Maratona Oscar: Oppenheimer/Cesar Augusto Mota

Maratona Oscar: Oppenheimer/Cesar Augusto Mota

Utilizar todo o conhecimento adquirido da ciência não para construir uma arma, mas com o intuito de mudar o mundo. Essa premissa apresenta inicialmente o espectador a uma pessoa considerada ícone da Física Quântica e figura central de um fato histórico que abalou o mundo: a explosão das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, em 1945. ‘Oppenheimer’ é a nova obra de Christopher Nolan que já vem ganhando estatuetas nessa nova temporada de premiações e bastante cotada para o Oscar 2024.

Somos apresentados a J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy), um cientista com importantes serviços prestados aos Estados Unidos entre os anos 30 e 50 e que liderou o projeto Manhattan, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele chegou a ser conhecido como o “pai da bomba atômica”, e seus estudos resultaram na fabricação do artefato que devastou as duas cidades japonesas citadas anteriormente.

A estrutura narrativa adotada é a de um misto de cenas do passado com o presente, a não-linear, e três atos bem estruturados, com a apresentação do personagem-central com abalos psicológicos, ambicioso e egoísta; sua realização profissional e uma conclusão que inclui uma discussão importante acerca de sua criação. Apesar da aceleração de acontecimentos no segundo ato e uma conclusão não tão satisfatória, o resultado é a de uma produção complexa e com debates que envolve ética e política, com a bomba de Oppenheimer como pano de fundo.

O roteiro de Nolan, além de se preocupar em explicar todos os fatos interligados e ilustrar personagens com variações de juízo durante a história, prima por gerar ansiedade pelos desdobramentos e a curiosidade acerca da bomba de Oppenheimer, de como ela vai ser mostrada ao público e o momento adequado. Tudo é bem amarrado e sem pontas, com belas representações visuais e alternâncias de cenas em cores e outras em preto e branco, elementos presentes em filmes históricos de Christopher Nolan. O diretor, com méritos, consegue atiçar a atenção do público para um fato histórico, sem romantizar tragédias ou a bomba atômica, proporcionando reflexão e aprendizado. E não se pode esquecer da fotografia e som presentes no filme, com tamanha precisão e realismo.

E um bom filme não pode se sustentar apenas com uma boa direção e roteiro, o elenco escalado entrega tudo o que é esperado, sobretudo o protagonista. Cillian Murphy percorre um arco altamente dramático com seu personagem, ora simpático e carismático e ora frio e repugnante, além das expressões faciais e corporais bastante convincentes. Emily Blunt também chama a atenção com sua Kitty Oppenheimer, não se tratando apenas da esposa do protagonista, mas de alguém que soube apoiar o pai da bomba atômica em dados momentos e também o confrontou em ocasiões-chave. E para fechar com chave de ouro, Robert Downey Jr dá vida a Lewis Strauss, figura muito importante na Física e, principalmente, na política. Com uma caracterização que o deixa praticamente irreconhecível, o artista mostra um personagem de personalidade forte, imponente e uma pessoa importante na carreira de Oppenheimer, seja pelo incentivo em fazer parte do Instituto de Física Quântica, como na defesa de suas ideologias.

‘Oppenheimer’ é um filme complexo, tenso e bastante dinâmico, e vem forte para o Oscar 2024 indicado em treze categorias. Não seria surpresa se levasse alguma estatueta, seja nos prêmios técnicos, como o de som e fotografia, ou nos principais. Vale conferir.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

Maratona Oscar: Dunkirk/ Cesar Augusto Mota

Maratona Oscar: Dunkirk/ Cesar Augusto Mota

Com trabalhos memoráveis no cinema, como ‘Interestelar’, ‘A Origem’ e a trilogia ‘Batman: O Cavaleiro das Trevas’, o diretor Christopher Nolan nos traz um filme de guerra bem diferente daqueles com os quais você já estava acostumado, que mostravam muita carnificina, sangue, líderes com status de herói e enorme carga dramática. ‘Dunkirk’, novo longa a ser lançado pela Warner Bros., é completamente diferente, visto por outro prisma.

A história se passa durante a Segunda Guerra Mundial, com a Alemanha nazista avançando rumo à França e cercando as tropas aliadas nas praias de Dunquerque, a chamada Operação Dínamo. Após uma forte cobertura aérea e terrestre feita por tropas britânicas e francesas, os soldados de Dunquerque tentam lentamente evacuar o local, mas são fortemente bombardeados pelos implacáveis alemães. Nolan revisita um dos momentos mais críticos e trágicos da humanidade, e o aborda sob 3 diferentes óticas, céu, terra e mar, para ilustrar as graves consequências da guerra e o terror que ela traz.

Com ótimas tomadas aéreas e marítimas, além de uma trilha sonora emocionante de Hans Zimmer, o filme é uma grande experiência épica, com verdadeira sensação de imersão do espectador não experimentada em outros filmes do gênero, além da alta qualidade de som. A cada explosão e disparo das armas, uma nova agonia, sem tempo para respirar, e a cada cena na água e bombardeio no ar, um sentimento maior de desespero a cada movimento feito.

De forma visceral, ‘Dunkirk’ nos mostra a incessante luta dos soldados pela sobrevivência, com comportamentos realizados por instinto na maior parte das vezes, sem espaço para heroísmo, tampouco para julgamentos. Em boa parte do filme, é possível constatar que os personagens conseguem demonstram o melhor deles em momentos com maior carga dramática, além das visões como cada um enxerga a guerra, isso de acordo com 3 pessoas em destaque: o aviador (Tom Hardy), o civil que tem o dever de resgatar as tropas e o soldado que quer voltar para casa após escapar de cerco à Dunquerque.

Nota-se no longa a existência de poucos diálogos, mas isso ocorre de forma proposital, eles são inseridos nas cenas mais fortes e com palavras mais elaboradas, autênticas e encorajadoras, sem discursos prontos e que apelem para a emoção. O uso desse recurso, de poucas falas e encaixe em ocasiões mais agudas, contribuem para uma maior emoção e envolvimento do espectador, dando um novo significado ao que foi a Segunda Guerra, uma outra grande estratégia de Christopher Nolan.

Trata-se de um filme incrível feito por Nolan, que não precisou apelar para sangue e corpos mutilados e nem uma enorme gama de palavras para transmitir uma mensagem de paz e contra a guerra. Um filme grandioso e que certamente vai ter grandes índices de bilheteria, vale a pena!

 

 

Por: Cesar Augusto Mota

Experiência em VR oferece uma amostra de novo filme de Christopher Nolan

Experiência em VR oferece uma amostra de novo filme de Christopher Nolan

A Warner Bros. Pictures, em parceria com a Microsoft, Intel e Dell, produziu “Prenda a Respiração: A Experiência Dunkirk VR”, um pulsante curta-metragem 360º que imerge o espectador no mundo de Dunkirk, o thriller épico de ação de Christopher Nolan. O conteúdo já está disponível em plataformas de realidade virtual por meio dos links abaixo:

https://facebook.com/WarnerBrosPicturesBrasil/videos/1384471414933624/

 

Em três sequências combinadas, a experiência da realidade virtual oferece uma vertiginosa prévia da aguardada superprodução, em que 400 mil soldados aliados estão presos na praia de Dunkirk, na França – atrás deles, apenas o mar, enquanto o inimigo se aproxima cada vez mais. Dunkirk estreia nos cinemas brasileiros nos formatos 2D e IMAX no dia 27 de julho.

No Brasil, os espectadores poderão imergir nessa experiência com o Samsung VR, óculos de realidade virtual da marca, que estará disponível em São Paulo no lobby do Cinemark Eldorado neste sábado e domingo, 22 e 23/7, a partir das 16h. No Rio de Janeiro, a experiência estará no UCI do New York City Center a partir de sábado, 22/7, até dia 4/8, sempre a partir das 16h.

O roteirista, diretor e produtor de Dunkirk, Christopher Nolan, diz que “em apenas alguns momentos emocionantes, ‘A Experiência Dunkirk VR’ oferece um exclusivo e eletrizante vislumbre dos três cenários do nosso filme de um ponto de vista subjetivo e único”.

Criado pela Practical Magic, o filme de realidade virtual traz conteúdo original especialmente produzido para envolver o espectador em cada uma das três principais perspectivas do filme – terra, mar e ar – e o leva a experimentar em primeira mão a corrida contra o tempo para sobreviver sob fogo inimigo. A alternância dos tempos de cada sequência reflete a estrutura não linear da tortuosa escala de tempo do filme de Christopher Nolan.

A experiência da realidade virtual, de tirar o fôlego, leva o espectador a submergir nas águas do canal, totalmente cercado pelo perigo; depois, diretamente para o céu, no interior da cabine do piloto dos aviões de caça da Força Aérea Real Britânica – o famoso Spitire da RAF; e finalmente à praia, como um entre as centenas de milhares de soldados aliados encurralados à espera do seu destino.

O presidente da Practical Magic, Matthew Lewis, dirigiu e produziu “Prenda a Respiração: A Experiência Dunkirk VR”. Segundo ele: “o mundo criado por Christopher Nolan para Dunkirk é ideal para o vigor e a intensidade da realidade virtual. É uma narrativa contínua e implacável, com o inimigo sempre a um passo de distância. Nós sabíamos exatamente como levá-lo para a realidade virtual – e transportar o espectador para aquele exato momento. É só um gostinho da história que você vai ver na telona… e Dunkirk é realmente um filme para ser visto na tela grande”.

 

Sobre o filme

Do diretor Christopher Nolan (“Interestelar”, “A Origem”, trilogia “Batman – O Cavaleiro das Trevas”), chega o épico de ação Dunkirk.

Dunkirk começa com centenas de milhares de soldados ingleses e aliados cercados por forças inimigas. Encurralados na praia, com o mar em suas costas, eles enfrentam uma situação impossível à medida que o inimigo se aproxima.

A história se desenvolve em terra, no mar e no ar. Aviões de combate da RAF – Força Aérea Real Britânica – assumem o combate ao inimigo no céu sobre o Canal da Mancha, na tentativa de proteger os soldados indefesos na praia. Enquanto isso, centenas de pequenos barcos conduzidos por militares e civis preparam uma ação desesperada de resgate, arriscando suas vidas numa corrida contra o tempo para salvar mesmo que uma pequena fração de seu exército.

Dunkirk apresenta um elenco composto por atores de diferentes gerações, incluindo Fionn Whitehead, Tom Glynn-Carney, Jack Lowden, Harry Styles, Aneurin Barnard, James D’Arcy e Barry Keoghan, além de Kenneth Branagh, Cillian Murphy, Mark Rylance e Tom Hardy.

Nolan dirige Dunkirk a partir de roteiro original próprio, utilizando uma combinação de tecnologia IMAX® e filme 65mm para levar a história às telas.  O longa foi produzido por Emma Thomas e Nolan, e teve Jake Myers como produtor executivo.

A equipe criativa nos bastidores de Dunkirk incluiu o diretor de fotografia Hoyte van Hoytema, o designer de produção Nathan Crowley, o editor Lee Smith, o figurinista Jeffrey Kurland, o supervisor de efeitos visuais Andrew Jackson e o supervisor de efeitos especiais Scott Fisher. A música foi composta por Hans Zimmer.

Dunkirk foi filmado em locações na França, Holanda, Reino Unido e Los Angeles.

A Warner Bros. Pictures apresenta Dunkirk, uma produção da Syncopy Production e direção de Christopher Nolan. Com estreia marcada para 27 de julho no Brasil nos formatos 2D e IMAX pela Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Bros. Entertainment.