Glauber é o grande vencedor do Festival Aruanda

Glauber é o grande vencedor do Festival Aruanda

Com R$ 47 mil em premiação, a 15ª edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro divulgou os vencedores das mostras competitivas nessa quarta-feira (16). Em cerimônia presencial na sala MACRO XE, do Cinépolis Manaíra, os melhores curtas e longas, escolhidos pelo júri especializado e por júri popular, foram apresentados ao público.

Na Mostra Competitiva Nacional de longa-metragem, o grande vencedor da noite foi “Glauber, Claro”, de César Meneghetti, que ganhou melhor longa, melhor roteiro, melhor edição, melhor fotografia e melhor personagem masculino. O diretor destacou que a satisfação pessoal de participar do festival. “Gostaria de parabenizar pelos 15 anos de existência, e é importante que seja reconhecido este trabalho com os registros de vídeo e áudio”, disse.

Último encontro – Terá uma manhã de debates, nesta quinta-feira (17), on-line. A partir das 10h, acontecerá uma mesa com os diretores dos filmes de encerramento, com a moderação de Amilton Pinheiro (Curador e diretor artístico do Fest Aruanda). E às 12h haverá a reapresentação dos filmes vencedores de Curta e Longa-Metragem das Mostras Sob o Céu Nordestino e Nacional. Nesta edição, o Fest Aruanda festejou os 15 anos de festival, os 60 anos do filme “Aruanda”, que dá nome ao evento, e ainda os 90 anos do seu realizador, Linduarte Noronha, se estivesse vivo.

PREMIADOS

Mostra Competitiva Nacional de Curtas e Longas-Metragens

Longas

Melhor Filme + R$ 8 mil: “Glauber, Claro” de César Meneghetti

Melhor Direção: José Barahona por “Nheengatu”

Melhor Roteiro: César Meneghetti por “Glauber, Claro”

Melhor Personagem Feminino: Kátia Silvério por “Chico Rei Entre Nós”, de Joyce Prado

Melhor Personagem Masculino: Glauber Rocha por “Glauber, Claro”

Melhor Fotografia: Eugenio Barcelloni por “Glauber, Claro”

Melhor Desenho de Som: José Barahona e Damião Lopes, por “Nheengatu”

Melhor Edição: Willem Dias por “Glauber, Claro”

Melhor Trilha Sonora: Sérgio Pererê por “Chico Rei Entre Nós”

Melhor direção de arte: O júri não atribuiu prêmio de direção de arte

Melhor longa segundo o júri popular – Codinome Clemente, de Isa Albuquerque

Curtas

Melhor Curta + R$ 4 mil: “A Profundidade da Areia, de Hugo Reis e “A Pontualidade dos Tubarões”, de Raysa Prado

Melhor Direção: Bruna Barros e Bruna Castro pelo filme “À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente”

Melhor Roteiro: Hugo Reis “A Profundidade da Areia”

Melhor Desenho de Som: Hugo Reis, por “A Profundidade da Areia”

Melhor Atriz: Zezita Matos por “Remoinho”

Melhor Ator: André Morais por “Pranto”

Melhor Fotografia: Igor Pontini por “A Profundidade da Areia”

Melhor Edição: Bruna Barros e Bruna Castro por “À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente”

Melhor Trilha Sonora: João Simas, Thierry Castelo, Jales Carvalho, Viviane Vazzi, Pedro e André Lucap por “Rasga Mortalha”

Melhor Direção de Arte: Raul Luna por “Rasga Mortalha”

Melhor Figurino: O Júri não atribuiu prêmio de Figurino

Melhor Curta segundo o júri popular: Recôncavo, de Pedro Henrique Chaves

Menções Honrosas

Elenco de “A Profundidade da Areia”

Filme “Mãtãnãg – A Encantada”, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho

Mostra Sob o Céu Nordestino

Longas

Melhor Filme + R$ 5mil – King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante

Melhor direção – Camilo Cavalcante, por King Kong en Asunción

Roteiro – Camilo Cavalcante, por King Kong en Asunción

Atriz – Rejane Arruda, por As Órbitas da Água

Ator – Antonio Saboia, por As Órbitas da Água

Fotografia – Camilo Soares, por King Kong en Asunción

Edição – Petrus Cariry e Firmino Holanda, por A Jangada de Welles

Desenho de Som – João Martins e Juliana Gurgel, por Swingueira

Trilha sonora – Shaman Herrera, por King Kong en Asunción

Direção de Arte – Helder Nóbrega, por Aponta pra Fé – Ou Todas as Músicas da Minha Vida

Figurino – Luján Riquelme, Lia González e Paulo Ricardo, por King Kong en Asunción

Melhor longa Sob o Céu Nordestino segundo o júri popular: King Kong en Asunción, de Camilo Cavalcante

Curtas:

Melhor curta + R$ 3 mil – Remoinho, de Tiago A. Neves

Melhor direção – Tiago A. Neves , por Remoinho

Roteiro – Eduardo Varandas Araruna, por Cura-me

Atriz – Ingrid Trigueiro, por Cura-me

Ator – André Morais, por Pranto

Fotografia – Tiago A. Neves, por Reinado Imaginário

Melhor edição – João Paulo Palitot, por Makinaria

Desenho de Som – Edson Lemos, por Pranto

Melhor trilha sonora – Paulo Ramon, por A Pontualidade dos Tubarões

Melhor direção de arte – Ju Escorel, por Pranto

Figurino – JR Nessim, por E Agora Você?

Melhor curta Sob o Céu Nordestino segundo o Júri Popular – Makinaria, de Igor Tadeu

Prêmio Júri Abraccine

O Júri da Abraccine, formando por Marcelo Milici, Suzana Uchôa Itiberê e Bertrand Lira, concede o prêmio ao curta-metragem A Profundidade da Areia, de Hugo Reis, do Espírito Santo, pela abordagem fantástica de um tema urgente, com significativo trabalho de som e ousadia narrativa.

O vencedor do prêmio de melhor longa-metragem é Codinome Clemente, de Isa Albuquerque, do Rio de Janeiro, pelo resgate de um personagem ímpar que abraçou a luta armada em um dos momentos mais tenebrosos da história recente do Brasil.

Melhor Longa: Codinome Clemente, de Isa Albuquerque

Melhor Curta: A Profundidade da Areia, de Hugo Reis

Prêmio Laboratório Aruanda/Energisa de Projetos – Susanna Lira

Primeiro Lugar + R$ 2 mil – Anna Diniz – projeto: Feminicídio na Paraíba

Segundo Lugar – Maycon de Carvalho Sousa – projeto: Fosséis

Terceiro Lugar – Bruna Dias e Carine Fiúza – projeto: Um Oceano Inteiro

Prêmio Mistika – Serviços de produção – em serviços de conformação,
correção de cor, finalização, aplicação de letreiros, masterização
de DCP e arquivos digitais – validade por 1 ano.

20 mil – Melhor Longa Nacional e Melhor Longa Sob a Mostra Nordestino

5 mil – Melhor Curta Nacional e Melhor Curta Sob a Mostra Nordestina

Mostra TV Universitária – júri formado pela produtora Lucia Caus, jornalista Ana Lúcia Medeiros e professor da UFPB Alberto Ricardo Pessoa.

Documentário – Em Palcos Televisivos, de Fabiano Diniz – TV UFPB

Reportagem – O júri considerou que os trabalhos não atingiram a pontuação necessária para a premiação.

Programa de TV – Entremeios, de Danielle Huebra – TV UFPB

Interprograma – Conheça a história do eclipse que colocou o Brasil no centro da ciência mundial, de Ruth Andrade – TVU Rio Grande do Norte.

Prêmios paraibanos

Video clipe – Terezinha, Banda Permeia/Lyric Vídeo – Ingsson Vasconcelos e Poet, Banda Sky Boon/Lyric Vídeo – Yuri da Costa.

Tcc – Urbano Sertão, João Victor Torres.

Homenageados –

Pela contribuição como diretor de fotografia ao audiovisual paraibano, João Carlos Beltrão foi o primeiro homenageado da noite. Ele lembrou que viu o festival nascer e que já recebeu um troféu anteriormente pelo trabalho de direção de fotografia no filme “Enraizados”, e agora como homenageado. “Quero agradecer a todos que confiaram em mim para entregar a câmera e luz para contar sua história”, comentou. 

Helena Solberg, a segunda homenageada da noite foi agraciada pelo conjunto da obra como cineasta, produtora e roteirista. Ela lembrou que também integrou o júri do Festival e pode assistir uma série de filmes e discutir as mudanças que ocorrem na linguagem. “Acho que o festival traz oportunidade para discussão. Homenagem é também é momento para reflexão e não só sobre o passado, mas também sobre o futuro, sobre os filmes que queremos fazer”, alegou.

Vânia Perazzo, homenageada pelo conjunto da obra e pioneirismo no cinema paraibano, falou da importância da UFPB na formação de realizadores de audiovisual e apontou a participação feminina. “Desejo que mais mulheres encarem essa profissão que durante muito tempo foi exclusiva dos homens. Lutemos pelo nosso cinema, pois um país sem cinema é como uma casa sem espelho”, completou.

Aruanda e Os Quatro Paralamas abrem Festival Aruanda em Joao Pessoa em 10 de dezembro

Aruanda e Os Quatro Paralamas abrem Festival Aruanda em Joao Pessoa em 10 de dezembro

O 15° Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro será realizado de 10 a 17 de dezembro, na Rede Cinépolis do Manaíra Shopping, em João Pessoa, esse ano com uma dupla celebração: o aniversário de 15 anos de sua criação (2005) e os 60 anos de realização do filme ‘Aruanda’ (1960), além da missão de ser mais uma vez efetivo espaço de reunião da produção audiovisual regional e nacional de curtas e longas-metragens.


Serão exibidos 13 Longas e 12 Curtas nas Mostras Competitivas, além de Retrospectivas e Especiais, com quatro sessões diárias e 22 no total, além de oficina e laboratório audiovisuais, de requalificação profissional e seminários temáticos, fechando o tripé Intercâmbio-Qualificação-Reflexão Teórica que dá sustentação ao festival desde sua fundação. Com a pandemia, o festival terá formato híbrido, com sessões presenciais e on-line, via Plataforma Aruanda Play.


O Fest Aruanda é patrocinado pela Energisa (Usina Cultural), pela Cagepa e pelo Armazém Paraíba, via Lei de Incentivos a Cultura, Ministério do Turismo, com chancela do CCHLA-UFPB.

Toda programação pode ser conferida pelo site e redes sociais que contém diversas atividades entre os dias 10 e 17 de dezembro. Edição comemorativa de 15 anos completas de novidades.

Filmes 10/12

Curta – “Aruanda, de Linduarte Noronha”, (Doc., 1960, PB, 22min.).

Sinopse: ‘Aruanda’ é um marco do cinema brasileiro dos anos 1960. O filme, de Linduarte Noronha, rodado em solo paraibano, surpreendeu as platéias do Rio de Janeiro e São Paulo quando de suas primeiras exibições. A história da formação e da sobrevivência de uma comunidade de escravos libertos do sertão da Paraíba aparecia na tela com imagens, a um só tempo, líricas e rudes. Um narrador (o próprio Linduarte) explicava a saga daquela gente enquanto a fotografia de Rucker Vieira revelava um jeito novo de olhar e de filmar o Brasil. Glauber Rocha resumiu ao afirmar que o filme, junto com ‘Arraial do Cabo’, eram os legítimos representantes do “moderno documentário brasileiro”.

Longa – “Os Quatro Paralamas, de Roberto Berliner”, (Doc., 2020, RJ, 89 min.).

Sinopse: Desde o início no Circo Voador, nos anos 1980, se passaram mais quase 40 anos do surgimento da banda Os Paralamas do Sucesso. Herbert, Bi e João falam de amizade, de musicalidade e do que continua os unindo.

Serviço

15° Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro

Data: 10/12 a 17/12/20

Local: Cinépolis Manaíra Shopping e Hotel Tambaú – João Pessoa-PB

www.festaruanda.com.br

Por Anna Barros