Poltrona Cabine: Dona Flor e Seus Dois Maridos/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Dona Flor e Seus Dois Maridos/ Cesar Augusto Mota

Um dos grandes clássicos da literatura e sucesso de bilheteria no cinema nacional está de volta. ‘Dona Flor e seus Dois Maridos’, escrito por Jorge Amado (1966) e lançado na tela grande (1976) sob a direção de Bruno Barreto, ‘Dona Flor’ contou inicialmente com o protagonismo de Sônia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça. Quarenta anos depois, somos agraciados com uma nova versão, agora sob a batuta de Pedro Vasconcelos (O Concurso), mas inevitavelmente o cineasta não conseguirá escapar de comparações com o filme original e terá uma enorme responsabilidade de entregar uma produção decente e condizente com a qualidade da obra do escritor baiano. Será que o resultado foi satisfatório?

A história gira em torno de Flor (Juliana Paes), uma sedutora professora de culinária e casada com Vadinho (Marcelo Faria), um marido malandro, sedento por noitadas e jogatinas, mas um excelente amante. Ele morre de maneira precoce em um domingo de carnaval, e pouco tempo depois, Flor se casa novamente com o correto, polido e gentil farmacêutico Teodoro (Leandro Hassum). Apesar da estabilidade na nova união, Flor não está plenamente feliz, sente falta do jeito elétrico e fogoso de Vadinho, e consegue trazê-lo de volta como um fantasma que só ela pode ver, formando-se assim o triângulo amoroso que consta no título da obra.

A ambientação nos anos 1940, a retratação das paisagens e dos prédios de Salvador, bem como o cotidiano e costumes do povo baiano são apresentados com fidelidade ao que consta na obra de Jorge Amado, além de diálogos com roupagem lírica e em ritmo de prosa. Palavras mais fortes e chulas e o sotaque soteropolitano reforçam a dramaturgia, e tudo é feito de forma sistemática e para inserir o espectador nos contexto e realidade da época, o que acaba acontecendo de maneira eficiente. A narração em off se dá de forma complementar e a apresentação dos capítulos em flashback não comprometem a qualidade da produção. O ritmo em que se dão as histórias ocorrem de forma fluida e correspondente à origem literária, outro ponto positivo do filme.

As atuações de dois dos três intérpretes são acima da média, Juliana Paes mostrou ter percebido todos os cernes que envolvem Dona Flor, como suas paixões e seus ideais, além de esbanjar muita sensualidade e vitalidade, lembrando Sônia Braga na primeira versão. Marcelo Faria se mostra leve e seguro no papel de Vadinho, tendo em vista que o ator já encena o personagem há anos no teatro. Sua desenvoltura chama a atenção até mesmo nas cenas mais quentes e completamente despido desde que retorna do além até o fim da projeção. Já Leandro Hassum mais conhecido por seus trabalhos na comédia, em especial em ‘Os Caras de Pau’ e ‘Até que a Sorte nos Separe’, é o ponto fora da curva. Estava sob sua responsabilidade representar um papel mais sério, mas em momentos cruciais ele deixa escapar o riso, comprometendo o desenrolar de algumas cenas, e isso fez com que seu personagem fosse transformado em caricatura. As risadas que acontecem, não sabemos se foram por diversão ou constrangimento, algo embaraçoso, mas louvável o esforço do ator em representar um papel mais sério.

Outros pontos fracos do filme foram as apresentações de muitas ações repetitivas, como a resistência de Flor às investidas de Vadinho, e o uso constante de um mesmo recurso, como a diminuição do ritmo da música de fundo nas cenas de amor entre Flor e Teodoro, em alguns momentos eram cômicas, mas feitas repetidamente passaram a cansar o público.

O saldo da nova versão de ‘Dona Flor e seus Dois Maridos’ é positivo, você se depara com uma obra retratada com beleza, elegância e recheada de recursos ousados e cults, uma homenagem ao filme original e ao saudoso Jorge Amado. Juliana Paes carrega a trama com todos os méritos, e o núcleo de atores corresponde em boa parte da história.

Avaliação: 4/5 poltronas.

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Poltrona Geek #24 – Convergente & Batman vs Superman (Podcast)

Poltrona Geek #24 – Convergente & Batman vs Superman (Podcast)

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Oh da Poltrona,

Viemos hoje falar sobre os dois filmes mais esperados antes do verão americano de 2016.

Thiago Simão (SpheraGeek e Poltrona de Cinema), Domenica Mendes (CabulosoCast) e Caio Uxo (Podcast Loschicos), debatem e se batem para dar sua humilde opinião sobre estes filmes.

Bom cast!

Obs: Sairá um cast especial sobre os emails, acesse spherageek.com e saiba mais!!!

Link

Site Xícara de Liberdade

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Poltrona Geek #22 – DeadPoll e O Regresso (Podcast)

Poltrona Geek #22 – DeadPoll e O Regresso (Podcast)

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Olá, da Poltrona,

Hoje trazemos um formato diferente para papearmos sobre estes filmes.

Eu, Thiago Simão, Diogo Bob (Galera do Rau), Arita Rigonato (Dobradinha Literária e Métrica) e Diogo Braga (MRG Diário do Menestrel), são escolhidos randômicamente para falarem sobre os filmes DeadPoll  (Chatinho de Anti-HeróiI by Arita) e o Indicado ao Oscar (Que não merecia by Thiago Simão) O Regresso.

Obs: Escute até o final e saiba a verdade!!!

Fonte original: link

 

Poltrona Geek #18: Trindade Cinematográfica – Candidato Honesto, Getúlio Vargas e Os Homens São de Marte e é Pra Lá Que Eu Vou

Poltrona Geek #18: Trindade Cinematográfica – Candidato Honesto, Getúlio Vargas e Os Homens São de Marte e é Pra Lá Que Eu Vou

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Poltroneiros de Plantão,

No dia 10 de novembro de 2014 o Cinemark Brasil fez em toda sua rede de cinemas o 15° Projeta Brasil, onde exibe o dia todo filmes nacionais somente por 3 reais.

Então, decidi falar sobre três filmes que já assisti e que estavam sendo oferecidos.

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3 – Os Homens São de Marte e é Pra Lá Que Eu Vou

Sinopse: Ironia. Essa é a definição ideal para a situação de Fernanda (Mônica Martelli), de 39 anos, que trabalha organizando a cerimônia mais importante do imaginário feminino, o casamento, mas é solteira. Forte devota do amor, a produtora lida com os mais diversos tipos de homem e reserva grande parte do seu tempo à procura do par perfeito.

Análise: Uma boa sessão da tarde! Contudo, a aclamada peça deixou a desejar em sua adaptação para a telona. Piadas fracas e alguns estereótipos que deixariam uma feminista de cabelos em pé. Contudo, vale ressaltar que o cenário é maravilhoso e bem escolhido. Os atores são “mais ou menos”. Mas ainda assim vale a pena assistir se a internet estiver desligada e estiver passando na TV. (2,5 / 5 Spheras)

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2 – Getúlio

Sinopse: A intimidade de Getúlio Vargas (Tony Ramos), então presidente do Brasil, em seus dezenove últimos dias de vida. Pressionado por uma crise política sem precedentes, em decorrência das acusações de que teria ordenado o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda (Alexandre Borges), ele avalia os riscos existentes, até tomar a decisão de se suicidar.

Análise:  Um excelente filme, que mostra um momento histórico no qual marcou o Brasil. Atuação esplêndida dos envolvidos e principalmente do ator total flex, Tony Ramos. Ponto alto do filme: os momentos que mostram como os militares envolviam a política para tentar dar o golpe. (4 / 5 Spheras)

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1 – O Candidato Honesto

Sinopse: João Ernesto Praxedes (Leandro Hassum) é um político corrupto, candidato à presidência da República. Ele está no segundo turno das eleições, à frente nas pesquisas, quando recebe uma mandinga da avó. E agora?

Análise: Leandro Hassum dá um show e com um humor ácido faz piada com todos aqueles que gostaríamos de fazer. Risos do início ao fim com uma conclusão muito boa. (4,5 / 5 Spheras)

Inté!!!

Thiago Simão

SpheraGeek

 

Poltrona Geek #17 – Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário // Saint Seiya: Legend of Sanctuary

Poltrona Geek #17 – Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário // Saint Seiya: Legend of Sanctuary

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Poltroneiros de Plantão,

Elevem seus comos ao máximo e degustem comigo do primeiro longa dos Cavaleiros e, CG!

Me dê sua força, Pegasus!!!!

Sinopse

Em uma remota era mitológica, havia os defensores de Atena. Quando as forças do mal ameaçavam o mundo, eles apareciam. Atualmente, após um longo período de guerra, uma mulher, preocupada devido aos misteriosos poderes que possui, é inesperadamente atacada e salva pelo Cavaleiro de Bronze Seiya.

Análise

Em homenagem aos 40 anos de Masami Kurumada como Mangaká é lançado no Japão no dia 21 de junho de 2014, aquele que  vem a ser o primeiro filme em CG (Computação Gráfica) da série Cavaleiros do Zodíaco – CDZ (Saint Seya no Japão) e o sexto no total.

Aqui no Brasil foi lançado no dia 11 de setembro e calhou de ser no aniversário de lançamento pela extinta TV Manchete (Podcast), que completa 20 anos de seu lançamento. Vale ressaltar que mais de  500 mil pessoas assistiram até o momento no Brasil.

Em primeiro momento, gostaria de pontuar as sensações iniciais, juntamente com os pontos positivos e depois, os pontos negativos.

Nostalgia: Yes!!! Pela primeira vez fui ao cinema assistir uma referência a aquilo que passei em minha infância curtindo e admirando.

Visual: Caramba! Que filme lindo, cenários maravilhosos, personagens lindos, cenas fortes e bem feitas, a armadura estava estupenda.

Dublagem: Emocionante! Ouvir aqueles que tentei imitar várias vezes com meus “amiguinhos” nas brincadeiras da escola foi muito forte.

Armadura: Maravilhosas! Com um formato mais medieval trouxe um ar realmente de cavaleiro e no rosto ganha uma proteção que deu um charme e veracidade. A discussão que houve no CDZ Ômega sobre colocar as armaduras no pingente de alguma forma trouxe um resultado, que para mim, ficou muito interessante.

Trilha Sonora: Vibrante! Japonês tem facilidade para introduzir uma trilha em seus projetos e fazer dela, o coração do filme. Bato palmas por se arriscar colocando uma trilha totalmente nova e lograr êxito.

Remodulação de Personagens: Raaa! Alguns personagens foram mudados e outros ganharam características diferentes. Não acho que influenciou muito, mas algumas incomodaram.

Lutas: Mais ou menos! Não tenho que reclamar dos efeitos das lutas, que, apesar de serem compactas, dão o recado que tem que dar. Agora, as escolhas para lutar e como desencadeou o resultado foi meio decepcionante algumas vezes.

Roteiro: Hummm! De longe foi a parte mais criticada pela grande maioria,com o roteiro mal elaborado e corrido, o que gerou um efeito que não dá atenção às necessidades de explicação de alguns fatos e nem respeitando a história original.

A colocação feita pelo criador, em defesa, foi que, além de ser um reboot, e não um remake, é que o filme foi feito para angariar novos telespectadores. Contudo, vale ressaltar que o ar cômico foi bem introduzido.

Dicionário

1 – Mangaká: Artista de quadrinhos japonês, ou também podemos chamar de cartunista. (Thiago Simão)

2 – Reboot: relançamento de uma história com uma inflexão da série, não necessariamente seguir a continuidade anterior, mas mantendo apenas os elementos mais importantes, que são considerados o melhor ou mais funcional para começar tudo novamente, desde o inicio. (Thomas R. Willits – 2009)

3 – Remake: Refilmagem é o termo em português equivalente ao inglês remake (tradução literal: “refazer”) e é a designação usada para novas produções e regravações de filmes, telenovelas, jogos, seriados ou outras produções do gênero de ficção. (Tio Wikipédia)

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 Paródia Vai Seya

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Nota

Bonequinho nota 7

“Você deve ser a Atena..”