Os meandros de uma história adaptada do livro de Elena Ferrante só entende quem já conhece esse universo e Olivia Colman que vive Leda Caruso no filme da Netflix, A Filha Perdida, captou a essência muito bem. Sua Leda é simplesmente igual à do livro na essência e caracterização. Seu desempenho é espetacular numa história que questiona muito o papel da maternidade e a abertura de mão de uma vida profissional e pessoal para abraçá-la. Olivia fará, na Noite do Oscar, sombra tanto a Kristen por Spencer como a Nicole por Apresentando os Ricardos.

Olivia Coeman já tem o seu Oscar por a Favorita e a Academia parece gostar dela, afinal ela é uma atriz de várias nuances. sutilezas, que te mostra seus sentimentos com olhares e gestos. Muitas vezes essa sua performance é totalmente contida e parece às vezes até egoísta e a audiência consegue ter a perfeita percepção do enredo e de tudo que se passa no interior da personagem. É uma aula de atuação.
Também a maneira que ela mostra a solidão de uma mulher de mais de 50 anos, que viaja sozinha e é dona do seu próprio nariz e a forma que ela intriga a família numerosa que busca a boneca perdida da criança, filha de Nina, e os homens da região praiana grega
O filme, dirigido por Maggie Gyllehaal e disponível na Netflix, é to bom que teve mai duas indicações: a de Melhor Atriz Coadjuvante para Jesse Buckley que faz a Leda jovem e também está espetacular e também a Melhor Roteiro Adaptado com muitas chances de levar para casa.
O filme é fidelíssimo ao livro de Elena Ferrante, de mesmo nome, e só é diferente do local que Leda passa as férias:; no livro, a Itália, no filme, a Grécia. destaque também para Dakota Johnson que está irreconhecível no papel de Nina.
Sinope: Em A Filha Perdida, Leda (Olivia Colman) é uma mulher de meia-idade divorciada, devotada para sua área acadêmica como uma professora de inglês e para suas filhas. Quando ambas as filhas decidem ir para o Canadá e ficarem com seu pai nas férias, Leda já antecipa sua rotina sozinha. Porém, apesar de se sentir envergonhada pela sensação de solitude, ela começa a se sentir mais leve e solta e decide, portanto, ir para uma cidade costeira na Grécia. Porém, ao passar dos dias, Leda encontra uma família que por sua mera existência a faz lembrar de períodos difíceis e sacrifícios que teve de tomar como mãe. Adaptado do livro de Elena Ferrante, autora de A Amiga Genial, o longa dirigido por Maggie Gyllenhaal traz uma reflexão tocante sobre maternidade, individualidade e culpa, com um desfecho que deixou em aberto muitas possibilidades de interpretação. Uma história comovente de uma mulher que precisa se recuperar e confrontar o seu passado.