Poltrona Cabine: Os Radley/Cesar Augusto Mota

Poltrona Cabine: Os Radley/Cesar Augusto Mota

Novos vizinhos sempre despertam a curiosidade de todos os que estão ao redor, mas esta família inglesa possui um segredo que quer manter a todo custo. Baseado no livro de Matt Haig, “Os Radley” parece ser mais um filme sobre vampiros, mas vem com uma abordagem diferente.

Os Radley são, aparentemente, uma família comum, com participações em diversos eventos, como festas, clube do livro e reuniões no jardim. Porém, ninguém sabe que eles são vampiros. Apenas os pais, Helen e Peter, sabem das verdadeiras origens, não tendo contado nada para os filhos Rowan e Carla. Após um incidente com Carla, os pais resolvem revelar a verdade, e a partir daí, o dia a dia da família começa a desandar, até piorar com a chegada de Will, irmão de Peter.

A diferença deste filme para outros que estamos habituados a ver está nas convenções, normalmente vampiros não aparecem durante o dia e consomem sangue incontrolavelmente. Notamos características diferentes nessa obra, tanto na representação dos personagens, como na ligação entre os membros da família Radley. Há ousadia e pensamento fora da caixa, bem como espaço para debates sobre amor e desejo, que se acentuam no ato final.

A ligação entre os acontecimentos, desde o surto de Clara até a entrada da polícia no desaparecimento de um adolescente, se dá de forma desordenada, mas do segundo para o último ato há um ajuste, com um espaço maior para o pai do jovem Evan, amigo dos filhos dos Radley. Já Will, irmão de Peter, é o que mais se destaca, com seu olhar e comportamento sedutor, disposto a conseguir tudo o que quer e de se aproximar ainda mais do sobrinho Rowan.

Um filme ousado, emocionante e fora do lugar comum. Um bom passatempo para todos os públicos.

Cotação: 4,5/5 poltronas.

Por: Cesar Augusto Mota

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