Jorge Guinle, o maior playboy do Brasil, ganha cinebiografia

Jorge Guinle, o maior playboy do Brasil, ganha cinebiografia

JORGINHO GUINLE – SÓ SE VIVE UMA VEZ tem no elenco Saulo Segreto, Letícia Spiller, Guilhermina Guinle, Daniel Boaventura

Jorge Eduardo Guinle, mais conhecido como Jorginho Guinle, foi um dos personagens mais emblemáticos da história da sociedade brasileira e tem uma cadeira cativa no imaginário do brasileiro que ouviu falar de suas aventuras. Teve algumas das mulheres mais desejadas do seu tempo – como Marilyn Monroe, Heddy Lamarr, Kim Novak, Rita Hayworth e Jayne Mansfield, conheceu os políticos mais influentes, viveu permanentemente cercado de luxo, riquezas e não trabalhou nem um dia sequer. E, talvez, por isso, morreu, em 2004, na miséria.

O diretor Otavio Escobar, da Pró-Digital, recriou no filme “JORGE GUINLE – SÓ SE VIVE UMA VEZ”, com estreia prevista para 28 de março e distribuição da Pandora Filmes, cenas em dramaturgia em cenários belíssimos, como o Palácio Laranjeiras e o Copacabana Palace; selecionou imagens de arquivos do carnaval carioca dos anos 50 e de grandes estrelas de Hollywood, com trechos de clássicos do cinema, como Rita Hayworth em Gilda,  Louis Armstrong em Five Pennies – onde Jorge Guinle aparece numa ponta -, além de takes dos bastidores dos filmes, do Porto de Santos dos anos 20 e adicionou depoimentos dos filhos, amigos e da ex-mulher, que resultaram em um filme divertido, combinando as linguagens da dramaturgia e do documentário.

“É uma cinebiografia que conta a trajetória do playboy e, ao mesmo tempo, as mudanças que ocorreram na sociedade brasileira, desde a República Velha aos nossos dias. À medida em que Jorge Guinle entra em decadência e, em vão, tenta recuperar o único estilo de vida que conheceu, o filme acaba revelando um personagem muito mais profundo do que simplesmente o homem que nunca trabalhou. Vemos, enfim, o playboy se transformando num personagem muito mais rico do que a herança milionária que ganhou e torrou até o último centavo”, explica Escobar.

No papel de Jorge Guinle está o ator Saulo Segreto; Leticia Spiller vive a governanta da família, Fraulei Emy e Guilhermina Guinle recria sua bisavó, Guilhermina. Os musicais de abertura e encerramento têm arranjos do maestro Guto Graça Mello e a trilha sonora vai do melhor estilo big bands dos anos 40 e 50 ao clássico Maurice Ravell, sublinhando o auge e a decadência da vida do playboy.

Sinopse

Herdeiro de uma das famílias mais ricas do Brasil, no início do século XX, Jorge Guinle decidiu, desde moço, que não trabalharia um dia sequer na sua vida. Homem culto, generoso e encantador, Jorginho, como era conhecido, viveu no luxo e na riqueza, conheceu os homens mais poderosos e as mulheres mais desejadas do seu tempo e morreu pobre, aos oitenta e oito anos, por um erro de cálculo: não imaginou que ficaria tanto tempo sobre o planeta.

Ficha Técnica

 

Direção: Otávio Escobar
Elenco: Saulo Segreto, Letícia Spiller, Guilhermina Guinle, Daniel Boaventura
Gênero: Docudrama
Ano: 2018
Duração: 91 minutos
Classificação: A definir

SOBRE A PANDORA FILMES  

A Pandora Filmes é uma distribuidora de filmes de arte, ativa no Brasil desde 1989. Voltada especialmente para o cinema de autor, a distribuidora buscou, desde sua origem, ampliar os horizontes da distribuição de filmes de arte no Brasil com relançamentos de clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Fellini, Bergman e Billy Wilder, e revelações de nomes outrora desconhecidos no país, como Wong Kar-Wai, Atom Egoyan e Agnés Jaoui.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora Filmes sempre reserva espaço especial para o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos. Dentro desse segmento, destaca-se o recente “Que Horas Ela Volta”, de Anna Muylaert, um grande sucesso, visto no cinema por mais de 500 mil espectadores.

Poltrona Cabine: Minha Fama de Mau/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Minha Fama de Mau/ Cesar Augusto Mota

Dizem que para se ter sucesso é necessário competência e também um pouco de sorte, certo? Estar com as pessoas certas e nos lugares certos também ajuda bastante, ainda mais no mundo artístico, que é sempre concorrido. A Downtown Filmes, em parceria com a Globo Filmes, lança a cinebiografia de um dos maiores cantores e compositores do Brasil e ícone da Jovem Guarda: Erasmo Carlos. ‘Minha Fama de Mau’, dirigido por Lui Farias, vem com a proposta de cativar jovens e adultos e em um formato diferente, será que funciona?

O jovem Erasmo Carlos (Chay Suede), é sonhador e inconsequente, em busca do sucesso a todo custo. Fã de rock and roll, Elvis Presley, Bill Haley e Chuck Berry, ele aprende a tocar violão enquanto vive de sonhos, bicos e de pequenos delitos.  Sua fama de roqueiro chama a atenção de Carlos Imperial (Bruno de Luca) e em seguida atrai Roberto Carlos (Gabriel Leone), e logo se tornam parceiros e amigos. A partir daí, a dupla passa a protagonizar momentos épicos, como a Jovem Guarda, ao lado de Wanderléa (Malu Rodrigues), além de grandes composições. Uma história emocionante de um ícone do rock nacional, do início ao auge, e também compost a por momentos difíceis.

É feito um perfeito recorte da vida de Erasmo, desde o seu início difícil de carreira na Zona Norte do Rio, com seus primeiros contatos com a música, aprendendo os primeiros acordes com um jovem Tim Maia (Vinicius Alexandre), a formação da banda The Snakes, o trabalho como secretário de Carlos Imperial até a parceria com Roberto Carlos, que seria decisiva para o mundo da música. A narrativa utilizada para contar toda essa trajetória é muito interessante, que não se restringe ao uso de imagens de arquivo da década de 60, toda a ambientação utilizada é similar à época, com um primoroso trabalho de direção de arte. E em cada momento de destaque, Erasmo quebra a quarta parede e interage com o espectador. De quebra, da transição de um momento para outro, com quadros compostos por desenhos em HQ, deixando a jornada do Tremendão mais atrativa e emocionante, convidando o público a querer curtir e aproveitar cada momento do cantor e compositor.

A cinebiografia de Erasmo resolve apostar mais em momentos cômicos do que em dramáticos, muito embora a obra também foque em um momento difícil do Tremendão, da dificuldade que ele teve de lidar com um breve esquecimento do público, a ausência de inspiração para compor e um breve desentendimento com Roberto Carlos antes do convite para compor a trilha de abertura do filme ‘Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, de Roberto Farias, em 1968. Porém, o humor é que dá o tom, com as cantadas manjadas e baratas de Erasmo em sua juventude, as gírias e palavrões que empregava em conversas com amigos e a malandragem que utilizava no rádio p ara fazer uma autopromoção enquanto cobria a ausência de Carlos Imperial. O espectador que acompanha o filme se sente muito à vontade e instigado a cantar, dançar e voltar no tempo para ouvir músicas que marcaram uma geração.

As interpretações são gratas surpresas, Malu Rodrigues, Gabriel Leone e Chay Suede não só mostraram sintonia nos diálogos como tino e ritmo musical, os três soltando a voz e embalando a plateia durante as apresentações no programa Jovem Guarda, sucesso de audiência da TV Record. E Suede, jovem revelação dos últimos anos, sensibiliza nas cenas em que se mostra vulnerável e quase declínio até dar a volta por cima na reta final da trama. Um roteiro muito bem trabalhado, atuações acima da média e um trabalho de direção bem zeloso, preciso e eficiente de Lui Farias, valorizando a carreira e as obras feit as por um grande compositor e intérprete da nossa música, e ele ainda em vida. Uma linda homenagem ao Tremendão e aos fãs do rock n roll.

Sem dúvida “Minha Fama de Mau” é um filme para todas as idades, para cantar, se divertir e fazer uma agradável e emocionante viagem no tempo. Quem gosta de rock e de lindas composições, pode assistir e acompanhar o Tremendão, pode ir quente que ele está fervendo.

Cotação: 4,5/5 poltronas.

Poltrona Cabine: Escobar-A Traição/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Escobar-A Traição/ Cesar Augusto Mota

A cinebiografia é um dos grandes atrativos para os cinéfilos, não só por contar uma história real, mas também por mostrar a amplitude e a importância do personagem central em um contexto social. E a bola da vez está com Pablo Escobar, o mais temido traficante do mundo, que já foi chefe do poderoso e forte cartel de Cáli e que manteve um relacionamento perigoso com a jornalista mais famosa da Colômbia, Virginia Vallejo. ‘Escobar: A Traição’ (Loving Pablo) é o mais novo filme do cineasta espanhol Fernando León de Aranoa, que também roteiriza o longa, e traz no elenco estrelas como Javier Bardem e Penélope Cruz.

Inspirado no best-seller de Virginia Vallejo, “Amando Pablo, Odiando a Escobar”, a trama conta com a narração em off de Virginia (Cruz), revelando suas impressões de Hacienda Nápoles, local suntuoso e erguido com as riquezas de Escobar  (Bardem). No local, ela conhece o protagonista, bem como seus planos para o futuro do país e sem dar importância para a origem do dinheiro, nasce um romance. E a partir daí, a vida de Virginia Vallejo vai do céu ao inferno, sofrendo ameaças e sendo alvo de um atentado, que quase a vitimou.

Além de explorar o drama vivido por Virginia, o roteiro não poderia esquecer de retratar as fases mais impactantes e a dimensão do estrago causado por Escobar, como a criação do Cartel de Medellín, a explosão do avião da Avianca, os sicários e os assassinatos em La Catedral. Os fatos retratados são concernentes aos últimos 10 anos de vida de Escobar, que mesmo apoiado por grandes comparsas e praticamente ter a Colômbia na palma de sua mão, um dos méritos de Aranoa foi também mostrar o lado vulnerável e amoroso do personagem central, tendo a família como sua fortaleza e também seu ponto fraco.

A ambientação da época na qual ocorreram os principais acontecimentos que colocaram Escobar em evidência e puseram a Colômbia em colapso é feita de forma cuidadosa, com as filmagens realizadas na própria Colômbia e nos locais reais onde os confrontos com a polícia aconteceram, e isso consequentemente traz mais autenticidade e credibilidade ao filme. O que pesa contra foi o uso da língua inglesa durante a projeção, tendo em vista que a produção é espanhola e búlgara, com atores espanhóis interpretando latinos e em território sul-americano, o que não faz muito sentido.

E nas atuações, temos avaliações díspares. Javier Bardem cumpre bem seu papel como Escobar, conferindo ao personagem um caráter menos jocoso e um pouco mais humanizado, mostrando seu caráter frio, sombrio e também inseguro, pois todo o seu império poderia cair a qualquer momento, mesmo que muito bem assessorado e com todo o armamento em mão. Já Penélope Cruz, mesmo sendo uma atriz de alto nível, teve seu desempenho na trama um pouco prejudicado, não por lhe faltar competência, mas o roteiro que não deixou claro se Virginia era vítima ou cúmplice de Escobar. Nem mesmo com o desfecho da história isso fica claro para o espectador.

Apesar de algumas falhas técnicas, ‘Escobar: A Traição’ é capaz de mexer com os brios dos espectadores mostrando não só a face de uma das figuras mais controversas da América do Sul, que já fez barulho em outros países, inclusive nos Estados Unidos, e ilustrar que o dinheiro pode corromper os mais poderosos. Um ótimo exercício para o cinéfilo, vale assistir.

Cotação: 3,5/5 poltronas.

Egon Schiele, um dos artistas mais modernos da Áustria, ganha cinebiografia

Egon Schiele, um dos artistas mais modernos da Áustria, ganha cinebiografia

“EGON SCHIELE – MORTE E DONZELA” retrata um dos nomes mais conhecidos pela importância no movimento expressionista 

Um dos artistas mais provocativos do século 20 terá cinebiografia lançada no Brasil dia 19 de julho. Distribuído pela Cineart, “EGON SCHIELE – MORTE E DONZELA”, de Dieter Berner, traz a história do austríaco conhecido por seu brilhantismo e por ser um sedutor implacável. Baseado no livro de Hilde Berger “A Morte e a Donzela”, o longa traz Noah Saavedra no papel do protagonista.

– Quando eu estava no Ensino Médio, Egon Schiele foi um “insight”. Foi incrível quando, de repente, todos os meus colegas de classe decidiram que ele era o melhor pintor de todos. Ele era o pintor da nossa geração. Eu só vi filmes sobre ele depois, e fiquei muito insatisfeito com eles. O romance de Hilde Berger e o jeito como ela abordou a figura de Egon, que sempre foi fascinante, foi o que me deu a grande dica. Nós sempre escrevemos roteiros juntos, mas, inicialmente, ela disse que não seria um roteiro, que já era um romance. Nós começamos a trabalhar nisso, e a nossa abordagem consistia em tentar definir quais experiências nos trariam mais para perto desse pintor e nos diriam o que e o porquê de ele pintar – conta o diretor.

Berner disse ainda que, apesar de ser um admirador do trabalho de Schiele, nunca havia pensado em fazer um filme sobre o artista. “Foi só quando eu conheci a figura dele através de Hilde Berger, que a relação entre o homem e seu trabalho ficou clara. Só depois disso eu comecei a gostar da ideia de fazer um filme sobre isso, que é, contar a história do que as pinturas podem significar para alguém”, revela.

Segundo Berner, a partir da leitura do livro, foi possível entender que Schiele usava os desenhos como forma de fuga da realidade. “Era a sua maneira de entender o mundo, e, de alguma forma, lidar com ele”.

E, diante de um personagem com tantas particularidades, o diretor sabia da dificuldade que enfrentaria na escolha do ator protagonista. “Eu sabia desde o início que seria muito difícil encontrar alguém que fosse jovem e, ao mesmo tempo, tivesse a experiência de vida necessária para retratar um personagem tão complicado. É por isso que começamos bem cedo com o elenco”, revela.

Um ponto-chave no meu conceito era poder representar jovens, não os atores que interpretam os jovens, mas os atores que são realmente jovens diante das câmeras. Eu sabia desde o início que seria muito difícil encontrar alguém que fosse jovem e, ao mesmo tempo, tivesse a experiência de vida necessária para retratar um personagem tão complicado. É por isso que começamos bem cedo com o elenco. Por fim, vimos que seria necessário usar não-atores ou alguém recém-saído da escola de interpretação.

A escolha pelo modelo Noah Saavedra foi um risco que diretor resolveu correr. “Ele sequer conseguia juntar duas frases no começo, mas tinha aquela energia especial, aquela aura que eu associo a Schiele. Ele realmente acabou querendo se tornar um ator, foi para a escola de atuação e, finalmente, passou no exame de admissão da famosa Ernst Busch School, em Berlim. Ele também cursou dois semestres do curso de pintura e desenho na Academia de Belas-Artes de Viena, para que pudesse fazer os próprios desenhos no filme. Em outras palavras, consegui encontrar um jovem que fosse capaz de trazer essa energia essencial para interpretar o caráter excepcional de Egon Schiele”, elogia.

SINOPSE 

Jovem, talentoso, sedutor. Egon Schiele é um dos artistas mais provocativos de Viena no início do século XX. Sua vida e obra são impulsionados pelas mulheres que o cercam: Gerti, sua irmã e primeira musa. E Wally, seu grande amor de apenas 17 anos, imortalizada na famosa pintura “Morte e a Donzela”. Com seu estilo radical, Egon atrai artistas ousados como Gustav Klimt, mas causa um escândalo na sociedade local. Para defender sua arte, ele está disposto a sacrificar seu amor. E até sua vida.

FICHA TÉCNICA

Diretor: Dieter Berner
Roteiro: Hilde Berger e Diete Berner
Elenco: Noah Saavedra, Maresi Riegner, Valerie Pachner, Larissa Aimee Breidbach, Marie Jung, Elisabeth Umlauft, Thomas Schubert, Daniel Sträßer, Cornelius Obonya, André Jung, Nina Proll, Wolfram Berger  e Luc Feit
Direção de Fotografia : Carsten Thiele
Direção de Arte:  Götz Weidner, vsk
Edição:  Robert Hentschel
Música André Dziezuk
Figurino: Uli Simon
Maquiagem: Béatrice Stephany

Leonardo DiCaprio vai interpretar Leonardo da Vinci no cinema

Leonardo DiCaprio vai interpretar Leonardo da Vinci no cinema

Consagrado ator e vencedor do Oscar por ‘O Regresso’, Leonardo DiCaprio irá viver Leonardo da Vinci nos cinemas, de acordo com a revista Variety.

O norte-americano, segundo a publicação, vai estrelar uma cinebiografia inspirada no livro de Walter Isaacson, a ser lançado no dia 17 de outubro. O filme será produzido pela Paramount Pictures após vencer uma forte disputa com a Universal Pictures pelos direitos autorais.

Isaacson já escreveu as biografias de Benjamin Franklin, Albert Einstein e Steve Jobs, tendo essa última sido adaptada para os cinemas em 2015, conquistando consequentemente duas indicações ao Oscar, de melhor atriz coadjuvante e melhor ator.

DiCaprio, além de ser o protagonista, será o produtor na cinebiografia de Da Vinci. Ainda não há informações sobre o início das filmagens ou data de lançamento do filme.

Por: Cesar Augusto Mota