 2018 em todo o Brasil e distribuição da Elo Company, o longa traz no elenco os atores João Côrtes, Cris Vianna, Bianca Muller, Eucir de Souza, Giselle de Prattes, André Hendges e Neusa Maria Faro.
O roteiro original de “O SEGREDO DE DAVI” foi criado pelo diretor Diego Freitas, internacionalmente premiado como melhor diretor pelo curta “Sal” (2016). Elisa Tolomelli (“Cidade de Deus”, “Central do Brasil”) está coproduzindo o filme juntamente com Luciano Reck, Amadeu Alban e Marcio Yatsuda, que são os produtores executivos.
Sinopse
Davi é um tímido estudante de cinema que esconde um passado sombrio. Ao visitar sua vizinha Maria, um instinto esquecido vem à tona e Davi comete o seu primeiro assassinato. Na manhã seguinte, para surpresa de Davi, Maria reaparece em seu apartamento e passa a influenciar o garoto a seguir numa jornada de crimes que revelarão sua verdadeira natureza: a de um serial killer.
Ficha técnica
Direção: Diego Freitas
Roteiro: Diego Freitas
Elenco: Nicolas Prattes, André Hendges, Neusa Maria Faro, Eucir de Souza, Cris Vianna, Bianca Muller, Giselle de Prattes, João Côrtes, Giulia Ouro, Tutty Mendes, Tuna Dwek, Guilherme Rodio, Simonia Queiroz, Vinicius Bicudo, Isadora Magalhães, Lua Haddad, Jonathan Moreira e Aurea Maranhão.
Produtor Executivo: Luciano Reck
Coprodutores Executivos: Márcio Yatsuda, Amadeu Alban, Elisa Tolomelli
Gênero: suspense
Ano: 2018
Classificação: a definir
Sobre o Diretor
Diego Freitas faz parte da nova geração de diretores cinematográficos – já habituada a flutuar pelas diferentes mídias, gêneros e formas inovadoras de produção de filmes. Escritor, diretor e produtor é Bacharel em comunicação social, com mais de 10 anos de experiência no audiovisual. Diego já realizou produções em 6 países e desde 2009 acumula diversos prêmios nacionais e internacionais com seus filmes, sejam documentais, ficcionais, para TV e internet. Seu último curta, o premiado suspense “Sal”, já passou pelos principais festivais de cinema nacionais e internacionais. Em 2017 roda seu primeiro longa-metragem como diretor/roteirista, o suspense psicológico “O Segredo de Davi”, com distribuição comercial prevista para 2018.