FILHOS DO MANGUE’, PREMIADO FILME DE ELIANE CAFFÉ, ESTREIA NOS CINEMAS

FILHOS DO MANGUE’, PREMIADO FILME DE ELIANE CAFFÉ, ESTREIA NOS CINEMAS

Vencedor dos Kikitos de melhor direção e atriz coadjuvante chega ao circuito comercial no dia 17 de julho

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Felipe Camargo protagoniza “Filhos do Mangue”, quinto longa de Eliane Caffé – crédito: Pé na Estrada Filmes

O violento e desregrado Pedro Chão (Felipe Camargo) aparece ferido e sem memória em uma comunidade ribeirinha. Os residentes locais o acusam de roubo e tentam, em vão, que ele recupere a memória – e devolva o dinheiro. Em um julgamento popular, vem à tona uma trama que envolve violência doméstica, de gênero, tráfico de pessoas e desvio de verba pública. Condenado ao isolamento, ele busca um novo sentido para sua vida.

Esta é a premissa de “Filhos do Mangue”, quinto longa de Eliane Caffé, que chega aos cinemas do Brasil a partir do dia 17 de julho de 2025. O filme teve sua estreia nacional no Festival de Cinema de Gramado, onde conquistou os prêmios de melhor direção e atriz coadjuvante (Genilda Maria), e também esteve na programação do Festival do Rio e Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Antes, o filme participa da programação do Festival Goiamum Audiovisual no dia 12, às 14h, em Natal, Rio Grande do Norte, estado onde o longa foi produzido. As praças de exibição podem ser conferidas no Instagram @bretzfilmes.

Com uma extensa filmografia em cinema e TV, o carioca Felipe Camargo (“O Juízo”) vive o protagonista que procura na natureza e entre os residentes da pequena vila de pescadores as peças perdidas de sua vida. O trabalho rendeu uma experiência intensa para seu intérprete, segundo a cineasta. O ator usou como inspiração sua convivência com os habitantes da paradisíaca Barra do Cunhaú, que serviu de locação para o filme, para compor seu personagem.

Na história, a amnésia repentina de Pedro Chão o fez esquecer uma existência que ninguém gostaria de lembrar. Em seu processo de reconstrução, ele vai encontrar as pessoas de sua convivência. Entre seus muitos acusadores, estão a ex-esposa, vivida pela atriz potiguar Titina Medeiros (“Cangaço Novo”), e a filha (a atriz mirim Maria Alice da Silva).

Ainda que o filme lide com traumas e temas particularmente espinhosos como violência doméstica e exploração do trabalho, a narrativa de “Filhos do Mangue” acha espaço para a ironia e alguma leveza nas andanças do protagonista. “O humor pode ser uma ferramenta valiosa para humanizarmos questões complexas e áridas”, acredita a realizadora de “Os Narradores de Javé” (2003). “A dosagem, vamos tecendo na vivência das cenas”, explica Eliane Caffé.

Outro ponto chave da trama é o mangue, que retrata no filme a nascente da pesca familiar, devorada pela exploração de terceiros, e, ao mesmo tempo, serve de expressão da mãe natureza. “Ela traz o elemento que nos transcende a todo instante”, elabora a diretora. “E, se escutamos a natureza, como os personagens fazem em alguns momentos, alargamos a relatividade de tudo o que nos forma como identidades”, conclui a diretora. Como um náufrago perdido na memória, Pedro Chão procura por respostas no coração do mangue.

O projeto original baseia-se em argumento adaptado de um livro do escritor Sérgio Prado, “Capitão”, de 2011. “Depois, quando chegamos na Barra do Cunhaú, tudo foi virado do avesso. A própria localidade e seus personagens começaram a apontar novos caminhos de narrativa”, relembra a cineasta. A direção também deu espaços a improvisações em quase todas as cenas, porém mantendo a estrutura do roteiro, dividido entre Eliane e seu parceiro habitual de texto, o dramaturgo Luis Alberto de Abreu.

O elenco traz também Roney VillelaJeniffer SettiThiago JustinoGenilda MariaPequena CintilanteLuana Cavalcante e outros, além de pescadores, criadores de ostras e população local da comunidade de Barra do Cunhaú. Fernando Muniz e Beto Rodrigues assinam a produção executiva. O roteiro original é de Sergio PradoPedro Rocha e Rodrigo Frota são os responsáveis pela direção de fotografia e direção de arte, respectivamente. A direção de produção ficou a cargo de Andrea Lanzoni.

“Filhos do Mangue” é uma realização da Pé na Estrada Filmes, com patrocínio da Protege e Britânia. Apoio: SebraePousada Vila da BarraPousada do ForteNaturezaturCoco MangoAOC (Associação de Ostreicultores de Canguaretama)Aldeia Indígena Katu e prefeitura de Canguaretama. A distribuição é da Bretz Filmes. Este filme foi produzido com recursos públicos operados ou geridos pela ANCINE, BRDE e FSA.

Site: penaestradafilmes.com.br/filhosdomangue

Instagram: @ilhosdomangue_ofilme

Trailer: Filhos do Mangue – TRAILER OFICIAL

Serviço:

“Filhos do Mangue”

Estreia nos cinemas dia 17 de julho de 2025

Praças de exibição: @bretzfilmes 

Sinopse: Um homem violento e desregrado aparece ferido e sem memória em uma comunidade ribeirinha. A população o acusa de roubo e tenta, em vão, que ele recupere a memória e devolva o dinheiro. Em um julgamento popular, vem à tona uma trama que envolve violência doméstica, de gênero, tráfico de pessoas e desvio de verba pública. Condenado ao isolamento, ele busca um novo sentido para sua vida.

Ficha Técnica:

“Filhos do Mangue”

Ficção | Drama | 110 minutos

Direção: Eliane Caffé 

Produtores: Fernando Muniz e Beto Rodrigues 

Produtores Associados: Anselmo Martini e Carolina Brasil 

Diretora Assistente: Tarsila Araújo; 2ºAssist. Marina Tinel;  3ºAssist. Marcia Lohss

Elenco: Felipe Camargo, Roney Villela, Titina Medeiros, Genilda Maria, Thiago Justino, Jeniffer Setti, Luana Cavalcante, Pequena Cintilante, Jurema Terra, Wilaneide Campos, Geisla Blanco, Barney Villela, Arlindo do Nascimento, Chico Gomes, Sergio Henrique, Gilmar de Oliveira, Fátima da Silva, Maria Baixinha, Seu Chão, Fernando Muniz, Vênus de Morais, Ni, Makarios Maia, George Holanda, Salesia Paulino, Felipe Freire, Marcia Lohss, Paola Mallmann, Dona Ditinha, Maria José, Socorro Rabelo, Maria Alice da Silva e Hugo Oliveira; Preparadora de elenco: Marcia Lohss

Roteiro: Eliane Caffé e Luís Alberto Abreu, baseado na obra literária e no roteiro original Capitão, de Sérgio Prado

Diretor de Fotografia: Pedro Rocha; 1º Assist. de Direção de Câmera: Larissa Vescovi; 

2ºAssist.: Gabriel Sager Rodrigues; Operador de Câmera da Segunda Unidade: Zé Bob; 1º Assistente de Câmera da Segunda Unidade: Dudu Barbosa; Logger: Luis Ramon 

Diretor de Arte: Rodrigo Frota; Primeiro Assistente e Cenógrafo: Erick Saboia; Produtora de Arte: Valeria Pinheiro; Cenotécnicos: Claudio Carijó, Antonio Lima; Contraregra: Jeferson Vieira, Figurino: Luiz Santana; Primeira assistente de figurino: Michele Dalpasqual 2ºAssist. Sueldo Freitas Soares (Su); Visagismo: Bob Paulino; Primeira assistente de visagismo: Anderson Diniz

Trilha Sonora: Thomas Rohrer; Som direto: Lucas Caminha; Mixagem: Alexandre Rogoski e Ariel Henrique

Edição: Eliane Caffé, com a assistência de Keily Estrada

Continuísta: David Sobel  Logger: Luis Ramon  Video Assist: Júlio César Schwantz

Platô: Jairo Dornelas; 1º Assist. Platô: Thierry Henry;  2º Assist. Platô: Will de Oliveira

Som direto: Lucas Caminha; Microfonista: Catha Pimentel; Segundo Microfonista: Carolina Cutrim

Assistente Microfonista e Locação de Equipamentos: Mayra Coelho

Eletricista Chefe/Gaffer: Alexandre Henrique da Silva;  Assist. de Elétrica: Gilberto Donato Massari e Leandro Cleyton Lima

Maquinista Chefe: Alex Índio

Produção de Elenco Principal: Fernando Muniz

Produção de Elenco Local: cardeiro.art

Finalização: João Castelo Branco e Rafael Lopes (NIT’S Lab)

Desenho de Som: Ale Rogoski

Designer Gráfico (Letreiros/Poster) e Primeiro Desenho de Produção de Arte: Carla Caffé

Controller e Administrativo: Lucio Monteiro Aguiar e Lia Procati

Assistente de Produção Executiva: Paola Mallmann

Diretora de Produção: Andrea Lanzoni

Coordenadora de produção: Keila Sena

Saideira, comédia nacional com Thati Lopes e Luciana Paes, chega aos cinemas nesta quinta

Saideira, comédia nacional com Thati Lopes e Luciana Paes, chega aos cinemas nesta quinta

Longa é distribuído pela Elo Studios e conta com produção da Glaz e coprodução da Massa Real


A nova comédia nacional “Saideira”, distribuída pela Elo Studios, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 8 de agosto. Estrelado por Thati Lopes e Luciana Paes, e com direção de Júlio Taubkin e Pedro Arantes, o longa estreará em 245 salas de cinema em todo o país. Confira o trailer aqui e imagens aqui.

Saideira” conta a história de duas irmãs que não se viam há anos e embarcam numa inusitada caça ao tesouro em busca de uma preciosíssima cachaça que receberam de herança, a Saideira. Além de Thati Lopes e Luciana Paes, o elenco do filme conta com nomes como Jackson Antunes, Matheus Abreu, Rogério Fróes, Suely Franco, Ary França, Teca Pereira, Bruna Viola e Tonico Pereira. A produção é de Mayra Lucas e Angelo Ravazi, com roteiro assinado por Arthur Warren, Marina Morais, Júlio Taubkin e Pedro Arantes.

O filme tem produção da Glaz e coprodução da Massa Real, com um investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento – BNDES e Fundo Setorial do Audiovisual – FSA.

Sinopse oficial:
Duas irmãs, vividas por Thati Lopes e Luciana Paes, que não se viam há anos, embarcam numa inusitada caça ao tesouro em busca de uma preciosíssima cachaça que receberam de herança.

Sobre a Glaz EntretenimentoA GLAZ é uma produtora dedicada à criação de séries, filmes e animações com alto nível de diversão e emoção. Seus filmes chegaram ao Top 10 de bilheteria nos cinemas brasileiros e estiveram no Top 10 de streaming em várias plataformas. Suas séries e filmes são destaques de crítica e audiência, tanto de ficção, quanto de animação e documentário. Dentre suas mais de 40 produções, destacam-se: o filme Bróder, 2010, exibido na sessão Panorama do Festival de Berlim e ganhador de três Kikitos no Festival de Gramado; o longa “Loucas pra Casar” que somou mais de 3,8 milhões de ingressos vendidos em salas de cinema; a série documental “O Caso Evandro”, sucesso na GloboPlay e indicado ao Emmy Internacional; os longas “Cabras da Peste” e “Bem-vinda a Quixeramobim”, vencedores no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Fazem parte ainda do line up da Glaz os inéditos “O Clube das Mulheres de Negócios”, de Anna Muylaert, e o roadmovie “Saideira”, dirigido por Júlio Taubkin e Pedro Arantes, que será lançado comercialmente em 2024. O longa-metragem combina elementos de aventura, amizade e autodescoberta, ambientado em cenários deslumbrantes e culturalmente ricos do Brasil. Com performances cativantes de Thati Lopes e Luciana Paes.

A Glaz tem em sua missão agregar talentos para realizar obras que cheguem a um público amplo e diversificado.

Sobre a Massa Real FilmesAtiva desde 2007, a Massa Real produziu documentários como O Riso dos Outros, sucesso na internet que discutia o humor politicamente incorreto, e A Revolução do Ano, este último premiado na Argentina como Melhor Filme do Festival LatinArab. Realizou também séries para a TV fechada como Viajandona (Multishow), Olivias na TV (Multishow) e A Cidade Não Para (TruTV). Mais recentemente, em coprodução com a Glaz, lançou o longa de suspense Dente por Dente, com Juliano Cazarré e Paolla Oliveira; e, em agosto de 2024, vai lançar comercialmente o roadmovie Saideira. 

Sobre a Elo Studios
A ELO STUDIOS atua no desenvolvimento, produção e distribuição de conteúdos brasileiros que valorizem a pluralidade de histórias, como “Medida Provisória”, filme nacional mais assistido em 2022. Desde 2005 distribuiu mais de 500 conteúdos produzidos em todas as regiões do Brasil, premiados e exibidos em mais de 100 países. Apostando na inovação artística e nos modelos de negócios, também em coproduções com estúdios e marcas, tem como uma de suas iniciativas o Selo ELAS, fomentando há sete anos longas dirigidos por mulheres.

A SUBSTÂNCIA TRAZ LIBERTAÇÃO FEMININA EM FILME FEITO POR MULHERES

A SUBSTÂNCIA TRAZ LIBERTAÇÃO FEMININA EM FILME FEITO POR MULHERES

O filme estrelado por Demi Moore e Margaret Qualley estreia nos cinemas em 19 de setembro.
A MUBI, em colaboração com a Imagem Filmes, estreia o filme A Substância nos cinemas brasileiros no dia 19 de setembro. Com as aclamadas atrizes Demi Moore e Margaret Qualley no elenco e a direção e roteiro da cineasta francesa Coralie Fargeat, o filme já conquistou o público em diversos festivais internacionais e promete alcançar sucesso também no Brasil.

A Substância acompanha a história Elisabeth Sparkle, uma celebridade em decadência interpretada por Demi Moore, que decide usar uma estranha droga do mercado negro: uma substância aparentemente milagrosa que replica células e cria temporariamente uma versão mais jovem e melhor de si mesma. A partir de então, surge a personagem Sue, interpretada por Margaret Qualley e que dá origem a uma série de acontecimentos bizarros.

O filme marca o retorno triunfal de Demi Moore como protagonista nas telonas, que desde a década de 80 já atuou em grandes produções como “Ghost – Do outro lado da Vida” e “G.I. Jane”, e retorna agora com uma performance explosiva. Moore já provou ser uma das maiores artistas de sucesso da indústria cinematográfica, inclusive estabelecendo um recorde em 1995 quando se tornou a atriz mais bem paga de Hollywood, uma prova de seu sucesso e apelo de bilheterias. Na 77ª edição do Festival de Cannes, A Substância foi ovacionado por 11 minutos e marcou a primeira participação da atriz no festival, além de conceder ao filme o prêmio de melhor roteiro.
Assista ao Teaser

https://www.youtube.com/watch?v=dsQZ1NTZPU8
A diretora e roteirista Coralie Fargeat também é responsável pelo thriller feminista “Vingança”, lançado em 2017, e pelo curta-metragem de ficção científica “Reality+”, de 2014. Misturando horror corporal com humor e muito sangue, em seu novo longa, a cineasta discorre sobre como os corpos femininos são subjugados, fetichizados e criticados em espaços públicos, e sobre o que pode acontecer quando uma mulher deixa de atender às expectativas da sociedade.“Os filmes de gênero são políticos. Para mim, como cineasta, eles são uma ótima maneira de abordar questões políticas e pessoais através das lentes do entretenimento, diversão e excesso. Inclinando-me para o excesso, quero liberar meu monstro interior. Ou melhor, o que a sociedade me fez pensar que seria um monstro: essa parte imperfeita/envelhecida/mutável de mim mesma que me ensinaram a esconder porque, como “mulher”, não é assim que você deve parecer, se comportar ou pensar. E é por isso que hoje venho até vocês com esta história. (…) Este filme vai ser sangrento. E vai ser muito divertido ao mesmo tempo. Porque não conheço arma mais forte que a sátira para mostrar ao mundo o absurdo das suas próprias regras. E o mais importante: acho que será muito oportuno. No final é disso que trata este filme. Uma libertação. Um empoderamento”, diz Fargeat sobre a sua obra.

A Substância estreia nos cinemas nacionais em 19 de setembro.
Sinopse:
Após ser demitida da TV por ser considerada “velha demais” para ser atriz, Elisabeth Sparkle (Demi Moore) recorre a um sinistro programa de aprimoramento corporal. A substância milagrosa promete rejuvenescê-la, mas resulta em uma transformação ainda mais radical. Ela agora precisa dividir seu corpo com Sue (Margaret Qualley), sua versão jovem e melhorada, e, aos poucos, começa a perder completamente o controle da própria vida. Em um pesadelo surreal sobre a busca incessante pela juventude, A Substância revela o preço oculto da perfeição.

Elenco:
Demi Moore
Margaret Qualley
Hugo Diego García
Dennis Quaid
Oscar Lesage
Joseph Balderrama
Gore Abrams
Matthew Géczy
Vincent Colombe

Ficha Técnica:
Direção: Coralie Fargeat
Roteiro: Coralie Fargeat
País de Origen: Reino Unido, Estados Unidos, França
Produção: Tim Bevan, Coralie Fargeat, Eric Fellner
Música: Raffertie
Edição: Jerome Eltabet, Coralie Fargeat, Valentin Féron
Distribuição Brasil: Imagem Filmes, MUBI

Documentário ‘Sin Embargo, uma Utopia’ estreia nesta quinta em São Paulo

Documentário ‘Sin Embargo, uma Utopia’ estreia nesta quinta em São Paulo

Dirigido por Fabiana Parra, longa acompanha apresentação do maestro Kleber Mazziero em Cuba

Cartaz final de ‘Sin Embargo, uma Utopia’ – crédito: Divulgação

Dirigido por Fabiana Parra, SIN EMBARGO, UMA UTOPIA é um documentário sobre a ida à Cuba do maestro brasileiro Kleber Mazziero. A ocasião marcou a comemoração de seus 50 anos de carreira e o aniversário do Museu Nacional de Belas Artes cubano. O filme acompanha sua trajetória na ilha, suas interações com artistas brasileiros e cubanos, desvendando a beleza e resiliência de um país que enfrenta um embargo desde meados do século XX. O longa estreia com exclusividade no Reserva Cultural (Av. Paulista, 900 – Bela Vista, São Paulo/SP), nesta quinta, 20 de junho de 2024. 

Seria um filme sobre o concerto. Fiquei muito encantado com o convite. Que honra ser o compositor homenageado nas comemorações dos 110 anos do Museu Nacional de Belas Artes de Cuba! Ao chegarmos lá, isso mudou radicalmente. O filme sobre o concerto passou a ser um filme sobre a situação de Cuba. Não é possível ficar imune às condições impostas a onze milhões de pessoas”, conta o músico, que também é produtor executivo do longa. 

Para ele, Cuba sempre foi uma utopia, na qual todas as pessoas são iguais e comuns. “É preciso olharmos para Cuba. Em todos os sentidos: para aprendermos com eles; para ajudarmos na dissolução do embargo; para convivermos com eles; para estreitarmos os laços com aquele povo tão próximo de nós em nossas identidades culturais; para nos lembrar de que somos todos de uma mesma matriz que se consolidou aqui na América Latina. Mas, sobretudo, para nos espelharmos neles. Com fome, sem bens mínimos para a sobrevivência humana, aquelas pessoas resistem. Vivem e resistem. E cantam, dançam e riem”, explica Mazziero.

Passando dez dias em Cuba, a equipe filmou um material diversificado, incluindo o concerto para piano, imagens da ilha e seus habitantes, entrevistas e tomadas de lugares como o Conservatório Amadeo Roldán e a Escuela Internacional de Cine y TV, em San Antonio de los Baños. “Construímos um discurso cinematográfico que mesclou o aspecto histórico, o âmbito social e a instância emocional”, conta a diretora do filme, Fabiana Parra. 

Ela explica que Mazziero não é uma figura muito famosa no Brasil, fora de seu âmbito, apesar de ter regido e dirigido três óperas, ao longo de sua carreira, montando onze peças de teatro, e no cinema ter mais de 38 filmes – com títulos premiados em cinco continentes.

Para termos uma ideia, ele tem pós-doutorado pela Sorbonne e, lá na França, ele também é chamado de ‘le génie du Brasil’. Que pena o Brasil não conhecer o Kleber, não conhecer os seus gênios que não estão nos holofotes. Tomara que o filme cumpra também esta missão: levar ‘o gênio brasileiro’ a um maior número de brasileiros”, conclui a diretora.

SIN EMBARGO, UMA UTOPIA é uma coprodução Kaza Véia Produções e Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos – ICAIC.

Trailer

Sinopse

Um maestro brasileiro vai a Cuba, para um Concerto em comemoração a seus 50 anos como pianista. Essa é apenas a premissa do documentário “Sin embargo, uma utopia”:  acompanhando as andanças do maestro Kleber Mazziero por terras cubanas, a partir do encontro de um artista brasileiro com artistas cubanos, da arte brasileira com a arte cubana, o espectador observa a realidade de um país que, mesmo diante do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos da América, segue sendo uma Utopia.

Ficha Técnica

Sin embargo, uma utopia

Direção: Fabiana Parra

Gênero: Documentário

Ano: 2024

Duração: 90 minutos

Idiomas: Português e Espanhol

Com Kleber Mazziero, Yanner Falcón, Liah Rivero, Angelo Jiménez, Adela Rascón, Daniel Martínez, Rosa García, Ana Tamayo, Nancy Chacón e Fernando Ferrer

Fotografia: Gabo Martines

Direção de arte: Gabriella Lira

Direção de áudio: Kauã Bella

Minibio Kleber Mazziero

Maestro e filósofo, pós-doutorado em filosofia e em artes pela Universidade Sorbonne. Cineasta autor de 38 filmes premiados nos cinco continentes.

Minibio Fabiana Parra 

Cineasta e professora, com mestrado em Comunicação, doutorado em Língua Portuguesa e pós-doutorado em Artes pela Universidade de Lisboa. Realizadora premiada em diversos festivais nacionais e internacionais.

PREMIADO EM CANNES, A FLOR DO BURITI ESTREIA NOS CINEMAS EM 04 DE JULHO

PREMIADO EM CANNES, A FLOR DO BURITI ESTREIA NOS CINEMAS EM 04 DE JULHO

Novo filme de João Salaviza e Renée Nader Messora registra a resistência do povo Krahô

Exibido em mais de 100 festivais ao redor do mundo e vencedor de catorze prêmios, entre eles o prêmio coletivo para melhor elenco na mostra Un Certain Regard do Festival de Cannes, A FLOR DO BURITI, de João Salaviza e Renée Nader Messora chega aos cinemas brasileiros em 04 de julho, com distribuição da Embaúba Filmes.

Novamente com os Krahô, no norte do Tocantins, o filme traz um dos temas mais urgentes da atualidade: a luta dos Krahô pela terra e as diferentes formas de resistência implementadas pela comunidades indígenas no Brasil.

O filme nasce do desejo em pensar a relação dos Krahô com a terra, pensar em como essa relação vai sendo elaborada pela comunidade através dos tempos. As diferentes violências sofridas pelos Krahô nos últimos 100 anos também alavancaram um movimento de cuidado e reivindicação da terra como bem maior, condição primeira para que a comunidade possa viver dignamente e no exercício pleno de sua cultura”, explica a diretora.

A Flor do Buriti atravessa os últimos 80 anos dos Krahô, trazendo para a tela um massacre ocorrido em 1940, onde morreram dezenas de pessoas. Perpetrado por dois fazendeiros da região, as violências praticadas naquele momento continuam a ecoar na memória das novas gerações.

Filmar o massacre era um grande dilema. Se por um lado é uma história que deve ser contada, por outro não nos interessava produzir imagens que perpetuassem novamente uma violência. Percebemos que a única forma de filmar essa sequência era a partir da memória compartilhada, a partir de relatos, do que ainda perdura no imaginário coletivo desse pessoal que insiste em sobreviver”.

A FLOR DO BURITI foi filmado durante quinze meses em quatro aldeias diferentes, dentro da Terra Indígena Kraholândia, e assim como no filme anterior da dupla,  Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, a equipe era muito pequena e se dividia entre indígenas e não indígenas. Relatos históricos baseados em conversas e a realidade atual da comunidade serviram de base para a construção da narrativa do filme.

A gente não trabalha com o roteiro fechado. A questão da terra é a espinha dorsal do filme. Propusemos aos nossos amigos na aldeia trabalharmos a partir desse eixo, imaginar um filme que pudesse viajar pelos tempos, pela  memória, pelos mitos, mas, que, ao mesmo tempo fosse uma construção em aberto que faríamos enquanto fossemos filmando. A narrativa foi sendo construída com a Patpro, o Hyjnõ e o Ihjãc, que assinam o roteiro”, explica João.

O reconhecimento do filme em diversos festivais internacionais, mostra que o mundo está realmente de olho nas questões dos povos originários no Brasil. “A importância dos povos originários não reside apenas no conhecimento ancestral, mas também na elaboração de tecnologias totalmente sofisticadas de defesa da terra. Eles ocupam radicalmente a contemporaneidade” ressalta João Salaviza.

Além do Festival de Cannes, o filme foi premiado em importantes festivais como Munique (Cinevision Award), Lima (Prêmio Signis), Mar del Plata (Prêmio Apima Melhor filme Latino-Americano), Festival dei Popoli (Melhor Filme), Huelva (Prêmio Especial do Júri e Prêmio Melhor Filme Casa Iberoamérica), RIDM Montreal (Prêmio Especial do Júri), Biarritz, Viennale, e forumdoc.BH. 

A FLOR DO BURITI é distribuído no Brasil pela Embaúba Filmes.
Sinopse
Em 1940, duas crianças do povo indígena Krahô encontram na escuridão da floresta um boi perigosamente perto da sua aldeia. Era o prenúncio de um violento massacre, perpetrado pelos fazendeiros da região. Em 1969, durante a Ditadura Militar, o Estado Brasileiro incita muitos dos sobreviventes a integrarem uma unidade militar. Hoje, diante de velhas e novas ameaças, os Krahô seguem caminhando sobre sua terra sangrada, reinventando diariamente as infinitas formas de resistência.
Ficha Técnica
Direção: João Salaviza, Renée Nader Messora 
Roteiro: João Salaviza, Renée Nader Messora, Ilda Patpro Krahô, Francisco Hyjnõ Krahô, Henrique Ihjãc  Krahô 
Produção: Ricardo Alves Jr., Julia Alves 
Elenco: Ilda Patpro Krahô, Francisco Hyjnõ Krahô
Direção de Fotografia: Renée Nader Messora 
Direção de Arte: Ángeles Frinchaboy, Ilda Patpro Krahô 
Direção de Produção: Isabella Nader Messora 
Som Direto: Diogo Goltara 
Desenho de Som: Pablo Lamar 
Montagem: Edgar Feldman 
Gênero: drama
País: Brasil, Portugal 
Ano: 2023 
Duração: 124 min

Sobre JOÃO SALAVIZA
João Salaviza (1984) estudou Cinema na Lisbon Theatre and Film School e na Universidad del Cine em Buenos Aires. O seu primeiro curta-metragem ARENA foi premiada com a Palma de Ouro em Cannes (2009), seguindo-se o Urso de Ouro de Curtas-Metragens na Berlinale para RAFA (2012). Lançou também na Competição Oficial da Berlinale as curtas ALTAS CIDADES DE OSSADA (2017) e RUSSA (2018). O seu primeiro longa-metragem, MONTANHA, teve a sua estreia mundial no Festival de Veneza (Semana da Crítica) em 2015. Desde então, vive entre Portugal e o Brasil, junto do povo indígena Krahô.
Em 2018 estreou CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS, correalizado com Renée Nader Messora, no Festival de Cannes, recebendo o Prémio Especial do Júri – Un Certain Regard. O filme foi lançado comercialmente em vários países, destacando-se França onde foi visto por 45.000 espectadores.
Em 2023 regressa ao Festival de Cannes – Un Certain Regard para estrear A FLOR DO BURITI (correalizado com Renée Nader Messora), filmado durante um período de quinze meses na Terra Indígena Krahô.


Sobre RENÉE NADER MESSORA
Graduada em Cinematografia pela Universidad del Cine, em Buenos Aires. Por 15 anos, trabalhou como assistente de direção em diversos projetos no Brasil, Argentina e Portugal, entre eles MONTANHA, primeiro longa-metragem de João Salaviza. Fotografou o curta-metragem POHÍ, através do qual conhece o povo Krahô. Desde então, trabalha com a comunidade, contribuindo na organização de um coletivo de jovens cinegrafistas que utilizam o cinema como ferramenta para o fortalecimento da identidade cultural e a autodeterminação da comunidade.
Em 2017 fotografou o curta-metragem RUSSA, dirigido por Ricardo Alves Junior e João Salaviza e que estreou na Competição Oficial da Berlinale 2018.
Também em 2018 estreou sua primeira longa-metragem, CHUVA É CANTORIA NA ALDEIA DOS MORTOS, correalizado com João Salaviza, no Festival de Cannes, recebendo o Prêmio Especial do Júri – Un Certain Regard. O filme foi lançado comercialmente em vários países,
destacando-se França onde foi visto por 45.000 espectadores. A FLOR DO BURITI é o seu segundo longa-metragem, correalizado com João Salaviza e filmado durante um período de quinze meses na Terra Indígena Krahô.

Sobre a Embaúba Filmes
A Embaúba é uma distribuidora especializada em cinema brasileiro, criada em 2018 e sediada em Belo Horizonte. Seu objetivo é contribuir para a maior circulação de filmes autorais brasileiros. Ela busca se diferenciar pela qualidade de seu catálogo, que já conta com mais de 50 títulos, investindo em obras de grande relevância cultural e política. A empresa atua também com a exibição de filmes pela internet, por meio da plataforma Embaúba Play, que exibe não apenas seus próprios lançamentos, como também obras de outras distribuidoras e contratadas diretamente com produtores, contando hoje com mais de 500 títulos em seu acervo, dentre curtas, médias e longas-metragens do cinema brasileiro contemporâneo.