Festival “Volta ao Mundo: Coreia do Sul”, com sete filmes, de 16 a 30/09

Festival “Volta ao Mundo: Coreia do Sul”, com sete filmes, de 16 a 30/09

Petra Belas Artes À La Carte, em parceria com o Centro Cultural Coreano no Brasil, apresenta: “Volta ao Mundo: Coreia do Sul”, com sete filmes, de 16 a 30/09

Os festivais do Petra Belas Artes À La Carte são um grande sucesso e o próximo já tem tem a data marcada: “Volta ao Mundo: Coreia do Sul”, que acontecerá de 16 a 30 de setembro, em parceria com o Centro Cultural Coreano no Brasil, reunindo sete longas-metragens produzidos em décadas diversas: “Bala Sem Rumo” (1961), de Yoo Hyun-mok; “O Caminho para Sampo” (1975), de Lee Man-hee; “Amora” (1985), de Lee Doo-yong; “Atrizes” (2009), de Lee Jae-yong; “Paju” (2009), de Park Chan-ok; “A Empregada” (2010), de Im Sang-soo; e “Canola” (2016), de Yoon Hong-seung.  

O evento homenageia os 60 anos do grande clássico “Bala Sem Rumo”, de Yoo Hyun-mok (1925-2009), obra muitas vezes chamada de “o melhor filme sul-coreano já feito”. O filme teve enredo baseado no romance homônimo de Lee Beomseon e conta a história de um contador pressionado, seu irmão veterano de guerra e sua família disfuncional que lutam para se integrarem à sociedade coreana do pós-guerra. Rodado em Seul, o filme tem imagens de paredes reais perfuradas por tiros, arame farpado e áreas bombardeadas da cidade, e o seu lançamento chegou a ser proibido pelo governo, por causa de sua “descrição pessimista” da vida pós-guerra na Coreia do Sul. Yu Hyun-mok, que estreou no cinema em 1956, foi um dos maiores mestres do cinema sul-coreano, e seu olhar intelectual sobre questões sociais e políticas o levaram a ter dificuldades tanto com produtores quanto com o governo militar do seu país durante os anos 1960 e 1970. Respeitosamente, os críticos coreanos costumavam comparar sua linguagem estética à dos diretores neorrealistas italianos, e os elogios ao seu estilo não poupavam termos como “modernista”, “expressionista” e “poético”.

Outro clássico presente no festival é “O Caminho para Sampo”, que teve roteiro adaptado do romance de Hwang Seok-young e é a obra final do diretor Lee Man-hee (1931–1975), lançada postumamente. A trama gira em torno de três desajustados: um jovem trabalhador da construção civil que se vê sem trabalho e sem lugar para morar durante o inverno rigoroso; um homem de meia-idade, que ganha a vida fazendo bicos com as habilidades que adquiriu na prisão; e uma “hostess” de um restaurante que roubou o patrão e fugiu. Os dois homens são pagos pelo dono do restaurante para capturar a jovem ladra, mas, ao encontrá-la, ela consegue persuadi-los a viajarem juntos. Depois de servir no exército de 1950 a 1955, inclusive lutando na Guerra da Coréia, Lee Man-hee trabalhou como assistente de direção para diversos cineastas de seu país, ganhando experiência na indústria cinematográfica, até estrear na direção, em 1961, com o filme “Caleidoscópio”, cuja cópia original se perdeu há muito tempo, não restando nenhuma outra, e tudo o que se sabe dele é que se tratava de um drama familiar. Extremamente produtivo, até o ano de sua morte, Lee Man-hee havia feito mais de 50 filmes, cerca de três a quatro por ano, numa carreira que durou apenas 14 anos. Porém, durante a montagem de “O Caminho para Sampo”, Lee sofreu um desmaio, foi internado em um hospital e logo morreu. Segundo relato de Baek Kyeol, um roteirista, a saúde do diretor já estava debilitada quando ele assumiu o projeto, e talvez tivesse consciência de que não viveria o suficiente para ver a conclusão do filme.

Apresentado no 10º Festival Mundial de Cinema de Montreal, “Amora” é um drama de teor fortemente erótico, baseado na história clássica de mesmo nome de Na Do-hyang. An-hyeop, a personagem protagonista, é uma bela jovem, que mora em uma pequena vila na Coreia durante a ocupação japonesa. Seu marido é um jogador viajante que volta para casa por curtos períodos após meses fora, e, enquanto isso, ela ganha comida, dinheiro e outros bens colhendo folhas de amoreira para um vizinho que cria bichos-da-seda, e em troca de fazer sexo com quase todos os homens da aldeia. O diretor Lee Doo-yong estreou no cinema em 1969, com o filme “The Lost Wedding Veil”, recebeu o Prêmio Dae-Jong, equivalente ao Oscar no cinema coreano em 1974, por “The General in Red”, e é tido como um dos dez mais importantes realizadores coreanos, com 60 filmes até hoje. Com sua incrível versatilidade, na década de 1970 ele se destacou como o mais representativo diretor de filmes de ação da Coreia ao inovar o gênero com um estilo próprio que diferenciava o cinema de ação coreano daquele produzido em Hong Kong na mesma época. Na década de 1980, ele voltou a chamar a atenção ao fazer filmes históricos populares que retratavam a vida oprimida das mulheres da dinastia Chosun com um toque de erotismo. Dessa fase, destaca-se “The Hut” (1980), que ganhou o Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Veneza, e “Spinning the Tales of Cruelty Towards Women”, exibido com ótimas críticas em muitos festivais, entre eles o de Cannes.

Com Kim Min-hee e Youn Yuh-Jung no elenco, “Atrizes”, do diretor Lee Jae-yong, também conhecido como E J-yong, é um divertido falso documentário com seis famosas atrizes sul-coreanas – cada uma representando a si mesma –, que se reúnem em um estúdio para uma sessão de fotos da revista Vogue Korea, mas o encontro das beldades, que não estão acostumadas a dividir os holofotes, resulta em uma disputa de egos e crises de estrelismo. O filme foi feito sem roteiro, filmado cena a cena, com as atrizes improvisando suas performances de acordo com a situação, evitando criar algo fictício, e trazendo alguns pequenos confrontos da vida real, especialmente entre Go Hyun-Jung e Choi Ji-woo, com cada uma admitindo que sua relação no set era tensa, e uma confessando que sentia inveja da aparência da outra.

Dirigido por Im Sang-soo, “A Empregada” é um remake de “Hanyo, a Empregada”, de 1960, grande clássico do cinema sul-coreano, do diretor Kim Ki-Young. A história é sobre o caso de um homem com uma empregada de sua família, um envolvimento que aos poucos vai se direcionando para consequências sombrias. Jeon Do-yeon, que interpreta a empregada, ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes 2007 pelo filme “Sol Secreto”, de Lee Chang-dong. Com “A Empregada”, o diretor Im Sang-soo participou pela primeira vez da competição oficial do Festival de Cannes, em 2010, sendo convidado novamente em 2012, com o filme “The Taste of Money”.

“Paju”, da diretora Park Chan-ok, acompanha a perigosa obsessão de uma garota, tão perto do seu objeto de desejo, mas proibida de amar: ela é apaixonada pelo marido da própria irmã. O filme tem locações em Paju, uma pacata cidade que dá nome ao longa, situada ao norte de Seul e perto da fronteira com a Coreia do Norte. A figura masculina deste triângulo de paixões é representada por Lee Sun-kyun, ator que ficou mundialmente famoso ao interpretar o patriarca da família rica no filme “Parasita”. A atriz Seo Woo, que vive a adolescente apaixonada pelo cunhado, é a mesma que é traída pelo marido com a babá na refilmagem de “A Empregada”. Antes de realizar “Ciúme é Meu Nome do Meio” (2002), seu primeiro longa-metragem, Park Chan-ok trabalhou como diretora assistente para cineastas compatriotas seus, entre eles Hong Sang-soo, no filme “A Virgem Desnudada Por Seus Celibatários” (2000).

“Canola”, de Yoon Hong-seung, conta a história de avó e neta que se reencontram doze anos após terem se perdido uma da outra em um mercado, mas as coisas já não são mais tão boas e perfeitas, como eram antes da traumática separação. No papel da avó está a consagrada Youn Yuh-Jung, que ganhou o Oscar 2021 de Melhor Atriz Coadjuvante, por “Minari: Em Busca da Felicidade”, passando a ser a primeira entre todos os atores e atrizes sul-coreanos a ganhar um Oscar até hoje. A jovem atriz Kim Go-eun, que interpreta a neta, alcançou a fama instantaneamente com o filme “Eungyo”, em 2012, se tornando um ícone da juventude coreana. O realizador Yoon Hong-seung, que também usa o pseudônimo Chang, é ex-diretor de videoclipes que estreou na direção de longas-metragens com o filme de terror “Death Bell”, em 2008.

O Festival “Volta ao Mundo: Coreia do Sul” reúne sete jóias de uma das cinematografias mais criativas, modernas e fascinantes do mundo, uma incrível volta pela cultura e pelos costumes deste País que sempre teve lugar especial no streaming dos melhores filmes: o seu À La Carte!

Sinopses: 

BALA SEM RUMO (Aimeless Bullet)

Coreia do Sul, 1961, p/b, 110 min., drama.

Direção: Yoo Hyun-mok

Elenco: Choi Mu-ryong, Kim Jin Kyu e Moon Jeong-suk.

Sinopse: Um contador pressionado, seu irmão veterano de guerra e sua família disfuncional lutam para se integrarem à sociedade coreana do pós-guerra.

O CAMINHO PARA SAMPO (The Road to Sampo)

Coreia do Sul, 1975, cor, 95 min., drama.

Direção: Lee Man-hee

Elenco: Baek Il-seob, Kim Jin Kyu e Mun Suk.

Sinopse: O jovem trabalhador da construção civil Young-dal conhece um homem de meia-idade chamado Jeong, que está voltando para Sampo, sua cidade natal, depois de cumprir pena na prisão e vagar de um canteiro de obras para outro. Já se passaram dez anos desde que ele esteve em Sampo pela última vez. Em um restaurante, os dois conhecem Baek-hwa, uma hostess de bar em fuga, e os três começam sua jornada juntos. O homem mais jovem e a garota, que discutiam constantemente no início, logo se apegam um ao outro, e o trio viaja para a estação de trem, cada um relembrando seu passado enquanto caminham.

AMORA (Mulberry)

Coreia do Sul, 1985, cor, 114 min., drama.

Direção: Lee Doo-yong

Elenco: Lee Mi-sook, Lee Dae-kun e Lee Moo-jung

Sinopse: Sam bo é um jogador que vive sem se preocupar com a forma como sua esposa administrará sua casa sem que ele ganhe dinheiro. Para conseguir comida e provisões, sua esposa An-hyeob dorme com vários mercadores na aldeia. Um dos poucos homens com quem ela não dorme, um servo lascivo chamado Sam-dol, decide revelar suas atividades ao marido como vingança.

ATRIZES (Actresses)

Coreia do Sul, 2009, cor, 104 min., documentário/drama

Direção: Lee Jae-yong

Elenco: Kim Min-hee, Youn Yuh-Jung, Kim Ok-bin, Lee Mi-sook, Go Hyun-jung e Choi Ji-woo

Sinopse: Quando seis famosas atrizes sul-coreanas se reúnem para uma sessão de fotos da Vogue, seus egos de estrelas colidem, uma vez que estão acostumadas a serem o centro das atenções, e agora devem dividir os holofotes. O diretor Lee Je-yong disseca o mundo do entretenimento sul-coreano neste falso documentário, permitindo que atrizes reais representem versões fictícias de si mesmas.

PAJU (Paju)

Coreia do Sul, 2009, cor, 110 min., drama.

Direção: Park Chan-ok

Elenco: Lee Sun-kyun, Seo Woo

Sinopse: Choi Eun-mo, de 15 anos, se apaixona pelo futuro marido da sua irmã mais velha, um professor sete anos mais velho que ela. Um dia, sua irmã morre em um acidente e Eun-mo começa a viver com o cunhado viúvo. Mas a garota começa a desconfiar que seu amado pode estar envolvido na morte da irmã dela, sem imaginar que, na verdade, ele a está protegendo de algo ainda mais terrível.

A EMPREGADA (The housemaid)

Coreia do Sul, 2010, cor, 107 min., drama.

Direção: Im Sang-soo

Elenco: Jeon Do-yeon, Lee Jung-jae e Youn Yuh-Jung.

Sinopse: A jovem Lee Eun-yi é recrutada por uma governanta de aristocratas coreanos para trabalhar como babá e empregada. No luxuoso ambiente moram o executivo Hoon, sua esposa Hae-ra, que está grávida de gêmeos, e sua filha pequena, Nami. A moça é recebida respeitosamente e logo se adapta ao local. Até que um dia, quando viaja com a família para cuidar da filhinha do casal, o patrão resolve visitá-la em plena madrugada. Eles passam a manter um caso, que logo é descoberto pelas demais mulheres da casa.

CANOLA (Canola)

Coreia do Sul, 2016, cor, 117 min., drama.

Direção: Yoon Hong-seung

Elenco: Youn Yuh-Jung, Kim Go-eun, Kim Hee-won e Ryu Jun-Yeol.

Sinopse: Doze anos após terem se perdido uma da outra em um mercado, avó e neta se reencontram. Mas as coisas não são mais tão boas e perfeitas, como eram antes da traumática separação.

Serviço
Volta ao Mundo: Coreia do Sul
Data: 
16 a 30 de setembro
Onde: Belas Artes À La Carte
Valor: Disponível para assinantes: R$ 9,90 (mensal) ou R$ 108,90 (anual)
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À LA CARTE é um streaming de filmes pensado para quem ama cinema de verdade. Seu catálogo, que já conta com cerca de 400 títulos,e inclui filmes de todos os cantos do mundo e de todas as épocas: contemporâneos, clássicos, cults, obras de grandes diretores, super premiados e principalmente aqueles que merecem ser revistos e que tocam o coração dos cinéfilos. Além de pelo menos quatro novos filmes que entram semanalmente no catálogo, há também a possibilidade do aluguel unitário, que são os Super Lançamentos: um espaço para filmes que estreiam antes dos cinemas; simultâneos ao cinema; filmes inéditos no Brasil, entre outras modalidades. Outro diferencial são as mostras de cinema, recentemente o À LA CARTE trouxe especiais dedicados à cinematografia francesa, italiana, coreana e espanhola. O À LA CARTE foi criado no final de 2019 e integra o Belas Artes Grupo, que inclui também a Pandora Filmes e o Cine Petra Belas Artes, um dos mais tradicionais e queridos cinemas de rua de São Paulo.

Elenco de ‘X-Men: Fênix Negra’ é recebido por fãs em evento de lançamento na Coréia do Sul

Elenco de ‘X-Men: Fênix Negra’ é recebido por fãs em evento de lançamento na Coréia do Sul

Em mais uma parada da turnê mundial de divulgação do longa, elenco e diretor são recepcionados por fãs na capital da Coréia do Sul

São Paulo, 28 de maio de 2019 – O elenco de “X-Men: Fênix Negra” (Dark Phoenix) segue em turnê mundial para divulgação do longa que estreia em 6 de junho. Dessa vez, os atores foram a Seul, na Coréia do Sul. Como parte da turnê de divulgação do longa, os atores Sophie Turner, Michael Fassbender, Tye Sheridan e Evan Peters foram recepcionados com entusiasmo por fãs já na chegada a Seul, no dia 26. Fãs da saga receberam os atores no aeroporto onde puderam tirar fotos e pedir autógrafos para os talentos; também no domingo, dia 26, os atores se juntaram ao diretor Simon Kinberg e atenderam a imprensa em evento realizado no Conrad Hotel Grand Ballroom. Ontem, dia 27, os atores participaram de evento para fãs no Lotte World Tower Mall Atrium.

 

“X-Men: Fênix Negra” estreia no Brasil no próximo dia 6 de junho e, globalmente, no dia 7. O novo filme, que adapta para as telas de cinemas a história “A Saga da Fênix Negra”, é dirigido por Simon Kinberg, produtor de “Logan”, “X-Men: Primeira Classe” e diversos outros longas do universo X-Men. “X-Men: Fênix Negra” é estrelado por Sophie Turner, Jessica Chastain, Michael Fassbender, Tye Sheridan, Nicholas Hoult, Evan Peters, Jennifer Lawrence, James McAvoy e grande elenco.

SINOPSE

Esta é a história de um dos personagens mais amados dos X-Men, Jean Grey, enquanto ela evolui para a icônica Fênix Negra. Durante uma missão de resgate no espaço com risco de vida, Jean é atingida por uma força cósmica que a transforma em um dos mais poderosos mutantes. Lutando com esse poder cada vez mais instável, e também com seus próprios demônios, Jean fica fora de controle, dividindo a família X-Men e ameaçando destruir a própria estrutura do nosso planeta. X-Men: Fênix Negra é o filme mais intenso e emocional da saga. É o culminar de 20 anos de filmes X-Men, onde a família de mutantes que conhecemos e amamos deve enfrentar seu mais devastador inimigo – um dos seus.

TRAILER

Redes Sociais

Página Oficial: https://www.facebook.com/xmenfilmes

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Filme coreano ‘Em Chamas’ ganha poster e nova data de estreia

Filme coreano ‘Em Chamas’ ganha poster e nova data de estreia

Filme da Coreia do Sul escolhido para representar o país no Oscar 2019, estreia dia 15 de Novembro

Distribuído pela Pandora Filmes, “EM CHAMAS”, dirigido por Lee Chang-Dong, tem seu pôster divulgado e nova data de estreia, em 15 de novembro. Baseado no conto “Barn Burning”, de Haruki Murakami, filme foi escolhido pela Coreia do Sul para representar o país no Oscar.

Na trama, Jongsu (Ah-in Yoo) é um entregador que, durante um delivery, encontra Haemi (Jong-seo Yun), uma antiga vizinha que lhe faz um pedido inusitado: cuidar do gato dela enquanto faz uma viagem para a África. Quando volta de viagem, Haemi apresenta ao entregador um enigmático jovem, Ben (Steven Yeun), que conheceu durante a temporada africana. Um dia, Ben conta a Jongsu sobre um hobby pouco usual que ele pratica.

– Parece-me que hoje, pessoas de todo o mundo, independente da nacionalidade, religião ou classe social, estão com raiva por diferentes motivos. Os jovens da Coreia, por exemplo, estão passando por tempos difíceis. Eles sofrem com o desemprego, eles não têm esperança no presente e veem que as coisas não vão melhorar no futuro. Incapazes de escolher um alvo para direcionar essa raiva, eles se sentem impotentes, desesperançosos. Para muitos jovens, o mundo está se tornando um gigante quebra-cabeça. É um pouco como se sente o protagonista de Murakami, Jongsu – opina o diretor.

FICHA TÉCNICA

Direção: Lee Chang-Dong
Elenco: Ah-in Yoo, Jong-seo Yun e Steven Yeun
País: Coréia do Sul
Ano: 2018
Gênero: Drama
Duração: 148 min.
Estreia: 1/11

SOBRE A PANDORA FILMES

A Pandora Filmes é uma distribuidora de filmes de arte, ativa no Brasil desde 1989. Voltada especialmente para o cinema de autor, a distribuidora buscou, desde sua origem, ampliar os horizontes da distribuição de filmes de arte no Brasil com relançamentos de clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Fellini, Bergman e Billy Wilder, e revelações de nomes outrora desconhecidos no país, como Wong Kar-Wai, Atom Egoyan e Agnés Jaoui.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora Filmes sempre reserva espaço especial para o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos. Dentro desse segmento, destaca-se o recente “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylaert, um grande sucesso, visto no cinema por mais de 500 mil espectadores.

‘A Câmera de Claire’, novo filme do diretor Hong Sang-Soo, estreia nesta quinta

‘A Câmera de Claire’, novo filme do diretor Hong Sang-Soo, estreia nesta quinta

Novo filme do diretor coreano Hong Sang-soo, “A CÂMERA DE CLAIRE”, estreia nesta quinta-feira, dia 24 de maio, nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Niterói, Porto Alegre e Recife. O filme se passa durante o Festival de Cinema de Cannes, tem a fotografia como foco principal e acompanha o encontro de Claire (Isabelle Huppert) e Jeon Manhee (Kim Minhee), duas mulheres em diferentes situações, que se conhecem por acaso e tornam-se amigas.

A premiada atriz francesa Isabelle Huppert (Melhor Atriz do Globo de Ouro 2017) vive uma professora de música aspirante a artista. Circulando pelas ruas do Festival de Cannes com sua câmera polaroid, Claire fotografa as pessoas e as deixa com seus respectivos registros. Ao ser questionada sobre isso, diz que “a única possibilidade de mudar as coisas é olhar para elas no modo em que estão”, trazendo à tona o cunho filosófico do longa.

Já Jeon Manhee (Kim Minhee), numa viagem de negócios também em Cannes, é demitida sem explicações. Ao encontrar Claire, tem sua vida transformada pelas fotografias. Minhee Kim é uma atriz sul-coreana também conhecida por seu trabalho em “A Criada”, “O Dia Depois” e “Na Praia à Noite Sozinha”.

Sang-soo opta por contar a história entre longos planos de filmagem e câmera parada, mostrando ao longo do filme, suas características de direção. “A CÂMERA DE CLAIRE” teve estreia mundial no Festival de Cannes do ano passado onde teve uma exibição especial, e é distribuição de Pandora Filmes.

Sinopse

Manhee (Kim Min-hee) é agente de filmes e foi demitida por sua chefe sem explicações. Claire (Isabelle Huppert) é uma professora de música apaixonada por eternizar momentos com sua polaroid. As duas se encontram por acaso durante o Festival de Cannes e desenvolvem uma amizade quase instantânea. Através das fotografias de Claire, pequenos detalhes sobre a vida de ambas começam a ser revelados.

Ficha Técnica

Duração: 69 min
Elenco: Isabelle Huppert, Kim Minhee, Jang Mi Hee, Shahira Fahmy, Jin-yeong Jeong
Gênero: Drama
País: Coréia Do Sul
Ano: 2017
Direção: Hong Sang-soo
Classificação: 12 anos

TRAILER