Descubra cinco séries para assistir se gostou de Pátria

Descubra cinco séries para assistir se gostou de Pátria

A minissérie original PÁTRIA, produzida pela HBO Europe com participação da HBO Latin America, apresentou ao público três décadas da história do País Basco e como pessoas comuns vivem as consequências do terrorismo, ao acompanhar as mudanças sofridas por duas famílias. A vida de Bittori (Elena Irureta) e sua família muda completamente no dia em que o ETA (grupo separatista basco) mata seu marido, Txato (José Ramón Soroiz), na porta de casa. As relações com a família de sua amiga Miren (Ane Gabarain), cujo filho milita no grupo nacionalista, são cortadas.

Confira abaixo cinco séries para acompanhar depois de ver PÁTRIA, como BAND OF BROTHERS e I MAY DESTROY YOU, todas disponíveis na HBO GO:

CHERNOBYL 

Estrelada por Jared Harris, Stellan Skarsgard e Emily Watson, a aclamada minissérie da HBO, vencedora de dez prêmios Emmy e dois Globos de Ouro, conta a história do maior acidente nuclear da história, o da usina de Chernobyl em 1986. Após uma explosão no reator, o engenheiro-chefe Anatoly Dyatlov (Paul Ritter) envia seus funcionários para investigar o acontecimento, sem imaginar as consequências que estavam por vir. Ao longo de cinco episódios, a produção acompanha a história dos corajosos homens e mulheres que se sacrificaram para conter o desastre. 

I MAY DESTROY YOU 

Escrita, produzida e protagonizada por Michaela Coel, I MAY DESTROY YOU acompanha Arabella, escritora que está trabalhando em seu segundo livro. Sob pressão para completar o projeto, ela decide relaxar uma noite e sair com um grupo de amigos, mas quando acorda no dia seguinte sem memória do que aconteceu, Arabella percebe que algo horrível se passou. Baseada na vida da própria criadora e muito elogiada pela crítica, a série segue o processo de cura da personagem enquanto ela tenta entender o seu trauma.

SANTOS DUMONT

Realizada pela HBO em coprodução com a Pindorama Filmes, a minissérie conta, ao longo de seis episódios, a história do “pai da aviação” e suas maiores invenções. Ambientada na França e no Brasil, no final do século XIX e início do século XX, a produção segue a trajetória do inventor, desde a sua infância no interior de Minas Gerais até os sofisticados salões e aeroclubes de Paris. Com diálogos em português, inglês, espanhol e francês, a série mergulha na vida de Dumont, inventor do avião e personagem histórico brasileiro que personificou as grandes transformações da virada do século.

I KNOW THIS MUCH IS TRUE

Mark Ruffalo interpreta dois irmãos gêmeos nessa adaptação do romance de Wally Lamb. Ao longo de seis episódios, o drama familiar acompanha Dominick Birdsey e sua relação conturbada com o irmão Thomas, que sofre de esquizofrenia e paranóia. Quando o irmão tem um violento colapso em público, Dominick faz tudo que pode para tirar o gêmeo da instituição psiquiátrica em que foi internado. No processo, ele passa a refletir sobre os acontecimentos que levaram ao episódio e sobre as dificuldades que enfrentou em sua própria vida. 

BAND OF BROTHERS

A superprodução original da HBO, vencedora de seis prêmios Emmy e um Globo de Ouro, produzida por Tom Hanks e Steven Spielberg, conta a história da Easy Company, grupo de elite da infantaria norte-americana de paraquedistas que atuou na Segunda Guerra Mundial. Em seis capítulos, a minissérie retrata as dificuldades da guerra e a trajetória desses soldados desde o treinamento árduo até os combates históricos, como o desembarque na Normandia e a invasão do Ninho da Águia, a fortaleza de Hitler na Alemanha. 

Por Anna Barros

Poltrona Séries: Chernobyl- 1ª Temporada/ Cesar Augusto Mota

Poltrona Séries: Chernobyl- 1ª Temporada/ Cesar Augusto Mota

Criada por Craig Mazin (Se Beber Não Case! 2) e dirigida por Johan Renck (Breaking Bad), ‘Chernobyl’, a nova série da HBO, reconta os acontecimentos que envolvem o maior desastre nuclear testemunhado pela humanidade. Em 26 de abril de 1986, o reator número quatro da usina nuclear de Chernobyl, ao norte da Ucrânia, explodiu, liberando uma nuvem de radiação que se espalhou por boa parte do hemisfério Norte. Consequentemente, foi liberado na atmosfera terrestre um nível de radiação equivalente a 400 bombas atômicas de Hiroshima.  Uma produção que, sem dúvida, merece nossa atenção, principalmente em uma época de declínio da antiga União Soviética.

Logo no primeiro episódio surge uma frase que impacta o espectador muito antes dos eventos trágicos serem apresentados na tela: “Como um reator RBMK explode?” E essa indagação serve para diminuir uma possível distância existente entre pessoas que apenas ouviram falar e não acompanharam o caso na época, colocando-as no cenário devastador e de tragédia sem precedentes. Em seguida, são mostrados muitos bombeiros em meio aos escombros na esperança de resgate por vítimas com vida contaminadas por urânio e crianças brincando perto do cenário devastado pelo acidente nuclear. E sem esquecer das muitas pessoas impressionadas com o brilho no céu durante a noite.

Além da tragédia, o sentimento de culpa e a preocupação com a imagem da União Soviética perante o mundo também são bem trabalhados. Valery Legasov (Jared Harris), o Diretor do Instituto Kurchatov de Energia Atômica de Moscou, responsável por criar os reatores RBMK utilizados em Chernobyl, é um dos centros da série, em uma jornada épica e que protagoniza grandes embates com Lyudmilla Ignatenko (Jessie Buckley), representante do conjunto de cientistas que trabalharam na reparação da tragédia. Em cinco episódios, a série apresenta um arco envolvente e personagens capazes de despertar comoção e compaixão pelas vítimas, além de dar um importante sinal de alerta sobre energia nuclear, que pode vir a se tornar uma arma nas mãos do ser humano, e muitas vezes letal.

A incrível ambientação e os dramas psicológicos causados após a explosão do reator foram realizados com primor, e as discussões proporcionadas acerca dos interesses acima da preservação humana e possíveis perigos de evolução da Terra em meio à falta de cuidado do ser humano com a natureza e o mal uso de material radioativo enriquecem o trabalho da HBO e tornaram essa série muito aclamada nos Estados Unidos e diversas partes do mundo, e não foi à toa. Há realidade mesclada com ficção, uma obra com o intuito de causar impacto e ao mesmo com a intenção de trazer informações didáticas. E não se deve esquecer também do cunho filosófico da série, que reflete o caráter do ser humano em escancarar ou acobertar a verdade, com a frase de Legasov: “Quando a verdade ofende, mentimos até não nos lembrarmos mais dela”.

Se você está disposto a assistir a uma série diferente, que se preocupa não só em reconstituir uma tragédia, mas proporcionar um envolvimento maior do espectador com debates acerca da ciência, do ego humano e das consequências de nossas escolhas, seja em quaisquer situações, ‘Chernobyl’ consegue entregar tudo isso com louvor e deixar uma profunda marca. Vale a pena acompanhar, um trabalho digno de elogios e aplausos da HBO.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota