“JOVENS MÃES”, DOS IRMÃOS DARDENNE, INTEGRA A PROGRAMAÇÃO DO FESTIVAL DE CINEMA FRANCÊS 2025
Premiado em Cannes e representante da Bélgica no Oscar, o novo filme dos irmãos Dardenne será exibido em primeira mão em todo o Brasil antes de sua estreia nos cinemas

O Festival de Cinema Francês 2025, que acontece entre 27 de novembro e 10 de dezembro em salas de cinema de todo o país, traz em sua programação Jovens Mães, novo longa dos consagrados Jean-Pierre e Luc Dardenne, dupla belga-francesa vencedora de duas Palmas de Ouro e reconhecida por sua obra profundamente humana e ética.
O filme, vencedor do Prêmio de Melhor Roteiro e do Prêmio do Júri Ecumênico no Festival de Cannes 2025, chega ao público brasileiro dentro da programação do festival, consolidando-se como um dos títulos mais aguardados do circuito internacional. A estreia comercial nos cinemas acontece em 1º de janeiro de 2026, com distribuição da Vitrine Filmes.
Um retrato coletivo sobre maternidade e resistência
Filmado em locações reais e com elenco formado majoritariamente por atrizes estreantes, Jovens Mães acompanha cinco adolescentes grávidas que vivem juntas em um abrigo para mães na região de Liège, na Bélgica. Entre carências afetivas, conflitos familiares e a necessidade de sobreviver, elas aprendem, em meio à precariedade, o valor dos gestos de cuidado e solidariedade.
“Nos interessava filmar essas jovens não apenas como mães, mas como pessoas singulares, vivas, que tentam se libertar de um destino social marcado pela pobreza e pela repetição dos mesmos gestos e feridas de geração em geração”, afirmam os cineastas.
Com fotografia naturalista de Benoît Dervaux e montagem de Marie-Hélène Dozo, o longa reafirma a estética ética e emocional dos Dardenne, que há décadas investigam as fronteiras entre empatia e exclusão social no cinema contemporâneo.
Reconhecimento e trajetória
Antes de chegar ao Festival de Cinema Francês 2025, Jovens Mães teve sua primeira exibição no Brasil durante a 49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que homenageou os irmãos Dardenne com o Prêmio Humanidade, em reconhecimento à coerência artística e à sensibilidade social de sua filmografia.
O longa foi escolhido pela Bélgica para representar o país na corrida pelo Oscar 2026 de Melhor Filme Internacional, reforçando o prestígio da dupla na cinematografia mundial.