Com Maeve Jinkings, CARVÃO, de Carolina Markowicz, ganha Trailer Oficial

Com Maeve Jinkings, CARVÃO, de Carolina Markowicz, ganha Trailer Oficial

Filme, que fez sua estreia nacional no Festival do Rio, já foi exibido nos Festivais de Toronto e San Sebastian

Carvão chega aos cinemas brasileiros no dia 3 de novembro

Assista ao Trailer: https://youtu.be/0qlaRgwrj-Y

Primeiro longa da premiada diretora de curtas Carolina Markowicz, CARVÃO acaba de divulgar seu trailer oficial. Longa será exibido na Mostra Competitiva de Longas de Ficção, na Première Brasil do Festival do Rio, nos dias 12 e 13 de outubro, e chega aos cinemas brasileiros no dia 03 de novembro. Sua primeira sessão mundial aconteceu no Festival Internacional de Toronto, e, depois, foi exibido no Festival de Cinema de San Sebastian.

CARVÃO é produzido pela Superfilmes, e coproduzido pela Biônica Filmes e pela argentina Ajimolido, o longa será lançado nos cinemas pela Pandora Filmes, e traz no elenco Maeve Jinkings, Romulo Braga, Camila Márdila e o argentino César Bordón.

No filme, Maeve (O Som  ao Redor, Boi Neon e Aquarius) interpreta Irene que, com seu marido, Jairo (Braga), tem uma pequena carvoaria no quintal de casa, numa cidade do interior. Eles têm um filho pequeno, Jean (Jean Costa), e o pai dela não sai mais da cama, não fala, não ouve.

Tudo muda quando decidem hospedar em sua casa, em troca de uma boa quantidade em dinheiro, um estrangeiro misterioso, interpretado por Bordón (Relatos Selvagens e Mulher sem Cabeça). A chegada do homem, um sujeito pouco simpático que não fala português, transforma, não necessariamente para melhor, a dinâmica da vida da família de Irene, além de os colocar risco, a ponto dela pensar se aquilo tudo vale a pena.

Não há mais absurdo no Brasil. CARVÃO é a minha tentativa de compreender isso. Como chegamos a esse ponto?”, declarou a diretora, que também assina o roteiro, à revista Variety na exibição do filme em San Sebastian.

Ouvimos nosso presidente dizer que preferiria ter um filho morto a um filho gay. Ouvimos o executivo da maior seguradora de saúde dizer que foram orientados por seus CEOs a deixar as pessoas morrerem durante a pandemia porque ‘morte é alta hospitalar’.”

O filme foi rodado em Jordanópolis, interior de São Paulo, uma cidade próxima à qual a diretora cresceu, e ela confessa conhecer bem esse ambiente rural e retrógrado. “Lá, vivenciei tudo o que uma pequena cidade conservadora pode oferecer: pessoas cuidando da vida umas das outras, famílias unidas pelo fato de que “a família deve ficar unida”, casamentos onde os casais quase se odiavam (mas como é vergonhoso ser solteiro, vamos manter o status quo!). E claro: você pode ser um assassino, mas por favor não seja gay.”

Neste ano, o filme foi o vencedor do CICAE (distribuidores de cinema de arte europeu) awards, no Cine en Construcción Toulouse 2022, concedido a filmes na fase de pós-produção. Na justificativa do prêmio, o júri ressaltou a originalidade da história, além do trabalho de direção, e um alto potencial de público.

A equipe artística de CARVÃO conta direção de fotografia de Pepe Mendes (“O Órfão”); direção de arte de Marines Mencio (“Meu nome é Bagdá”) e Natalia Krieger (“Um loiro”); montagem do argentino Lautaro Colace (“Esto no es un golpe”); figurino assinado por Gabi Pinesso (“O Órfão”); e a trilha sonora é de Filipe Derado (“O Órfão”) e do argentino Alejandro Kauderer (“Minha obra-prima”).

Sinopse

Numa pequena cidade do interior, uma família recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar. Porém, nenhum dos familiares, e muito menos o próprio hóspede, vê suas expectativas cumpridas.

“Carvão” é um retrato ácido de um Brasil onde impera a naturalização do absurdo.

Ficha Técnica

Diretora: Carolina Markowicz        

Roteirista: Carolina Markowicz

Produtora: Zita Carvalhosa

Coprodutores: Karen Castanho, Alejandro Israel  

Elenco: Maeve Jinkings, César Bordón, Jean Costa, Camila Márdila, Romulo Braga, Pedro Wagner, Aline Marta

Fotografia: Pepe Mendes

Edição: Lautaro Colace

Música: Filipe Derado e Alejandro Kauderer

Edição de Som: Diego Martinez/Filipe Derado

Direção de Arte: Marines Mencio/Natalia Krieger

Figurino: Gabi Pinesso

Sobre Carolina Markowicz

Carolina é roteirista e diretora radicada em São Paulo.

Ela escreveu e dirigiu 6 curtas-metragens selecionados para cerca de 300 festivais como Cannes, Locarno, Toronto, SXSW, AFI e foi premiada mais de 70 vezes.

O “Orfão” é o curta-metragem mais reconhecido de sua carreira. Estreou na Quinzena dos Realizadores – Cannes e foi o vencedor do Queer Palm, sendo o primeiro filme brasileiro a ganhar este prêmio.

“Tatuapé Mahal” representou outro destaque em sua carreira. Estreou no TIFF – Toronto Intl’ Film Festival em 2014, onde Carolina foi considerada uma das “cinco cineastas a serem observadas” pelo curador Shane Smith. Após seu lançamento online, foi incluído entre os Melhores do Ano do Vimeo Staff Picks 2017.

Carolina foi uma das 10 cineastas emergentes convidadas a fazer parte do TIFF Talent Lab. Ela também foi selecionada para o Berlinale Talents e para a Locarno Filmmakers Academy, onde fez parte de uma seleção no Indiewire que apresentou “Alguns dos novos cineastas mais emocionantes do mundo”.

Em 2019, foi convidada a fazer parte da SEE Factory, na qual co-escreveu e co-dirigiu o curta-metragem “Spit”, exibido no dia de abertura da Quinzena dos Realizadores – Cannes 2019.

Carolina também é co-criadora da série Netflix “Nobody is Looking”, vencedora do Emmy Internacional 2020.

Em 2021, Carolina foi convidada para ser membro da AMPAS, a Academia responsável pelo Oscar.

Atualmente está na pós-produção de seus dois longas-metragens “Carvão”, e “Pedágio” em pós-produção.

Sobre a Cinematográfica Superfilmes

A Cinematográfica Superfilmes foi fundada em 1983 e estruturou-se para atuar nas diferentes áreas da produção audiovisual. Viabilizando projetos de realizadores independentes, levou às telas longas, séries e curtas reconhecidos por sua qualidade técnica e criatividade.

A Superfilmes aposta sempre na revelação de novos talentos (metade deles com primeiras obras) e na expressão de vozes originais. Entre os realizadores produzidos podemos destacar Carolina Markowicz, Chico Teixeira, Lina Chamie, Evaldo Mocarzel, Gregorio Graziosi, Lili Caffé, Eduardo Nunes, Jeferson De, Fábio Rodrigo, Lauro Escorel, Cao Hamburger, Wilson Barros, entre outros.

Sobre a Biônica Filmes

A Biônica Filmes foi fundada em 2012 por Bianca Villar, Karen Castanho e Fernando Fraiha. Produziu a série para a HBO: “PSI” indicada ao Emmy Awards 2015 na categoria “Melhor Série Dramática”; e os longas: “Os Homens São De Marte… E é Pra Lá Que Eu Vou!” (2014) de Marcus Baldini, visto por mais de 1,8 milhão de espectadores e ganhador do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2015 na categoria “Melhor Comédia”; “Reza a Lenda” (2016), de Homero Olivetto, uma das 5 maiores bilheterias de 2016 e ganhador do Prêmio Especial do Júri no Tallin Black Nights 2016; “TOC – Transtornada, Obsessiva, Compulsiva” (2017) de Paulinho Caruso e Teo Poppovic, selecionado para o South by Southwest (SXSW) 2018.

No ano de 2017 foram lançados dois longas em que a Biônica é produtora associada: o documentário “Divinas Divas” de Leandra Leal, vencedor do Prêmio do Púbico – Global no South by Southwest (SXSW) 2017 e a comédia “La Vingança” de Fernando Fraiha, uma coprodução Brasil – Argentina vencedora do prêmio de Diretor Estreante do Brooklin Film Festival 2017.

Em 2018, três longas serão rodados pela Biônica Filmes: “Turma da Mônica -Laços” de Daniel Rezende, o primeiro live action baseado nas histórias da Turma da Mônica, “Eu Não Sou Cachorro, Não” de Rafael Gomes, uma comédia romântica musical com trilha original assinada por Arnaldo Antunes; e “Pedro” de Laís Bodanzky, uma coprodução Brasil-Portugal que contará a história de Dom Pedro I.

Em 2019 a produtora vai produzir “Rita Lee, uma autobiografia” (um longa-metragem de ficção e um documentário).

Sobre a Ajimolido Filmes

A Ajimolido Films é uma produtora criada em 2008 por Alejandro Israel. É coprodutora do filme “Carvão” de Carolina Markowicz. Desde a sua criação produziu filmes como “Los que Vuelven” de Laura Casabé, “Angélica” de Delfina Castagnino, “EL Invierno” de Emiliano Torres, “Invasión” de Abner Benaim e “La Forma Exacta de Las Islas” de Daniel Casabe & Edgardo Dieleke. Além disso, coproduziu “Pássaros Voadores” de Nestor Montalbano, “Maids and Bosses”, de Abner Benaim, e seu produtor associado de “Argentina” de Carlos Saura.

Sobre a Pandora Filmes

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.

Pandora Filmes apresenta oito filmes no Festival do Rio

Pandora Filmes apresenta oito filmes no Festival do Rio

Três longas nacionais da distribuidora farão sua estreia no Brasil no evento: CARVÃOPALOMA e LILITH

PANDORA FILMES marcará presença no Festival do Rio com a exibição de sete filmes inéditos em circuito no país. O evento, que acontece entre 06 e 16 de outubro, exibirá três filmes nacionais da distribuidora que terão suas primeiras sessões no país. Além de aguardados longas nacionais, a distribuidora apresentará os novos filmes de Isabelle Huppert e Benoît Poelvoorde, além de uma adaptação do best-seller de Scholastique Mukasonga.

CARVÃO, dirigido e escrito por Carolina Markowicz, fez sua estreia mundial no Festival de Toronto deste ano, onde foi muito bem recebido. O longa traz no elenco Maeve Jinkings, Romulo Braga, Camila Márdila e o argentino César Bordón. Exibido na Mostra Competitiva de Longas de Ficção da Première Brasil, o filme traz como protagonista uma mulher cuja família é transformada depois que decidem hospedar um homem misterioso em sua casa em troca de dinheiro.

Marcelo Gomes dirige PALOMA, que traz Kika Sena, uma arte-educadora, diretora teatral, atriz, poeta e performer, no papel-título, como uma mulher transexual que deseja casar na igreja católica com vestido de noiva, e fará de tudo para realizar seu sonho. O longa fez sua estreia no Festival de Cinema de Munique, e no Festival do Rio compete na Première Brasil.

Na Mostra Novos Rumos, da Première Brasil, a Pandora Filmes apresenta LILITH, novo filme de Bruno Safadi, que traz no elenco Renato Góes, Isabél Zuua e Nash Laila. O longa parte da personagem bíblica que dá seu título, para contar a história da primeira mulher de Adão, que era insubmissa, revolucionária e transgressora. 

Isabelle Huppert e Reda Kateb protagonizam BELAS PROMESSAS (Les Promesses), de Thomas Kruithof, exibido no Festival de Veneza de 2021. A atriz intepreta a prefeita de uma cidade que, com seu assistente, luta contra as desigualdades, mas a oportunidade de se tornar ministra, pode fazer sua ambição aumentar e sua integridade diminuir.

Inspirado no best-seller homônimo de Scholastique Mukasonga, NOSSA SENHORA DO NILO (Our lady of the Nile) é dirigido por Atiq Rahimi, e foi premiado no Festival de Berlim de 2020, e se situa no começo dos anos de 1970, quando Ruanda passa por profundas transformações que refletem  no internato para meninas que dá nome ao longa.

Protagonizado por Benoît Poelvoorde, a comédia AS HISTÓRIAS DO MEU PAI (My father Stories) tem, ao centro, um adolescente que idolatra seu pai, um homem cheio de histórias de aventuras que garante ter vivido, mas, talvez, a verdade não seja tão empolgante como parece.

Dirigido pelo francês Julien Rappeneau, MEU FILHO É UM CRAQUE (Fourmi)  tem como protagonista um adolescente que descobre seu dom para o futebol, enquanto sua família vive uma crise com o divórcio de seus pais.

Exibido recentemente no Festivais de Veneza, o drama O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO (The Happiest Man in the World) foi selecionado pela Macedônia do Norte para representar o país no Oscar, e traz a história de um homem em busca de paz e perdão por um ato que cometeu durante uma guerra nos anos de 1990.

Abaixo, as sinopses dos filmes:
CARVÃO, direção e roteiro Carolina MarkowiczNuma pequena cidade do interior, uma família recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar. Porém, nenhum dos familiares, e muito menos o próprio hóspede, vê suas expectativas cumpridas.“Carvão” é um retrato ácido de um Brasil onde impera a naturalização do absurdo.
PALOMA, direção de Marcelo GomesPaloma é uma mulher trans que está decidida a realizar seu maior sonho: um casamento tradicional, na igreja, com o seu namorado Zé. Ela trabalha duro como agricultora numa plantação de mamão, e está economizando para pagar a festa. A recusa do padre em aceitar seu pedido obrigará Paloma a enfrentar a sociedade rural. Ela sofre violência, traição, preconceito e injustiça, mas nada abala sua fé.
LILITH, de Bruno Safadi”Lilith” conta a história mitológica da primeira mulher na Terra, que veio antes de Eva. Ela é criada por Deus para ser a mulher de Adão. Entretanto, Lilith não aceita posição de inferioridade em relação ao homem, rebela-se e vai para o deserto. Lilith reaparece como um duplo de Eva, come o fruto proibido, se vinga de Adão, de Deus, e torna-se a primeira mulher a se levantar contra o sistema patriarcal dominante.
MEU FILHO É UM CRAQUE, de Julien RappeneauThéo, aliás Fourmi, é o único filho de pais divorciados. Enquanto sua mãe Chloé está vivenciando o início de uma nova história de amor, seu pai Laurent parece estar atolado em uma vida sem perspectivas. No auge dos seus 12 anos, Théo tem um dom para o futebol. Quando um recrutador de um prestigiado clube inglês se interessa por ele, ele vê isso como uma oportunidade de devolver alguma esperança ao pai.
NOSSA SENHORA DO NILO, de Atiq RahimiRuanda, 1973. Nossa Senhora do Nilo é um prestigioso internato católico no alto de uma colina, onde meninas adolescentes se preparam para serem a elite ruandesa. Com a formatura a caminho, elas compartilham o mesmo dormitório, os mesmos sonhos e preocupações. Mas em todo o país, como dentro da escola, antagonismos profundos ecoam, mudando a vida dessas jovens – e de toda a nação – para sempre.
AS HISTÓRIAS DO MEU PAI, de Jean-Pierre AmérisLyon, 1961. Emile tem doze anos. Seu pai é um herói. Ele diz que foi campeão de judô, pára-quedista, jogador de futebol, espião e até conselheiro especial do general de Gaulle. Agora ele quer salvar a Argélia Francesa! Fascinado e orgulhoso, Emile está pronto para seguir seu pai nas missões mais perigosas e as realiza com a maior seriedade.  Mas e se as façanhas do pai fossem todas falsas e perigosas demais para as crianças?
BELAS PROMESSAS, de Thomas KruithofClémence (Isabelle Huppert), a destemida prefeita de uma cidade perto de Paris, está completando o último mandato de sua carreira política. Com seu fiel braço direito Yazid (Reda Kateb), ela luta há muito tempo por esta cidade atormentada pela desigualdade e desemprego. No entanto, quando Clémence é abordado para se tornar Ministra, surge a sua ambição, questionando a sua devoção e compromisso com os seus cidadãos. Sua integridade política e promessas eleitorais sobreviverão à sua recém-descoberta ambição?
O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO, de Teona Strugar MitevskaAsja é uma mulher de 40 anos, solteira que vive em Saraievo. Ela conhece Zoran, um banquetio de 43 anos. Ele, no entanto, não está em busca de amor, mas de perdão. Durante uma guerra em 1993, ele atirou em uma pessoa, e quer conhecer sua primeira vítima. Agora, ambos precisam superar a dor e procurar perdão.

SOBRE A PANDORA FILMES

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.

Brasileiro CARVÃO será exibido no Festival de San Sebástian

Brasileiro CARVÃO será exibido no Festival de San Sebástian

Protagonizado por Maeve Jinkings e César Bordón, filme de Carolina Markowicz, também estará no Festival de Toronto

CARVÃO, primeiro longa da premiada curta-metragista Carolina Markowicz, será exbido no Festival de Cinema de San Sebastian, que acontece entre 16 e 24 de setembro. Antes disso, a produção terá sua première mundial na Mostra competitiva do Festival Internacional de Toronto, onde é o único filme latino selecionado, que será entre 8 e 18 de setembro.

Protagonizado por Maeve Jinkings e o argentino César Bordón (“Relatos Selvagens”, CARVÃO traz no elenco ainda Romulo Braga, Camila Márdila e Aline Marta, e será lançado nos cinemas pela Pandora Filmes, com previsão de estreia para o primeiro trimestre de 2023. O filme é produzido por Zita Carvalhosa, e coproduzido pela Biônica Filmes.

Carolina, que também assina o roteiro do longa, conta que o desejo de fazer o filme veio da angústia de ver o Brasil a cada dia mais imune aos absurdos. “Ouvimos nosso presidente dizer que preferiria ter um filho morto a um filho gay. Ouvimos o executivo da maior seguradora de saúde dizer que foram orientados por seus CEOs a deixar as pessoas morrerem durante a pandemia porque ‘morte é alta hospitalar’.”

No filme, Maeve interpreta Irene que, com seu marido, Jairo (Romulo Braga), tem uma pequena carvoaria no quintal de casa. Eles têm um filho pequeno, Jean (Jean Costa), e o pai dela não sai mais da cama, não fala, não ouve.

A família recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa, numa pequena cidade no interior. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar – nem sempre para melhor.

O filme foi rodado em Joanópolis, interior de São Paulo, uma cidade próxima à qual a diretora cresceu, e ela confessa conhecer bem esse ambiente rural e retrógrado. “Lá, vivenciei tudo o que uma pequena cidade conservadora pode oferecer: pessoas cuidando da vida umas das outras, famílias unidas pelo fato de que “a família deve ficar unida”, casamentos onde os casais quase se odiavam (mas como é vergonhoso ser solteiro, vamos manter o status quo!). E claro: você pode ser um assassino, mas por favor não seja gay.”

Carolina passou, então, a prestar atenção nesse mundo ao seu redor, notando coisas que acabou trazendo para o filme. “Esse ambiente bucólico, mas ao mesmo tempo agitado, fez de mim uma observadora da natureza humana no seu melhor e no seu pior. E também uma admiradora de um senso de humor áspero, áspero e ácido, capaz de retratar todos os maiores desastres humanos e idiossincrasias de uma maneira bastante estranha.”

CARVÃO surge então da sua tentativa de “entender como a violência, religião e hipocrisia tomaram conta de nossas vidas e corpos de uma forma que nem percebemos mais.”

Sinopse

Numa pequena cidade do interior, uma família recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar. Porém, nenhum dos familiares, e muito menos o próprio hóspede, vê suas expectativas cumpridas.

“Carvão” é um retrato ácido de um Brasil onde impera a naturalização do absurdo.

Ficha Técnica

Diretora: Carolina Markowicz        

Roteirista: Carolina Markowicz

Produtora: Zita Carvalhosa

Coprodutores: Karen Castanho, Alejandro Israel  

Elenco: Maeve Jinkings, César Bordón, Jean Costa, Camila Márdila, Romulo Braga, Pedro Wagner, Aline Marta

Fotografia: Pepe Mendes

Edição: Lautaro Colace

Música: Filipe Derado e Alejandro Kauderer

Edição de Som: Diego Martinez/Filipe Derado

Direção de Arte: Marines Mencio/Natalia Krieger

Figurino: Gabi Pinesso

Sobre Carolina Markowicz

Carolina é roteirista e diretora radicada em São Paulo.

Ela escreveu e dirigiu 6 curtas-metragens selecionados para cerca de 300 festivais como Cannes, Locarno, Toronto, SXSW, AFI e foi premiada mais de 70 vezes.

O “Orfão” é o curta-metragem mais reconhecido de sua carreira. Estreou na Quinzena dos Realizadores – Cannes e foi o vencedor do Queer Palm, sendo o primeiro filme brasileiro a ganhar este prêmio.

“Tatuapé Mahal” representou outro destaque em sua carreira. Estreou no TIFF – Toronto Intl’ Film Festival em 2014, onde Carolina foi considerada uma das “cinco cineastas a serem observadas” pelo curador Shane Smith. Após seu lançamento online, foi incluído entre os Melhores do Ano do Vimeo Staff Picks 2017.

Carolina foi uma das 10 cineastas emergentes convidadas a fazer parte do TIFF Talent Lab. Ela também foi selecionada para o Berlinale Talents e para a Locarno Filmmakers Academy, onde fez parte de uma seleção no Indiewire que apresentou “Alguns dos novos cineastas mais emocionantes do mundo”.

Em 2019, foi convidada a fazer parte da SEE Factory, na qual co-escreveu e co-dirigiu o curta-metragem “Spit”, exibido no dia de abertura da Quinzena dos Realizadores – Cannes 2019.

Carolina também é co-criadora da série Netflix “Nobody is Looking”, vencedora do Emmy Internacional 2020.

Em 2021, Carolina foi convidada para ser membro da AMPAS, a Academia responsável pelo Oscar.

Atualmente está na pós-produção de seus dois longas-metragens “Carvão”, e “Pedágio” em pós-produção.

Sobre a Biônica Filmes

A Biônica Filmes foi fundada em 2012 por Bianca Villar, Karen Castanho e Fernando Fraiha. Produziu a série para a HBO: “PSI” indicada ao Emmy Awards 2015 na categoria “Melhor Série Dramática”; e os longas: “Os Homens São De Marte… E é Pra Lá Que Eu Vou!” (2014) de Marcus Baldini, visto por mais de 1,8 milhão de espectadores e ganhador do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em 2015 na categoria “Melhor Comédia”; “Reza a Lenda” (2016), de Homero Olivetto, uma das 5 maiores bilheterias de 2016 e ganhador do Prêmio Especial do Júri no Tallin Black Nights 2016; “TOC – Transtornada, Obsessiva, Compulsiva” (2017) de Paulinho Caruso e Teo Poppovic, selecionado para o South by Southwest (SXSW) 2018.

No ano de 2017 foram lançados dois longas em que a Biônica é produtora associada: o documentário “Divinas Divas” de Leandra Leal, vencedor do Prêmio do Púbico – Global no South by Southwest (SXSW) 2017 e a comédia “La Vingança” de Fernando Fraiha, uma coprodução Brasil – Argentina vencedora do prêmio de Diretor Estreante do Brooklin Film Festival 2017.

Em 2018, três longas serão rodados pela Biônica Filmes: “Turma da Mônica -Laços” de Daniel Rezende, o primeiro live action baseado nas histórias da Turma da Mônica, “Eu Não Sou Cachorro, Não” de Rafael Gomes, uma comédia romântica musical com trilha original assinada por Arnaldo Antunes; e “Pedro” de Laís Bodanzky, uma coprodução Brasil-Portugal que contará a história de Dom Pedro I.

Em 2019 a produtora vai produzir “Rita Lee, uma autobiografia” (um longa-metragem de ficção e um documentário).

Sobre a Ajimolido Filmes

A Ajimolido Films é uma produtora criada em 2008 por Alejandro Israel. É co-produtora do filme “Carvão” de Carolina Markowicz. Desde a sua criação produziu filmes como “Los que Vuelven” de Laura Casabé, “Angélica” de Delfina Castagnino, “EL Invierno” de Emiliano Torres, “Invasión” de Abner Benaim e “La Forma Exacta de Las Islas” de Daniel Casabe & Edgardo Dieleke. Além disso, co-produziu “Pássaros Voadores” de Nestor Montalbano, “Maids and Bosses”de Abner Benaim, e seu produtor associado de “Argentina” de Carlos Saura.

Sobre a Pandora Filmes

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.

Brasileiro CARVÃO fará sua estreia mundial no Festival de Toronto

Brasileiro CARVÃO fará sua estreia mundial no Festival de Toronto

Primeiro longa de Carolina Markowicz, protagonizado por Maeve Jinkings, aborda a hipocrisia e os absurdos do Brasil contemporâneo

Premiada curta-metragista Carolina Markowicz exibirá seu primeiro longa, CARVÃO, na principal mostra do Festival Internacional de Cinema Toronto, que acontece entre 8 e 18 de setembro. O filme terá sua première mundial num dos eventos cinematográficos mais importantes do mundo. Protagonizado por Maeve Jinkings, traz no elenco ainda Romulo Braga, Camila Márdila, Aline Marta e o argentino César Bordón (“Relatos Selvagens”), e será lançado nos cinemas pela Pandora Filmes, com previsão de estreia para o primeiro trimestre de 2023.

A exibição do filme na Competição Oficial – Platform marca a volta da cineasta ao Festival de Toronto, no qual já exibiu três curtas: “O órfão”(2018), “Namoro à distância” (2017) e “Edifício Tatuapé Mahal” (2014). Além disso, ela também participou do TIFF Filmmaker Lab, em 2015.

Carolina, que também assina o roteiro do longa, conta que o desejo de fazer o filme veio da angústia de ver o Brasil a cada dia mais imune aos absurdos. “Ouvimos nosso presidente dizer que preferiria ter um filho morto a um filho gay. Ouvimos o executivo da maior seguradora de saúde dizer que foram orientados por seus CEOs a deixar as pessoas morrerem durante a pandemia porque ‘morte é alta hospitalar’.”

No filme, Maeve interpreta Irene que, com seu marido, Jairo (Romulo Braga), tem uma pequena carvoaria no quintal de casa. Eles têm um filho pequeno, Jean (Jean Costa), e o pai dela não sai mais da cama, não fala, não ouve.

A família recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa, numa pequena cidade no interior. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar – nem sempre para melhor.

O filme foi rodado em Joanópolis, interior de São Paulo, uma cidade próxima à qual a diretora cresceu, e ela confessa conhecer bem esse ambiente rural e retrógrado. “Lá, vivenciei tudo o que uma pequena cidade conservadora pode oferecer: pessoas cuidando da vida umas das outras, famílias unidas pelo fato de que “a família deve ficar unida”, casamentos onde os casais quase se odiavam (mas como é vergonhoso ser solteiro, vamos manter o status quo!). E claro: você pode ser um assassino, mas por favor não seja gay.”

Carolina passou, então, a prestar atenção nesse mundo ao seu redor, notando coisas que acabou trazendo para o filme. “Esse ambiente bucólico, mas ao mesmo tempo agitado, fez de mim uma observadora da natureza humana no seu melhor e no seu pior. E também uma admiradora de um senso de humor áspero, áspero e ácido, capaz de retratar todos os maiores desastres humanos e idiossincrasias de uma maneira bastante estranha.”

CARVÃO surge então da sua tentativa de “entender como a violência, religião e hipocrisia tomaram conta de nossas vidas e corpos de uma forma que nem percebemos mais.”

Sinopse

Numa pequena cidade do interior, uma família recebe uma proposta rentosa, mas também perigosa: hospedar um desconhecido em sua casa. Antes mesmo da chegada dele, no entanto, arranjos precisarão ser feitos, e a vida em família começa a se transformar. Porém, nenhum dos familiares, e muito menos o próprio hóspede, vê suas expectativas cumpridas.

“Carvão” é um retrato ácido de um Brasil onde impera a naturalização do absurdo.

Ficha Técnica

Diretora: Carolina Markowicz        

Roteirista: Carolina Markowicz

Produtora: Zita Carvalhosa

Coprodutores: Karen Castanho, Alejandro Israel  

Elenco: Maeve Jinkings, César Bordón, Jean Costa, Camila Márdila, Romulo Braga, Pedro Wagner, Aline Marta

Fotografia: Pepe Mendes

Edição: Lautaro Colace

Música: Filipe Derado e Alejandro Kauderer

Edição de Som: Diego Martinez/Filipe Derado

Direção de Arte: Marines Mencio/Natalia Krieger

Figurino: Gabi Pinesso

Sobre Carolina Markowicz

Carolina é roteirista e diretora radicada em São Paulo. Ela escreveu e dirigiu 6 curtas-metragens selecionados para cerca de 300 festivais como Cannes, Locarno, Toronto, SXSW, AFI e foi premiada mais de 70 vezes.

O “Orfão” é o curta-metragem mais reconhecido de sua carreira. Estreou na Quinzena dos Realizadores – Cannes e foi o vencedor do Queer Palm, sendo o primeiro filme brasileiro a ganhar este prêmio. “Tatuapé Mahal” representou outro destaque em sua carreira. Estreou no TIFF – Toronto Intl’ Film Festival em 2014, onde Carolina foi considerada uma das “cinco cineastas a serem observadas” pelo curador Shane Smith. Após seu lançamento online, foi incluído entre os Melhores do Ano do Vimeo Staff Picks 2017.

Carolina foi uma das 10 cineastas emergentes convidadas a fazer parte do TIFF Talent Lab. Ela também foi selecionada para o Berlinale Talents e para a Locarno Filmmakers Academy, onde fez parte de uma seleção no Indiewire que apresentou “Alguns dos novos cineastas mais emocionantes do mundo”.

Em 2019, foi convidada a fazer parte da SEE Factory, na qual co-escreveu e co-dirigiu o curta-metragem “Spit”, exibido no dia de abertura da Quinzena dos Realizadores – Cannes 2019.

Carolina também é co-criadora da série Netflix “Nobody is Looking”, vencedora do Emmy Internacional 2020.

Em 2021, Carolina foi convidada para ser membro da AMPAS, a Academia responsável pelo Oscar.

Atualmente está na pós-produção de seus dois longas-metragens “Carvão”, e “Pedágio” em pós-produção.

Sobre a Pandora Filmes

A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.

Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.