MARTE UM, de Gabriel Martins, divulga teaser pôster

MARTE UM, de Gabriel Martins, divulga teaser pôster

O longa, que teve estreia mundial no Festival de Sundance será exibido no Festival de Gramado e estreia nos cinemas dia 25 de agosto

MARTE UM, novo filme de Gabriel Martins, divulga seu pôster teaser. O mais novo filme da produtora mineira Filmes de Plástico, teve estreia mundial no aclamado Festival de Sundance desse ano, e já rodou o mundo, onde foi exibido em mais de 25 Festivais. No Brasil o filme será exibido no Festival de Gramado, e estreia nos cinemas do país dia 25 de agosto.

A imprensa internacional classificou MARTE UM como: “Um filme sincero, e profundamente afetivo com seus personagens, […] que procuram encontram um chão em comum, e compartilhar a esperança”, escreve Jessica Kiang, na Variety. E “É um filme vívido, com atuações brilhantes […] aumentando o escopo de representação da cultura preta brasileira”, comenta Jonathan Romney, na ScreenDaily.

SOBRE O FILME

MARTE UM é o segundo longa do cineasta (o primeiro solo, sem a parceria de Maurilio Martins, com quem fez “No coração do mundo”), e tem, como um de seus temas centrais, a realização de um sonho infantil.

O filme traz o cotidiano de uma família periférica, nos últimos meses de 2018, pouco depois das eleições presidenciais. O garoto Deivid (Cícero Lucas), o caçula da família Martins, sonha em ser astrofísico, e participar de uma missão que em 2030 irá colonizar o planeta vermelho. Morando na periferia de um grande centro urbano, não há muitas chances para isso, mas mesmo assim, ele não desiste. Passa horas assistindo vídeos e palestras sobre astronomia na internet.

O pai, Wellington (Carlos Francisco, de “Bacurau”, e da Companhia do Latão de teatro), é porteiro em um prédio de elite, e há um bom tempo está sem beber, uma informação que compartilha com orgulho em sessões do AA. Tércia (Rejane Faria, da série “Segunda Chamada”) é a matriarca que, depois um incidente envolvendo uma pegadinha de televisão, acredita que está sofrendo de uma maldição. Por fim, a filha mais velha é Eunice (Camilla Damião), que pretende se mudar para um apartamento com sua namorada (Ana Hilário), mas não tem coragem de contar aos pais.

“O filme foi desenvolvido entre 2015 e 2018, um período de muitas mudanças abruptas nos campos social e político do país. Vários movimentos nos fizeram confrontar com o que pensávamos sobe raça, gênero, economia e muitos aspectos da sociedade. Produzimos o filme graças a um fundo para diretores negros, e isso sempre me trouxe um senso de responsabilidade muito grande, com honestidade e compreensão de que esse filme pode ser uma forte representação de uma cultura da qual faço parte.”

Produtor do filme, Thiago Macêdo Correia, da Filmes de Plástico, lembra que Gabriel o procurou com a ideia para MARTE UM quando o país ainda sob o comando de Dilma Rousseff, um período de prosperidade, e incentivo e investimentos na cultura. “O filme foi produzido graças a um fundo público de 2016 voltado para diretores negros e narrativas de temática negra com o intuito de levar às telas cineastas de grupos minoritários. Obviamente, esse fundo não existe mais. Rodamos o longa em outubro de 2018, durante as eleições, o que acabou influenciando também a narrativa. Não tínhamos ideia do que viria depois.

“Rodamos MARTE UM pouco depois da eleição de 2018, que mudou tudo no Brasil. Embora se passe num contexto político turbulento – sendo a eleição de Bolsonaro um ponto baixo para nós –, esse não é um filme que tenta chega a um veredito sobre o estado político do país. Por outro lado, é inevitável que o público o interprete como um chamado para não nos deixarmos abater pelas agitações sociais que estamos enfrentando.”

MARTE UM é assinado pela produtora mineira Filmes de Plástico, fundada por Gabriel, Thiago, André Novais Oliveira e Maurilio Martins, em 2009, e que tem em sua filmografia longas premiados como “Temporada”, “Ela volta na quinta”, “No coração do mundo” e “Contagem”. Suas produções também foram destaque em festivais com Cannes, Roterdã, Brasília e Tiradentes.

Sinopse

Os Martins são sonhadores e otimistas, e levam tranquilamente às margens de uma grande cidade brasileira depois da decepção da eleição de um presidente de extrema-direita. Uma família negra de classe média baixa, eles sentem a tensão da nova realidade enquanto baixa a poeira política. Tércia, a mãe, reinterpreta seu mundo depois de um encontro inesperado que a deixa em dúvida se foi amaldiçoada. Seu marido, Wellingon, coloca todas suas esperanças na carreira como jogador de futebol do filho caçula, Deivinho, que acompanha a ambição do pai com relutância, pois sonha em estudar astrofísica e colonizar Marte. Enquanto isso, a filha mais velha, Eunice, se apaixona por uma jovem de espírito livre, e se questiona se não está na hora de sair de casa.

Ficha Técnica

Direção: Gabriel Martins

Roteiro: Gabriel Martins

Produção: André Novais Oliveira, Gabriel Martins, Maurilio Martins e Thiago Macêdo Correia

Elenco: Rejane Faria, Carlos Francisco, Camilla Damião, Cícero Lucas, Ana Hilário, Russo APR, Dircinha Macedo, Tokinho e Juan Pablo Sorrin

Direção de Fotografia: Leonardo Feliciano

Desenho de Produção: Rimenna Procópio

Figurino: Marina Sandim

Som: Tiago Bello e Marcos Lopes

Montagem: Gabriel Martins e Thiago Ricarte

Música: Daniel Simitan

Gênero: drama

País: Brasil

Ano: 2022

Duração: 114 min.

Bio Gabriel Martins

Gabriel Martins (22/12/1987) é cineasta, roteirista, montador e diretor de fotografia conhecido por seu trabalho na Filmes de Plástico, empresa que fundou em 2009 ao lado de André Novais Oliveira, Maurilio Martins e Thiago Macêdo Correia.

Seu primeiro filme, NO CORAÇÃO DO MUNDO, codirigido por Maurilio Martins, estreou na Tiger Competition do Festival de Roterdã em 2019, e depois foi exibido em diversos festivais, e lançado comercialmente em vários países, como a França, onde foi aclamado pela crítica.

Entre seu curtas estão NADA, exibido na Quinzena dos Realizadores de Cannes, em 2017, e DONA SÔNIA PEDIU UMA ARMA PARA SEU VIZINHO ALCIDES, exibido no Festival de Clermont-Ferrand. Ele também participou do programa especial de Roterdã “Soul in the Eye”, no qual ministrou uma masterclass.

Gabrielescreveu diversos filmes, como o sucesso ALEMÃO. MARTE UM é seu segundo longa, e primeira direção solo.

Sobre a Filmes de Plástico

Criada em 2009, a Filmes de Plástico é uma produtora mineira de Contagem, hoje sediada em Belo Horizonte, formada pelos diretores André Novais Oliveira, Gabriel Martins, Maurílio Martins e pelo produtor Thiago Macêdo Correia.

Juntos seus filmes já foram selecionados em mais de 200 festivais no Brasil e no mundo como a Quinzena dos Realizadores em Cannes, Festival de Cinema de Locarno, Festival de Rotterdam, FID Marseille, Indie Lisboa, BAFICI, Festival de Cartagena, Los Angeles Brazilian Film Festival, Festival de Cinema de Brasília e Mostra de Cinema de Tiradentes, ganhando mais de 50 prêmios.

Entre os próximos projetos da produtora estão além de Marte Um, O Último Episódio, dirigido por Maurilio Martins e E os meus Olhos ficam Sorrindo, dirigido por André Novais Oliveira.

Sobre o Canal Brasil

O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 365 longas-metragens coproduzidos. No ar há mais de duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.

Sobre a Embaúba Filmes

A Embaúba Filmes é uma distribuidora especializada em cinema brasileiro, criada em 2018 e sediada em Belo Horizonte. Seu objetivo é contribuir para a maior circulação de obras autorais brasileiras. Ela busca se diferenciar pela qualidade de seu catálogo, que já conta com mais de 30 títulos, em pouco mais de 4 anos de atuação, apostando em filmes de grande relevância cultural e política. A empresa atua também com a exibição de filmes pela internet, por meio da plataforma Embaúba Play, que exibe não apenas seus próprios lançamentos, como também obras de outras distribuidoras e contratadas diretamente com produtores, contando hoje com mais de 500 títulos em seu acervo, dentre curtas, médias e longas-metragens do cinema brasileiro contemporâneo.

Canal Brasil homenageia William Hurt

Canal Brasil homenageia William Hurt

Canal Brasil homenageia William Hurt

O Canal Brasil abre espaço em sua programação hoje, dia 14/03, para homenagear o ator William Hurt (20/03/1950 — 13/03/2022) e exibe, às 19h30, o longa “O Beijo da Mulher-Aranha” (1985), de Hector Babenco. A performance lhe rendeu o Oscar de melhor ator em 1986 — o primeiro entregue pela Academia para um personagem abertamente gay — e o prêmio de melhor interpretação masculina no Festival de Cannes do ano anterior.

HOMENAGEM A WILLIAM HURT
14/03 (segunda-feira)
19h30 — O Beijo da Mulher-aranha

O Beijo da Mulher-aranha (1985) (121’)
Diretor: Hector Babenco;
Elenco: William Hurt, Raul Julia, Sonia Braga, José Lewgoy, Milton Gonçalves, Miriam Pires;
Sinopse: Nos porões da ditadura latino-americana, dois presos são obrigados a conviver na mesma cela. Molina é condenado por corrupção de menores; Valentin é torturado pelo governo para delatar companheiros.
Gênero: Drama.
Classificação: 14 anos.

Filme América Armada estreia nesta quarta, dia 16 de junho, no Canal Brasil

Filme América Armada estreia nesta quarta, dia 16 de junho, no Canal Brasil



Premiado em diversos festivais, filme dirigido por Alice Lanari e Pedro Asbeg, acompanha a luta contra o desarmamento no Brasil, México e

De uma favela no Rio de Janeiro, a Medellín na Colômbia, e a Michoacán no México, o documentário brasileiro AMÉRICA ARMADA acompanha o trabalho de três ativistas que tiveram a coragem de enfrentar a violência armada. Um assunto urgente, que poderá ser assistido no dia 16 de junho, no Canal Brasil, às 20h00. A direção é de Pedro Asbeg (Democracia em Preto e Branco e Geraldinos) e Alice Lanari (uma das produtoras associadas de Democracia em Vertigem).Raull Santiago é um jovem que nasceu e cresceu no Complexo do Alemão. Membro do Coletivo Papo Reto, munido de seu celular e determinação, transmite em lives as ações e abusos da polícia em sua comunidade.

A colombiana Teresita Gaviria perdeu seu filho assassinado há dezoito anos, e, desde então, tornou-se militante do grupo Madres de La Candelária, que promove o encontro entre outras mulheres que estão na mesma situação que ela, com os assassinos presos de seus filhos e filhas. O mexicano Heriberto Paredes é um jornalista que, mesmo ameaçado de morte, acompanha a luta de grupos de autodefesa compostos por indígenas que resolveram pegar em armas para defender seus territórios e suas vidas contra o narcotráfico. 

Na mesma semana em que o presidente brasileiro Jair Bolsonaro altera decretos para ampliar o acesso às armas e munições, o filme AMÉRICA ARMADA ganha uma atualidade impensável em 2017, quando foi filmado. Enquanto filmava, o diretor percebeu que a situação do Brasil “tem uma série de semelhanças com países e povos com quem, infelizmente, troca e aprende muito menos do que poderia e deveria. Em relação ao tema central do filme, acredito que a principal descoberta tenha sido a confirmação de que a violência é um fenômeno regional, que afeta todos os países da América Latina, em particular os três em que filmamos: Brasil, Colômbia e México.”, diz o diretor Pedro Asbeg.O processo de filmagem, nos três países, exigiu a construção de confiança entre a equipe e esse trio de ativistas. Com equipe mínima e uma câmera que observa sem interferir, o documentário registra o trabalho dessas pessoas em campo.

AMÉRICA ARMADA nos ajudou a compreender o fenômeno que estamos vivendo no Brasil – de militarização da sociedade civil – como algo que vai bem além do nosso país, e que está intrinsecamente ligado ao que vem ocorrendo em outros países da América Latina nos últimos anos”, explica Lanari. E complementa que a estrutura do longa é como uma rede, onde “as diferenças históricas e culturais de cada país estão presentes, mas os processos sociais são vistos como peças de um mesmo jogo, que se repete em distintos tabuleiros.”

.A gênese do documentário se dá em 2014, quando os diretores buscaram entender quais eram as semelhanças e diferenças entre o que estava acontecendo no México, com o surgimento das autodefensas, e no Brasil, com a expansão das milícias no Rio de Janeiro. Mais tarde, a Colômbia entrou no filme como um matiz à situação dos outros dois países. “Foi assustador perceber que aquilo que estava acontecendo no Brasil durante as filmagens, e que só se aprofundou depois disso, tinha e tem muitas semelhanças com o que já aconteceu – com resultados trágicos – em outros países latino-americanos”, conta Lanari.

A pesquisa começou em 2016, quando os documentaristas e o diretor de fotografia, Pablo Baião, viajaram para os países onde AMÉRICA ARMADA seria filmado. Assim, conheceram não apenas o cenário social, mas também começaram a estabelecer uma relação de confiança com aqueles que viriam se ser seus personagens. Ao longo do ano, mergulharam nos processos em que aquelas pessoas estavam vivendo, para em 2017 voltarem com a equipe completa, e registrarem as atividades desses ativistas durante dois meses. 

Nosso primeiro dia era dentro da casa do Raull, mas ele ligou e perguntou se estávamos preparados para acompanha-lo com um morador que havia feito uma denuncia gravíssima. Achávamos que estávamos preparados. E foi um susto! Então o primeiro dia de filmagem já foi cravado pelo inesperado, e foi essa abertura ao inesperado que nos guiou. Hoje sabemos que justo por termos nos aprofundado muito na etapa de desenvolvimento do filme, conseguimos nos equilibrar entre uma atitude de nos deixarmos levar, mas sem perdermos o prumo”, recorda a diretora.

AMÉRICA ARMADA dá oportunidade para o espectador olhar muito de perto para determinadas situações e contextos políticos da América Latina, fazendo conexões que em princípio não estão claras, porque não interessa que elas estejam nos holofotes entre os que lucram com a violência. O filme, porém, não tem a presunção de querer mudar o rumo das coisas, mas de jogar luz a um assunto pouco pautado até então, e mudar a forma de compreender o Brasil, e o jogo de forças que está acontecendo literalmente agora.Para finalizar, Asbeg ressalta a importância do filme num momento como o presente, pois “levanta um debate sobre a livre circulação de armas, sobre os lucros absurdos da indústria bélica e sobre as conexões feitas pela violência em toda a América Latina, em um momento em que vivemos um processo político e social favorável ao porte e uso de arma por civis.” O filme teve sua primeira exibição no 51o Festival de Brasília, no qual participou como hors concours, na noite de encerramento, e desde então participou de festivais no México, Cuba, França, Etiópia, entre outros países, e tem colhido críticas positivas. O jornalista Carlos Alberto Mattos aponta que “

AMÉRICA ARMADA fornece um instantâneo vívido de três heróis da resistência numa América Latina que parece marcada para morrer.” A Comisión Mexicana de Defensa y Promoción de los Derechos Humanos escreveu em seu site que o documentário “retrata o caminho de três pessoas com lutas que parecem distintas, mas que, no fundo, clamam pelo mesmo: justiça, liberdade, verdade e reparação.”


SinopseA violência e a desigualdade social unem a América Latina. O documentário América Armada acompanha três pessoas que vivem no Brasil, Colômbia e México e que, ameaçadas de morte, lutam contra a violência alimentada pelo Estado e pela indústria bélica. Três histórias, três países, a mesma opressão.Ficha TécnicaDireção e Roteiro: Alice Lanari & Pedro Asbeg
Produção Executiva: Carolina Dias & Tereza Alvarez
Fotografia e Câmera: Pablo Baião
Som Direto: Marcel CostaEdição: Pedro Asbeg, edt.
Edição e Mixagem de Som: Damião Lopes
Correção de Cor: Herbert Marmo
Trilha Sonora Original: Ricardo Cotrim
Identidade Visual: Tiago Peregrino
Ano: 2020Duração: 78 min
Classificação Indicativa: Não recomendado para menores de 12 anos 

FESTIVAISEstreia Nacional em setembro de 2018 na Sessão Hors Concours de Encerramento do 51º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.Estreia Internacional na Seleção Oficial Competitiva “Largometraje Internacional” do 13º DocsMX, Festival Internacional de Cinema Documentário da Cidade do MéxicoIX Festival Internacional Pachamama Cinema de Fronteira40º Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano de La Habana42º Festival Guarnicê de Cinema – Prêmio de Melhor Filme Júri Popular e Melhor Roteiro41º Festival International Film de Femmes – Cretéil / France 23rd Brazilian Film Festival of Miami – EUA13th Addis International Film Festival – EtiópiaBajo la piel, 4º Festival Internacional de Cine de Derechos Humanos de BolíviaTenemos que ver, Festival Internacional de Cine de Derechos Humanos de Bolívia8ª Cine FestBrasil de Montevideo6º Festival de Cine por los derechos humanos – ColombiaFestival de direitos humanos de Barcelona – Espanha 

Sobre os diretores:

PEDRO ASBEG
Cineasta formado em Londres pela University of Westminster, trabalha desde 1997 como diretor e editor de documentários para o cinema e a televisão. Entre seus trabalhos de edição, estão os longas “Cidadão Boilesen”, “Vou rifar meu coração” e “Relatos do front”, além de séries para a HBO, ESPN, Multishow e Al Jazeera.Desde 1997 dirigiu mais de 10 curtas, todos documentários. Em 2011, estreou como diretor de longas-metragens com “Mentiras Sinceras”. Em seguida, lançou “Democracia em Preto e Branco”, “Geraldinos” e “América Armada”. Dirigiu também séries para o GNT, Canal Brasil, Esporte interativo e canais da internet. É diretor do podcast “Encruzilhadas”, com Gabi Moreira e Luiz Antonio Simas. 

ALICE LANARI
 É mestre em Imagem e Som pela UnB. Seu primeiro longa-metragem, o documentário “América Armada” codirigido com Pedro Asbeg, estreou no 51º Festival de Brasília e desde então circulou em mais de 20 festivais, como o 40º Festival de Havana. É produtora associada de “Democracia em Vertigem”, dirigido por Petra Costa e indicado pela Academia ao OSCAR de Melhor Documentário em 2020. Seu segundo longa documentário, “Nunca Mais Serei a Mesma”, filmado em Honduras, Argentina, Brasil e México, está em fase de pós-produção.

Área de anexosVisualizar o vídeo Trailer América Armada do YouTubeTrailer América Armada

Poltrona séries Especial: Os Últimos dias de Gilda/Anna Barros

Poltrona séries Especial: Os Últimos dias de Gilda/Anna Barros

A série em quatro capítulos na Globoplay fala da intolerância religiosa e do desrespeito à liberdade das pessoas. Gilda é uma mulher livre que tem como religião a umbanda e vive numa vila onde a igreja evangélica domina. Quando se nega a deixar que um cartaz a vereador de um rapaz evangélico, Ismael, seja colocado na sua porta, compra briga com a vizinhança principalmente com a mulher dele, Cacilda.

Os problemas começam para ela com o desaparecimento de Ismael pois a cruzada implacável de Cacilda se intensifica. Abrem seu galinheiro, envenenam seu porco e escrevem desaforo e calúnia na sua parede. Nesse ínterim, o terreiro que ela frequenta é destruído e a milícia toma conta da proteção da vila após a morte do soldado da PM que também é amante de Gilda.

Karine Telles mais uma vez se destaca como Gilda, a protagonista. E realmente sobra na turma. Numa série que retrata muito o que é o Brasil hoje: o do fundamentalismo religioso e da hipocrisia. Karine fez a patroa em Que Horas ela volta, Benzinho e Riscado.

A série destaca também o empoderamento feminino, a aceitação do corpo e a onda de conservadorismo. Para ver e rever.

Os Últimos Dias de Gilda” garantiu um feito inédito para o Brasil. A série original do Canal Brasil foi a primeira brasileira a ser selecionada para participar da Berlinale Series, mostra do Festival de Berlim.

A série de quatro episódios de 25 minutos estreou no Canal Brasil em novembro. Ela traz Karine Teles e Julia Stockler como protagonistas, e tem criação e direção de Gustavo Pizzi (Benzinho e “Riscado”).

4/5 poltronas

Denise Fraga está entre homenageados do 48º Festival de Gramado

Denise Fraga está entre homenageados do 48º Festival de Gramado

 

Com início na noite da última sexta-feira(18),  o 48º Festival de Cinema de Gramado terá uma EDIÇÃO especial este ano: por conta da pandemia do Covid-19 e das regras de distanciamento a serem cumpridas em grandes ambientes, o evento terá exibições dos filmes no canal Brasil e no serviço de streaming, o Canal Brasil Play.

Na TV, os espectadores podem ver a noite dedicada às homenagens, o filme de encerramento — “Bye Bye Brasil” (1980), de Cacá Diegues — e a Cerimônia de Premiação, ao vivo direto do Palácio dos Festivais. Os longas-metragens brasileiros e estrangeiros e os curtas-metragens brasileiros também poderão ser acompanhados pela TV para os assinantes do canal.

No streaming, serão transmitidos os longas e os curtas-metragens gaúchos em competição. A plataforma disponibiliza por 24 horas os curtas-metragens brasileiros e transmite, também, a Cerimônia de Premiação ao vivo.

Entre os homenageados, está a atriz Denise Fraga, que receberá o Troféu Cidade de Gramado. Ela faturou o Kikito de melhor atriz na 27ª edição, em 1999, com o filme “Por Trás do Pano”, de  Luiz Villaça.

“É um lugar especial em nossos corações. Quando a gente foi selecionado, eu tava dando de mamar pro segundo filho. Lembro que foi muito ligado com a maternidade, filmei amamentando e lancei amamentando. Foi lá que meu filho mais velho falou mamãe pela primeira vez. Quando a gente tava no restaurante, comemorando, nevou em Gramado. Foi todo mundo pra rua, aquela neve caindo fininha. Parecia outro filme, cheio de cenas que não saíram da minha memória nunca mais”, afirma Denise.

O Festival de Gramado vai até o próximo sábado, 26 de setembro.

Veja a programação completa aqui.

Por: Cesar Augusto Mota

Fonte: G1