PROTETORES DO PLANETA TERRA divulga pôster e trailer oficiais

PROTETORES DO PLANETA TERRA divulga pôster e trailer oficiais

Dirigido pela artista Anne de Carbuccia, filme estreia no Amazon Prime Video e no Apple TV+ em 15 de março e acompanha o trabalho de jovens que estão transformando o planeta
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ea3sFR0FDQI
Como uma das mais importantes artistas ambientais da atualidade, a franco-americana Anne de Carbuccia tem retratado artisticamente e documentado, durante a última década, as ameaças ao planeta causadas pelo homem, incluindo secas, oceanos de plástico, espécies extintas e culturas ameaçadas. Seu longa PROTETORES DO PLANETA TERRA aborda a necessidade de mudança frente aos danos causados pelo consumo excessivo de recursos naturais, reflexo das atividades humanas no meio ambiente. O impacto dessas ações é tão grande que existe uma corrente de cientistas que defende que os humanos estão mudando o Planeta e seus processos em uma escala muito maior do que todas as outras forças naturais combinadas. Desta forma, o planeta estaria vivenciando o que se convencionou chamar de Antropoceno.Clique na thumbnail para assistir ao trailer:
A produção do filme é da fundação One Planet One Future e a obra será lançada no Amazon Prime Video e no Apple TV, em 15 de março.

Viajando pelo mundo enquanto produzia seu trabalho artístico, Anne encontrou diversos jovens que trabalham para salvar o planeta tendo esse compromisso inabalável como um dos seus objetivos. São esses jovens que a artista chama de Protetores do Planeta. O longa retrata de forma poética o árduo trabalho dessa juventude que luta por um mundo melhor.

Comecei a filmar porque muitas pessoas não acreditavam realmente que eu estava indo fisicamente a esses lugares para criar minhas instalações. Aos poucos, a realização do filme documental tornou-se uma narrativa, uma história. Comecei escrevendo e dirigindo alguns curtas-metragens e tive uma noção do extraordinário alcance do filme, de quanta consciência você pode criar com o cinema. É um dos instrumentos mais poderosos para a mudança. Então é claro que o próximo passo foi um longa-metragem!”, conta.

Por meio de uma viagem cinematográfica emocionante, PROTETORES DO PLANETA TERRA atravessa os continentes para encontrar estes agentes de mudança que dedicam suas vidas ao nosso planeta. Conhecemos Lili no Yucatán, Tashi no Mustang, Dasha na Sibéria, Mariasole na Itália, Alexandria em Nova York e Jared na Amazônia peruana. São jovens que estão combatendo as secas, protegendo recifes, ajudando refugiados climáticos e defendendo a Amazônia; e todos eles estão contribuindo para criar um novo sistema. Eles formam um coletivo de empoderamento cidadão e suas vozes se tornam uma voz no filme.

Anne conta que o conceito de Protetores do Planeta Terra surgiu aos poucos ao longo do tempo. “Comecei a visitar cada vez mais lugares remotos que são quase impossíveis de chegar sem um morador local ou um guia: é preciso ser convidado ou ter bons contatos por lá. Eu conhecia pessoas nas minhas exposições ou alguém via a arte e depois me convidava para ir ao seu país. Foi assim que criei esta rede única de amigos e aliados.”

Ela explica que quanto mais viajava, mais encontrava essas pessoas notáveis fazendo coisas desafiadoras e inovadoras em ambientes muitas vezes extremos. “Sem eles eu nunca teria criado minha arte naquelas terras distantes. Por meio destas experiências, um padrão começou a tomar forma: a vida destes jovens que amavam a sua região e cultura e agiam para protegê-las. Suas histórias tornaram-se maiores do que a única narrativa da arte. Eles também foram um exemplo tão positivo para mim que decidi que também poderiam ser para outros.

Além dos Protetores da Terra, o longa também traz conversas entre Anne e a cientista e oceanógrafa Julie Pullen. A diretora confessa que, para transformar o planeta, a ciência é fundamental para a compreensão e também para encontrar soluções e maneiras de agir.

Conheci Julie em uma de minhas exposições em Nova York, e ela me disse que se identificava com a arte. Ela sentiu que eu estava representando artisticamente como ela se sentia por dentro. Esse foi outro momento de evolução para mim. Testemunhar em primeira mão como muitos de nós tínhamos a mesma narrativa, mas apenas a expressamos de maneiras diferentes, e que pudéssemos ter um diálogo em todos os campos. A partir de então, continuamos nossas conversas porque havia muita experiência que podíamos compartilhar e podíamos ajudar uns aos outros a crescer. O material que se vê no filme faz parte dessas conversas.”

A diretora tem também uma forte ligação com o Brasil. Em 2013, ao lado de outros artistas, Anne foi a uma expedição ao Mato Grosso, para ajudar a encontrar novas ideias para proteger o planeta. Além disso, passou várias semanas com a tribo Waujá e, em colaboração com eles, criou as instalações TimeShrine. Depois dessas experiências, expandiu o foco de sua arte no sentido de conscientizar o mundo sobre a importância de proteger as florestas primárias.

Como cineasta, Anne também contribuiu, a partir desses projetos, com o curta Refugia para o filme coletivo Interactions, produzido pela Art For The World, que também inclui obras de Takuma Kuikuro e Oskar Metsavaht. O filme foi apresentado no Festival de Roma de 2022, onde também aconteceu um encontro entre os cineastas que debateram sobre suas missões e mensagens em comum.  O curta foi lançado no Brasil em março de 2023 como parte do projeto ‘Interactions – When Cinema looks To Nature’ disponível atualmente na plataforma do SESC: https://sesctv.org.br/programas-e-series/interactions/.

PROTETORES DO PLANETA TERRA é produzido pela fundação One Planet One Future.

Sinopse
Em lugares remotos ameaçados pelas alterações climáticas, a perda ambiental também se transforma em perda cultural. Os Protetores da Terra são jovens que não desistem; eles se adaptam e escolhem proteger a Terra. Eles ficam e lutam pelo nosso planeta com criatividade, inovação e tecnologia. A beleza e a arte são ferramentas poderosas para convencer todos nós a nos tornarmos Protetores do Planeta.
Ficha Técnica
Escrito e dirigido por 
Anne de Carbuccia
Roteiro: Anne de Carbuccia e Luigi Montebello
Consultor de roteiro: Dan Crane
Produção:  One Planet One Future Foundation
Produtor Executivo: Max Brun
Produtor Executivo Associado: Stefano Curti
Direção de Fotografia: Luigi Montebello
Desenho de Produção: Daniela Schneider
Trilha Sonora: Filippo Manni and Massimo Perin
Montagem: Luigi Montebello
Pós-produção: Artech Digital Cinema
Gênero: documentário 
País: Estados Unidos, Itália 
Ano: 2023
Duração: 93 min.
Sobre Anne de Carbuccia
Anne de Carbuccia é uma artista e cineasta da Córsega, França. Ela viajou para os locais mais remotos do mundo para documentar artisticamente ambientes, espécies e culturas ameaçadas. O foco de seu trabalho é superar a era atual centrada no ser humano.A sua arte foi exposta em museus e instituições públicas em toda a Europa e nos Estados Unidos.Ela escreveu e dirigiu seu primeiro longa-metragem, Protetores da Terra, que será lançado, na Amazon Prime e Apple TV, em fevereiro de 2024. O filme nos diz que precisamos nos adaptar como espécie ao “Antropoceno” e que todos podem optar por se tornar uma força geológica positiva.Anne estabeleceu a Fundação One Planet One Future nos EUA e na Itália. Sua missão é inspirar ações individuais e coletivas por meio de arte, filmes e exposições.Ela também foi palestrante de destaque na conferência do Dia Mundial dos Oceanos das Nações Unidas e participa de programas de mentoria para diversas instituições, como o Guggenheim e o COI-UNESCO, que a nomearam como modelo para a Década dos Oceanos e membro do Grupo de Especialistas em Alfabetização Oceânica. Atualmente ela está trabalhando em um curta documental Refugia e em uma série de arte híbrida, Follow the Thread.
Sobre a fundação One Planet One Future
A One Planet One Future Foundation é uma instituição de caridade pública dos EUA, com sede em Nova York e Milão. Aproveitando a linguagem universal da arte, a sua missão é aumentar a consciencialização sobre o colapso climático, as ameaças ao planeta causadas pelo homem e inspirar ações individuais e coletivas. É financiado por doações de pessoas físicas e jurídicas, bem como pela venda de obras de arte.
Maratona Oscar: No Ritmo do Coração/ Cesar Augusto Mota

Maratona Oscar: No Ritmo do Coração/ Cesar Augusto Mota

Quer um filme no qual a comédia e o drama caminham bem e sem forçar a barra? E com atores que se entregam ao máximo a seus papéis e com mensagens importantes sendo transmitidas? ‘No Ritmo do Coração’ (CODA), produção independe adquirida pela Apple TV+ e veiculada no Brasil pela Amazon Prime Video, vem como um forte candidato na atual premiada de premiações, tendo como principais credenciais os prêmios na categoria Júri, Público e Direção no Festival de Sundance 2021.

Acompanhamos Ruby Rossi (Emilia Jones), uma adolescente de 17 anos e única pessoa que escuta em uma família de surdos. Ela se divide entre o trabalho de pesca da família no início do dia e sua vida escolar. Sua vida começa a mudar quando entra para o coral da escola e descobre seu talento musical. O professor Bernardo Villa Lobos (Eugenio Derbez) ou senhor V, carinhosamente conhecido, a incentiva a entrar para uma conceituada faculdade de música, e ela passa a se ver em uma encruzilhada, pois os negócios da família estão ameaçados e ela terá que se decidir se continua como CODA (children of deaf adults, ou filha de adultos surdos, em tradução livre) ou se corre atrás do seu sonho.

O roteiro e direção, ambos de Sian Heder, se preocupam em retratar uma história de maneira espontânea, genuína e séria, sem apelar para a emoção do público. Nada é forçado, as expressões corporais dos atores surdos são demasiadamente importantes e nos deparamos com uma belíssima narrativa, de que há várias formas de expressar seus sentimentos, ou que uma mesma música pode ser cantada a públicos direcionados seja a um grande amor, ou à família.

A desenvoltura de Emilia Jones é impressionante, tamanha entrega da atriz para o papel, além da montanha-russa de emoções pela qual sua personagem passa. Ruby está entre os dilemas da adolescência, bem como os percalços do dia a dia do trabalho com o pai e o irmão na pesca, e os planos para o futuro. Uma história sobre amadurecimento, crescimento e independência, além da importância da família na sua formação como pessoa. A interpretação da música ‘Both Sides Now’, de Joni Mitchell, mostra tão bem o equilíbrio vocal de Ruby como a comunicação visual que utiliza durante a performance, num misto de emoção e alegria para quem acompanha.

O curioso é que este filme é um remake de ‘A Família Bélier’, produção francesa de 2014. Nem sempre as refilmagens conseguem conquistar o público e boa parte dessas produções costumam ser rejeitadas pelos fãs de cinema. Mas esse não será o caso de ‘No Ritmo do Coração’, por se tratar de uma obra que transmite emoção, sinceridade e ser bastante imersiva, fazendo o público mergulhar no cotidiano de uma família de uma comunidade surda. A obra merece elogios por contar com um roteiro coeso, elenco comprometido e tudo feito de maneira espontânea e sem extravagâncias. Uma jornada que merece ser vista várias e várias vezes.

‘No Ritmo do Coração’ foi indicado ao Oscar 2022 nas categorias melhor filme, melhor ator coadjuvante (Troy Kotsur) e melhor roteiro adaptado.

Cotação: 5/5 poltronas. 

Por: Cesar Augusto Mota