Com Ailton Krenak, ‘Sociedade do Medo’ estreia nesta quinta nos cinemas

Com Ailton Krenak, ‘Sociedade do Medo’ estreia nesta quinta nos cinemas

“Sociedade do Medo”, novo documentário de Adriana L. Dutra, estreia nesta quinta nos cinemas

Coproduzido pela Globo Filmes, Globonews, Canal Brasil e GNT, longa-metragem encerra a “Trilogia da Catarse” da diretora e roteirista
 

TRAILER FOTOS

Longa-metragem que encerra a “Trilogia da Catarse”, composta por documentários desenvolvidos, roteirizados e dirigidos pela cineasta Adriana L. Dutra, “Sociedade do Medo” estreia dia 20 de outubro nos cinemas. O filme é uma reflexão sobre a epidemia do medo que assola a humanidade, potencializada por um sistema que, historicamente, manipula as massas a partir da propagação do pânico e da insegurança. Assim como em seus dois primeiros longas (“Fumando Espero”, de 2009, e “Quanto Tempo o Tempo Tem”, de 2015), Adriana L. Dutra compartilha com o espectador questões existenciais, com o objetivo de pensar assuntos sensíveis e universais que afetam o homem contemporâneo. A produção teve sua primeira exibição no Festival do Rio.
 

Em Tóquio, Nova York, Los Angeles, Londres, Paris, Amsterdam e outras cidades, a documentarista entrevista especialistas de diferentes realidades socioculturais. Os professores David Carrol e Jason Stanley, os filósofos Francis Wolff e Cyrille Bret, o historiador Marcelo Jasmin, os sociólogos Frank Furedi, Barry Glassner e Paula Johns, o padre Júlio Lancellotti, o escritor e filósofo indígena Ailton Krenak, a jornalista Flávia Oliveira, o físico Amit Goswami, a vereadora Benny Briolly, a pesquisadora Ivana Bentes, a professora Tamsin Shaw, a economista Linda Yueh, a deputada federal Talíria Petrone, entre outros, dão seus depoimentos sobre variadas vertentes do medo.

Todos concordam que o medo é e sempre foi o mais potente instrumento de poder. E, ao longo da História, a maior arma de figuras autoritárias para fazer as sociedades acreditarem que precisam de um líder forte. Padre Júlio Lancelotti critica o uso da religião para gerar medo: “Isso é a anti-religião, isso é a manipulação ideológica da religião para manter o poder”, aponta. A jornalista Flávia Oliveira avalia a presença do medo no maniqueísmo do bem e o mal e destaca que “se você acha que o outro por ser diferente te ameaça, se você não enxerga igualdade nas diferenças, nas nuances, você combate. E o medo é um instrumento de combate muito eficiente”.
 

A Trilogia da Catarse teve início em 2009 com o longa “Fumando Espero” (disponível na plataforma de streaming http://www.inff.online), quando a documentarista virou cobaia em seu próprio filme ao narrar a luta contra o cigarro. O projeto começou como um interesse pessoal e transformou-se em pesquisa sobre a dependência química e psicológica da nicotina. O longa foi exibido na 32º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Em 2015, no premiado “Quanto Tempo o Tempo Tem” (disponível na Netflix), Adriana percorreu diferentes cidades do mundo e debruçou sua pesquisa na percepção do tempo ter se tornado mais acelerado e analisou as novas tecnologias e a globalização, aliadas à produção constante de informação e conteúdo.

Em “Sociedade do Medo”, Adriana partiu para conversar com personalidades e analisar o momento em que vivemos, assustados. As filmagens começaram presencialmente antes do início da pandemia do Covid-19, em 2020, e seguiram remotamente depois que o caos foi deflagrado e o medo, unificado. Conforme a diretora afirma (na narração em off), o medo é um potente instrumento de poder: “Esse meu medo é um medo desorientado, diferente do medo orgânico, aquele que me protege contra o perigo. Esse medo que sinto parece ser um medo fabricado, forjado por alguém, como se o medo tivesse sido institucionalizado”, diz. Além de ter sido atravessado pela pandemia do Coronavirus, a produção presenciou outro episódio histórico que gerou mais uma onda indiscriminada de pavor quando, durante a finalização do documentário, a Rússia declarou guerra à Ucrânia.

Todos que possuem consciência têm medo e o medo de morrer é constituído de duas emoções opostas: a certeza de que vamos morrer e a incerteza de como e quando isso vai ocorrer. E, apesar do medo da morte, a espécie humana não parece estar preocupada com o consumo desenfreado que causa as mudanças climáticas, como pontua o filósofo indígena Ailton Krenak. Ele faz uma análise lúcida e realista sobre os tempos atuais: “Se os humanos desaparecerem, a Terra continua, ela não precisa de nós. A gente podia pensar nisso como uma coisa maravilhosa: a gente não faz falta. Mas os humanos se dão importância demais. Isso se chama especismo — que conclui que uma espécie pode dominar todo o planeta”. Mas Krenak encerra a reflexão com uma dica valiosa: “A gente tem que ser radicalmente vivo. Esse é o melhor antídoto contra o medo”.
 


“Sociedade do Medo” é produzido pela Inffinito, em coprodução com Canal Brasil, GNT, GloboNews e Globo Filmes. A distribuição é da Forte Filmes.

SINOPSE

Sociedade do Medo aborda a pandemia de medo que assola o homem contemporâneo. A diretora Adriana L. Dutra investiga a construção da sociedade pela ótica do medo, a sua presença ao redor do mundo e discute o tema com personalidades e especialistas. O documentário propõe uma reflexão crítica, buscando as origens de uma sociedade absorta em seus medos e, consequentemente, no consumo feroz de possíveis paliativos que contribuem para nos levar à solidão e à barbárie. Documentário. 76 minutos.


PERSONAGENS

David Carroll – Nova York – Professor/The New School – NYC
Francis Wolff – Paris – Filósofo e Escritor
Marcelo Jasmin – Rio de Janeiro – Historiador e Cientista Político
Frank Furedi – Londres – Sociólogo e Escritor
Cyrille Bret – Paris – Filósofo
Júlio Lancellotti – São Paulo – Padre
Ailton Krenak – Rio Doce – Minas Gerais – Escritor e Filósofo Indígena
Flávia Oliveira – Rio de Janeiro – Jornalista
Amit Goswam – Eugene | Oregon – Físico e Escritor
Jason Stanley – New Haven | Connecticut – Escritor e Professor de Filosofia – Yale University
Benny Briolly – Niterói – Vereadora
Erick Felinto – Rio de Janeiro – Escritor e Professor – UERJ
Paula Johns – Rio de Janeiro – Socióloga e Ativista
Ivana Bentes – Rio de Janeiro – Pesquisadora e Professora – UFRJ

Tamsin Shaw – Nova York – Professora – New York University
Linda Yueh – Londres – Economista e Escritora
Barry Glassner – Los Angeles – Sociólogo e Escritor
Adriana L. Dutra – Rio de Janeiro – Diretora e Roteirista
Tatiana de Souza – Nova York – Produtora
Yuka Tanaka – Tóquio – Cineasta
Tamara Pekelman – Londres – Consultora
Luciana Clark – Amsterdã – Técnica de Informação
Claudia Castello – Los Angeles – Editora
Talíria Petrone – Rio de Janeiro – Deputada Federal
 

FICHA TÉCNICA

Direção, Roteiro e Narração – Adriana L. Dutra

Produção – Cláudia Dutra e Adriana L. Dutra

Produção Executiva – Cláudia Dutra

Direção de Fotografia – Maritza Caneca, ABC

Argumento – Adriana L. Dutra e Renato Martins

Montagem – Renato Martins

Videografismo e Animação – Felipe Nogueira

Trilha Sonora Original – Igor Araújo

Som Direto – Pedro Moreira

Coordenação de Produção – Alessandra Alli

COPRODUÇÕES GLOBO FILMES, GLOBONEWS E CANAL BRASIL 

A Globo Filmes, a GloboNews e o Canal Brasil assinam, juntos, a coprodução de diversos documentários, que transitam pelos mais diversos assuntos relacionados à cultura brasileira e que apresentam olhares únicos sobre personagens, épocas e fatos da nossa história. A parceria pretende fomentar a produção, a exibição e a divulgação de filmes do gênero, que ainda tem pouca visibilidade no mercado brasileiro, mas representa muito mais do que uma fonte de entretenimento: é essencial para a preservação da memória de uma nação.

Juntos, Globo Filmes, GloboNews e Canal Brasil já investiram em mais de 40 documentários, entre eles “Libelu — Abaixo a Ditadura”, de Diógenes Muniz (vencedor do É Tudo Verdade de 2020); “Babenco – Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou”,de Bárbara Paz (premiado como melhor documentário sobre cinema da Venice Classics, mostra paralela do 76º Festival de Veneza em 2019); “Cine Marrocos”, de Ricardo Calil (vencedor do É Tudo Verdade 2019 e ainda inédito em circuito); “Barretão”, de Marcelo Santiago; “Henfil”, de Ângela Zoé (vencedor do Cine PE de 2018); “Menino 23”, de Belisário Franca (melhor doc do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2017)“Tá Rindo de Quê”, de Claudio Manoel, Álvaro Campos e Alê Braga; “Fevereiros”, de Marcio Debellian; “Mussum – Um Filme do Cacildis”, de Susanna Lira; “Setenta”, de Emília Silveira (melhor doc da Mostra São Paulo de 2014). 

SOBRE A FORTE FILMES

A Forte Filmes foi fundada por Renata Paschoal, atriz, diretora e produtora cultural com larga experiência nas três áreas: TV, Cinema e Teatro.

Há mais de 18 anos assina a produção das obras de Domingos Oliveira, entre as principais “Carreiras” com Priscilla Rozenbaum, “Juventude” com Paulo José, o elogiado documentário “Os 8 Magníficos” e os premiados filmes “Infância” com Fernanda Montenegro (vencedor de 4 kikitos, incluindo de Melhor Filme pela Academia Brasileira de Cinema) e “BR716” com Caio Blat e Sophie Charlotte (vencedor dos prêmios de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Trilha Sonora no 44º Festival de Cinema de Gramado e Melhor Roteiro pela Academia Brasileira de Cinema).

Também prestou assessoria para os documentários “Simonal — Ninguém sabe o duro que dei” de Claudio Manoel e “Los Hermanos — Este é o fim do começo de nossas vidas“. Em parceria com a GloboFilmes e Downtown Filmes, assinou a coprodução da cinebiografia “Simonal” com Fabricio Boliveira e Isis Valverde (vencedor dos prêmios de Melhor Primeira Direção, Melhor Trilha Sonora, Melhor Ator e Melhor Som no GP de Cinema Brasileiro, além dos Kikitos de Melhor Trilha, Direção de Arte e Fotografia no 46º Festival de Cinema de Gramado).

Ao longo dos anos produziu mais de 300 programas de entrevistas, 20 espetáculos teatrais e, recentemente, a elogiadíssima série de ficção “Confissões de Mulheres de 50“, disponível no Canal Brasil e na Globoplay.

A Forte, que já atuava no setor de distribuição, se tornou parceira da Kuarup Produtora, ampliando ainda mais sua estrutura e portfólio de filmes, documentários, séries e curtas-metragens. A grande estratégia dessa parceria é unir produção apurada de audiovisual com uma melhor distribuição, aproveitando a crescente demanda das mais diversas plataformas de streaming e vídeo sob demanda, além de cinema e televisão.

Documentário KEVIN, de Joana Oliveira, chega aos cinemas em 3 de novembro

Documentário KEVIN, de Joana Oliveira, chega aos cinemas em 3 de novembro

Ao narrar o reencontro da diretora com sua amiga ugandense Kevin Adweko, o filme aborda questões como sororidade, relações interraciais e a posição da mulher

O filme KEVIN, de Joana Oliveira (Morada), nasce da amizade da cineasta com a ugandense Kevin Adweko, que conheceu há mais de 20 anos, quando as duas estudavam na Alemanha. A partir do reencontro, quando a brasileira viaja a Uganda, o filme investiga o passado e o presente, os caminhos trilhados, e os rumos que as vidas e os países de cada uma delas tomaram. O longa é produzido pela Bukaya Filmes, em coprodução com Anavilhana e Vaca Amarela Filmes, e chega aos cinemas em 03 de novembro, com distribuição da Embaúba Filmes.

O documentário nasce de uma saudade: quando iria se casar, em 2013, Joana gostaria que sua amiga viesse ao Brasil, mas Kevin tinha acabado de ter uma filha, e não podia arcar com os gasto de uma viagem. “Desde que nos conhecemos em 1999 em Reutlingen, na Alemanha, só tínhamos nos encontrado em um país que não era nem de uma nem de outra. Em janeiro de 2013 comecei a escrever o roteiro de um filme que seria uma mistura de documentário e ficção sobre a vinda de Kevin ao Brasil para meu casamento. Acreditava que seria uma forma de me conectar com minha amiga e de termos um projeto juntas, fazer um filme sobre nossa relação.”

Além disso, Joana sabia que Kevin era uma figura extraordinária para estar num documentário. “E que a relação entre uma brasileira e uma ugandesa, que têm muito em comum apesar de serem tão diferentes em suas personalidades, interessaria muita gente. Especialmente mulheres. Meu casamento passou, o filme demorou a ser financiado, a Kevin se mudou da Alemanha para Uganda e muita coisa mudou na história do filme.”

Joana também aponta que sua amiga Kevin pensava, no início, que o filme não passava de uma brincadeira, ou algo apenas para mostrar para amigas no Brasil. “Quando chegamos na Uganda com a equipe, com contratos, com equipamentos, ela começou a entender que o filme era maior que uma reportagem e ficou muito feliz. A Kevin pode dizer que não acredita, mas eu, sim, sei: ela é uma artista nata. Sabe como se posicionar para ser filmada, entende a captação de som e a manipulação de uma história. Nós conversamos muito sobre o que revelar e o que não revelar e tudo o que está no filme foi acordado.”

Joana conta que quando se conheceram, logo se tornaram amigas próximas, e mesmo depois que a brasileira retornou, e Kevin continuou na Alemanha, elas não perderam contato, primeiro, por cartas, e, depois, e-mails. Em 2005, se reencontraram brevemente, quando Joana voltou a estudar na Alemanha, e só em 2014 que estiveram juntas novamente, já com o projeto do filme.

Estive na Alemanha para planejarmos o filme, fiz testes de câmera com ela. A Luana Melgaço, produtora do filme, me ajudou a ir e ter certeza de que ela estava de acordo com o projeto. Foi ótimo, pois tive certeza de que a câmera e ela se amam! E desde que começamos o projeto do filme tenho visto a Kevin com mais regularidade e tem sido uma coisa linda. Meu marido, Gustavo Fioravante, que assina o som direto e a edição de filme, a conheceu já quando fomos filmar.”

KEVIN foi filmado em 2 etapas, a primeira em 2017, em Uganda, onde foi rodada uma parte grande do filme, e a segunda em 2019, em Belo Horizonte, Brasil, e, depois, novamente em Uganda, na cidade de Jinja. “Foi antes da segunda etapa que eu procurei a Laura Barile, para trabalhar no roteiro, pois justamente queria tratar Joana e Kevin em uma chave mais distanciada e com a proposta de entendermos essas personagens e fortalecê-las. O roteiro teve também a colaboração ativa de Tatiana Carvalho Costa, que também foi assistente de direção.”

O filme teve suas primeiras exibições na Mostra de Cinema de Tiradentes, que aconteceu on-line, e Joana confessa que tinha apreensão sobre como o público veria o longa. “Mas foi impressionante. As pessoas nos escreveram muito, ligaram, queriam seguir conversando sobre a vida, sobre a situação das mulheres, sobre amizade, sobre querer ou não ter filhos, sobre perdas, sobre famílias interraciais, sobre racismo, sobre problemas de família, sobre estar com saudades das pessoas. Muitas mulheres falando de como se sentiram refletidas na tela, de como amam suas amigas.”

Joana revela que assistiu a estreia do filme ao lado de Kevin, na Alemanha, e, nas próximas semanas, a amiga chega ao Brasil para o lançamento do longa no país. “A Kevin é uma mulher de pulso muito forte e muito segura do que quer que seja visto e o que não quer. Sim, a Kevin do filme é uma versão dela mesma. Assim como a Joana do filme também é.”KEVIN tem ainda em sua equipe artística Clarissa Campolina, na montagem; Cristina Maure, na direção de fotografia; Thaís de Campos, na trilha sonora; Gustavo Fioravante, no som direto e edição de som; e Rimmena Procópio, que fez a direção de arte no Brasil, além da seleção de figurinos.KEVIN será lançado no Brasil pela Embaúba Filmes.


Sinopse

É a primeira vez que Joana, uma brasileira, visita sua amiga Kevin na Uganda. Elas se tornaram amigas há 20 anos quando estudaram juntas na Alemanha e faz muito tempo que não se veem. A partir desse encontro, o filme tece a fina trama que é uma conversa entre duas amigas: as histórias do passado, os desejos, os caminhos trilhados, os diferentes modos de encarar a matéria do vivido e um elo de amor e sororidade que resiste à distância e ao tempo.

Ficha técnica:

Direção:  Joana Oliveira

Produção: Luana Melgaço, Joana Oliveira 

Elenco: Joana Oliveira, Kevin Adweko

Roteiro: Joana Oliveira, Laura Barile, com a colaboração de Tatiana Carvalho Costa

Produção Executiva: Luana Melgaço

Direção de Produção: Camila Bahia, Irene Nduta Mungai, Vanessa Santos

Fotografia: Cristina Maure

Direção de Arte: Rimenna Procópio

Som Direto e Edição de Som: Gustavo Fioravante

Montagem: Clarissa Campolina

Cor e Finalização: Lucas Campolina

Mixagem: Pedro Durães

Trilha Sonora: Thaís de Campos

Empresa Produtora: Bukaya Filmes

Coprodução: Anavilhana; Vaca Amarela Filmes

Empresa Distribuidora no Brasil: Embaúba Filmes

Ano: 2021

Duração: 81 minutos

País: Brasil

Sobre Joana Oliveira

Joana Oliveira é roteirista e diretora; trabalha na área audiovisual desde 1999. Mestre em Cinema pela Escola de Belas Artes, UFMG, graduada em Direção de Cinema pela EICTV, em Cuba e em Comunicação Social pela PUC Minas.

Dirigiu várias produções como curtas-metragens de ficção, documentários e programas para a TV. Roteirizou variadas séries de ficção e documentário, além de longas-metragens. Seus curtas já foram selecionados para vários festivais nacionais e internacionais como Festival de Cartagena (Colômbia), Lakino (Alemanha), Huesca Film Festival (Espanha), Festival de Habana (Cuba), Festival de Cine de Guadalajara (México), San Diego Latino Film Festival (EUA), Mostra de Cinema de Tiradentes e exibidos em canais de televisão. Realizou diretora dois longas-metragens documentais: Kevin (2021) e Morada (2010). Joana atua também como professora universitária e consultora de roteiros. Atualmente é sócia da Bukaya Filmes.

Sobre a Bukaya Filmes – https://bukayafilmes.com.br/

Bukaya Filmes é uma produtora de filmes autorais da diretora Joana Oliveira. Criada em 2019, a produtora é sediada em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Dois longas-metragens fazem parte do portifólio da empresa. São eles Morada, um documentário sobre uma senhora ameaçada de desapropriação em Belo Horizonte, e Kevin, que conta a história de uma amizade entre uma mulher do Brasil e uma mulher da Uganda.

Sobre a Anavilhana – https://www.anavilhana.art.br/

A Anavilhana surgiu do encontro entre Clarissa Campolina, Luana Melgaço e Marília Rocha. Fundada em 2005, a produtora reúne mais de 20 anos de experiência de suas sócias, com o desejo de articular pesquisa, formação, produção e criação audiovisual.

Desenvolvemos projetos das nossas integrantes e parcerias com diretoras e diretores independentes, produções associadas e co-produções dentro e fora do Brasil. Nosso trabalho é norteado pela criação de desenhos de produção mais adequados a cada novo projeto, pelas trocas com outras produtoras e realizadores, e pelo investimento na pesquisa de linguagem. Tudo isso desde sua origem, quando as três sócias integraram o grupo Teia (www.teia.art.br). 

Até o momento, a Anavilhana lançou mais de 30 obras audiovisuais, com ampla participação no mercado de cinema autoral: curtas e longas-metragens, instalações, séries de TV e teatro. Teve trabalhos oficialmente selecionados e premiados festivais nacionais como: É Tudo Verdade, Festival de Brasília, Festival do Rio, Mostra de Tiradentes; em festivais internacionais: Berlinale, Veneza, Toronto, San Sebastian,Locarno, Roterdã, Visions du Réel, DocLisboa; e em museus de arte do mundo: Centre Georges Pompidou, MoMA, Inhotim. Suas produções também estiveram destacadamente presentes no circuito comercial de cinema e em plataformas de streaming no Brasil e no exterior.

E para quem se pergunta o que significa Anavilhana, explicamos: o arquipélago de Anavilhanas, um dos maiores do mundo, situa-se no Rio Negro, na região amazônica. Este conjunto de ilhas fluviais inspirou a escolha do nome da produtora, ao entendermos que um arquipélago só se faz na autonomia de suas ilhas e na união de todas elas.

Sobre a Vaca Amarela – https://www.vacaamarelafilmes.com.br/

A Vaca Amarela Filmes é uma produtora audiovisual brasileira que realiza projetos independentes e autorais. Sediada em Minas Gerais, atua desde 2008, produzindo filmes de curtas, médias e longas-metragens e séries de TV.

Suas produções foram premiadas e exibidas em vários festivais internacionais como Festival Internacional de Cine de Cartagena (Colômbia), Lakino (Alemanha), Cine Las Americas International Film Festival (Estados Unidos), Terra di Tutti Film Festival (Itália), Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira (Portugal) e no Brasil em festivais como Forumdoc, Mostra de Cinema de Tiradentes, Festival Internacional de curtas metragens de São Paulo, Cine Ceará, Festival do Cinema Brasileiro de Gramado etc.

Para a TV, realizou a série de documentário Veredas do Brasil, que trata-se das grandes rotas criadas no Brasil. Como que cada uma delas nasceu, resistiu e se transformou ao longo da sua história. A primeira temporada transporta o espectador para o século XVIII ao percorrer a Estrada Real, conhecida por ser o principal caminho de escoamento do ouro e diamante das Minas Gerais rumo a Portugal em exibição no CineBrasilTV.

Atualmente a Vaca Amarela Filmes está produzindo o longa-metragem ‘A Estação’ contemplado no Prodecine 01/2016-Ancine e uma série de animação infantil para TV ‘Na Sombra da Mangueira’ selecionado pelo Olhar Independente.

Sobre a Embaúba Filmes – https://embaubafilmes.com.br/

A Embaúba Filmes é uma distribuidora especializada em cinema brasileiro, criada em 2018 e sediada em Belo Horizonte. Seu objetivo é contribuir para a maior circulação de obras autorais brasileiras. Ela busca se diferenciar pela qualidade de seu catálogo, que já conta com mais de 40 títulos, em pouco mais de 4 anos de atuação, apostando em filmes de grande relevância cultural e política. A empresa atua também com a exibição de filmes pela internet, por meio da plataforma Embaúba Play, que exibe não apenas seus próprios lançamentos, como também obras de outras distribuidoras e contratadas diretamente com produtores, contando hoje com mais de 500 títulos em seu acervo, dentre curtas, médias e longas-metragens do cinema brasileiro contemporâneo.

Documentário EXU E O UNIVERSO faz sua estreia no Festival do Rio dia 14 de outubro

Documentário EXU E O UNIVERSO faz sua estreia no Festival do Rio dia 14 de outubro

Dirigido por Thiago Zanato, longa desconstrói pré-conceitos sobre as culturas e religiões de matrizes africanas

O nigeriano Bàbálórìsà Adesiná Síkírù Sàlámì, mais conhecido como Prof. King, está ao centro do documentário EXU E O UNIVERSO, de Thiago Zanato, que terá sua première mundial na próxima sexta (14/10), às 17h, Estação Net Gávea, como parte da programação do Festival do Rio, em sessão apenas para convidados. No dia seguinte, 15/10, às 10h30, seguida de debate, no Cine Odeon – CCLSR. A produção é assinada por Druzina Content, Livres Filmes e Thiago Zanato. Mais informações sobre as exibições, no final do release.

Produzido ao longo de 5 anos, o filme dá voz ao Prof King, um carismático professor nigeriano que imigrou para o Brasil nos anos 80, e se tornou um proeminente intelectual e estudioso. Há 30 anos, ele luta para mudar a percepção da cultura e religião africana no Brasil e no mundo. Ele abriu um centro cultural e escreveu vários livros, mas o seu projeto mais importante ainda não foi concluído: um dicionário Iorubá no qual ele trabalha há quase 20 anos, no qual as palavras sagradas Iorubá são devidamente traduzidas e seu real significado é revelado – palavras como “Èṣù”.

Exu é uma palavra de apenas 3 letras, que carrega uma história fascinante e mal conhecida. A gente tem que respeitar essa história e concertar ela”, explica Zanato, que já pesquisava sobre religiões antes de realizar o documentário, e conheceu o Prof King por intermédio de Marco Antônio Ferreira, que, posteriormente, iria assinar a direção de fotografia do filme.

Eu fazia uma pesquisa cinematográfica sobre retratos de religiões como forma de resistência, contra processos opressores, colonialistas e capitalistas, que não dão espaço a outras religiões continuarem existindo. Quando conheci o Prof King entendi que a visão de mundo dele era bem particular e interessante, e bastante diferente da visão ocidental.

O professor já era bem familiarizado com o Brasil, pois morou, e realizou mestrado e doutorado, ambos em sociologia, na USP nos ano de 1990. “Fiquei fascinado e curioso com o que ele tinha para falar. E ele gostou de mim, porque também tenho essa abertura para entender sobre os temas. O filme chama Exu e o Universo, uma visão do universo a partir do pontos de vista da cultura Ioruba e do Prof King.”

O roteiro de EXU E O UNIVERSO é assinado por Zanato, o Prof King e o músico Marcos “Nasi” Valadão, que faz parte da comunidade do professor. “O Nasi estava na Nigéria e o Prof King falou para ele que queria fazer um registro do que eles faziam ali. É realmente incrível. Todos os sacerdotes de Orixás ali reunidos fazendo os rituais mas também os lugares importantes na Nigéria que o Prof. King. conhece muito bem e nos apresentou.”

Zanato e sua equipe fizeram mais de 200 horas de filmagens, no Brasil, Nigéria e na Europa, acompanhando o Prof King. Para o filme, o diretor partiu da leitura do livro Exu e a Ordem do Universo, do próprio professor, e, a partir daí, conversou muito com ele e o próprio Nasi, discutindo questões e temas relacionados ao filme. “Exu é uma força organizadora de tudo, de todos os orixás. Foi meio orgânico, li o livro, fomos nos lugares, tudo foi se encaixando. Fomos construindo o roteiro ao longo da pesquisa. E outras coisas que foram aparecendo ao longo do caminho, como achar a pessoa do Google que consertou a tradução de Exu.”

EXU E O UNIVERSO é fundamental para o Brasil do presente. “Estamos numa encruzilhada, um momento de escolhas. Decidir onde vai não só o país, mas o mundo todo. É uma análise de como chegamos até aqui.”

O filme é uma desconstrução dos pré-conceitos sobre as culturas e religiões de matrizes africanas. A gente ainda vive num clima que é marcado pelos processos históricos opressores, e é difícil se desvincular deles. EXU E O UNIVERSO é um grito de esperança, uma homenagem a Exu para que a história possa ser reescrita do jeito correto para termos um futuro mais justo e menos opressor.”

EXU E O UNIVERSO no Festival do Rio

  • Dia 14/10 às 17h: Sessão para convidados, no Estação Net Gávea – R. Marquês de São Vicente, 52, Gávea
  • Dia 15/10 às 10h30: Sessão aberta ao público, seguida de debate, no Cine Odeon – CCLSR – Praça Floriano, 7, Cinelândia

Sinopse

Exu e o Universo é um filme sobre a descolonização do pensamento e a influência do povo Iorubá na diáspora. No Brasil, um país onde a liberdade religiosa está sob ataque e o racismo é sistêmico, um Nigeriano e sua comunidade lutam para provar que Exu não é Diabo.

Ficha Técnica:

Direção: Thiago Zanato

Roteiristas: Prof. King, Thiago Zanato, Marcos “Nasi” Valadão

Produção: Chica Barbosa, Prof. King, Marcos “Nasi” Valadão

Direção de Fotografia: Marco Antônio Ferreira

Edição: Danilo Santos

Som: Thiago Zanato, Fred França, Raul Costa and Tales Manfrinato

Edição de Som e Mixagem: Tiago Bello

Cor e finalização: MIA – Marcelo Rodriguez

Produtoras: Druzina Content e Livres Filmes

Sobre Thiago Zanato

Thiago Zanato é um cineasta brasileiro que divide seu tempo entre Los Angeles e São Paulo. O seu trabalho centra-se nas questões sociais e na estética da representação. Envolveu-se no cinema como Diretor Criativo em projetos como “I’m Here” (Sundance, 2010), dirigido por Spike Jonze e “NY-Z”, com Jay-Z e dirigido por Danny Clinch.

Dirigiu o curta-metragem “La Flaca” sobre uma mulher transgênero mexicana e líder do culto à Santa Muerte em Queens, Nova Iorque. O filme ganhou diversos prêmios e entrou em mais de 100 festivais de cinema ao redor do mundo, entre eles: Fribourg International Film Festival, Message to Man, Festival de la Habana, Guanajuato International Film Festival, Frameline, Encounters Film Festival, MIX Brasil, Panorama Internacional de Cinema, Curta Cinema.

Atualmente estreia seu primeiro longa-metragem “Exu e o Universo”, um documentário sobre liberdade de culto, a descolonização do pensamento e a influência do povo Iorubá Africano. Desenvolve também seu primeiro longa-metragem de ficção, produzido entre os Estados Unidos e México.

Sobre o Prof King

O Bàbálórìsà Adesiná Síkírù Sàlámì, o Babá King, filho de uma importante linhagem real, nasceu na cidade de Abéòkúta, no Estado de Ògún, na Nigéria. Sacerdote iorubá há décadas, reside no Brasil desde 1983. Iniciou sua trajetória espiritual ainda na infância, tendo sido iniciado em Ifá-Orúnmìlà, Ìyámi Òsòròngà, Egúngún, diversos outros orixás e também no conhecimento das plantas. Ocupa diversas posições hierárquicas de grande importância na Nigéria, entre as quais o título de Bàbá Egbé da Sociedade dos Babalaôs de Abéòkúta. É também fundador de um grande templo de orixás em Abéòkúta, Nigéria, e de um dos maiores templos de orixás no Brasil, o Oduduwa Templo dos Orixás, com 6.300 metros de terreno de frente para o mar e mais de 2.500 metros de área construída na cidade de Mongaguá, no litoral paulista.

Formado em Administração de Empresas, Babá King concluiu o Mestrado em 1993 e o Doutorado em 1999, ambos em Sociologia, pela Universidade de São Paulo. O conjunto de suas preocupações com questões relativas à África Negra o levaram a dedicar-se a pesquisas, recorrendo às fontes da oralidade iorubá e a grandes mestres tradicionalistas na África. Suas pesquisas deram origem a livros, vídeos e registros em áudio, além de palestras, entrevistas e cursos em diversos países. As peculiaridades de sua trajetória permitem que, como pesquisador, tenha acesso privilegiado à Religião Tradicional Iorubá, uma vez que é um sacerdote nativo desta etnia. Permitem, inversamente, que sistematize conhecimentos orais e os apresente a seus discípulos com uma sólida metodologia acadêmica.

No Brasil, Babá King fundou em 1988 o Centro Cultural Oduduwa, o Oduduwa Templo dos Orixás e a Editora Oduduwa. No Centro Cultural Oduduwa, que abriga a editora, especializada em lançar obras sobre a Religião Tradicional Iorubá, ministra cursos e palestras e promove publicações, além de realizar consultas oraculares utilizando o èrìndílógún (o jogo dos dezesseis búzios de Ifá); é pioneiro no ensinamento desta prática e de outros conhecimentos relativos aos orixás desde 1988. O Oduduwa Templo dos Orixás, que adquiriu sede própria em 2003, é onde atua em atividades religiosas como iniciações em orixás e rituais de ebó e bori.

Sobre a Druzina Content

Druzina Content atua no mercado de produção audiovisual há mais de 15 anos, tendo seus conteúdos exibidos em mais de 50 territórios do mundo nas mais diversas plataformas, salas de exibição e canais  como Nickelodeon, GloboPlay, Prime Video, ZooMoo Kids, PlayKids, Tv Brasil, ToonGoogles, Netflix, Canal Brasil, Box Kids, Tv Cultura, Youku, Telecine entre outros. A empresa atua principalmente nos segmentos de cinema, televisão e games. Com o propósito de produzir histórias que precisam ser contadas, seus filmes e séries já participaram de diversos festivais e mercados, recebendo inúmeros prêmios. A CEO da produtora, Luciana Druzina, é membro da International Academy of Television Arts & Sciences e também faz parte da comissão julgadora do International Emmy®️ Awards. Em reconhecimento à atuação da Druzina Content no mercado externo, a empresa audiovisual conquistou o Prêmio Exportação ADVB por três anos consecutivos (2020, 2021 e 2022), uma conquista inédita para o setor de economia criativa e para a indústria audiovisual brasileira.

Sobre a Livres Filmes

A Livres Filmes é uma empresa que atua desde 2014 no mercado audiovisual, com a missão de atuar junto ao nicho da produção independente brasileira. Além da distribuição, a Livres vem atuando no desenvolvimento de obras audiovisuais desde a sua concepção, buscando fomentar a produção brasileira ou em coprodução com outros países, voltadas para o circuito cultural das salas de cinema, das plataformas VOD e TVs.

Hoje a Livres Filmes traz no seu catálogo, obras de ficção, documentário e animação, em diferentes formatos. A empresa trabalha para atingir um mercado consumidor interessado na produção audiovisual nacional, bem como contribuir na formação deste público, através de ações integradas de difusão em festivais, mostras e cineclubes.

Campanhas de Impacto para lançamentos, designer de público e difusão em circuitos alternativos são expertises que fazem parte do trabalho da Livres Filmes.

Dirigido por Lucas Bambozzi, LAVRA estreia nos cinemas dia 8 de setembro

Dirigido por Lucas Bambozzi, LAVRA estreia nos cinemas dia 8 de setembro

Documentário sobre os impactos da mineração na paisagem, na vida e na alma de Minas Gerais discute as tragédias causadas pelas mineradoras

Assista ao trailer: https://youtu.be/dBejBh2JCwQ

Após percurso por importantes festivais como o IDFA 2021 (Amsterdã), Hotdocs 2022 (Toronto), Festival de Cine de Lima e prêmios no Festival de Brasília e Mostra Ecofalante, documentário mineiro entra em cartaz no dia 08 de setembro de 2022.

Lavra” é um documentário híbrido, onde uma personagem ficcional interage com personagens e situações reais. Com produção da Trem Chic Cine Video Lab, produtora que tem como um dos sócios o videoartista Eder Santos, dirigido por Lucas Bambozzi e escrito por Christiane Tassis, o longa aborda os impactos da mineração na paisagem de Minas Gerais.

O filme mostra a jornada da geógrafa Camila, emigrante de Governador Valadares. Interpretada por Camila Mota, atriz do Teatro Oficina. Ela retorna dos Estados Unidos para sua terra natal, quando o rio Doce foi contaminado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. Camila segue o caminho da lama tóxica que varreu povoados do mapa e matou 19 pessoas, deparando-se com paisagens, comunidades e pessoas devastadas. Governador Valadares, Baguari, Território Krenak, Ouro Preto, Itabira, Paracatu de Baixo, Bento Rodrigues, Serro, Conceição do Mato Dentro, são algumas das cidades retratadas. Até que outra barragem se rompe, em Brumadinho, matando cerca de 300 pessoas. Ao ver a tragédia de perto, ela sente-se pela primeira vez atingida e se envolve com movimentos de resistência.

O filme teve sua World Premiere em 17 de novembro de 2021 no prestigiado IDFA (Festival Internacional de Documentários de Amsterdã), considerado o maior festival no gênero. Selecionado entre os 985 filmes inscritos para o Festival de Brasília, participou da Mostra Competitiva, nos dias 08 e 09 de dezembro, sendo premiado na Categoria “Melhor Som” e “Fotografia”. Foi exibido no One World Festival, na República Tcheca, dedicado a direitos humanos, na 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes, no disputado Hotdocs de Toronto, no 26º Festival de Cine de Lima, e segue sendo convidado para importantes festivais pelo mundo. Na 11ª Mostra Ecofalante, em 2022, recebeu o prêmio de melhor longa-metragem pelo público, atestando o impacto que o filme vem causando nas pessoas. 

A estreia nos cinemas em setembro de 2022 traz à tona a atualidade e a urgência das discussões em torno das atividades do megaextrativismo no Brasil, para  além do estado de Minas Gerais, onde vem acontecendo uma série de retrocessos no campo ambiental.

Lavra” é um documentário híbrido, onde uma personagem ficcional interage com personagens e situações reais. Com produção da Trem Chic Cine Video Lab, produtora que tem como um dos sócios o videoartista Eder Santos, dirigido por Lucas Bambozzi e escrito por Christiane Tassis, o longa aborda os impactos da mineração na paisagem de Minas Gerais.

O filme mostra a jornada da geógrafa Camila, emigrante de Governador Valadares. Interpretada por Camila Mota, atriz do Teatro Oficina. Ela retorna dos Estados Unidos para sua terra natal, quando o rio Doce foi contaminado pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. Camila segue o caminho da lama tóxica que varreu povoados do mapa e matou 19 pessoas, deparando-se com paisagens, comunidades e pessoas devastadas. Governador Valadares, Baguari, Território Krenak, Ouro Preto, Itabira, Paracatu de Baixo, Bento Rodrigues, Serro, Conceição do Mato Dentro, são algumas das cidades retratadas. Até que outra barragem se rompe, em Brumadinho, matando cerca de 300 pessoas. Ao ver a tragédia de perto, ela sente-se pela primeira vez atingida e se envolve com movimentos de resistência.

O filme teve sua World Premiere em 17 de novembro de 2021 no prestigiado IDFA (Festival Internacional de Documentários de Amsterdã), considerado o maior festival no gênero. Selecionado entre os 985 filmes inscritos para o Festival de Brasília, participou da Mostra Competitiva, nos dias 08 e 09 de dezembro, sendo premiado na Categoria “Melhor Som” e “Fotografia”. Foi exibido no One World Festival, na República Tcheca, dedicado a direitos humanos, na 25ª Mostra de Cinema de Tiradentes, no disputado Hotdocs de Toronto, no 26º Festival de Cine de Lima, e segue sendo convidado para importantes festivais pelo mundo. Na 11ª Mostra Ecofalante, em 2022, recebeu o prêmio de melhor longa-metragem pelo público, atestando o impacto que o filme vem causando nas pessoas. 

A estreia nos cinemas em setembro de 2022 traz à tona a atualidade e a urgência das discussões em torno das atividades do megaextrativismo no Brasil, para  além do estado de Minas Gerais, onde vem acontecendo uma série de retrocessos no campo ambiental.

Lavra” será lançado no Brasil pela Pandora Filmes

Sinopse

Camila, geógrafa, retorna à sua terra natal depois de o rio de sua cidade ser contaminado pelo maior crime ambiental do Brasil, provocado por uma mineradora transnacional. Camila segue o caminho da lama que atingiu o rio, varreu povoados, tirou vidas e deixou um rastro de morte e destruição, e começa a repensar seu estilo de vida. Decide fazer um mapeamento dos impactos da mineração em Minas Gerais e se envolve com ativistas e movimentos de resistência, saindo do individualismo para a coletividade. Lavra é um road-movie sobre perder um mundo e tentar recuperá-lo, sobre pertencimento e identidade, na guerra em curso entre capitalismo e a natureza.

Ficha Técnica

Lavra, Brasil, 2021, 101′, Livre

Direção: Lucas Bambozzi

Produtora: Trem Chic 

Argumento e roteiro: Christiane Tassis

Atriz: Camila Mota

Produtor: André Hallak

Produção executiva: Eder Santos

Montagem: Fabian Remy

Música: O GRIVO e Stephen Vitiello

Documentário QUEM TEM MEDO? estreia nos cinemas dia 4 agosto

Documentário QUEM TEM MEDO? estreia nos cinemas dia 4 agosto

Filme acompanha a ascensão da extrema direita no Brasil a partir da perspectiva de artistas que tiveram obras censuradas

“QUEM TEM MEDO”, dirigido por Dellani Lima, Henrique Zanoni e Ricardo Alves Jr, foi exibido no 27º Festival É Tudo Verdade e agora chega aos cinemas, com distribuição da Embaúba Filmes no dia 4 de agosto. O documentário, filmado desde 2017, acompanha diverso(a)s artistas e performers que foram censurado(a)s e como esse processo ganhou ainda mais força com a eleição de Jair Bolsonaro.

Através de entrevistas com o(a)s artistas, registro das obras censuradas e discursos de deputados e senadores, o documentário acompanha os casos de Wagner Schwartz (SP), Renata Carvalho (SP), Maikon K (PR), José Neto Barbosa (RN) e das montagens de “Caranguejo Overdrive” (Aquela Cia de Teatro, RJ) e “RES PUBLICA 2023 (A Motosserra Perfumada, SP).

Segundo Dellani Lima, “filmamos no calor dos acontecimentos, sentíamos que o medo e a raiva passavam a ser afetos mobilizados pela extrema direita e a violência começou a atravessar a vida de nós artistas”. Ricardo Alves Jr ressalta o foco nos corpos que foram perseguidos: “a extrema direita tem como um dos principais alvos os  corpos LGBTQIA+, tentando, de formar criminosa, associar a arte e os artistas à pedofilia. Essa ação é planejada para ativar o ódio da sociedade contra esses grupos”. Já Henrique Zanoni ressalta o crescimento da censura: “de acordo com a plataforma MOBILE, de 2016 a 2018 foram 16 casos de censura; já nos três primeiros anos do Governo Bolsonaro, o número explodiu para 211 casos, sendo 72% realizados pelo poder executivo federal. Esse processo de “bolsonarização” veio para ficar”.

Ao longo do filme, acompanhamos como os mecanismos de censura deixaram de ser explícitos e foram “atualizados”: assédio judicial, enfraquecimento de mecanismos de controle, aparelhamento ideológico, estrangulamento financeiro, campanhas de difamação, entre outros. Além disso, nos aproximamos das terríveis consequências nas vidas desses artistas decorrentes da violência a que foram submetidos. Mas, também, como arte será sempre um espaço de resistência. Como diz Renata Carvalho: “já me tiraram de todos os lugares, mas do teatro vocês não vão me tirar”.

Sinopse

O longa-metragem documental narra a ascensão da extrema direita no Brasil a partir da perspectiva de artistas que tiveram obras censuradas. Com suas vozes, o filme compõe um mosaico das consequências nefastas da presente escalada do fascismo no país.

Ficha Técnica

Direção – Dellani Lima, Henrique Zanoni e Ricardo Alves Jr.

Dellani Lima – Direção, Fotografia, Roteiro, Montagem e Trilha Sonora

Henrique Zanoni – Direção, Roteiro e Montagem

Ricardo Alves Jr. – Direção, Roteiro e Montagem

Daniel Pech – Produção

Ricardo Zollner – Edição de Som, Mixagem e Trilha Sonora

Lucas Barbi – Correção de cor

Brasil, 2022, 71′

Classificação indicativa – 14 anos

Sobre a Embaúba Filmes

A Embaúba Filmes é uma distribuidora especializada em cinema brasileiro, criada em 2018 e sediada em Belo Horizonte. Seu objetivo é contribuir para a maior circulação de obras autorais brasileiras. Ela busca se diferenciar pela qualidade de seu catálogo, que já conta com mais de 30 títulos, em pouco mais de 4 anos de atuação, apostando em filmes de grande relevância cultural e política. A empresa atua também com a exibição de filmes pela internet, por meio da plataforma Embaúba Play, que exibe não apenas seus próprios lançamentos, como também obras de outras distribuidoras e contratadas diretamente com produtores, contando hoje com mais de 500 títulos em seu acervo, dentre curtas, médias e longas-metragens do cinema brasileiro contemporâneo.