O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS TERÁ SUA ESTREIA NO FESTIVAL DE GRAMADO

O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS TERÁ SUA ESTREIA NO FESTIVAL DE GRAMADO

Obra tem grandes nomes como Irene Ravache, Katiuscia Canoro, Cristina Pereira, Grace Gianoukas, Louise Cardoso, Rafa Vitti e Luis Miranda

A aclamada diretora Anna Muylaert está de volta com seu sétimo longa-metragem, O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS, que vai estrear na competição oficial do prestigiado Festival de Gramado, de 9 a 17 de agosto na Serra Gaúcha. O filme é uma produção da Glaz e África Filmes, com coprodução da Globo Filmes. A estreia em salas de cinema está prevista para novembro de 2024, com distribuição da Vitrine Filmes.

Conhecida por seu olhar afiado e sua habilidade em trazer temas centrais da sociedade brasileira para a tela de maneira engenhosa, como em sua obra-prima “Que Horas ela Volta?”, Anna Muylaert promete mais uma vez uma crítica social nada óbvia. 

Depois de ter sido consagrada no Festival de Gramado com seu longa de estreia “Durval Discos” – que recebeu 7 Kikitos 22 anos atrás – Muylaert volta à competição para apresentar uma comédia dramática, ácida e  surpreendente, que parte de uma distopia onde os estereótipos de gênero estão invertidos: as mulheres ocupam as posições de poder enquanto os homens são criados para serem socialmente submissos. Mas essa inversão de papeis de gênero é apenas o começo da trama: O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS é um filme sobre a estrutura de poder patriarcal, mas não somente: a trama navega por situações inusitadas, questionando o espectador sobre os absurdos que sempre vêm atrelados a qualquer tipo de estrutura de poder, seja de gênero, classe ou do domínio do homem sobre a natureza. 

“O Clube das Mulheres de Negócios nasceu em 2015 – o ano do histórico #Metoo, foi filmado durante o governo Bolsonaro e será lançado com Lula eleito presidente pela terceira vez. Todos esses movimentos, golpes, choques, transformações e contra transformações da última década foram a inspiração para o tecido delirante desse filme que eu defino como uma chanchada macabra”, diz a diretora sobre o processo de realização do filme.

Com um senso de humor provocativo, a ação do filme se passa em um dia. Jongo (Luís Miranda), um fotógrafo renomado, chega de manhã ao lado do jovem e inexperiente jornalista, Candinho (Rafa Vitti) em um clube de campo decadente da alta sociedade de São Paulo, comandado por Cesárea (Cristina Pereira) e sua fiel escudeira, Brasília (Louise Cardoso). Jongo já sabe o que esperar daquele ambiente onde metade das mulheres estão envolvidas com a Justiça, enquanto Candinho viverá um dia de revelações escandalosas que o farão repensar sua identidade e estreitar seus laços de amizade com o colega mais experiente.

O longa traz em seu elenco diversos comediantes como Cristina Pereira e Louise Cardoso – ambas do TV Pirata, Grace Gianoukas e Luis Miranda, fundadores do Terça Insana, e Katiuscia Canoro, a famosa Lady Kate da Escolinha do Professor Raimundo. Porém, neste filme, todos estes comediantes interpretam papéis que parecem sérios, mas beiram ao absurdo, revelando distintos estereótipos da masculinidade tóxica.

O elenco também conta com Irene Ravache como Norma, fazendo par com André Abujamra, um marido triste e submisso, 20 anos mais novo. Ítala Nandi, aos 80 anos de idade, faz par com o jovem modelo italiano Fernando Bili e ainda tem tempo de dar uma escapada e participar de uma suruba secreta. Shirley Cruz interpreta a Bispa Patrícia, uma líder evangélica milionária que quer comprar o Clube para atividades religiosas com seus fiéis. Polly Marinho dá vida à Kika, uma cantora de funk hypada, que não joga exatamente o jogo das outras sócias. Helena Albergaria é Fay Smith, uma advogada cujos interesses escusos são difíceis de decifrar. Maria Bopp e Verônica Debom interpretam as sobrinhas obedientes de Zarife, uma mulher destemperada que quer ser presidente do Brasil, vivida por Katiuscia Canoro.

Com este novo trabalho, Anna Muylaert reafirma sua vocação em utilizar o cinema como ferramenta para discutir sobre as complexidades e contradições da sociedade brasileira enquanto diverte o espectador.

A distribuição de O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS tem o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro através da Lei Paulo Gustavo.
Ficha Técnica
Direção: Anna Muylaert
Roteiro: Anna Muylaert
Elenco: Rafael Vitti, Luis Miranda, Cristina Pereira, Irene Ravache, Louise Cardoso, Katiuscia Canoro,  Grace Gianoukas, Polly Marinho, Helena Albergaria, Shirley Cruz, Ítala Nandi, Maria Bopp, Verônica Debom, André Abujamra, Fernando Billi, Tales Ordakji, Nani de Oliveira Clodd Dias.
Produzido por: Mayra Lucas e Anna Muylaert
Direção de Fotografia: Bárbara Alvarez
Montagem: Karen Harley e Marina Kosa
Música Original: André Abujamra e Mateus Alves
Direção de Arte: Juliana Ribeiro
Figurino: Diogo Costa
Caracterização: Westerley Dornellas
Colaboração no Roteiro: Gabriel Domingues e Suzana Pires
Elenco: Alê Tosi
Som Direto: Ruben Valdez
Supervisão de Edição de Som: Miriam Biderman e Ricardo Reis
Mixagem: Ricardo Reis
VFX Onça: Vetor Zero     
Supervisão de Pós-produção: Aza Pinho e Alexandre Marinho
Produção Executiva: Dora Amorim, Lara Lima e Paulo Serpa.
Supervisão de Produção Executiva Luiza Favale e Priscila Montoto
Produtor Associado: Rosane Svartman.
Produção: Glaz
Coprodução: África Filmes, Globo Filmes e Riofilme
Distribuição: Vitrine Filmes 
Apoio à Distribuição: Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro para
os Editais da Lei Paulo Gustavo.
Venda Internacional: Loco Films
Apoio: Vetor Zero, Cinefilme & TV Group

Sobre a diretora – Anna Muylaert

Anna Muylaert nasceu em São Paulo  em 1964 e estudou Cinema na ECA/ USP. Nas últimas décadas escreveu roteiros para programas de TV (MUNDO DA LUA, CASTELO RÁ-TIM-BUM, UM MENINO MUITO MALUQUINHO, FILHOS DO CARNAVAL, AS CANALHAS, entre outros) e cinema (O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS, XINGU, PRAIA DO FUTURO e outros). Anna dirigiu DURVAL DISCOS, É PROIBIDO FUMAR e outros filmes, mas tornou-se internacionalmente conhecida com QUE HORAS ELA VOLTA? em 2015. O filme recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Sundance, e de público no Panorama do Festival de Berlim em 2015 e foi lançado em salas em 30 países, o que levou Anna a ser convidada a fazer parte da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Oscar).  Atualmente prepara-se para  o lançamento de O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS enquanto finaliza seu último longa metragem A MELHOR MÃE DO MUNDO e desenvolve novos projetos.  Ela é mãe de José e Joaquim.

Sobre a Glaz Entretenimento | Produtora

A Glaz é uma produtora dedicada à criação de séries, filmes e animações com alto nível de diversão e emoção. Seus filmes chegaram ao Top 10 de bilheteria nos cinemas brasileiros e estiveram no Top 10 de streaming em várias plataformas. Suas séries e filmes são destaques de crítica e audiência, tanto de ficção, quanto de animação e documentário. Dentre suas mais de 40 produções, destacam-se: o filme Bróder, 2010, exibido na sessão Panorama do Festival de Berlim e ganhador de três Kikitos no Festival de Gramado; o longa “Loucas pra Casar” que somou mais de 3,8 milhões de ingressos vendidos em salas de cinema; a série documental “O Caso Evandro”, sucesso na Globo Play. 

Sobre a África Filmes

Fundada na década de 90, em São Paulo, pela cineasta Anna Muylaert, a África Filmes é um núcleo de criação e produção de conteúdo de qualidade para cinema e TV.  Já produziu curtas, clips, telefilmes e sete longas metragens: “DURVAL DISCOS”( 2002) , “É PROIBIDO FUMAR 😦 2008) , “CHAMADA A COBRAR” ( 2013) e “QUE HORAS ELA VOLTA?”( 2015) , vencedor de prêmios nos festivais de Sundance e Berlinale.  Em 2016 lançou “MÃE SÓ HÁ UMA, e em 2021 lançou “ALVORADA”, documentário sobre o período de afastamento da presidente Dilma Rousseff durante seu processo de impeachment. 

Sobre a Globo Filmes

A Globo Filmes atua como produtora e coprodutora de filmes brasileiros com foco na qualidade artística e na diversidade de conteúdos que valorizam a nossa cultura, maximizando a audiência no cinema e demais janelas. Desde 1998, participou de mais de 400 filmes, levando ao público o que há de melhor do cinema brasileiro; comédias, romances, documentários, infantis, dramas e aventuras. Fazem parte de sua filmografia recordistas de bilheteria, como ‘Tropa de Elite 2’ e ‘Minha Mãe é uma Peça 3’ – ambos com mais de 11 milhões de espectadores –, sucessos de crítica e público como ‘2 Filhos de Francisco’, ‘Aquarius’, ‘Que Horas Ela Volta?’, ‘O Palhaço’ e ‘Carandiru’, e longas premiados no Brasil e no exterior, como ‘Cidade de Deus’ – com quatro indicações ao Oscar – e ‘Bacurau’, que recebeu o prêmio do Júri no Festival de Cannes. Mais recentemente, com o reaquecimento da indústria pós-pandemia, lançou títulos como ‘Marighella’, ‘Turma da Mônica: Lições’ e ‘Medida Provisória’. 

Sobre a Vitrine Filmes

Desde 2010, a Vitrine Filmes já distribuiu mais de 250 filmes e alcançou milhares de espectadores apenas nos cinemas do Brasil. Entre seus maiores sucessos estão Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, Prêmio do Júri no Festival de Cannes 2019; O Processo, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional; e Druk: Mais Uma Rodada, de Thomas Vinterberg, vencedor do Oscar® de Melhor Filme Estrangeiro em 2021.Em 2020, a Vitrine Filmes iniciou um novo ciclo de expansão e renovação. Entre as iniciativas, está o lançamento da Vitrine España, que produz e distribui longas-metragens na Europa e o Vitrine Lab, curso online sobre distribuição cinematográfica, vencedor do prêmio de distribuição inovadora do Gotebörg Film Fund 2021. A criação, em 2022, do selo Manequim, focado na distribuição de filmes com apelo a um público mais amplo e, finalmente, a Vitrine Produções, braço estratégico para o desenvolvimento, produção e coprodução de títulos próprios. Neste sentido, o primeiro lançamento da casa foi o documentário Amigo Secreto (DocLisboa 2022), de Maria Augusta Ramos, e atualmente já conta com cinco projetos realizados e oito em desenvolvimento.  A Vitrine Filmes fechou o ano de 2023 com ótimos indicadores de retomada, alcançando os melhores resultados desde a pandemia. Entre as estreias do ano, estão filmes como Nosso Sonho, de Eduardo Albergaria, lançado pelo selo Manequim Filmes e que obteve a maior bilheteria entre os filmes nacionais do ano, com mais de 515.000 espectadores. Também figuram no catálogo anual a animação Perlimps, de Alê Abreu, o vencedor do Festival de Gramado, Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho, e a indicação brasileira para o Oscar, Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, que acumula mais de 80.000 espectadores em salas de cinema e é mais uma coprodução Vitrine Filmes. Mais de 20 filmes foram lançados pelo grupo no ano de 2023.
MARTE UM, de Gabriel Martins, estreia no Festival de Gramado em 17 de agosto

MARTE UM, de Gabriel Martins, estreia no Festival de Gramado em 17 de agosto

Depois da exibição na Mostra Competitiva do Festival gaúcho, o longa chega aos cinemas no dia 25 de agosto

MARTE UM, de Gabriel Martins, terá sua primeira sessão no Brasil no dia 17/08, na sessão da Mostra Competitiva do Festival de Gramado, que começa às 18h. O filme teve sua estreia mundial no Festival de Sundance, em janeiro passado, onde foi bem recebido pelo público. O longa chega aos cinemas na semana seguinte, no dia 25 de agosto, com distribuição da Embaúba Filmes. A produção é assinada pela Filmes de Plástico, e é coproduzido pelo Canal Brasil.

MARTE UM é o segundo longa do cineasta (o primeiro solo, sem a parceria de Maurilio Martins, com quem fez “No coração do mundo”), e tem, como um de seus temas centrais, a realização de um sonho infantil.

O filme traz o cotidiano de uma família periférica, nos últimos meses de 2018, pouco depois das eleições presidenciais. O garoto Deivid (Cícero Lucas), o caçula da família Martins, sonha em ser astrofísico, e participar de uma missão que em 2030 irá colonizar o planeta vermelho. Morando na periferia de um grande centro urbano, não há muitas chances para isso, mas mesmo assim, ele não desiste. Passa horas assistindo vídeos e palestras sobre astronomia na internet.

O pai, Wellington (Carlos Francisco, de “Bacurau”, e da Companhia do Latão de teatro), é porteiro em um prédio de elite, e há um bom tempo está sem beber, uma informação que compartilha com orgulho em sessões do AA. Tércia (Rejane Faria, da série “Segunda Chamada”) é a matriarca que, depois um incidente envolvendo uma pegadinha de televisão, acredita que está sofrendo de uma maldição. Por fim, a filha mais velha é Eunice (Camilla Damião), que pretende se mudar para um apartamento com sua namorada (Ana Hilário), mas não tem coragem de contar aos pais.

“O filme foi desenvolvido entre 2015 e 2018, um período de muitas mudanças abruptas nos campos social e político do país. Vários movimentos nos fizeram confrontar com o que pensávamos sobe raça, gênero, economia e muitos aspectos da sociedade. Produzimos o filme graças a um fundo para diretores negros, e isso sempre me trouxe um senso de responsabilidade muito grande, com honestidade e compreensão de que esse filme pode ser uma forte representação de uma cultura da qual faço parte.”

Produtor do filme, Thiago Macêdo Correia, da Filmes de Plástico, lembra que Gabriel o procurou com a ideia para MARTE UM quando o país ainda sob o comando de Dilma Rousseff, um período de prosperidade, e incentivo e investimentos na cultura. “O filme foi produzido graças a um fundo público de 2016 voltado para diretores negros e narrativas de temática negra com o intuito de levar às telas cineastas de grupos minoritários. Obviamente, esse fundo não existe mais. Rodamos o longa em outubro de 2018, durante as eleições, o que acabou influenciando também a narrativa. Não tínhamos ideia do que viria depois.

“Rodamos MARTE UM pouco depois da eleição de 2018, que mudou tudo no Brasil. Embora se passe num contexto político turbulento – sendo a eleição de Bolsonaro um ponto baixo para nós –, esse não é um filme que tenta chega a um veredito sobre o estado político do país. Por outro lado, é inevitável que o público o interprete como um chamado para não nos deixarmos abater pelas agitações sociais que estamos enfrentando.”

Em sua estreia no Festival de Sundance, MARTE UM recebeu diversas críticas elogiosas. “É um filme sincero, e profundamente afetivo com seus personagens, […] que procuram encontram um chão em comum, e compartilhar a esperança”, escreve Jessica Kiang, na Variety. “É um filme vívido, com atuações brilhantes […] aumentando o escopo de representação da cultura preta brasileira”, comenta Jonathan Romney, na ScreenDaily.

MARTE UM é assinado pela produtora mineira Filmes de Plástico, fundada por Gabriel, Thiago, André Novais Oliveira e Maurilio Martins, em 2009, e que tem em sua filmografia longas premiados como “Temporada”, “Ela volta na quinta”, “No coração do mundo” e “Contagem”. Suas produções também foram destaque em festivais com Cannes, Roterdã, Brasília e Tiradentes.

MARTE UM será lançado no Brasil pela Embaúba Filmes.

Sinopse

Os Martins são sonhadores e otimistas, e levam tranquilamente às margens de uma grande cidade brasileira depois da decepção da eleição de um presidente de extrema-direita. Uma família negra de classe média baixa, eles sentem a tensão da nova realidade enquanto baixa a poeira política. Tércia, a mãe, reinterpreta seu mundo depois de um encontro inesperado que a deixa em dúvida se foi amaldiçoada. Seu marido, Wellington, coloca todas suas esperanças na carreira como jogador de futebol do filho caçula, Deivinho, que acompanha a ambição do pai com relutância, pois sonha em estudar astrofísica e colonizar Marte. Enquanto isso, a filha mais velha, Eunice, se apaixona por uma jovem de espírito livre, e se questiona se não está na hora de sair de casa.

Ficha Técnica

Direção: Gabriel Martins

Roteiro: Gabriel Martins

Produção: André Novais Oliveira, Gabriel Martins, Maurilio Martins e Thiago Macêdo Correia

Elenco: Rejane Faria, Carlos Francisco, Camilla Damião, Cícero Lucas, Ana Hilário, Russo APR, Dircinha Macedo, Tokinho e Juan Pablo Sorrin

Direção de Fotografia: Leonardo Feliciano

Desenho de Produção: Rimenna Procópio

Figurino: Marina Sandim

Som: Tiago Bello e Marcos Lopes

Montagem: Gabriel Martins e Thiago Ricarte

Música: Daniel Simitan

Gênero: drama

País: Brasil

Ano: 2022

Duração: 114 min.

Bio Gabriel Martins

Gabriel Martins (22/12/1987) é cineasta, roteirista, montador e diretor de fotografia conhecido por seu trabalho na Filmes de Plástico, empresa que fundou em 2009 ao lado de André Novais Oliveira, Maurilio Martins e Thiago Macêdo Correia.

Seu primeiro filme, NO CORAÇÃO DO MUNDO, codirigido por Maurilio Martins, estreou na Tiger Competition do Festival de Roterdã em 2019, e depois foi exibido em diversos festivais, e lançado comercialmente em vários países, como a França, onde foi aclamado pela crítica.

Entre seu curtas estão NADA, exibido na Quinzena dos Realizadores de Cannes, em 2017, e DONA SÔNIA PEDIU UMA ARMA PARA SEU VIZINHO ALCIDES, exibido no Festival de Clermont-Ferrand. Ele também participou do programa especial de Roterdã “Soul in the Eye”, no qual ministrou uma masterclass.

Gabriel escreveu diversos filmes, como o sucesso ALEMÃO. MARTE UM é seu segundo longa, e primeira direção solo.

Sobre a Filmes de Plástico

Criada em 2009, a Filmes de Plástico é uma produtora mineira de Contagem, hoje sediada em Belo Horizonte, formada pelos diretores André Novais Oliveira, Gabriel Martins, Maurílio Martins e pelo produtor Thiago Macêdo Correia.

Juntos seus filmes já foram selecionados em mais de 200 festivais no Brasil e no mundo como a Quinzena dos Realizadores em Cannes, Festival de Cinema de Locarno, Festival de Rotterdam, FID Marseille, Indie Lisboa, BAFICI, Festival de Cartagena, Los Angeles Brazilian Film Festival, Festival de Cinema de Brasília e Mostra de Cinema de Tiradentes, ganhando mais de 50 prêmios.

Entre os próximos projetos da produtora estão além de Marte Um, O Último Episódio, dirigido por Maurilio Martins e E os meus Olhos ficam Sorrindo, dirigido por André Novais Oliveira.

Sobre o Canal Brasil

O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 365 longas-metragens coproduzidos. No ar há mais de duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.

Sobre a Embaúba Filmes

A Embaúba Filmes é uma distribuidora especializada em cinema brasileiro, criada em 2018 e sediada em Belo Horizonte. Seu objetivo é contribuir para a maior circulação de obras autorais brasileiras. Ela busca se diferenciar pela qualidade de seu catálogo, que já conta com mais de 30 títulos, em pouco mais de 4 anos de atuação, apostando em filmes de grande relevância cultural e política. A empresa atua também com a exibição de filmes pela internet, por meio da plataforma Embaúba Play, que exibe não apenas seus próprios lançamentos, como também obras de outras distribuidoras e contratadas diretamente com produtores, contando hoje com mais de 500 títulos em seu acervo, dentre curtas, médias e longas-metragens do cinema brasileiro contemporâneo.

Carro Rei é eleito melhor filme no 49º Festival de Gramado

Carro Rei é eleito melhor filme no 49º Festival de Gramado

SÃO PAULO

O Festival de Gramado anunciou, na noite deste sábado (21), os vencedores de sua 49ª edição, que aconteceu de forma híbrida, com exibição de filmes pela internet e também pela televisão.

O cobiçado Kikito de melhor filme nacional foi para “Carro Rei”, de Renata Pinheiro, o grande vencedor do festival. Entre os estrangeiros, a produção escolhida foi “La Teoría De Los Vidrios Rotos”, de Diego Fernández Pujol.

Já o troféu de melhor longa gaúcho foi para “Cavalo de Santo”, de Carlos Eduardo Caramez e Mirian Fichtner.

Confira abaixo a lista dos longas vencedores do 49º Festival de Cinema de Gramado.

LONGAS BRASILEIROS

  • Melhor filme: “Carro Rei”, de Renata Pinheiro
  • Melhor filme gaúcho: “Cavalo de Santo”, de Carlos Eduardo Caramez e Mirian Fichtner
  • Melhor direção: Aly Muritiba, por “Jesus Kid”
  • Melhor ator: Nando Cunha, em “O Novelo”
  • Melhor atriz: Glória Pires, em “A Suspeita”
  • Melhor roteiro: Aly Muritiba, por “Jesus Kid”
  • Melhor fotografia: Bruno Polidoro, por “A Primeira Morte de Joana”
  • Melhor montagem: Tula Anagnostopoulos, por “A Primeira Morte de Joana”
  • Melhor trilha: Dj Dolores, por “Carro Rei”
  • Melhor direção de arte: Karen Araújo, por “Carro Rei”
  • Melhor atriz coadjuvante: Bianca Byington, por “Homem Onça”
  • Melhor ator coadjuvante: Leandro Daniel Colombo, por “Jesus Kid”
  • Melhor desenho de som: Guile Martins, por “Carro Rei”
  • Melhor filme (júri popular): “O Novelo”, de Claudia Pinheiro
  • Melhor filme (júri da crítica): “A Primeira Morte de Joana”, de Cristiane Oliveira
  • Prêmio especial do júri: Matheus Nachtergaele

LONGAS ESTRANGEIROS

  • Melhor filme: “La Teoría De Los Vidrios Rotos”, de Diego Fernández Pujol
  • Melhor filme (júri popular): “La Teoría De Los Vidrios Rotos”, de Diego Fernández Pujol
  • Melhor filme (júri da crítica): “Planta Permanente”, Ezequiel Radusky
  • Prêmio especial do júri: “Planta Permanente”, Ezequiel Radusky​

Longas-Metragens Gaúchos

  • Melhor Filme: Cavalo de Santo, de Mirian Fichtner e Carlos Caramez
  • Melhor Direção: Gilson Vargas, por A Colmeia
  • Melhor Ator: João Pedro Prates, por A Colmeia
  • Melhor Atriz: Luciana Renatha, Alexia Kobayashi e Veronica Challfom, por Extermínio
  • Melhor Roteiro: Carlos Eduardo Caramez, por Cavalo de Santo
  • Melhor Fotografia: Bruno Polidoro, por A Colmeia
  • Melhor Direção de Arte: Gilka Vargas e Iara Noemi, por A Colmeia
  • Melhor Montagem: Joana Bernardes e Mirela Kruel, por Extermínio
  • Melhor Desenho de Som: Gabriela Bervian, por A Colmeia
  • Melhor Trilha Musical: Cânticos Sagrados dos Orixás preservados pelos Terreiros gaúchos e Alabê Oni, de Cavalo de Santo
  • Júri Popular: Cavalo de Santo, de Mirian Fichtner e Carlos Caramez

Curtas-Metragens Brasileiros

  • Melhor Filme: A Fome de Lázaro, de Diego Benevides
  • Melhor Ator:  Lucas Galvino, pela atuação em Fotos Privadas
  • Melhor Atriz: Tieta Macau, por Quanto Pesa
  • Melhor Direção: Fabio Rodrigo, por Entre Nós e o Mundo
  • Melhor Roteiro: Marcelo Grabowsky, Aline Portugal e Manoela Sawitzki, por Fotos Privadas
  • Melhor Fotografia: Rodolpho Barros, por Animais na Pista
  • Melhor Montagem: Caroline Neves, por Entre Nós e O Mundo
  • Melhor Direção de Arte: Torquato Joel, por A Fome de Lázaro
  • Melhor Trilha Musical: Eli-Eri Moura, por Animais na Pista
  • Melhor Desenho de Som: Breno Nina, por Quanto Pesa
  • Júri Popular: Desvirtude, de Gautier Lee
  • Júri da Crítica: Entre Nós e o Mundo, de Fabio Rodrigo
  • Prêmio Especial do Júri: Fabio Rodrigo, por Entre Nós e o Mundo
  • Menção Honrosa: A Beleza de Rose, de Natal Portela
  • Prêmio Canal Brasil de Curtas: A Beleza de Rose, de Natal Portela

Fonte: Folha/Gaúcha ZH

Crédito da foto: Divulgação/Aroma Filmes

A PRIMEIRA MORTE DE JOANA será exibido no 49º Festival de Gramado

A PRIMEIRA MORTE DE JOANA será exibido no 49º Festival de Gramado

Produzido pela Okna Produções, o filme foi lançado comercialmente na França, nesta semana, onde teve uma excelente recepção

Novo filme da cineasta gaúcha Cristiane Oliveira, A PRIMEIRA MORTE DE JOANA, terá estreia nacional na Mostra Competitiva do 49o Festival de Cinema de Gramado, onde será exibido no dia 17 de agosto, a partir das 21h30, na grade linear do Canal Brasil e nos serviços de streaming Canais Globo e Globoplay + Canais ao Vivo. 

Nesta semana o filme foi lançado comercialmente nos cinemas da França, onde recebeu ótimas críticas, veja abaixo: 

“A cineasta tece o retrato de um Brasil multicultural e fraturado pelo patriarcado e pela homofobia.”, Télérama 

“O real flerta com o sonho, enchendo os planos de poesia sensível.”, Les Inrockuptibles

“Um formidável quarteto de atrizes que personificam na tela personalidades de rara densidade.”, Que tal Paris? 

“Cristiane Oliveira tem uma abordagem impressionista, assinando um filme impregnado de poesia feroz.”, Le Bleu du Miroir

 “Um belíssimo filme, que vai além do simples drama de formação para mapear um Brasil rico e complexo.”, Avoir Lire

Sobre o filme:

A PRIMEIRA MORTE DE JOANA veio de um desejo da diretora, Cristiane Oliveira, de falar sobre a coragem de ser quem você realmente é, durante um período da vida marcado por turbulências, a adolescência. Um período em que, mesmo diante de possíveis violências cotidianas, enfrenta-se mudanças e experimentações. 

O filme, que teve sua première mundial no 51º International Film Festival of India, em janeiro deste ano tem como protagonista Joana (Letícia Kacperski), uma adolescente cuja vida começa a se transformar a partir da morte de sua tia-avó, de quem ela era muito próxima. Isso acaba refletindo também na relação com sua melhor amiga, Carolina (Isabela Bressane). “Gosto de reconstruir o roteiro com os atores. Escalar atrizes que tivessem as idades das personagens me permitiu adequar as falas e as situações com aquilo que elas estavam vivendo de fato naquele momento.”, explica Cristiane sobre o processo de seleção de Letícia e Isabela para o filme que foi o primeiro trabalho com cinema para ambas.

Além de impressionada com a morte em si, Joana também começa a questionar uma história que corre na família: sua tia nunca namorou alguém, nunca se apaixonou. Em sua investigação, Joana parece querer descobrir o segredo da tia para entender o que ocorre com ela mesma. “A morte no filme está relacionada à transformação e como, às vezes, precisamos morrer numa forma de ser para renascer nas nossas lutas e conseguir existir. Um poema do Mário Quintana, que inspirou o título do filme, diz que ‘amar é mudar a alma de casa’. Então há também esse aspecto simbólico da palavra morte, que remete ao momento em que se perde o controle sobre o próprio corpo, quando ele passa a ser ocupado pela lembrança constante de alguém por quem nos apaixonamos”.

A PRIMEIRA MORTE DE JOANA traz personagens descendentes dos colonos alemães que se estabeleceram no sul do Brasil no século XIX. Marcas dessa origem permeiam o cotidiano de Joana e Carolina. E, apesar de situado em 2007, o longa dialoga com o Brasil do presente e seu cenário de retrocesso nas políticas públicas ligadas a gênero e sexualidade.

O longa contou com uma equipe multinacional em várias etapas da produção. A atriz Silvia Lourenço é corroteirista e o roteiro contou com consultoria do diretor português João Nicolau, que prestou consultoria, ao lado dos argentinos Miguel Machalski e Gualberto Ferrari. Cao Guimarães, cineasta e artista visual, participou da fase final como consultor de montagem. A equipe de som conta com o uruguaio Raúl Locatelli, e a direção de arte contou com consultoria da mexicana Nohemi González – ambos trabalharam no filme “Luz Silenciosa”, do mexicano Carlos Reygadas. A equipe técnica conta ainda com renomados profissionais gaúchos, como o diretor de fotografia Bruno Polidoro, e a montadora Tula Anagnostopoulos, além da diretora de arte Adriana Nascimento Borba.

A PRIMEIRA MORTE DE JOANA é uma produção de Aletéia Selonk, em uma parceria estabelecida entre diretora e produtora, que já realizaram outras obras em conjunto e tem projetos em desenvolvimento para os próximos filmes e foi realizada com recursos públicos geridos pela Agência Nacional do Cinema – ANCINE. Conta com investimentos do BNDES, através do edital BNDES Cinema para produção de longas que priorizam o reconhecimento artístico e técnico no mercado internacional; e do FAMA – Fundo Avon de Mulheres no Audiovisual, prêmio que busca incentivar e valorizar a produção audiovisual feita por mulheres. Foi contemplado no edital de desenvolvimento PRODAV 05/2013 e do PRODECINE 04/2013, ambos do Fundo Setorial do Audiovisual. O projeto tem ainda o selo do Berlinale Co-production Market, evento com foco em mercado que ocorreu no Festival de Berlin 2018.

Teaser
Sinopse

Joana, 13 anos, quer descobrir por que sua tia-avó faleceu aos 70 sem nunca ter namorado alguém. Ao encarar os valores da comunidade em que vive no sul do Brasil, percebe que todas as mulheres da sua família guardam segredos, o que traz à tona algo escondido nela mesma.

Ficha Técnica

Roteiro e direção: Cristiane Oliveira
Elenco: Letícia Kacperski, Isabela Bressane, Joana Vieira, Lisa Gertum Becker, Rosa Campos Velho, Pedro Nambuco, Roberto Oliveira, Graciela Caputti, e Emílio Speck.
Produção: Aletéia Selonk, Cristiane Oliveira
Produtor Associado França: Epicentre Films / Corentin Dong-Jin Sénéchal, Daniel Chabannes
Produtor Associado Brasil:  Gustavo Galvão
Produção executiva: Graziella Ferst, Gina O’Donnell
Direção de produção: Gina O’Donnell
Corroteirista: Silvia Lourenço
Direção de fotografia: Bruno Polidoro
Direção de arte: Adriana Nascimento Borba
Figurino: Isadora Fantin, Mariane Collovini
Maquiagem e cabelo: Nancy Marignac
Preparação de elenco: Vanise Carneiro
Produção de elenco: Nadya Mendes
Montagem: Tula Anagnostopoulos
Som direto: Raúl Locatelli, Hudson Vasconcelos
Supervisão de som: Miriam Biderman, ABC
Desenho de som: Ricardo Reis, ABC
Mixagem de som: Pedro Noizyman
Música original: Arthur de Faria
Gênero: drama
País: Brasil
Ano: 2021
Duração: 91 min.

Lista de Festivais

51º International Film Festival of India / India; 29º Cinequest Film Festival / EUA no qual recebeu o prêmio Global Vision Award; 22º Stockholm IFF Junior / Suécia; 23º OUTshine LGBTQ+ Film Festival / EUA; 36º Cinema Jove – International Film Festival of Valencia / Espanha; 29º Cinelatino Tübingen / Alemanha; 36º Lovers Film Festival / Itália. Será exibido em 16º Festival Tucumán Cine / Bélgica; Buster Film Festival / Dinamarca; 33º Galway Film Fleadh / Irlanda.

Biografia da Diretora

Nascida em Porto Alegre, Cristiane Oliveira é diretora do longa MULHER DO PAI (Brasil-Uruguai) que teve estreia internacional no Festival de Berlim 2017. O filme participou de mais de 20 festivais e ganhou 20 prêmios. Atualmente, lança em festivais seu segundo longa, A PRIMEIRA MORTE DE JOANA (ganhador do Global Vision Award no Festival Cinequest, nos EUA), e prepara seu terceiro, ATÉ QUE A MÚSICA PARE (Brasil-Itália), selecionado no Talents Script Station do Festival de Berlim 2021. Atua como roteirista desde 2004, quando estreou seu primeiro curta, MESSALINA, vencedor de 13 prêmios em festivais.

Biografia da Okna

Produtora de conteúdo dedicada à realização de projetos para cinema, televisão e plataformas digitais. Especializada na produção e produção executiva, realiza não apenas o gerenciamento de projetos mas de talentos criativos. Em 2021, a empresa completa 15 anos de atuação. Em seu catálogo constam mais de 50 obras, sendo 7 longas metragens, 19 médias, 21 curtas e 5 séries de TV. Suas produções foram selecionadas para importantes festivais no Brasil e no exterior, somando mais de 70 prêmios. São obras que unem características autorais ao potencial de se comunicar com as audiências, trazem uma diversidade de abordagens temáticas dedicadas a diferentes perfis de públicos e foram realizadas a partir de coproduções que valorizam talentos nacionais e internacionais.

HOMEM ONÇA estreia nos cinemas brasileiros dia 26 de agosto

HOMEM ONÇA estreia nos cinemas brasileiros dia 26 de agosto

Selecionado para o Festival de Gramado, filme dirigido por Vinicius Reis, tem como ponto de partida acontecimentos da história do Brasil nos anos 90

Situado no final dos anos de 1990, HOMEM ONÇA, de Vinícius Reis, investiga como a história do país reflete e interfere na vida pessoal de Pedro, interpretado por Chico Diaz. O foi selecionado para o 49o Festival de Cinema de Gramado e estreia nos cinemas no dia 26 de agosto, em todo o Brasil com distribuição da Pandora Filmes. 

Vinicius Reis usou uma experiência pessoal como inspiração para o roteiro do longa: “meu pai era gerente numa das maiores mineradoras do mundo, a Vale do Rio Doce. E em 1996, a empresa passou por uma reestruturação radical, que culminaria na sua privatização no ano seguinte. Depois de duas décadas trabalhando para essa companhia, meu pai não podia ser demitido e foi forçado a se aposentar. Antes disso, foi obrigado a demitir sua equipe… tudo isso teve o efeito de um tsunami em sua vida.”

No filme, Pedro tem uma vida estável de classe média com sua mulher Sônia, interpretada por Silvia Buarque, que procura um emprego, e a filha adolescente, Rosa (Valentina Herszage). Pedro trabalha numa das maiores estatais do país, a fictícia Gás do Brasil. Tudo parece caminhar muito bem, um projeto de sustentabilidade desenvolvido por ele ganha um prêmio internacional, o que parece garantir o emprego de sua equipe, apesar da crise que a empresa começa a enfrentar. Seu corpo parece reagir a isso e manchas estranhas aparecem em sua mão.

Porém, mesmo o sucesso do trabalho de seu time não garante a segurança do emprego de todos e Pedro é forçado a tomar atitudes drásticas. HOMEM ONÇA acompanha esse processo através de duas linhas narrativas que se entrecortam e convergem: Num futuro não longínquo, o protagonista não vive mais no Rio de Janeiro, mas em uma pequena cidade, com uma nova companheira, Lola (Bianca Byington).

O roteiro, assinado por Reis, em colaboração com Flavia Castro e Fellipe Barbosa, examina como o longo processo de privatização de estatais, no final dos anos de 1990, ressoa na vida dos empregados daquelas empresas. A perda da estabilidade e segurança emocional e econômica de Pedro é um reflexo da situação do Brasil. Assim, ao falar do passado, HOMEM ONÇA é um filme que também medita sobre o presente do país, sempre ameaçado de passar por uma nova onda de privatizações.

Com o filme, continuo a explorar meu interesse em contar histórias sobre as ambições e medos da classe média urbana brasileira. No meu primeiro longa de ficção, Praça Saens Peña, de 2009, a questão da posse de um imóvel e o desejo por uma carreira profissional eram centrais para os personagens. Em HOMEM ONÇA, a importância do trabalho como identidade do ser humano é o que move os personagens”, explica o diretor.

HOMEN ONÇA foi rodado no Rio de Janeiro, Petrópolis e Teresópolis, entre dezembro de 2017, e janeiro de 2018, e teve sua estreia mundial em fevereiro passado, no 5o Arthouse Asia Film Festival. O longa ainda inclui em seu elencoGuti Fraga, Dani Ornellas, Tom Karabachian e Alamo Facó. O filme é produzido pela Tacacá Filmes, em coprodução com Blackforest Films (Alemanha), Parox SA (Chile), Canal Brasil e Globo Filmes.

Sinopse

Rio de Janeiro, segunda metade dos anos 1990, “era das privatizações”. Pedro trabalha em uma grande empresa estatal que em breve será privatizada. Pressionado por um cruel processo de reestruturação, Pedro tem que demitir sua equipe e antecipar a sua aposentadoria, contra a vontade. Aposentado e com uma doença na pele, ele decide se separar da família e se mudar para Barbosa, sua pequena cidade natal, no interior distante. Lá, ele descobre que a onça pintada que habitava a floresta ao redor de Barbosa, no tempo da sua infância, está mais viva do que nunca.

Ficha Técnica

Direção: Vinícius Reis

Roteiro: Vinícius Reis, com colaboração de Flavia Castro e Fellipe Barbosa

Produção:  Gisela B. Camara

Coprodução: Christoph Hahnheiser, Leonora Gonzalez e Sérgio Gandara

Elenco: Chico Diaz, Silvia Buarque, Bianca Byington, Emílio de Mello, Valentina Herszage, Tom Karabachian, Alamo Facó, Dani Ornellas, Guti Fraga

Direção de Fotografia: João Atala

Direção de Arte: Tainá Xavier 

Montagem e Edição de Som : Waldir Xavier 

Som Direto: Pedro Sá Earp

Figurino: Rô Nascimento e Diana Leste

Caracterização: Mari Pin

Gênero: drama

País: Brasil, Alemanha, Chile

Produção: Tacacá Filmes

Coprodução: Blackforest Films (Alemanha), Parox SA (Chile), Canal Brasil e Globo Filmes

Ano: 2021 

Duração: 90 min.

Filme realizado através de recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, BRDE, Ancine, e com recursos do programa de editais da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro 2011/2012

Sobre Vinícius Reis

Nasceu em São Paulo, no bairro do Jaçanã, em 1970. Vive no Rio de Janeiro desde 1981. Formado em Cinema com mestrado no Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da UFRJ. É roteirista e diretor há mais de duas décadas.  Escreveu e dirigiu os filmes “A Cobra Fumou”, em 2002, “Praça Saens Peña”, em 2009, e “Homem Onça”, concluído em 2020 e ainda inédito. Tanto “A Cobra Fumou” quanto “Praça Saens Peña” participaram de festivais no Brasil e no exterior  e foram lançados no cinema e na TV.  Dirigiu também o longa-metragem “Noites de Reis”, lançado comercialmente em 2013. Entre 2015 e 2018, dirigiu as temporadas 7, 8, 11 e 12 dos “Detetives do Prédio Azul”, que recebeu o prêmio de “melhor série infantil” em 2016, pela Associação Paulista dos Críticos de Arte. Em 2017, dirigiu a 2ª temporada da série “Natália”, com direção geral de André Pellenz, para a Universal TV. Entre 2018 e 2019, dirigiu as temporadas 3 e 4 da série “Rotas do Ódio”, de Susanna Lira, também para a Universal TV.  “Rotas do Ódio” foi premiada no IndieFEST Film Awards.  

O início da atividade artística aconteceu no Teatro O Tablado, que frequentou de 1982 a 1992.  Lá estudou teatro e foi assistente de direção de Maria Clara Machado.

Sobre a Tacacá Filmes

Tacacá Filmes é uma produtora brasileira independente, criada pelo diretor Vinícius Reis e pela produtora Gisela Camara para produzir projetos audiovisuais autorais e com forte comunicação com o público.

Com a Limite Filmes, produziu a primeira ficção de Vinícius Reis, PRAÇA SAENS PEÑA, em 2009, vencedor de cinco prêmios no Cine-PE, dentre eles o de Melhor Direção e Prêmio Especial da Crítica. PRAÇA SAENS PEÑA também foi recebido como “filmaço” pelo jornal O Globo.

Com a VideoFilmes e a FlaukFilmes, produziu DESLEMBRO, primeira ficção da premiada documentarista Flávia Castro. DESLEMBRO, uma co-produção com o Canal Brasil, Telecine e Globo Filmes, teve sua estreia mundial no Festival de Veneza de 2018, e recebeu o prêmio de Melhor Filme para a Crítica no Festival de Biarritz do mesmo ano.

A Tacacá é ainda produtora associada de QUASE MEMÓRIA, longa-metragem de Ruy Guerra, produzido pela Kinossauros Filmes, em coprodução com a Globo Filmes. O filme recebeu menção honrosa nos festivais de Moscou 2016 e Rio 2016. A Tacacá é também produtora associada de AOS PEDAÇOS, também de Ruy Guerra, com produção de Kinossaurus Filmes, e que estreou em Rotterdam em 2020.

Em 2020, estreou a série NÓS, no Canal Brasil, uma coprodução com a Cabra Vadia, criada por David França Mendes e Rodrigo Ferrari. Atualmente a Tacacá Filmes está engajada no lançamento de HOMEM ONÇA, novo filme de Vinícius Reis, e dá início à pré-produção de KASA BRANCA, primeiro longa-metragem de Luciano Vidigal.

Sobre a Globo Filmes

Criada em 1998, a Globo Filmes atua como coprodutora de conteúdo multiplataforma com o propósito de fortalecer a indústria audiovisual nacional. Participou de mais de 300 filmes, levando ao público o que há de melhor do cinema brasileiro. Comédias, romances, documentários, infantis, dramas, aventuras: a aposta é na diversidade de obras que valorizem a cultura brasileira. 

Fazem parte de sua filmografia recordistas de bilheteria, como ‘Tropa de Elite 2’ e ‘Minha Mãe é uma Peça 3’ – ambos com mais de 11 milhões de espectadores –, sucessos de crítica como ‘2 Filhos de Francisco’, ‘Aquarius’, ‘Que Horas Ela Volta?’, ‘O Palhaço’ e ‘Carandiru’, até longas premiados no Brasil e no exterior, como ‘Cidade de Deus’ – com quatro indicações ao Oscar – e ‘Bacurau’, que recebeu o prêmio do Júri no Festival de Cannes. 

Sobre o Canal Brasil

O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 300 longas-metragens coproduzidos só nos últimos 10 anos. No ar há duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.  

Sobre a Pandora Filmes

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.