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Descubra onde assistir os indicados ao Oscar 2022

A cerimônia do Oscar 2022 se aproxima e as produções que concorrerão as estatuetas já são conhecidas. Porém, onde assisti-las?

Veja onde encontrar os indicados em cada categoria:

Melhor filme

Belfast – estreia nos cinemas no dia 10 de março

Não Olhe para Cima – Netflix

Duna – HBO Max

Licorice Pizza – estreia nos cinemas no dia 17 de fevereiro

Ataque dos Cães – Netflix

No Ritmo do Coração – Amazon Prime Video

Drive my car – sem data definida para estrear no Mubi

King Richard: Criando campeãs – HBO Max

O Beco do Pesadelo – em cartaz nos cinemas

Amor, Sublime Amor – estreia na plataforma Disney+ no dia 2 de maio

Melhor direção

Kenneth Branagh, por “Belfast” – estreia nos cinemas no dia 10 de março

Ryusuke Hamaguchim por “Drive my car” – sem data definida para estrear no Mubi

Jane Campion, por “Ataque dos Cães” – Netflix

Steven Spielberg, por “Amor, Sublime Amor” – estreia na plataforma Disney+ no dia 2 de março

Paul Thomas Anderson, por “Licorice Pizza” – estreia nos cinemas no dia 17 de fevereiro

Melhor atriz

Jessica Chastain, por “Os Olhos de Tammy Faye” – sem data definida para estrear no Star+

Olivia Colman, por “A Filha Perdida” – Netflix

Penélope Cruz, por “Mães Paralelas” – em cartaz nos cinemas

Nicole Kidman, por “Apresentando os Ricardos” – Amazon Prime Video

Kirsten Stewart, por “Spencer” – em cartaz nos cinemas

Melhor ator

Javier Bardem, por “Apresentando os Ricardos” –Amazon Prime Video

Benedict Cumberbatch, por “Ataque dos Cães” –Netflix

Andrew Garfield, por “Tick, tick… Boom!” – Netflix

Will Smith, por “King Richard: Criando campeãs” – HBO Max

Denzel Washington, por “A Tragédia de Macbeth” – Apple TV+

Melhor atriz coadjuvante

Jessie Buckley, por “A filha perdida” – Netflix

Ariana DeBose, por “Amor, sublime amor” – estreia na plataforma Disney+ no dia 2 de março

Judi Dench, por “Belfast” – estreia nos cinemas em 10 de março

Kirsten Dunst, por “Ataque dos cães” – Netflix

Aunjanue Ellis, por “King Richard: criando campeãs” – HBO Max

Melhor ator coadjuvante

Ciarán Hinds, por “Belfast” – estreia nos cinemas no dia 10 de março

Troy Kotsur, por “No Ritmo do Coração” – Amazon Prime Video

Jesse Plemons, por “Ataque dos Cães” – Netflix

J.K. Simmons, por “Apresentando os Ricardos” – Amazon Prime Video

Kodi Smit-McPhee, por “Ataque dos Cães” – Netflix

Melhor filme internacional

Drive my car (Japão) – sem data definida para estrear no Mubi

Flee (Dinamarca) – sem data definida para estrear no Mubi

A Mão de Deus (Itália) – Netflix

A Felicidade das Pequenas Coisas (Butão) – em cartaz nos cinemas

A Pior Pessoa do Mundo (Noruega) – sem previsão de estreia no Brasil

Melhor roteiro adaptado

No Ritmo do Coração – Amazon Prime Video

Drive my car – sem data definida para estrear no Mubi

Duna – HBO Max

A Filha Perdida – Netflix

Ataque dos Cães – Netflix

Melhor roteiro original

Belfast – estreia nos cinemas no dia 10 de março

Não Olhe para Cima – Netflix

King Richard: criando campeãs – HBO Max

Licorice pizza – estreia nos cinemas no dia 17 de fevereiro

A Pior Pessoa do Mundo – sem previsão de estreia no Brasil

Melhor figurino

Cruella – Disney+

Cyrano – estreia nos cinemas no dia 31 de março

Duna – HBO Max

O Beco do Pesadelo – em cartaz nos cinemas

Amor, Sublime Amor – estreia na plataforma Disney+ no dia 2 de março

Melhor trilha sonora

Não Olhe para Cima – Netflix

Duna – HBO Max

Encanto – Disney+

Mães Paralelas – em cartaz nos cinemas

Ataque dos Cães – Netflix

Melhor animação

Encanto – Disney+

Flee – sem data definida para estrear no Mubi

Luca – Disney+

A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas – Netflix

Raya e o Último Dragão – Disney+

Melhor curta de animação

Affairs Of The Art – disponível no site da revista “The New Yorker”

Bestia – Vimeo

Boxballet – sem data definida para estrear no Mubi

A Sabiá Sabiazinha –Netflix

The Windshield Wiper – YouTube

Melhor curta-metragem em live action

Ala kachuu – Take and run – sem previsão de estreia no Brasil

The long goodbye – YouTube

The dress – sem previsão de estreia no Brasil

On my mind – sem data definida para estrear no Mubi

Please hold – sem previsão de estreia no Brasil

Melhor documentário

Acension – sem previsão de estreia no Brasil

Attica – sem previsão de estreia no Brasil

Flee – sem data definida para estrear no Mubi

Summer of Soul (…ou Quando A Revolução Não Pôde Ser Televisionada) – Telecine

Writing with fire – sem previsão de estreia no Brasil

Melhor documentário de curta-metragem

Audible – Netflix

The Queen of Basketball– YouTube

Onde Eu Moro – Netflix

Três Canções para Benazir – Netflix

When We Were Bullies – sem data definida para estrear no Mubi

Melhor som

Belfast – estreia nos cinemas no dia 10 de março

Duna – HBO Max

Sem Tempo Para Morrer – YouTube (mediante aluguel)

Ataque dos cães – Netflix

Amor, Sublime Amor – estreia na plataforma Disney+ no dia 2 de março

Canção original

Be Alive, de “King Richard: criando campeãs” – HBO Max

Dos Oruguitas, de “Encanto” – Disney+

Down to joy, de “Belfast” – estreia nos cinemas no dia 10 de março

No time to die, de “Sem Tempo Para Morrer” – YouTube (mediante aluguel)

Somehow you do, de “Four Good Days” – YouTube e Apple TV+ (mediante aluguel)

Maquiagem e cabelo

Um Príncipe em Nova York 2 – Amazon Prime Video

Cruella – Disney+

Duna – HBO Max

Os Olhos de Tammy Faye – sem data definida para estrear no Star+

Casa Gucci – não está disponível em streaming no Brasil

Efeitos visuais

Duna – HBO Max

Free guy – Star+

Sem Tempo Para Morrer – YouTube (mediante aluguel)

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis – Disney+

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa – em cartaz nos cinemas

Melhor fotografia

Duna – HBO Max

Ataque dos Cães – Netflix

Beco do Pesadelo – em cartaz nos cinemas

A Tragédia de Macbeth – Apple TV+

Amor, Sublime Amor – estreia na plataforma Disney+ no dia 2 de março

Melhor edição

Não Olhe Para Cima – Netflix

Duna – HBO Max

King Richard: Criando Campeãs – HBO Max

Ataque dos Cães – Netflix

Tick, tick… boom! – Netflix

Melhor design de produção

Duna – HBO Max

Ataque dos Cães – Netflix

O Beco do Pesadelo – em cartaz nos cinemas

A Tragédia de Macbeth – Apple TV+

Amor, Sublime Amor – estreia na plataforma Disney+ no dia 2 de março.

Fonte: Site Tech Tudo

Oscar 2022: ‘Duna’ e ‘Ataque dos Cães’ lideram indicações; confira lista completa

Oscar 2022: ‘Duna’ e ‘Ataque dos Cães’ lideram indicações; confira lista completa

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou, nesta terça-feira (8), a lista de indicados ao Oscar 2022.

O filme “Ataque dos Cães”, da Netflix, liderou a disputa, com 12 indicações. O segundo filme com mais indicações é “Duna”, que estará presente em 10 categorias.

Os nomeados para a maior premiação do cinema foram divulgados em uma transmissão ao vivo pelas redes da academia apresentada pelo ator Leslie Jordan e a atriz Tracee Ellis Ross.

A 94ª cerimônia do Oscar vai acontecer no domingo, dia 27 de março, no Dolby Theatre, em Los Angeles. Será a primeira vez desde 2018 que o Oscar terá um anfitrião apresentando a premiação, mas o nome ainda não foi divulgado pelos organizadores.

Veja a lista completa de nomeados: 

Melhor Filme:

  • Belfast
  • No Ritmo do Coração
  • Não Olhe para Cima
  • Drive My Car
  • Duna
  • King Richard
  • Licorice Pizza
  • Nightmare Alley
  • Ataque dos Cães
  • Amor, Sublime Amor

Melhor Direção:

  • Belfast
  • Drive My Car
  • Licorice Pizza
  • Ataque dos Cães
  • Amor, Sublime Amor

Melhor Ator:

  • Javier Bardem (Apresentando os Ricardos)
  • Benedict Cumberbatch (Ataque dos Cães)
  • Andrew Garfield (Tick, Tick… Boom!)
  • Will Smith (King Richard)
  • Denzel Washington (A Tragédia de MacBeth)

Melhor Atriz:

  • Jessica Chastain (Os Olhos de Tammy Faye)
  • Olivia Colman (A Filha Perdida)
  • Kristen Stewart (Spencer)
  • Penélope Cruz (Madres Paralelas)
  • Nicole Kidman (Apresentando os Ricardos)

Melhor Ator Coadjuvante:

  • Ciarán Hinds (Belfast)
  • Troy Kotsur (No Ritmo do Coração)
  • Jesse PLemons (Ataque dos Cães)
  • J.K. Simmons (Apresentando os Ricardos)
  • Kodi Smit-McPhee (Ataque dos Cães)

Melhor Atriz Coadjuvante:

  • Jessie Buckley (A Filha Perdida)
  • Ariana Debose (Amor, Sublime Amor)
  • Judi Dench (Belfast)
  • Kirsten Dunst (Ataque dos Cães)
  • Aunjanue Ellis (King Richard)

Melhor Roteiro Original:

  • Belfast
  • Não Olhe para Cima
  • King Richard
  • Licorice Pizza
  • A Pior Pessoa do Mundo

Melhor Roteiro Adaptado:

  • No Ritmo do Coração
  • Drive My Car
  • Duna
  • A Filha Perdida
  • Ataque dos Cães

Melhor Fotografia:

  • Duna
  • O Beco do Pesadelo
  • Ataque dos Cães
  • Amor, Sublime Amor
  • A Tragédia de MacBeth

Melhor Trilha Sonora Original:

  • Não Olhe para Cima
  • Duna
  • Encanto
  • Madres Paralelas
  • Ataque dos Cães

Melhor Canção Original:

  • “Be Alive” (King Richard)
  • “Dos Oruguitas” (Encanto)
  • “Down To Joy” (Belfast)
  • “No Time To Die” (007 – Sem Tempo para Morrer)
  • “Somehow You Do” (Four Good Days)

Melhor Edição/Montagem:

  • Não Olhe para Cima
  • Duna
  • King Richard
  • Ataque dos Cães
  • Tick, Tick… Boom!

Melhor Figurino:

  • Cruella
  • Cyrano
  • Duna
  • O Beco do Pesadelo
  • Amor, Sublime Amor

Melhor Cabelo e Maquiagem:

  • Um Príncipe em Nova York 2
  • Cruella
  • Duna
  • Os Olhos de Tammy Faye
  • Casa Gucci

Melhor Design de Produção:

  • Duna
  • Ataque dos Cães
  • O Beco do Pesadelo
  • A Tragédia de MacBeth
  • Amor, Sublime Amor

Melhor Filme Internacional:

  • Drive My Car (Japão)
  • Flee (Dinamarca)
  • A Mão de Deus (Itália)
  • Lunana (Butão)
  • A Pior Pessoa do Mundo (Noruega)

Melhor Documentário em Longa-metragem:

  • Ascension
  • Attica
  • Flee
  • Summer of Soul
  • Writing with Fire

Melhor Documentário em Curta Metragem:

  • Audible
  • Lead Me Home
  • The Queen of Basketball
  • Three Songs for Ben Azir
  • When We Were Bullies

Melhor Animação em Longa Metragem:

  • Encanto
  • Luca
  • Flee
  • A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas
  • Raya e o Último Dragão

Melhor Animação em Curta Metragem:

  • Affairs of the Art
  • Bestia
  • Robin Robin
  • Boxballet
  • The Windshield Wiper

Melhor Curta Metragem em Live-action:

  • Ala Kachuu – Take and Run
  • The Dress
  • The Long Goodbye
  • On My Mind
  • Please Hold

Melhor Som:

  • Belfast
  • Duna
  • 007 – Sem Tempo para Morrer
  • Ataque dos Cães
  • Amor, Sublime Amor

Melhores Efeitos Visuais:

  • Duna
  • Free Guy
  • 007 – Sem Tempo para Morrer
  • Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis
  • Homem-Aranha: Sem Volta para Casa

Fonte: CNN Brasil

Premiado em Cannes, UM HERÓI estreia nos cinemas no dia 3 de março

Premiado em Cannes, UM HERÓI estreia nos cinemas no dia 3 de março

Filme que está na short list do Oscar de Melhor Filme Internacional apresenta uma sociedade iraniana complexa e ambígua

Confira o trailer https://youtu.be/FBsUfU-fP0I

Diretor de dois filmes ganhadores de Oscar de melhor produção em língua estrangeira (“A Separação” e “O Apartamento”, também indicado na categoria roteiro original), além de prêmios nos Festivais de Berlim e Cannes, o iraniano Asghar Farhadi, volta à sua terra natal, depois de filmar na Espanha, para o drama de suspense UM HERÓI, que, no Festival de Cannes deste ano, ganhou o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio François Chalais, conferido a filmes com valor afirmativos sobre a vida e o jornalismo. O longa que foi exibido na 45a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e no Festival de Cinema do Rio chega aos cinemas brasileiros no dia 3 de março, e está na short list do Oscar 2022 de Melhor Filme Internacional.

UM HERÓI é protagonizado por Rahim (Amir Jadidi), um homem que foi preso por dever dinheiro, e, quando tem a chance de sair da cadeia por dois dias, arma um plano, com ajuda de sua namorada, que encontrou uma sacola com ouro perdida na rua. Porém quando descobre que este vale menos que o imaginado, ele tem uma ideia: espalhar anúncios procurando o verdadeiro dono, e, assim, ganhando publicidade como um homem honesto. Farhadi, que também assina o roteiro, explica que a origem da trama está em fatos reais, mas em nenhum específico.

Como em todo os filmes do cineasta, esses acontecimentos são permeados por dubiedade e nuances. Sem trazer respostas simples em suas narrativas, Farhadi conta que isso não é intencional. “A ambiguidade vem naturalmente durante a escrita, e devo confessar que gosto disso. Esse aspecto faz a relação entre o filme e o público durar mais, ir para além da sessão. Dá a possibilidade de se refletir mais sobre o filme. Combinar ambiguidade com uma história que lida com a vida cotidiana é um desafio interessante.”

O diretor resolveu situar a trama do longa em Shiraz, no sudoeste do Irã, onde há “muitas ruínas históricas, traços importantes e gloriosos da identidade iraniana. A principal razão pela escolha dessa cidade é por causa da especificidade da trama e dos personagens. Eu também queria ficar longa da tumultuada Teerã.”

A construção realista das personagens, segundo o diretor, é marcada pela complexidade. “As pessoas são feitas de uma multiplicidade de dimensões, e, em certas circunstâncias, uma destas toma a frente e se torna mais visível. Esses personagens não são estereotipados.” No caso específico do protagonista, explica, seu sorriso é parte fundamental de um conjunto que apareceu progressivamente ao longo dos meses de ensaio. 

Outro elemento importante nos filmes do diretor iraniano são as famílias e a solidariedade entre seus membros, e em UM HERÓI são centrais para a trama e as personagens. “As relações familiares são mais desenvolvidas nas cidades pequenas, e, quando um dos membros enfrenta um problema, todo mundo se envolve. Eu cresci nesse tipo de ambiente sociocultural. Vinte anos atrás, a frase “Não é problema meu” não existia na língua iraniana. Esse comportamento foi importado e materializa um novo modelo de relacionamento na nossa sociedade.”

A contemporaneidade da sociedade iraniana também se manifesta no filme na presença das Redes Sociais, e Farhadi destaca isso como crucial na vida de seus conterrâneos. “Isso é um fenômeno novo, mas o impacto é tal que é difícil lembrar como era a vida antes disso. Minha experiência pessoal me leva a crer que essa sensação é mais óbvia na sociedade iraniana do que em qualquer outro lugar. Acredito que possa ser explicado pela situação sociopolítica do país.”

Por fim, o diretor define UM HERÓI como um filme no qual “todas as personagens têm suas razões, para agir como agem. Elas são repletas de contradições. Não quero dizer que todos os atos sejam justificados. Não é sobre legitimação, mas compreensão. Ao se saber os motivos que levaram alguém a agir, podemos o compreender sem tomar o seu partido.”

Desde sua estreia em Cannes, de onde saiu com dois prêmios, o longa só tem colhido elogios. Peter Bradshaw, no inglês The Guardian, escreve que “UM HERÓI é um filme que funciona com a performance inteligente e sutil de Amir Jadidi”. Dave Calhoun, na Time Out, define o longa como “uma excelente peça moral que nos imerge nos valores e rituais de uma sociedade, e nos mantêm curiosos até seu final poderoso.” Já Joey Magidson, do Awards Watchs, aponta que “quando se assiste a um filme de Asghar Farhadi, sabemos que uma história potencialmente simples é sempre um veículo para algo mais complexo e um exame do comportamento humano.”

UM HERÓI será lançado no Brasil pela Califórnia Filmes. 


Sinopse

Rahim está preso por causa de uma dívida que não conseguiu pagar. Durante uma condicional de dois dias, ele tenta convencer seu credor a retirar a queixa, se conseguir pagar parte do que deve. Mas as coisas não saem como planejadas. 

Ficha Técnica

Direção: Asghar Farhadi

Roteiro: Asghar Farhadi

Produção:  Alexandre Mallet-Guy, Asghar Farhadi

Elenco: Amir Jadidi, Mohsen Tanabandeh, Sahar Goldust, Fereshteh Sadre Orafaiy, Sarina Farhadi, Ehsan Goodarzi, Alireza Jahandideh, Maryam Shahdaei

Direção de Fotografia: Ali Ghazi

Desenho de Produção: Mehdi Mousavi 

Montagem: Haydeh Safiyari 

Gênero: drama, suspense

País: Irã, França 

Ano: 2021

Duração: 127 min.

Oscar | BOB CUSPE, NÓS NÃO GOSTAMOS DE GENTE cria campanha de arrecadação

Oscar | BOB CUSPE, NÓS NÃO GOSTAMOS DE GENTE cria campanha de arrecadação

Filme baseado em personagem de Angeli, e dirigido por Cesar Cabral, é a única animação brasileira elegível ao prêmio

Depois de premiado no Festival de Annecy, e de ser o primeiro Latino Americano a receber o principal prêmio do Festival de Ottawa, o brasileiro BOB CUSPE, NÓS NÃO GOSTAMOS DE GENTE, de Cesar Cabral, está na corrida para uma indicação ao Oscar de Melhor Longa em Animação, e para isso, criou uma campanha para arrecadar fundos para divulgar o filme nos EUA. Para contribuir, acesse https://www.catarse.me/leve_um_punk_pro_oscar?ref=project_link

Com o mote “Leve um Punk para o Oscar”, a ideia é conseguir dinheiro para promover uma campanha conscientizando os votantes da Academia da importância de assistir ao filme e não apenas às grandes produções hollywoodianas. O longa já conta com apoio da distribuidora americana e parceiros no país, mas ainda assim para fazer uma campanha pré-Oscar que seja efetiva, como diriam os Skrotinhos “ainda estamos precisando de uns 200 paus…”.

Sem poder contar com a ajuda do governo federal, BOB CUSPE – NÃO GOSTAMOS DE GENTE se viu obrigado a fazer essa campanha, e conta com o apoio do público brasileiro para levar o cinema nacional para o mundo. As recompensas para quem participar vão desde cartazes autografados, itens colecionáveis até um dos bonecos de Bob Cuspe usado no filme.

BOB CUSPE – NÃO GOSTAMOS DE GENTE já está nos cinemas brasileiros, com distribuição da Vitrine Filmes.


Sinopse

BOB CUSPE – NÃO GOSTAMOS DE GENTE é uma animação stop-motion que mistura documentário, comédia e road-movie. Conta a história de Bob Cuspe, um velho punk tentando escapar de um deserto pós-apocalíptico que é na verdade um purgatório dentro da mente de seu criador, Angeli, um cartunista passando por uma crise criativa.

Ficha Técnica do filme

Direção: CESAR CABRAL

ROTEIRO: LEANDRO MACIEL E CESAR CABRAL

PRODUÇÃO EXECUTIVA: CESAR CABRAL, IVAN MELO

DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA: ALZIRO BARBOSA

DIRETOR DE ANIMAÇÃO: THOMATE

DIRETOR DE ARTE: DANIEL BRUSON

BONECOS: OLYNTHO TAHARA

MONTAGEM: EVA RANDOLPH

EDIÇÃO DE SOM E MIXAGEM: CONFRARIA DE SONS & CHARUTOS

TRILHA SONORA: ANDRÉ ABUJAMRA E MÁRCIO NIGRO

IMAGEM E EFEITOS: QUANTA POST

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: ANÁLIA TAHARA

COORDENADORA DE PRODUÇÃO: STEPHANIE SAITO

PRODUCAO: COALA FILMES

COPRODUÇÃO: CANAL BRASIL

PRODUTORAS ASSOCIADAS: CUP FILMES, QUANTA POST

PATROCINIO:  PETROBRAS, SABESP, BNDES, BRDE, FSA, ANCINE, PROAC, SPCINE.

Sobre o diretor

Cesar Cabral é formado em Cinema e Vídeo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) em 2002, onde se especializou em animação. Realizou em 2008 o curta-metragem em animação stop motion “Dossiê Rê Bordosa”, que conquistou mais de 70 prêmios em festivais nacionais e internacionais. Em 2010 dirigiu “Tempestade”, curta-metragem que participou de importantes festivais, como Annecy, Hiroshima, Havana e do Sundance Film Festival. Foi produtor executivo do longa-metragem “Assim é, se lhe parece”, dirigido por Carla Gallo. Presidente da Associação Brasileira de Cinema de Animação – ABCA, e em 2016 foi homenageado pelo Anima Mundi por sua trajetória na animação brasileira.

Cesar é diretor geral da série de animação “Angeli The Killer”, cuja primeira temporada foi exibida em 2017 pelo Cana Brasil e a segunda está em finalização. “Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente” (90’) é o seu primeiro longa-metragem e tem previsão de lançamento para 2021. Atualmente está em pré-produção de seu longa animado, “Um Pinguim Tupiniquim”, adaptação da obra de Índigo Ayer.

Sobre a Coala Filmes

Fundada em 2000, a Coala Filmes é um estúdio de animação brasileiro com sede em São Paulo, especializado em stop-motion e na mistura de arte e conteúdo original. Dois de seus curtas-metragens, Tempestade e Dossiê Rê Bordosa, ganharam mais de 100 prêmios em festivais de cinema em todo o mundo. Em 2017, a primeira série de TV da empresa, Angeli The Killer, foi exibida no Canal Brasil. A série esteve na Seleção Oficial de Annecy 2018, e agora uma segunda temporada está atualmente em pós-produção. A empresa está atualmente trabalhando na pré-produção de dois novos projetos Gildo, uma série de TV 2D infantil, e do longa Um Pinguim Tupiniquim, um filme para crianças que mistura stop motion e live action

Sobre o Canal Brasil

O Canal Brasil é, hoje, o canal responsável pela maior parte das parcerias entre TV e cinema do país e um dos maiores do mundo, com 365 longas-metragens coproduzidos. No ar há mais de duas décadas, apresenta uma programação composta por muitos discursos, que se traduzem em filmes dos mais importantes cineastas brasileiros, e de várias fases do nosso cinema, além de programas de entrevista e séries de ficção e documentais. O que pauta o canal é a diversidade e a palavra de ordem é liberdade – desde as chamadas e vinhetas até cada atração que vai ao ar.

Sobre a Vitrine Filmes

A Vitrine Filmes, em dez anos de atuação, já distribuiu mais de 160 filmes e alcançou mais de quatro milhões de espectadores. Entre seus maiores sucessos estão ‘O Som ao Redor’, ‘Aquarius’ e ‘Bacurau’ de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Outros destaques são ‘A Vida Invisível’, de Karim Aïnouz, representante brasileiro do Oscar 2020, ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’, de Daniel Ribeiro, e ‘O Filme da Minha Vida’, de Selton Mello. Entre os documentários, a distribuidora lançou ‘Divinas Divas’, dirigido por Leandra Leal e ‘O Processo’, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional.

Além do cinema nacional, a Vitrine Filmes vem expandindo o seu catálogo internacional ao longo dos anos, tendo sido responsável pelo lançamento dos sucessos “O Farol”, de Robert Eggers, indicado ao Oscar de Melhor Fotografia; “Você Não Estava Aqui”, dirigido por Ken Loach, e premiado com o Oscar de Melhor Filme Internacional 2021: ‘DRUK – Mais uma rodada’, de Thomas Vinterberg.

Em 2021, a Vitrine Filmes apresenta mais novidades, começando a atuar diretamente na produção audiovisual e também na capacitação de profissionais, com o programa de formação Vitrine Lab. Entre as estreias deste ano estão a Sessão Vitrine edição especial de 10 anos com lançamento coletivo de quatro longas, entre eles “A Torre”, de Sérgio Borges, “Entre Nós, um Segredo”, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté, “Chão”, de Camila Freitas e “Desvio”, de Arthur Lins; o novo documentário sobre o impeachment da Dilma, “Alvorada”, de Anna Muylaert e Lô Politi; “First Cow”, da diretora Kelly Reichardt; “O Livro dos Prazeres”, de Marcela Lordy e muitos outros títulos.

Maratona Oscar: Nomadland/Cesar Augusto Mota

Maratona Oscar: Nomadland/Cesar Augusto Mota

A vida é feita de ciclos e é necessário seguir em frente. A depender da situação, o desapego pode ser algo difícil de se alcançar, mas quando há o apoio de outras pessoas, o desafio é menos tortuoso. Isso é o que vemos em ‘Nomadland’, escrito e dirigido por Chloé Zhao, que busca mostrar ao espectador que ajudar outras pessoas, além de alentador, eleva a alma e faz a vida ser mais emocionante, intensa e prazerosa. O destino é algo secundário, o mais importante é viver, de acordo com a obra de Zhao ao longo de seus 107 minutos.

A história se passa alguns anos após a grave crise econômica que assolou os Estados Unidos em 2008, e acompanhamos Fern, vivida por Frances McDormand, que passa a viajar pelas estradas em sua van após a morte do marido e o fechamento da fábrica de gesso que sustentava sua cidade, Empire. Ao longo do caminho, ela conhece outros nômades e vai vivendo normalmente em meio aos trabalhos que consegue, dentre eles o de empacotadora da Amazon. Muitas histórias de saudade e dor são contadas, e lições são tiradas das dificuldades que a nova vida impôs a todos esses andarilhos, principalmente, Fern, que se denomina “sem casa” e não “sem-teto”.

O roteiro de Zhao, inspirado em uma obra de Jessica Bruder, procura mostrar situações difíceis enfrentadas pelos personagens de uma forma simples e direta, e envolver o espectador nelas, em vez de este ser um mero observador. A lente capta o que é mais verdadeiro e ilustra o que a vida foi capaz de fazer com esses trabalhadores. A interação de Frances McDormand com não-atores, principalmente Swankie e Linda May, se deu de forma fluida e autêntica, e fez um excelente contraponto com o momento político e econômico do momento, que é semelhante aos dias atuais.

Não só o desapego, mas temas como desigualdade social, injustiça e luto são retratados, bem como as dificuldades que a vida nos impõe. O longa mostra uma protagonista forte, de personalidade e com uma incrível disposição para enfrentar as barreiras que lhes foram impostas. Pelas suas expressões faciais, percebe-se um alto grau de sensibilidade da personagem-central para com as pessoas que vivem sua situação ou até pior, como Swankie, doente terminal. Seu tato para superar adversidades, além de busca pela sensação de liberdade despertam sentimento de leveza e admiração pela atuação de Frances McDormand, que se mostra bastante segura no que se propôs a fazer e a mostrar ao espectador.

Além de atuações de destaque e diálogos reflexivos, Nomadland também chama a atenção pela fotografia, que apresenta grandes contrastes. Imagens do deserto com pouca luz e outras de pôr do sol representam um misto de dramaticidade, mas também de sonho e esperança. Há momentos de alento ao longo dessa jornada frenética, e importantes mensagens, como “o que é lembrado, vive” e “vejo vocês pelo caminho”, em vez de “adeus”. O filme, que possui alta carga dramática, ganha um ar poético com as paisagens ilustradas ao longo das viagens de Fern em sua van e das palavras tecidas em diálogos sinceros e leves.

Forte, comovente e inspirador, ‘Nomadland’ é um longa com uma jornada emocionante e recheada de aprendizado, com o público como personagem da trama. É o retrato da vida real, com uma linguagem para todos os públicos e imagens que falam por si só. Não é à toa ser favorito à temporada de premiações recém-iniciada.

Cotação: 5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota