Depois da Caçada, de Luca Guadagnino, é o filme de abertura do Festival do Rio 2025

Depois da Caçada, de Luca Guadagnino, é o filme de abertura do Festival do Rio 2025

Julia Roberts, Michael Stuhlbarg e Chloë Sevigny em Depois da Caçada (After The Hunt), de Luca Guadagnino — Foto: Amazon MGM Studios © 2025 Amazon Content Services LLC

Julia Roberts, Michael Stuhlbarg e Chloë Sevigny em Depois da Caçada (After The Hunt), de Luca Guadagnino — Foto: Amazon MGM Studios © 2025 Amazon Content Services LLC

O longa-metragem Depois da Caçada (After The Hunt), de Luca Guadagnino, abrirá a 27ª edição do Festival do Rio. A estreia brasileira do filme será realizada no histórico Cine Odeon – Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, tradicional palco da Gala de Abertura do Festival, que neste ano acontece entre os dias 2 e 12 de outubro. O filme é distribuído pela Sony Pictures no Brasil e traz Julia RobertsAyo Edebiri e Andrew Garfield no elenco.

Ilda Santiago, diretora-executiva e de programação do Festival, comemora a escolha do Festival do Rio para a estreia de mais um filme do diretor: “Luca Guadagnino é hoje um dos diretores mais completos e contemporâneos, com um olhar que entende o mundo para além do superficial, muito além. O cinema é isso: ir além. Fico extremamente feliz e honrada de que o Festival do Rio, mais uma vez, receba o talento e o olhar dele para o mundo, graças à nossa longa parceria e colaboração com Sony e também com Amazon MGM.”

Distribuído pela Sony Pictures no Brasil e produzido pela Amazon MGM Studios, o filme é um thriller psicológico com um grande elenco capitaneado por Julia Roberts. A atriz vencedora do Oscar interpreta Alma Olsson, uma renomada professora universitária de uma instituição de ensino de elite que se vê diante de uma encruzilhada pessoal e profissional que ameaça trazer à tona segredos de seu passado.

Na trama, uma das alunas mais promissoras de Olsson, a jovem Maggie Price, vivida por Ayo Edebiri, busca o apoio da professora após fazer uma grave acusação contra o professor Hank Gibson, interpretado por Andrew Garfield. Dividida num dilema entre sua aluna protegida e seu colega e amigo íntimo, a personagem de Roberts enfrenta uma crescente tensão no ambiente acadêmico, expondo dilemas éticos e as complexidades das dinâmicas de poder envolvendo gênero, raça e reputação institucional.
Além do trio principal de atores, o elenco de Depois da Caçada conta com a presença de Chloë Sevigny (Psicopata Americano, Meninos Não Choram) e Michael Stuhlbarg (que trabalhou com o cineasta em Me Chame Pelo Seu Nome). O roteiro é da estreante Nora Garrett e a trilha sonora é assinada pelos premiados compositores Trent Reznor e Atticus Ross, vencedores do Oscar e do Globo de Ouro, retomando a parceria com Guadagnino após os filmes Rivais (2024) e Queer (2024).
Andrew Garfield destacou a experiência de trabalhar sob a direção de Luca Guadagnino em Depois da Caçada, ressaltando a combinação inesperada entre precisão e leveza no set. Em entrevista ao Deadline, o ator contou que se surpreendeu com o estilo do cineasta, ao mesmo tempo meticuloso e aberto à espontaneidade, permitindo que as cenas “se revelassem naturalmente”.

Julia Roberts em Depois da Caçada (After The Hunt), de Luca Guadagnino — Foto: Yannis Drakoulidis © 2025 Amazon Content Services LLC
Julia Roberts em Depois da Caçada (After The Hunt), de Luca Guadagnino — Foto: Yannis Drakoulidis © 2025 Amazon Content Services LLC


Em entrevistas, o cineasta italiano destacou a forte presença de Julia Roberts em cena, afirmando que a atriz faz “sua melhor performance” neste projeto. Além disso, o diretor celebrou o magnetismo de Ayo Edebiri, premiada com um Emmy de melhor atriz coadjuvante por sua atuação na série The Bear, a quem descreveu como “uma estrela de cinema no verdadeiro sentido de grandeza e de emoção”, em entrevista à W Magazine. “Ela tem um compromisso com a atuação que raramente se encontra hoje. Ela absolutamente comanda o seu olhar.”
Guadagnino descreve o filme como “provocativo, mas de uma maneira articulada”, dizendo que a obra contribui para o aprofundamento de conversas sobre consentimento e sobre a dinâmica do mundo acadêmico. “É um filme muito oportuno para o momento em que estamos agora. Em relação à sociedade, às divisões dentro dela e às posições extremas que podemos assumir diante de uma opinião”, avaliou o realizador.

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