Festival do Rio: destaques de terça-feira (11/10)

Festival do Rio: destaques de terça-feira (11/10)

Em mais um dia de Festival do Rio, muitas homenagens e música. O cinema nacional é o grande destaque de 11/10, com os documentários “Diálogos de Ruth de Souza ” e “Andança – os encontros e as memórias de Beth Carvalho”, homenageando a grande Ruth de Souza e a sambista Beth Carvalho, respectivamente. Além destes,” Domingo à Noite”, com Marieta Severo, também se destaca.

O cinema internacional vai estar presente, com “Mali Twist”, de Robert Guédiguian e o italiano “Como uma Tartaruga”, de Monica Dugo, que estarão presentes hoje no tapete vermelho.

Seguem alguns destaques do dia. A programação completa do Festival do Rio está disponível na Revista.

TERÇA: 11/10

Estação NET Gávea

16h: Elton Medeiros – O Sol Nascerá (Première Brasil: Retratos)

Sinopse: A trajetória de Elton Medeiros, um dos compositores mais importantes do samba brasileiro. Foi o principal parceiro de Paulinho da Viola, com composições antológicas com Cartola, Zé Ketti, entre outros.

Direção: Pedro Murad

Classificação: 12 anos

18:30h: Domingo a Noite (Première Brasil – competição – Hors Concours Novos Rumos)

Sinopse: A vida de Margot, uma das maiores atrizes do Brasil, casada com Antônio, escritor premiado e com Alzheimer avançado, muda completamente quando descobre que também tem Alzheimer. Ela precisará correr contra o tempo se quiser terminar um último trabalho, se reconectar com os filhos e manter a independência para morrer em paz.

Elenco: Marieta Severo, Zécarlos Machado, Natália Lage

Direção: André Bushatsky

Classificação: Livre

19:15h: Diálogos com Ruth de Souza (Première Brasil: Competição Longa-metragem)

Sinopse: Um documentário que traça a inauguração da existência de atrizes negras pela atriz Ruth de Souza. Carrega em si a gênese de parte importante das conquistas para as mulheres negras ao longo de quase um século de vida. Aos 95 anos, ultrapassando os 70 de carreira, em meio a reflexões e memórias, nasce o diálogo entre duas gerações de artistas negras, Ruth e a diretora.

Direção: Juliana Vicente

Classificação: 12 anos

Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro

19:30h: Andança – Os Encontros e as Memor de Beth Carvalho (Première Brasil -Hors Concours)

Sinopse: Andança- Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho é um documentário sobre a trajetória artística de Beth Carvalho – cantora carioca que se tornou voz referencial do samba a partir da década de 1970. O documentário ressalta sua paixão pelo samba, pelo time de futebol Botafogo e também pelo ativismo político.

Direção: Pedro Bronz

Classificação: Livre

Estação NET Botafogo

20:45h: Como uma Tartaruga (Première Brasil – Hors Concours)

Sinopse: Daniele, Lisa, Sveva e Paolo compõem uma família aparentemente perfeita, até o dia em que o pai retira suas coisas do armário e vai embora. O guarda-roupa vazio torna-se um refúgio para a esposa abandonada, mas esse comportamento estranho leva a filha adolescente do casal, Sveva, ao desespero.

Trailer: Link 

Direção: Monica Dugo

Classificação: 12 anos

20:45h: Mali Twist (Panorama Cinema Mundial)

Sinopse: 1962. Mali experimenta sua independência recém-adquirida e os jovens de Bamako dançam noites inteiras ao som da França e da América. Samba, filho de um rico comerciante, vive de corpo e alma o ideal revolucionário: percorre o país para explicar aos camponeses as virtudes do socialismo. É lá, no país Bambara, que surge Lara, uma jovem casada à força, cuja beleza e determinação dominam o Samba. Samba e Lara sabem que seu amor está ameaçado. Mas eles esperam que, para eles como para o Mali, o céu clareie…

Trailer: Link 

Direção: Robert Guédiguian, Gilles Taurand

Classificação: 10 anos

DEBATES: Cine Odeon – CCLSR

13h30 – Nossa Pátria está onde somos amados, de Felipe Hirsch + curta Selfie, de Alex Sernambi

16h30 – Paloma, de Marcelo Gomes + curta Contando aviões, de Fabio Rodrigo

SOBRE O FESTIVAL DO RIO

Festival do Rio é o grande encontro do cinema da América Latina. Desde sua criação, em 1999, já foram exibidos 7 mil longas, incluindo obras recém-premiadas em Cannes, Berlim, Toronto, Veneza e outros. Formador de público mas também de mão de obra, o Festival do Rio capacitou milhares de profissionais. Anualmente o evento reúne, além de filmes exibidos nos mais importantes festivais mundiais, diversas mostras temáticas e sessões populares. Distribuídos em diferentes mostras, incluindo a competitiva Première Brasil, os filmes nacionais compõem parte fundamental do festival, que é a maior vitrine da produção brasileira.

Festival do Rio tem apresentação e patrocínio master da Shell Brasil – Lei Federal de Incentivo à Cultura – e da Prefeitura do Rio de Janeiro – por meio da RioFilme, órgão que integra a SEGOVI (Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública). Também conta com o apoio da FUNARJ e apoio institucional da FIRJAN. O Festival do Rio é uma realização da Cinema do Rio.

PARA IMAGENS E TRAILERS: Em breve, as fotos e os trailers dos filmes estarão no site do festival. Para acessá-los, entre no site do Festival, busque à direita na tela o filme que interessa à você. Na página do filme, você pode fazer o download das fotos clicando com a tecla direita do mouse, ou acessar o trailer hospedado no Youtube na aba trailer. Temporariamente, você pode baixar imagens a partir desta lista 

Dia das Crianças: Confira a programação que o Festival do Rio preparou

Dia das Crianças: Confira a programação que o Festival do Rio preparou

O Festival do Rio traz uma programação especial para o Dia das Crianças, 12 de outubro, próxima quarta-feira. Confira abaixo as atrações.
 

Biblioteca Parque Rocinha — Exibições de filmes, com entrada franca + pipoca + refrigerante.
14:00 – Meu Amigãozão 
16:00 – Correndo Atrás
 

Cinema Paradiso – oportunidade de assistir a esse clássico na telona, às 14:00 – Kinoplex São Luiz. Trailer: Cinema Paradiso Official Trailer
 

Down Quixote — sessão do filme às 19:00 – Estação Net Rio

Trailer: Down Quixote – Trailer Oficial – 2022

E Assim Começou O Cinema— exposição lúdico-interativa. 11:00 às 17:00 no CCJF (Centro Cultural da Justiça Federal). Entrada franca. Mais informações em: Link
 

E.T. – O extraterrestre — sessão do filme às 11:00 – Net Botafogo 1
Trailer: “E.T. O EXTRA-TERRESTRE” – Trailer Oficial Legendado (Universal Pictures Portugal)
 

O Tesouro do Pequeno Nicolau — sessão do filme às 16:45 – Reserva Cultural Niterói 2
Trailer: Little Nicholas’ Treasure / Le Trésor du Petit Nicolas (2021) – Trailer (English subs)


Sobre os filmes:
 

Biblioteca Parque Rocinha

14:00 — filme: MEU AMIGÃOZÃO (censura LIVRE)

Diretor: Andrés Lieban

Sinopse: Yuri, Lili e Matt se preparam para um dia especial. Mas seus sonhos vão por água abaixo quando descobrem que os pais mudaram os planos e agora vão juntos para uma colônia de férias, com várias crianças que eles nunca viram. Quando estão prestes a embarcar na excursão, os AmigãoZões entram em ação e saem correndo com seus pequenos amigos para dentro do parque. Eles escapam pra um lugar fantástico! Mas ali vive Duvi Dudum, uma criatura suspeita que quer ter todos os AmigãoZões só pra ele. Despertando a vaidade das crianças, o desastrado vilão consegue distraí-las e levar Golias, Nessa e Bongo pra uma ilha distante onde ele esconde muitos outros AmigãoZões. Yuri, Lili e Matt caem na real e começam uma jornada cheia de aventura e mistério para salvar seus AmigãoZões.

16:00 – filme: CORRENDO ATRÁS

Direção: Jeferson De

Elenco:AILTON GRAÇA, JUAN PAIVA, JULIANA ALVES, TONICO PEREIRA, HELIO DE LA PEÑA, LELLÊZINHA, LÁZARO RAMOS

Sinopse: Ventania é um trabalhador que tenta mudar de vida. Ele faz vários bicos até que decide tentar a sorte como empresário de futebol. Na nova função, ele conhece Glanderson, um garoto pobre e deficiente físico que tem muito talento.

CINEMA PARADISO
(Cinema Paradiso) | França, Italia, 1988 (155min)

Direção: GIUSEPPE TORNATORE

Elenco em destaque:SALVATORE CASCIO, PHILIPPE NOIRET,MARCO LEONARDI, JACQUES PERRIN,ISA DANIELI,AGNESE NANO, ANTONELLA ATTILLI, ENZO CANNAVALE

Sinopse: Nos anos que antecederam a chegada da televisão em uma pequena cidade da Sicília, o garoto Toto (Salvatore Cascio) ficou hipnotizado pelo cinema local e iniciou uma amizade com Alfredo (Philippe Noiret), projecionista que se irritava com certa facilidade, mas tinha um enorme coração.

Sessão: QUA(12/10) 14:00 Kinoplex São Luiz 2

DOWN QUIXOTE

(Down Quixote) | Brasil, 2022 (105min), DCP
Direção: LEONARDO CORTEZ com IAN PEREIRA, JOÃO SIMÕES, ANA PAULA DIAS, JESSICA PEREIRA

Sinopse: Down Quixote é uma adaptação de Dom Quixote, de Miguel Cervantes. A trama acontece na imaginação de Diogo, um ator que ensaia o texto da peça baseada no clássico. Ele e seus colegas de teatro, todos com Síndrome de Down, dão vida aos personagens em meio às paisagens da cidade histórica de Tiradentes, Minas Gerais. Mostra: Première Brasil: Hors Concours

Sessões:
QUA (12/10) 19:00 Estação NET Botafogo 1 «

QUI (13/10) 21:00 Reserva Cultural Niterói 3

DOM (16/10) 16:30 Kinoplex São Luiz 1

E.T.: O EXTRATERRESTRE

(E.T. the Extra-Terrestrial) | Estados Unidos, 1982 (116 min), DCP

Direção: STEVEN SPIELBERG
Elenco destaque: DEE WALLACE, HENRY THOMAS, PETER COYOTE, DREW BARRYMORE, ROBERT MACNAUGHTON.

Sinopse: O garoto Elliott faz amizade com um pequeno alienígena inofensivo que está bem longe do seu planeta. Ele decide manter secretamente a adorável criatura em casa, na Califórnia, após apresentá-la aos irmãos. Os dois desenvolvem uma forte conexão, mas E.T. precisa reencontrar seus pares antes que seja tarde demais. Premiado em quatro categorias no Oscar. Mostra: Panorama do Cinema Mundial – (LP) – L

Sessões:
QUA (12/10) 11:00 Estação NET Botafogo 1 DUB

SEX (14/10) 19:30 Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro

O TESOURO DO PEQUENO NICOLAU

(Le Trésor du Petit Nicolas) | França, 2021

TrailerLittle Nicholas’ Treasure / Le Trésor du Petit Nicolas (2021) – Trailer (English subs)

Direção: JULIEN RAPPENEAU

Elenco em destaque: ILAN DEBRABANT, AUDREY LAMY, PIERRE ARDITI,JEAN-PAUL ROUVE

Sinopse: Nicolau tem um grupo de amigos inseparáveis, conhecido como “Os Invencíveis”, e vive um mundo perfeito. Sua felicidade, no entanto, está em risco, porque seu pai é promovido e a família terá que se mudar para o sul da França. Buscando evitar o terrível afastamento, “Os Invencíveis” bolam uma caça ao tesouro.

Sessões:
QUA (12/10) 16:45 Reserva Cultural Niterói 2

SÁB (15/10) 14:45 Estação NET Gávea 5

DOM (16/10) 18:30 Estação NET Gávea 1

Para fazer download das imagens dos filmes dedicados às crianças e à família com filmes espalhados por vários dias o festival, clique aqui. Você pode encontrar neste link também as fotos dos filmes da edição do dia 12 de outubro.

SOBRE O FESTIVAL DO RIO

Festival do Rio é o grande encontro do cinema da América Latina. Desde sua criação, em 1999, já foram exibidos 7 mil longas, incluindo obras recém-premiadas em Cannes, Berlim, Toronto, Veneza e outros. Formador de público mas também de mão de obra, o Festival do Rio capacitou milhares de profissionais. Anualmente o evento reúne, além de filmes exibidos nos mais importantes festivais mundiais, diversas mostras temáticas e sessões populares. Distribuídos em diferentes mostras, incluindo a competitiva Première Brasil, os filmes nacionais compõem parte fundamental do festival, que é a maior vitrine da produção brasileira.

Festival do Rio tem apresentação e patrocínio master da Shell Brasil – Lei Federal de Incentivo à Cultura – e da Prefeitura do Rio de Janeiro – por meio da RioFilme, órgão que integra a SEGOVI (Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública). Também conta com o apoio da FUNARJ e apoio institucional da FIRJAN. O Festival do Rio é uma realização da Cinema do Rio.

PARA IMAGENS E TRAILERS: Em breve, as fotos e os trailers dos filmes estarão no site do festival. Para acessá-los, entre no site do Festival, busque à direita na tela o filme que interessa à você. Na página do filme, você pode fazer o download das fotos clicando com a tecla direita do mouse, ou acessar o trailer hospedado no Youtube na aba trailer. Temporariamente, você pode baixar imagens a partir desta lista 

MATO SECO EM CHAMAS, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, no Festival do Rio

MATO SECO EM CHAMAS, de Adirley Queirós e Joana Pimenta, no Festival do Rio

Híbrido entre documentário e ficção premiado no Cinéma du Réel e no IndieLisboa, filme será apresentado no dia 14 de outubro na programação do evento carioca

Depois de uma carreira de sucesso em festivais estrangeiros MATO SECO EM CHAMAS, dirigido por Adirley Queirós e a portuguesa Joana Pimenta, tem sua primeira sessão no país na Mostra Competitiva de Longas de Ficção, na Première Brasil do Festival do Rio de 2022. O filme terá sua sessão de gala no dia 14 de outubro, e é uma produção da brasileira Cinco da Norte em coprodução com a portuguesa Terratreme. A distribuição é da Vitrine Filmes.

Após estrear no 72o Festival de Berlim, no começo do ano, o longa tem feito carreira por diversos eventos internacionais, recebendo críticas super positivas e prêmios. No Cinéma du Réel, um dos mais importantes para o gênero documental, foi vencedor da Competição Internacional. Também foi duplamente premiado no IndieLisboa International Independent Film Festival, na competição de longas com o Grande Prémio de Longa Metragem Cidade de Lisboa, e, também, como melhor filme português. O filme também recebeu os prémios principais nos festivais Dokufest no Kosovo, Athens Avant-Garde na Grécia, e Black Canvas no México. Depois de sessões no Toronto International Film Festival, no New York Film Festival, no AFI, bem como em Mar del Plata e Valdivia, o filme tem distribuição em salas de cinema confirmada nos Estados Unidos (Grasshopper Films), Portugal (Terratreme Filmes), Reino Unido (Institute of Contemporary Art London), e no Brasil pela Vitrine Filmes.

Diretora de fotografia de Era uma vez Brasília, de Adirley, Joana também assina a direção e o roteiro deste filme que desafia classificações e a linguagem cinematográfica, combinando documentário com elementos do faroeste e ficção-científica. A fotografia, novamente, é assinada pela cineasta portuguesa.

Como é de costumes nos filmes de Adirley, a ação de MATO SECO EM CHAMAS se passa na Ceilândia, periferia de sua cidade, e tem, ao centro, as irmãs Chitara e Léa, líderes de uma gangue feminina, que rouba óleo de um oleoduto, refina-o, e vende como combustível na favela Sol Nascente. A história do grupo é relembrada por suas membras na prisão.

Acredito que o Brasil esteja em busca de uma certa sensibilidade, já que sensibilidade é definida por classe, território e pensamento. O cinema brasileiro tem a necessidade de retratar a realidade, e se assume que a câmera estática não permite esse tipo de sensibilidade, caindo então num formalismo. Para nós, esse formalismo deu uma nova força para a realidade. Estabelecemos um código, no qual a energia pertence aos personagens”, conta Adirley sobre as escolhas estéticas da dupla em entrevista à Variety.

Marcada pela trajetória das personagens, a narrativa de MATO SECO EM CHAMAS combina o documental com a ficção no arco de transformação de suas protagonistas. “Procuramos mulheres que tinham uma história que trazem uma melancolia, cujos rostos e corpos são marcados por essa história de liberdade e aprisionamento. Uma geração inteira que foi encarcerada e tem o sentimento de não saber se está no presente, passado ou futuro. Você vai para a prisão e o que para você é um dia, para o resto do mundo são anos. É quase coisa de ficção-científica. O tempo é relativo”, explica Joana.

Definido pelo francês Le Monde como uma combinação de Mad Max com o cinema de Pedro Costa, o jornal escreve: “Bem-vindo ao Brasil de Jair Bolsonaro, onde dois cineastas – o brasileiro Adirley Queiros e a portuguesa Joana Pimenta – unem forças para encenar uma docuficção que sonha com a revolta. MATO SECO EM CHAMAS, filmado com não-profissionais desempenhando seu próprio papel mesmo na fantasmagoria onde o projeto do filme os conduz

MATO SECO EM CHAMAS será lançado no Brasil pela Vitrine Filmes.

Sinopse

Léa conta a história das Gasolineiras de Kebradas, tal como ecoa pelas paredes da Colméia, a Prisão Feminina de Brasília, Distrito Federal, Brasil

Ficha Técnica

DIREÇÃO: JOANA PIMENTA, ADIRLEY QUEIRÓS

PRODUÇÃO: ADIRLEY QUEIRÓS

ELENCO: JOANA DARC FURTADO, LÉA ALVES DA SILVA, ANDREIA VIEIRA, DÉBORA ALENCAR, GLEIDE FIRMINO, MARA ALVES

DIREÇÃO FOTOGRAFIA: JOANA PIMENTA

DIREÇÃO DE SOM: FRANCISCO CRAESMEYER

DIREÇÃO DE ARTE: DENISE VIEIRA

EDIÇÃO: CRISTINA AMARAL

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: LUANA OTTO, ANDREIA QUEIRÓS, JOÃO NIZA

EDIÇÃO E MIXAGEM DE SOM: DANIEL TURINI, FERNANDO HENNA

CORREÇÃO DE COR: MARCO AMARAL

PRODUÇÃO EXECUTIVA: SIMONE GONÇALVES

PRODUZIDO POR ADIRLEY QUEIRÓS – CINCO DA NORTE

COPRODUZIDO POR JOÃO MATOS – TERRATREME FILMES

ANO: 2022

DURAÇÃO: 153 min.

Sobre os Diretores

JOANA PIMENTA é uma diretora portuguesa. O seu mais recente filme, Um Campo de Aviação, teve a sua estreia no 69º Festival de Cinema de Locarno, e foi exibido no Festival Internacional de Cinema de Toronto, Festival de Cinema de Nova Iorque, Roterdão, CPH:Dox, Rencontres Internationales, Oberhausen, Valdivia, Mar del Plata, Edinburgh, entre outros, e recebeu o Prémio do Júri para Melhor Filme em Competição no Zinebi’58. Joana tem um doutoramento em Cinema e Artes Visuais pela Universidade de Harvard, onde atualmente leciona Realização e é diretora interina do Film Study Center para além de realizadora associada do Sensory Etnography Lab.

ADIRLEY QUEIRÓS é um cineasta brasileiro, autor de filmes como A Cidade é uma só?,  Era Uma Vez Brasília (2017), que teve a sua estreia no 70º Festival de Cinema de Locarno, onde recebeu a Menção Honrosa Signs of Life, e também Branco Sai, Preto Fica (2014), que passou em inúmeras salas de cinema no Brasil e foi galardoado com mais de 20 prémios. O seu trabalho passou já por locais como o Lincoln Center, Museu da Imagem em Movimento, ICA Londres, Pacific Film Archive, para além de aparecer em publicações como a Artforum, Cinemascope e Cahiers du Cinéma. Os filmes de Adirley tiveram estreias comerciais no Brasil, Estados Unidos, UK, Argentina, Portugal, entre outros países e estão neste momento disponíveis no canal The Criterion Collection.

Sobre as Produtoras

CINCO DA NORTE é uma produtora com sede na cidade de Ceilândia, região administrativa de Brasília, e tem como característica principal a produção de filmes para cinema e televisão. Cinco da Norte atua no cenário cultural e político do Distrito Federal desde 2005, tendo produzido ao longo desses anos curtas e longas aclamadas pela crítica e pelo público. Neste período de existência, já realizou três longas metragens, dois curtas metragens para cinema e dois curtas metragens para televisão. Dentre os filmes realizados está A cidade é uma só? (2012), Branco Sai, Preto Fica (2014) e Era uma Vez Brasília (2017), trabalhos que tiveram um grande sucesso em festivais nacionais e internacionais, além de serem distribuídos nas salas de cinema.

TERRATREME é uma produtora de cinema criada em 2008, por um grupo de jovens cineastas com vontade de encontrar modelos de produção que conseguissem conciliar diferentes formas, escalas e durações para os seus próprios filmes. O nosso objetivo é a articulação da pesquisa e da criação num método de trabalho em que as necessidades de cada filme irão determinar o seu modelo de produção. Atualmente trabalhamos com um grande e diverso grupo de realizadores.

A TERRATREME tem uma das maiores presenças, entre as produtoras portuguesas, nos grandes festivais de todo o mundo (Cannes, Berlin, Locarno, Nyon, Marseille, Rotterdam, San Sebastian, Buenos Aires, Rio de Janeiro, Brasília, Chicago, New York e Toronto), ao mesmo tempo que expande suas atividades através de coproduções internacionais (Brasil, França, Suíça, Alemanha, Japão, Bulgária, Cabo Verde, Argentina e Chile).

Sobre a Vitrine Filmes

A Vitrine Filmes, em dez anos de atuação, já distribuiu mais de 160 filmes e alcançou mais de quatro milhões de espectadores. Entre seus maiores sucessos estão ‘O Som ao Redor’, ‘Aquarius’ e ‘Bacurau’ de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Outros destaques são ‘A Vida Invisível’, de Karim Aïnouz, representante brasileiro do Oscar 2020, ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’, de Daniel Ribeiro, e ‘O Filme da Minha Vida’, de Selton Mello. Entre os documentários, a distribuidora lançou ‘Divinas Divas’, dirigido por Leandra Leal e ‘O Processo’, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional.

Além do cinema nacional, a Vitrine Filmes vem expandindo o seu catálogo internacional ao longo dos anos, tendo sido responsável pelo lançamento dos sucessos ‘O Farol’, de Robert Eggers, indicado ao Oscar de Melhor Fotografia; ‘Você Não Estava Aqui’, dirigido por Ken Loach, e ‘DRUK – Mais uma rodada’, de Thomas Vinterberg, premiado com o Oscar de Melhor Filme Internacional 2021.

Em 2022, a Vitrine Filmes apresenta ainda mais novidades para a produção e distribuição audiovisual. Entre as estreias, ‘O Clube dos Anjos’, de Ângelo Defanti, inspirado na obra de Luis Fernando Verissimo e também selecionado para o Festival do Rio, e ‘Serial Kelly’, de René Guerra, com Gaby Amarantos como protagonista.

CANÇÃO AO LONGE, de Clarissa Campolina, estreia no Festival do Rio

CANÇÃO AO LONGE, de Clarissa Campolina, estreia no Festival do Rio

Filme acompanha a busca de Jimena por sua identidade e lugar no mundo, numa paisagem urbana e sonora inventivas
Foto: Pedro Rena

Quinta-feira, dia 13, o longa-metragem mineiro Canção ao Longe, dirigido por Clarissa Campolina, e produzido pela Anavilhana, estreia no Festival do Rio, na capital carioca. Dentro da programação da Première Brasil, na mostra competitiva “Novos Rumos Longa-metragem”, o filme será exibido às 20h45, no Estação Net Gávea, numa sessão para convidados. Sexta, dia 14, haverá outra sessão, aberta ao público, seguida de debate com a diretora e equipe, no Estação Net Rio, às 19h. O longa é distribuído pela Vitrine e tem estreia nas salas de cinema prevista para o próximo ano.

Canção ao Longe acompanha a busca de Jimena (Mônica Maria) por sua identidade e por seu lugar no mundo. A jovem deseja mudar-se da casa, que compartilha com a mãe e a avó, e onde sente-se deslocada. Ela também precisa romper com seu pai, com quem mantém uma troca de cartas à distância. Nesse movimento, Jimena lida com sua origem, seu corpo, suas escolhas e se depara com o silêncio de suas relações familiares. Através do seu olhar, o filme levanta questões sobre classe, família, tradição, raça e gênero.

O filme trata do rito de passagem para a vida adulta da jovem arquiteta Jimena, protagonizado pela atriz, artista visual e tatuadora Mônica Maria, em seu primeiro papel em longa-metragem. O projeto do filme começou no ano de 2012 e a chegada de Mônica foi transformadora no desenvolvimento das ideias iniciais e roteiro do filme, que é assinado por Clarissa Campolina, Caetano Gotardo e Sara Pinheiro. “Havia o desejo de trazer para o centro da narrativa, o retrato íntimo das relações familiares e sociais, a fim de revelar fissuras e colocar em xeque as estruturas em que nos moldamos. O encontro com a Mônica Maria modificou e enriqueceu as questões a serem trabalhadas no filme. Mônica é uma mulher preta e a questão racial passou a ser fundamental para a narrativa e todo o processo do filme, desde sua escrita, até a pesquisa, produção, ensaios com os atores e atrizes e a relação dos corpos com o espaço urbano”, conta Clarissa.

A narrativa foca na história de uma protagonista feminina, forte e firme, silenciosa e atenta, e o espectador é lançado para dentro das imagens e, talvez, devolvido com elas para dentro de si – numa câmera que acompanha de perto a protagonista. É um filme sobre a experimentação e a descoberta de si e, no limite, sobre a aposta de que esse movimento é o nosso lugar, íntimo e também coletivo. Produzido pela Anavilhana, o longa é a estreia na direção solo de Clarissa Campolina e traz no elenco Margô Assis, Matilde Biadi, Ricardo Campos, Jhon Narvaez, Enzo Daniel e Carlos Francisco – o Damiano de Bacurau, direção de Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles(2019) e Wellington deMarte um, direção de Gabriel Martins (2022).

Canção ao Longe cria um universo rico, diverso e único ao destacar a paisagem urbana da capital belorizontina junto a paisagem sonora do filme. Edificações antigas, viadutos, comércios do centro e novas construções se ambientam ao som de Juçara Marçal, Matéria Prima, Marina Cyrino, Patrícia Bizzoto e Nathália Fragoso, Kainná Tawá, Juliana Perdigão (interpretando “Alguém cantando, de Caetano Veloso) e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob a batuta do maestro Sérgio Gomes (interpretando Schumman).

Sinopse

Canção ao Longe acompanha a busca de Jimena por sua identidade e por seu lugar no mundo. A jovem deseja mudar-se da casa que compartilha com a mãe e a avó e onde sente-se deslocada. Ela também precisa romper com seu pai, com quem mantém uma troca de cartas à distância. Nesse movimento, Jimena lida com sua origem, seu corpo, suas escolhas e se depara com o silêncio de suas relações familiares. Através do seu olhar, o filme levanta questões sobre classe, família, tradição, raça e gênero.

Serviço Canção ao Longe

Estreia no Festival do Rio | Dia 13.10 | quinta-feira | 20h45 | Local: Estação Net Gávea 3 (Shopping da Gávea – Rua Marquês de São Vicente, 52, Gávea, Rio de Janeiro) | sessão para convidados

Sessão aberta ao público + Debate | Dia 14.10 | sexta-feira | 19h | Local:  Estação Net Rio 5 (Rua Voluntários da Pátria, 35, Botafogo, Rio de Janeiro)

Ficha técnica | Canção ao Longe | Ficção | 75’ | Livre

Direção: Clarissa Campolina

Produção: Luana Melgaço

Elenco: Mônica Maria, Margô Assis, Jhon Narvaez, Matilde Biadi, Ricardo Campos, Enzo Daniel, Carlos Francisco

Direção Assistente: Luiz Pretti

Cartas: Paula Santos, Luiz Pretti

1ª Assistente de Direção: Paula Santos

Roteiro: Caetano Gotardo, Clarissa Campolina, Sara Pinheiro

Produção Executiva: Joana Rennó, Luana Melgaço

Direção de Produção: Camila Bahia, Laura Godoy

Direção de Fotografia: Ivo Araújo Lopes

1º Assistente de câmera: Leandro Gomes

Direção de Arte: Thais de Campos

Figurino: Marina Sandim

Técnico de Som: Gustavo Fioravante

Montagem: Luiz Pretti

Edição e Desenho de Som: Pablo Lamar

Finalização: Lucas Campolina

Identidade Visual e Créditos: Mariana Mansur

Empresa Produtora: Anavilhana

Empresa Distribuidora Brasil: Vitrine Filmes

Sobre a Diretora

Clarissa Campolina é sócia da produtora Anavilhana e trabalha como diretora, roteirista, montadora, professora e curadora. Seus filmes foram exibidos e premiados em festivais em Brasília, Locarno, Oberhausen, Buenos Aires, entre outros. Girimunho, seu longa de estreia, teve sua première internacional no Festival de Cinema de Veneza em 2011, e recebeu premiações em Veneza, Mar Del Plata, Nantes, Havana. Em breve, ainda em 2022, o seu segundo longa-metragem Enquanto Estamos Aqui será distribuído no circuito comercial brasileiro. 

Sobre a Produtora

A Anavilhana surgiu do encontro entre Clarissa Campolina, Luana Melgaço e Marília Rocha. Fundada em 2005, a produtora reúne mais de 20 anos de experiência de suas sócias, com o desejo de articular pesquisa, formação, produção e criação audiovisual.

Desenvolvemos projetos das nossas integrantes e parcerias com diretoras e diretores independentes, produções associadas e co-produções dentro e fora do Brasil. Nosso trabalho é norteado pela criação de desenhos de produção mais adequados a cada novo projeto, pelas trocas com outras produtoras e realizadores, e pelo investimento na pesquisa de linguagem. Tudo isso desde sua origem, quando as três sócias integraram o grupo Teia (www.teia.art.br).

Até o momento, a Anavilhana lançou mais de 30 obras audiovisuais, com ampla participação no mercado de cinema autoral: curtas e longas-metragens, instalações, séries de TV e teatro. Teve trabalhos oficialmente selecionados e premiados festivais nacionais como: É Tudo Verdade, Festival de Brasília, Festival do Rio, Mostra de Tiradentes; em festivais internacionais: Berlinale, Veneza, Toronto, San Sebastian, Locarno, Roterdã, Visions du Réel, DocLisboa; e em museus de arte do mundo: Centre Georges Pompidou, MoMA, Inhotim. Suas produções também estiveram destacadamente presentes no circuito comercial de cinema e em plataformas de streaming no Brasil e no exterior.

E para quem se pergunta o que significa Anavilhana, explicamos: o arquipélago de Anavilhanas, um dos maiores do mundo, situa-se no Rio Negro, na região amazônica. Este conjunto de ilhas fluviais inspirou a escolha do nome da produtora, ao entendermos que um arquipélago só se faz na autonomia de suas ilhas e na união de todas elas.

Sobre a Vitrine Filmes

A Vitrine Filmes, em dez anos de atuação, já distribuiu mais de 160 filmes e alcançou mais de quatro milhões de espectadores. Entre seus maiores sucessos estão ‘O Som ao Redor’, ‘Aquarius’ e ‘Bacurau’ de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Outros destaques são ‘A Vida Invisível’, de Karim Aïnouz, representante brasileiro do Oscar 2020, ‘Hoje Eu Quero Voltar Sozinho’, de Daniel Ribeiro, e ‘O Filme da Minha Vida’, de Selton Mello. Entre os documentários, a distribuidora lançou ‘Divinas Divas’, dirigido por Leandra Leal e ‘O Processo’, de Maria Augusta Ramos, que entrou para a lista dos 10 documentários mais vistos da história do cinema nacional.

Além do cinema nacional, a Vitrine Filmes vem expandindo o seu catálogo internacional ao longo dos anos, tendo sido responsável pelo lançamento dos sucessos ‘O Farol’, de Robert Eggers, indicado ao Oscar de Melhor Fotografia; ‘Você Não Estava Aqui’, dirigido por Ken Loach, e ‘DRUK – Mais uma rodada’, de Thomas Vinterberg, premiado com o Oscar de Melhor Filme Internacional 2021.

Em 2022, a Vitrine Filmes apresenta ainda mais novidades para a produção e distribuição audiovisual. Entre as estreias, cinco novos longas da Sessão Vitrine: ‘Como Matar a Besta’, de Augustina San Martín; ‘Seguindo Todos os Protocolos’, de Fábio Leal; ‘Tantas Almas’, de Nicolás Rincón Gille; ‘Virar Mar’, de Philipp Hartmann e Danilo de Carvalho; e ‘A Morte Habita à Noite’, de Eduardo Morotó. Além dos filmes do Sessão Vitrine, estão confirmados para 2022  ‘A Viagem de Pedro’, de Laís Bodansky; e ‘O Livro dos Prazeres’, de Marcela Lordy, entre outros títulos.

Galeria

Primeira direção de Johnny Massaro, “A Cozinha” estreia no Festival do Rio. Veja teaser e cartaz

Com roteiro de Felipe Haiut, que protagoniza o filme ao lado de Julia Stockler, ficção aborda os impactos das normas de gênero e sexualidade na construção das identidades e dos afetos masculinos

“A Cozinha”, ficção que marca a estreia de Johnny Massaro na direção de longas-metragens, terá sua primeira exibição no Festival do Rio, na mostra Première Brasil – Novos Rumos. Escrito e protagonizado por Felipe Haiut, que também assina a produção junto com Massaro, o filme tem no elenco Julia Stockler (em sua primeira produção depois de “A Vida Invisível”, de Karim Aïnouz), Catharina Caiado e Saulo Arcoverde. O longa será exibido nos dias 10 e 11 de outubro.

A produção, que manteve o elenco original da peça homônima encenada em 2017, gira em torno do reencontro de Miguel (Felipe Haiut), artista em crise, e Rodrigo (Saulo Arcoverde), um amigo de infância. As presenças inesperadas de Letícia (Julia Stockler), com quem Miguel vive um relacionamento fracassado, e Carla (Catharina Caiado), noiva de Rodrigo, instauram um clima de tensão entre eles. Em meio a conversas banais e o resgate de memórias reprimidas, a hostilidade entre os quatro aumenta quando Letícia questiona a sexualidade de Miguel.

As personagens vocalizam uma crítica irônica sobre as relações amorosas contemporâneas, sobretudo no que diz respeito à incapacidade dos homens em lidar com suas fragilidades diante do machismo estrutural. Ao mesmo tempo, aponta o feminino como possível guia para pensar a manifestação livre e autêntica do afeto na desconstrução dos padrões estabelecidos.

O desejo de adaptar A Cozinha para o cinema partiu do autor do texto, Felipe Haiut. O fato de a trama se desenrolar numa só locação tornou as filmagens possíveis, mesmo com os desafios e restrições impostos pela pandemia – antes mesmo da vacina. O longa foi produzido e filmado entre os meses de julho e novembro de 2020. Depois de três meses intensos de encontros e descobertas virtuais que envolveram a preparação e a pré-produção do filme, trinta pessoas, entre equipe e elenco, isolaram-se em uma “quarentena artística”. Durante duas semanas, o Vale Criativo, em Visconde de Mauá, serviu como locação e hospedagem do grupo, criando uma atmosfera imersiva única.

A equipe do filme é formada por profissionais como o diretor de fotografia argentino Diego Robaldo, o produtor musical Arthur Braganti, indicado ao Grammy Latino por Letrux aos Prantos, o desenhista de som Bernardo Uzeda, laureado no último Festival de Gramado, e a atriz Julia Stockler, protagonista do filme A Vida Invisível, de Karim Ainouz, vencedor do prêmio Un Certain Regard na edição de 2019 do Festival de Cannes. A Cozinha ainda conta com a colaboração musical especial da cantora Alice Caymmi.

O projeto começou em 2017, quando os atores Felipe Haiut, Julia Stockler e Catharina Caiado se reuniram na cozinha da casa de Johnny Massaro, no Rio de Janeiro, com o rascunho do que, meses mais tarde, resultou na bem-sucedida temporada do espetáculo teatral A Cozinha, e na criação do Projeto Nómada, coletivo artístico que pesquisa e produz dramaturgia site specific.

A peça, que foi encenada na casa em que Johnny morava à época, não contou com sua participação, pois o ator estava envolvido com as gravações da novela Deus Salve o Rei. Saulo Arcoverde passou a integrar o elenco. Foi nessa ocasião, inclusive, que conheceu Catharina, com quem hoje tem uma filha, Theodora.

Um ano depois, o coletivo Nómada tem uma segunda experiência de sucesso com o espetáculo A Garagem, escrito por Haiut e publicado pela editora Cobogó. Nesse meio tempo, Massaro aprofunda sua experiência como realizador cinematográfico, com o lançamento do webfilme Amarillas e do curta-metragem Depois Quando, que, inclusive, contou com a participação não só de Saulo e Catharina, como da pequena Theodora. Depois Quando participou do 23o Festival do Rio, do 26th Avanca Film Festival, em Portugal, entre outros.

Com vasta experiência como ator em mais de 18 anos de carreira, Johnny Massaro soma mais de 18 produções cinematográficas, sete novelas, diversas séries e espetáculos teatrais. Trabalhou com nomes como Selton Mello, Luiz Fernando Carvalho e Bibi Ferreira. Como produtor e diretor, realizou três filmes de curta-metragem. Em 2021, dirigiu Nordeste Ficção, show-filme de Juliana Linhares, com participação de Zeca Baleiro, baseado no álbum homônimo. A Cozinha marca sua estreia na realização de longas-metragens.

O filme é a segunda coprodução entre a Hipérbole e a Cosmo Cine, produtora carioca que, apesar de jovem, soma prêmios, exibições em plataformas como Nowness Vimeo Staff Pickem e trabalhos com nomes como Carolina Jabor, e o coletivo de funk Heavy Baile, recentemente exibido no Metropolitan Museum of Art, em Nova York.

Em novembro de 2021, foram realizados quatro debates virtuais e gratuitos, para discutir temas como os bastidores da realização de A Cozinha; a produção audiovisual durante a pandemia; os novos caminhos de masculinidade, e a diversidade sexual no cinema. Personalidades como Ícaro Silva, Bruna Linzmeyer, Renata Carvalho e Renan Quinalha, entre outros, dividiram suas experiências partindo dos temas abordados pelo longa. A realização do filme e das lives foi, em parte, financiada pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, com recursos provenientes da Lei Aldir Blanc.

SESSÕES FESTIVAL DO RIO

10 de outubro (segunda), às 20h45 – sessão de gala, fechada para convidados, no Estação Net Gávea 3 (Rua Marquês de São Vicente, 52 – Shopping da Gávea).

11 de outubro (terça), às 19h – sessão aberta ao público, seguida de debate, no Estação Net Rio 5 (Rua Voluntários da Pátria, 35 – Botafogo).

SINOPSE

Na tentativa de superar a depressão, Miguel convida Rodrigo para jantar em sua casa, após 15 anos sem contato. No dia do reencontro, Letícia, ex-namorada de Miguel, aparece sem ser convidada. O desconforto se intensifica quando Rodrigo chega acompanhado de Carla, sua noiva. Mas na medida em que o álcool entra em ação, a vergonha diminui e a libido aumenta. É então que Letícia questiona a sexualidade de Miguel, trazendo à tona uma antiga memória que redefine drasticamente a noite.

ELENCO

Felipe Haiut

Julia Stockler

Catharina Caiado

Saulo Arcoverde      

FICHA TÉCNICA      

Direção: Johnny Massaro

Argumento e roteiro: Felipe Haiut

Produção: Johnny Massaro e Felipe Haiut

Direção de Produção: Guilherme Bolo     

Consultora de produção: Renata Almeida Magalhães                                                    

Fotografia: Diego Robaldo             

Direção de arte: Rodrigo Saraiva               

Figurino: Matheus Martins

Som direto: Gustavo Ruggeri                     

Trilha Sonora Original: Arthur Braganti   

Colaboração musical especial: Alice Caymmi

Visagismo: Vinicius Kilese                          

Montagem: Marina Kosa                            

Finalização de imagem: Psycho N’Look    

Finalização de som: Aura Post                   

Assessoria de imprensa: Palavra Assessoria

Estratégia de comunicação: Vanderson Castro   

Agente de festivais: Henrique Amud

Gerenciamento de festivais: Arapuá Filmes

Mídias digitais: Natalia Weber                  

Realização: Hipérbole e Cosmo Cine